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Avaliação nutricional na gestação

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Prof(as). Ana Carolina M Cavalcante e 
Samara A Mesquita 
 
1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 
 Inclui: 
 Avaliação Antropométrica 
 Anamnese Alimentar 
 Exames bioquímicos 
 Exame clínico 
 Relação: 
 Estado nutricional pré-gestacional: determinante do ganho 
de peso insuficiente ou excessivo 
 Modificação do EN na gestação: período ganho de peso: 
aumenta a prevalência de sobrepeso e obesidade 
MAIOR PREVALÊNCIA DE OBESIDADE = QUANTO MAIOR A PARIDADE 
 Avaliar e acompanhar o estado nutricional da 
gestante e o ganho de peso durante a gestação 
para: 
 Identificar, a partir de diagnóstico, as gestantes em 
risco nutricional (baixo peso, sobrepeso ou 
obesidade) no início da gestação; 
 
 Detectar as gestantes com ganho de peso baixo ou 
excessivo para a idade gestacional; 
 
 Realizar orientação adequada para cada caso, 
visando à promoção do estado nutricional materno, 
condições para o parto e peso do recém-nascido. 
 Peso pré-gravídico e Peso (todas as consultas) 
 Altura (1ª consulta) 
 Quando adolescente: medir trimestralmente 
 IMC e adequação do P/A 
 Idade gestacional: 
 1,2,3 dias – semana completa 
 4,5,6 dias – semana seguinte 
 Exemplo: 
 Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas 
 Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas 
 Ganho de peso gestacional 
 Circunferência Braquial, PCT e CMB 
 Altura uterina 
 Circunferência da cintura: 1º trimestre: obesidade 
 
Determinação do peso pré-gestacional 
 
 Ideal: peso REAL MEDIDO ou 
 
 Peso de 2 meses antecedentes a gestação ou 
 
 Peso até 13ª/14ª semana ou 
 
 Subtrair o peso atual da estimativa de ganho de 
peso até a data da consulta 
 
 
 
ESTATURA MATERNA 
 
 Indicador aproximado do crescimento 
infantil e da estrutura óssea pélvica 
 
 < 1,40 - 1,53m: Riscos Gestacionais e RCIU 
 < 1,40 a 1,50m: Complicações no parto 
WHO, 1995 
 AVALIAÇÃO DA ALTURA MATERNA 
 
 Postura alterada 
 Lordose fisiológica 
 Alteração da altura 
 
 
 
Fonte: ZUGAIB, M., SANCROVSKI, M. O pré-natal. 1 ed. Atheneu. 1991 
Semana Aumento Semana Aumento Semana Aumento 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
--- 
0,2 
0,3 
0,4 
0,7 
1,0 
1,2 
1,6 
2,0 
2,4 
2,8 
3,2 
20 
21 
22 
23 
24 
25 
26 
27 
28 
29 
30 
31 
3,7 
4,0 
4,5 
4,8 
5,3 
5,7 
6,1 
6,5 
6,9 
7,2 
7,6 
8,0 
32 
33 
34 
35 
36 
37 
38 
39 
40 
41 
42 
--- 
8,5 
8,9 
9,3 
9,7 
10,1 
10,5 
10,9 
11,3 
11,7 
12,0 
12,5 
--- 
 
Ganho de peso recomendado (simplificado) 
segundo estado nutricional pré-gestacional (IOM, 
1990) 
 
 1º trimestre: perder até 3kg ou manter PPG ou 
ganhar 2kg 
 
 2º e 3º trimestre: valor simplificado 
 Baixo peso: +15 kg 
 Eutrófica: + 10 a 12 kg 
 Sobrepeso ou obesa: + 6 a 7 kg (máximo) 
 
 
 Proposta do MS (2005), com a avaliação do 
estado nutricional pré-gestacional pelos 
pontos de corte de IMC para mulheres 
adultas da WHO (1995) 
Estado 
Nutricional inicial 
CURVAS DA 
OMS p/ IMC/I 
Ganho de 
peso total no 
1º trimestre 
Ganho de peso 
semanal médio 
no 2º e 3º 
trimestre 
Ganho de peso 
total na 
gestação 
Baixo Peso 
IMC < P3 
2,3 0,5 12,5 – 18,0 
Adequado 
P3 < IMC < P85 
1,6 0,4 11,5 – 16,0 
Sobrepeso 
P85 < IMC < P95 
0,9 0,3 7,0 – 11,5 
Obesidade 
IMC > P95 
- 0,3 7,0 – 9,1 
FONTE: IOM, 1992 adaptado. Utilizado pelo SISVAN. Adaptado por Soares, N. 
Semana 
Gestacional 
Baixo Peso 
IMC 
Adequado 
IMC entre 
Sobrepeso 
IMC entre 
Obesidad
e IMC 
6 19,9 20,0 - 24,9 25,0 - 30,0 30,1 
8 20,1 20,2 - 25,0 25,1 - 30,1 30,2 
10 20,2 20,3 - 25,2 25,3 - 30,2 30,3 
11 ... 20,3 20,4 - 25,3 25,4 - 30,3 30,4 
... 42 25,0 25,1 - 29,2 29,3 - 33,2 33,3 
Fonte: Atalah et cols., 1999. Utilizada pelo SISVAN. Página 45 do 
Manual do Pré Natal. 
IG Baixo peso 
IMC < 19,8 
Eutrofia 
19,8-26 
Sobrepeso 
>26-29 
Obesidade 
> 29 
0 a 20 
semanas 
0,57 a 0,79 0,45 a 0,68 0,45 a 0,56 0,34 a 
0,45 
20 a 28 
semanas 
0,68 a 0,79 0,57 a 
0,79 
0,45 a 
0,68 
0,34 a 0,57 
> 28 
semanas 
0,57 0,45 0,45 0,34 
Ganho total 22,5 a 
27,9 
18 a 24,3 17,1 a 
21,2 
13 a 17,1 
Fonte: Luke e cols., 2003 
OBSERVAÇÕES 
 Para gestantes com altura < 1,47m programar 
o ganho de peso total mínimo 
 Investigar ganho de peso > 0,5Kg/semana ou > 
3Kg/mês 
 Gestantes que já atingiram ganho total ainda 
no 2ºtrimestre, programar o ganho de peso 
mínimo no período: 
 0,5 Kg/mês para sobrepeso e obesas e 1,0 Kg/mês 
para eutróficas 
 
 
 
Baixo peso (BP): 
 
•Investigar história alimentar, hiperêmese gravídica, 
infecções, parasitoses, anemias e doenças 
debilitantes 
 
•Fornecer orientação nutricional, visando à promoção 
do peso adequado e hábitos alimentares saudáveis; 
 
•Remarcar consulta em intervalo menor que o fixado 
no calendário habitual; 
 
 
 
 
 
 
Adequado (A): 
•Seguir calendário habitual, explicar à gestante que 
seu peso está adequado para a idade gestacional; 
 
•Fornecer orientação nutricional, visando à 
manutenção do peso adequado e à promoção de 
hábitos alimentares saudáveis; 
 
 
 
 
 
Sobrepeso e obesidade (S e O): 
•Investigar obesidade pré-gestacional, 
edema, macrossomia, gravidez múltipla; 
 
•Fornecer orientação nutricional, visando 
à promoção do peso adequado e de 
hábitos alimentares saudáveis, 
ressaltando que não se deve perder 
peso; 
 
•Remarcar consulta em intervalo menor 
que o fixado no calendário habitual. 
NOMOGRAMA DE ROSSO e CURVA DE ROSSO : 
 IMC pré-gestacional (Jellife, 1968): 
 < 90% (desnutrição) 
 90 – 109% (eutrofia) 
 110 a 119% (sobrepeso) 
 ≥ 120% (obesidade) 
 
 P/A menos fiel que o IMC; 
 Utilizado na rede pública de saúde no passado 
 Superestima a prevalência de desnutrição – capta 
todas as desnutridas 
 Limitado para uso com mulheres muito altas 
(>1,74m) e muito baixas (<1,40m) 
 
Interpretação e Observações: 
 
 Não considera o estado nutricional pré-
gestacional 
 Bom para uso em mulheres eutróficas 
(avaliar desvios de ganho) 
 P25-90: Adequado ganho de peso 
 P < 25: Baixo peso 
 P > 90: Sobrepeso 
 Utilizada pelo SISVAN 
 Sem limites para mulheres muito altas ou 
muito baixas (Rosso não permite) 
 Não requer tabela de peso e altura 
 Traçado ascendente: ganho de peso 
adequado 
 Traçado horizontal ou descendente: ganho 
de peso inadequado (gestante de risco) 
 
GESTANTE DE BAIXO 
PESO 
Recomendação: 
Curva de ganho de 
peso deve ter 
inclinação 
ascendente maior 
que a faixa do BP 
GESTANTE DE PESO 
ADEQUADO 
Recomendação: 
Curva de ganho de 
peso deve ter 
inclinação ascendente 
na faixa A 
GESTANTE SOBREPESO 
Recomendação: 
 Inclinação ascendente próxima 
da faixa S inferior ou superior, 
depende do estado nutricional 
inicial 
Por exemplo: se uma gestante de 
sobrepeso inicia a gestação com 
IMC próximo ao limite inferior 
dessa faixa, sua curva de ganho 
de peso deve ter inclinação 
ascendente semelhante à curva 
que delimita a parte inferior 
dessa faixa no gráfico.GESTANTE OBESA 
Recomendação: 
 Deve apresentar 
inclinação semelhante ou 
inferior(desde que 
ascendente) à curva que 
delimita a parte inferior 
da faixa de obesidade. 
 Objetivo: Identificar o crescimento normal 
fetal, correlacionando-se a medida da altura 
uterina com o número de semanas de gestação. 
 
 Padrão de referência: curvas de altura uterina 
para idade gestacional desenhadas a partir dos 
dados do Centro Latino-Americano de 
Perinatologia (CLAP). 
 Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com o 
abdômen descoberto 
 Delimitar a borda superior da sínfise púbica e o fundo 
uterino 
 Fixar a extremidade inicial (0cm) da fita métrica, 
flexível e não extensível, na borda superior da sínfise 
púbica, passando-a entre os dedos indicador e médio 
 Proceder à leitura quando a borda cubital da mão 
atingir o fundo uterino 
 Anotar a medida, em centímetros, na ficha e no cartão, 
e marcar o ponto na curva da altura uterina. 
 Técnica: margem superior do púbis até o fundo do 
útero com a gestante em decúbito dorsal 
 
 Interpretação: 
 Entre P10 e P90: NORMALIDADE 
 < P10: RCIU – alto risco 
 > P90: diabetes gestacional, macrossomia, 
gemelaridade e polidrâmnio 
Esta classificação não é específica, porém pode 
ser usada sendo flexível: 
 > 2 anos da menarca: avaliar como adulta 
 < 2 anos de menarca: muitas classificadas como BP 
 
Altura deve ser mensurada em todas as consultas 
ou trimestralmente; 
 
Sempre tratar como risco nutricional; 
 
 
 Circunferência Braquial 
 
 Comparação com medidas anteriores 
 
 Reflete o estado nutricional prévio à gestação e o 
atual 
 
 Menos sensível que o peso em relação às alterações a 
curto prazo das condições de saúde e nutrição 
 
 Usado na ausência de recursos para aferir o peso 
 
 Aumenta ao longo da gestação 
 Risco nutricional < 23,5cm (Lechitg, 1988) 
 Risco nutricional: 21 a 23,5 cm (Krasovec & Anderson, 1991) 
 
 Prega Cutânea Triciptal 
 
 
 PCT: Pode ocorrer redução devido a 
transferência de tecido adiposo entre os 
segmentos corporais 
 
Deve-se calcular: 
CMB (cm) = CB (cm) – 0,314 x PCT (mm) 
 
 Com padrão de referência em mulheres para 
comparação da mudança entre valor inicial e 
valor final 
 
 
 Número de refeições 
 
 Grupos e quantidades de alimentos 
 
 Uso de refrigerantes, bebidas alcoólicas, chás, café, 
guloseimas, produtos dietéticos e edulcorantes 
 
 Investigar tabus, alergias e intolerâncias alimentares 
 
 Modificações (inclusão/exclusão) devido a gestação 
 
 Picamalácia (terra, barro, tijolo, ração para cães, 
água de sabonete, cabelo, fósforo, raspas de gelo, 
giz ou combinações alimentares atípicas) 
 
 Sinais e sintomas digestivos 
 
 Sinais clínicos sugestivos de carência nutricional 
(exame físico de olhos, face, lábios e língua, 
glândulas, gengiva, edema, PA) 
 
 Cegueira noturna gestacional 
 Avaliação funcional da DVA (distúrbios da Vit. A): 
 
 Dificuldade para enxergar durante o dia? 
 
 Dificuldade para enxergar com pouca luz ou a noite? 
 
 Tem cegueira noturna? 
 
 1: NÃO e 2 ou 3: SIM (positivo) 
 
 
 
 
Resultado dos ajuste fisiológicos da gestação: 
-Baixa reserva hepática pré-gestacional 
-Baixa ingestão de alimentos fonte de vit. A 
- Baixa ingestão de lipídeos e proteínas 
- Processos Infecciosos 
 Avaliação funcional da DVA: 
 
 Para confirmação: 
 Avaliação dietética: alimentos fonte 
 
 Dosagem do retinol sérico < 1,05 micromol/L 
 
 MS: Programa Nacional de Suplementação de 
Vitamina A 
- Pré-escolares; 
- Mulheres em áreas de risco 
- Puérperas 
VALORES MULHER ADULTA GESTANTE 
Hematócrito 37 a 47% 33 a 44 % 
Glicemia 75 a 115 mg/dl 60 a 105 mg/dl 
Aldosterona (plasma) < 8 ng/dl < 20 ng/dl 
Cortisol (plasma) 5 a 25 μg/dl 15 a 35 μg/dl 
T4 5 a 12 μg/dl 10 a 17 μg/dl 
T3 70 a 190 μg/dl 100 a 220 μg/dl 
Cálcio total 9,0 a 10,5 mg/dl 8,1 a 9,5 mg/dl 
Insulina, jejum 6 a 26 μU/ml 8 a 30 μU/ml 
Hemoglobina 12 a 16 g/dl 11 a 14 g/dl 
Ferritina 15 a 200 ng/ml 5 a 150 ng/ml 
Ferro 135 μg/dl 90 μg/dl 
Creatinina < 1,5 mg/dl < 1,0 mg/dl 
VALORES MULHER ADULTA GESTANTE 
Sódio 136 a 145 mEq/l 130 a 140 mEq/l 
Proteínas urinárias < 150 mg/dia < 300 mg/dia 
Colesterol 120 a 180 mg/dl 180 a 280 mg/dl 
Triglicerídeos < 160 mg/dl < 260 mg/dl 
Proteína plasmática total 8,0 g/dl 7,0 g/dl 
Albumina 3,5 a 5,5 g/dl 2,5 a 4,5 g/dl 
Burrows e Ferris, 1996 
 
 
Exemplo 1: 
Gestante com risco para ganho de peso excessivo, sem fatores de risco 
laboratoriais, com quadro clínico de constipação intestinal e risco de 
insuficiente ingestão de folato. 
 
Objetivos e estratégia da intervenção: 
- Regularizar o peristaltismo intestinal (consumir água pura todos os dias); 
- Prevenir ganho de peso excessivo (plano alimentar de 2000kcal para 
ganho de 200 a 300g/semanal); 
-Garantir reservas adequadas de folato (aumentar o consumo de folato) 
 
Modificações dietéticas: 
- Beber 2 garrafinhas de água de 500ml por dia, uma pela manhã e outra 
pela noite; 
- Consumir de 1 concha de feijão pelo menos 4x/semana 
- Consumir diariamente 1 colher de sopa de farelo de trigo 
- Outras fontes de acído fólico: fígado, cereais integrais, ervilha, grão de 
bico banana, abacate, laranja 
 
 
Exemplo 2: 
 
A gestante, apesar de apresentar obesidade mórbida, não apresenta 
atualmente consumo energético excessivo, o que é confirmado pelo pouco 
ganho de peso desde o início da gestação. Apresenta quadro de pré-
eclâmpsia e consumo excessivo de sódio, o que constitui um risco, 
considerando o quadro de hipertensão crônica. 
 
Objetivo e estratégias de intervenção: 
- Reduzir edema (Aumentar ingestão protéica de AVB) 
- Facilitar a síntese de albumina 
- Melhorar os níveis pressóricos (reduzir a ingestão de sódio para 2g/d) 
 
Modificações dietéticas: 
- Não consumir nenhum embutido ou enlatado; 
- Estímulo ao uso de temperos naturais; 
- Evitar o uso de biscoitos salgados, molhos prontos e industrializados 
1.Cumprimentar a paciente 
2.Solicitar o cartão de pré-natal e motivo da 
consulta 
3.Anamnese (idade, escolaridade, renda) 
4.Exames laboratoriais (Hb, Ht, glicemia de 
jejum) 
5.Exame físico (edema, mucosas, PA) 
6.Avaliação clínica 
7.Avaliação antropométrica (peso, altura, 
CB) 
8.Avaliação dietética (preferência, aversões, 
tabus, suplementos) 
9.Diagnóstico nutricional 
10.Prescrição e ed. nutricional (plano, 
orientações e receitas) 
11.Retorno 
 ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em 
obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 
2009. 
 
 VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio 
de Janeiro: Ed. Rubio, 2008. 628p. 
 
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à 
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 
Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: 
atenção qualificada e humanizada – manual técnico. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 163 p 
 
 MONTEIRO, J. P.; CAMELO JÚNIOR, J, S. Caminhos da 
Nutrição e Terapia Nutricional: da concepção a adolescência. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 
 Capitulo 2 
 1. Calcular o IMC pré gestacional, consultar os pontos de corte da 
tabela de Atalah (1997) recomendada pelo MS e classificar a 
gestante como BP, E, SP ou O. 
 2. Checar na tabela o intervalo para ganho de peso durante a 
gestação. 
 3. Verificar quanto a gestante ganhou no primeiro trimestre e 
avaliar se está de acordocom a recomendação segundo EN INICIAL; 
 4. Calcular a média de ganho de peso semanal a partir do 2ª 
trimestre e comparar com a recomendação semanal para esse 
período; 
 5. Estimar o ganho de peso total da gestação (até 40 semanas) a 
partir do média de ganho de peso semanal encontrada no item 4; 
 6. Verificar adequação do ganho de peso total (está dentro da faixa 
recomendada?); 
 7. Traçar a evolução do IMC na curva; 
 8. Detectar outros fatores de risco de cada gestante? 
 9. Diagnóstico final 
 10. Orientação nutricional 
 Gestante com 25 anos, casada, primeira gravidez, altura: 
1,52m, estudante universitária, não refere problemas de saúde 
pessoal nem familiar, mora em apartamento próprio e o marido 
e corretor de imóveis. Vem sentindo dificuldade de evacuar. 
Exames: PA=120X80 mmHg; glicemia de jejum=81mg/dl; edema 
(-); Hb=11mg/dl. Sua refeição diária é composta café, pão com 
margarina, bolachas, arroz, feijão, alguma carne ou ovo, as 
vezes suco ou uma fruta. Gosta de frutas e verduras, mas não 
come diariamente. Não gosta de leite pois só toma raramente. 
 Peso pré-gravídico: 50,0 kg 
 Peso na 13ª semana: 53,0 kg 
 Peso na 19ª semana: 54,2 kg 
 Peso na 23ª semana: 55,7 kg 
 Gestante de 38 anos, altura: 1,60m, terceira gravidez, tem 02 
filhos, um de 2 anos e 11 meses e outro de 1 ano e 2 meses. 
Trabalha pela manhã como secretária de um consultório médico 
e o marido trabalha com o pai num mercadinho da família. A 
mãe da gestante é hipertensa e ela própria apresentou na última 
gravidez um aumento de pressão (140/100 mmHg) durante o 
terceiro trimestre. Disse que adora comer e que além das 3 
refeições principais lancha a tarde e “belisca” outros alimentos 
durante o dia (picolés, batata-frita, refrigerante, entre outros). 
Gosta muito de massas e doces, mas não tem problema com 
nenhum alimento. 
 
 Peso pré-gravídico: 79,0 kg 
 Peso na 13ª semana: 81,5 kg 
 Peso na 16ª semana: 83,5 kg 
 Peso na 22ª semana: 86 kg 
 Gestante de 22 anos, altura:1,60m, 3ª gravidez. Na primeira o 
bebê nasceu morto e na segunda o bebê nasceu com 35 semanas. 
Ela refere que não sente muita fome na gravidez e também não 
tem tempo para comer, nem descansar, pois trabalha numa 
fábrica de 7 da manhã as 18 horas, com apenas uma hora para o 
almoço, passa a maior parte do tempo de pé. Toma café com pão 
ao acordar, depois só almoça (arroz, feijão, salada e frango), o 
lanche da tarde inclui café com bolachas e depois só janta 
quando chega em casa, um copo de leite. Exames: PA:100x6; 
Glicemia de jejum=75mg/dl; edema (+); Hb = 9,8mg/dl. 
 
 Peso pré-gravídico: não sabe 
 Peso na 13ª semana: 58,0 kg 
 Peso na 17ª semana: 58,8 kg 
 Peso na 21ª semana: 59,8 kg 
 Gestante de 20 anos, casada, altura:1,66m. Está fazendo cursinho 
preparatório para vestibular pela manhã e passa a tarde e a noite 
estudando em casa. Não gosta de comer “comida de panela” e 
prefere sanduíche ou pizza. Gosta muito de refrigerante, toma 
todo dia, quase sempre duas vezes por dia e passa a tarde e a 
noite beliscando algum petisco (chocolate, bolo, biscoitos 
recheados). Exames: PA=11,5/70 mmHg, glicemia de 
jejum=82mg/dl, edema (-), Hb=12,5 mg/dl. 
 
 Peso pré-gravídico: 62,0 kg 
 Peso na 13ª semana: 66,5 kg 
 Peso na 16ª semana: 68,3 kg 
 Peso na 20ª semana: 70,5 kg

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