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Direito do Trabalho II

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DIREITO DO TRABALHO II
REFORMA TRABALHISTA:
Flexibilização da proteção legislativa do trabalhador por motivação econômica. 
Principais mudanças: 
*Imposto / contribuição trabalhista sindical: 
Antes: obrigatória, não havia escolha. Não tinha a ver com filiação, mas sim com representação que é unificada. 
Agora: facultativa. Mudança vem, em tese, para evitar que a verba seja repassada para as associações que nada fazem para o trabalhador. 
*Prevalência do negociado: 
Prevalência dos Acordos e Convenções Coletivas sobre as regras estabelecidas na CLT, não mais sendo aplicável a regra de que os Acordos Coletivos seriam preponderantes somente naquilo em que fossem mais favoráveis;
Não havia termos exatos da negociação. Este acerto era feito na prática pelo Juiz. 
*Especificação do tempo à disposição: 
Os períodos em que o empregado permanecer nas dependências da empresa para realização de atividades particulares, assim como alimentação, descanso, lazer, estudo, relacionamento pessoal, troca de uniforme quando não houver a obrigatoriedade de realizar a troca dentro da empresa, entre outros, passam a ser expressamente considerados como tempo em que o empregado não está à disposição do empregador, não sendo devido o pagamento de horas extras pelo período correspondente caso ocorra fora da jornada.
*Equiparação Salarial: 
Possibilidade de estabelecimento de salários distintos para empregados com diferença de 04 anos ou mais de prestação de serviços para o mesmo empregador, mantido o requisito atual de 02 anos na mesma função. A equiparação salarial somente será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando extinta a possibilidade de equiparação com paradigmas remotos.
Os requisitos para equiparação salarial não serão aplicáveis quando a empresa adotar, por meio de norma interna, ou negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada a homologação pelo Ministério do Trabalho;
Orientação Jurisprudencial 199/TST-SDI-I - 11/07/2017. Relação de emprego. Jogo do bicho. Contrato de trabalho. Nulidade. Objeto ilícito. CCB, arts. 82 e 145. CLT, art. 3º.
É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico.
TERCEIRIZAÇÃO:
 
 Empresa Terceirizante 
 vínculo de emprego vínculo contratual 
 
 Trabalhador prestação de serviços Empresa Terceirizada
Evolução Normativa:
- Teve início no Brasil em 1970legislação heterônoma
- A CLT fazia menção a duas figuras delimitadas de subcontratação de mão de obra: a empreitada e a sub-empreitada, englobando a figura da pequena empreitada. 
- No setor público: DEC-LEI 200/67 e Lei nº 5.645/70
- No campo privado: Lei do Trabalho Temporário (Lei nº 6.019/74) e Lei nº 7.102/83 que autorizava a terceirização do trabalho de vigilância bancária em caráter permanente. 
Evolução Jurisprudencial:
- Atual Súmula 331/TST antiga lei da terceirização Terceirização Lícita: 1) trabalho temporário 2) Serviço de Vigilância 3) Serviço de Conservação e Limpeza 4) Serviço Especializados ligados a atividade meio do tomador: atividade fim: aquela presente no contrato social da empresa atividade meio: aquela que gira em torno da atividade fim (atividade periférica; que auxilia no resultado). 
A terceirização lícita deve ser impessoal e não deve haver subordinação direta (≠ gestão do serviço; gerenciar).
 O inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações desde que tenha participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. Responsabilidade Solidária: quando há a terceirização ilícita entre empresa terceirizante e empresa terceirizada. 
 Para a Administração Pública: não pode haver vínculo empregatício, mas permite a isonomia.
A Administração Pública só será responsabilizada subsidiariamente, caso evidenciada sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. --> A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. 
Polêmica: questão da terceirização da telecomunicação atividade meio X atividade fim
A contratação irregular do trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vinculo de emprego com o ente da administração pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados ás mesmas verbas trabalhistas legais e narrativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador de serviços, desde que presente a igualdade de funções. 
Diversos Julgamentos do STF
Lei 13.429/2017: 
Altera a lei 6.019/74 e trata das relações trabalhistas na empresa de prestação de serviços e terceiros.
“Art. 1º: As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na empresa de prestação de serviços e nas respectivas tomadoras de serviço e contratante regem-se por esta Lei.” (NR)
Regula as relações de trabalho temporário e prestação de serviços na empresa.
“Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. 
§ 2º Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. ”
 O vínculo empregatício é sempre com a terceirizante (intermediadora contratada) e não com a tomadora (terceirizada). 
“Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos. 
 É responsabilidade da contratante (tomadora de serviços) garantir condições de higiene, segurança e salubridade aos trabalhadores. 
§ 5º A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. ”
A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer prestação de serviço, caso a tercerizante inadimplir. 
“Art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: 
I - qualificação daspartes; 
II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; 
III - prazo da prestação de serviços; 
IV - valor da prestação de serviços; 
V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho. 
O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviço será por escrito
§ 3º O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.” (NR)
Possibilidade de terceirizar atividade meio e atividade fim * GRANDE MUDANÇA*
“Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
Qualquer que seja o ramo da empresa, não existe vínculo entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário (terceirizante). 
§ 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.
 O contrato de trabalho temporário, em relação ao mesmo empregador, não pode exceder prazo de 180 dias consecutivos. * utiliza a mão de obra para vários tomadores de serviços; pode ficar 180 dias com o mesmo tomador, depois pode ir para outro tomador (outro contrato). 
§ 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.
Quando as condições ensejam a contratação da terceirizante permanecer, pode prolongar mais 90 dias, além dos 180 dias. 
TST – agosto de 2017: Lei Terceirizante não se aplica a contratos encerrados antes da sua vigência. *se o contrato permanecer após a sua vigência, será aplicada a nova lei.
PODER EMPREGATÍCIO NO CONTRATO DE TRABALHO:
Conceito: conjunto de prerrogativas asseguradas pela ordem jurídica, concentradas na figura do empregador, relativamente à direção, regulamentação, fiscalização, e disciplinarmente na ordem interna empresarial e a sua prestação de serviços. 
Espécies: Poder Diretivo, Poder Regulamentar, Poder Fiscalizatório e Poder Disciplinar. 
Poder Diretivo: poder organizativo de comando –organização da estrutura interna empresarial, de questões procedimentais trabalhistas, e questões pertinentes à prestação de serviços. 
Poder Regulamentar: Conjunto de prerrogativas concentradas no âmbito do empregador dirigidos à fixação de regras gerais aplicáveis no âmbito do estabelecimento. Ex: ordens pessoais, regulamento, circulares e portarias. 
Obs: Extensão do Poder Diretivo em ocasiões especiais como no caso de Jogador de Futebol. 
Atenção: não produzem verdadeiras regras/normas jurídicas, apenas meras cláusulas contratuais que se aderem ao contrato de trabalho. Ex: companhia aérea. 
Justificativa: falta de dialética democrática. É documento unilateral. 
Poder Fiscalizatório: prerrogativas dirigidas ao acompanhamento da prestação de serviços e vigilância do espaço intra-empresarial. Ex: revistas, horários, frequência, prestação de contas.
OBS: A revista corporal interna é vedada. 
Poder Disciplinar: conjunto de prerrogativas direcionadas a propiciar a imposição de sanções aos empregados em face de descumprimento das obrigações contratuais. Não possui apenas caráter punitivo, pode ter caráter pedagógico. 
*Critérios de Aplicabilidade com justa causa, por exemplo, é fruto de construção jurisprudencial. 
- Autonomia : ilícito trabalhista; sanção e
*Atenção: caráter discricionário/injustificadas penalidades/afastamento
2) Fundamentos Legais: 
Art 2º, caput: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Jus Variandi: Art. 469, 468, § único)
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 
Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança
Art 474: Suspensão Disciplinar – prazo máximo 30 dias
Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho
*OBS: Poder Disciplinar
 Advertência: costume trabalhista (verbal ou escrito)
 Suspensão: art. 474, CLT
 Dispensa por justa causa: art. 482
Infrações trabalhistas: tipificadas em lei, critério taxativo, enumerando as infrações
Art. 482, CLT e dispersas infrações aplicadas à categoria específica ou circunsyancias especiais. Art. 158, § único. 
Art. 158 - Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; 
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa
 Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
a) ato de improbidade; 
b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; 
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
e) desídia no desempenho das respectivas funções; 
f) embriaguez habitual ou em serviço; 
hoje: é considerada doença, a consequência é o afastamento para tratamento
g) violação de segredo da empresa; 
h) ato de indisciplina ou de insubordinação; 
i) abandono de emprego; 
 requisito: ausência de 30 dias + animus abandonandi 
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
l) prática constante de jogos de azar. 
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Alínea incluída pela Lei n.° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017 - entrará em vigor 120 dias após sua publicação)
inserção da nova CLT
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei n.º 3, de 27-01-66, DOU 27-01-66)
PARÂMETROS DE APLICABILIDADE DO PODER DISCIPLINAR:
Sem eles: ilegalidade. São doutrinários e jurisprudenciais
Proporcionalidade: 
A sanção deve ser proporcional ao ato cometido.
Falta leve: advertência
Falta Grave: Suspensão
Falta Gravíssima: dispensa por justa causa
Caso a sanção seja aplicada erroneamente, haverá a revisão em juízo pela Justiça do Trabalho.
Progressividade (gradação da pena)
Sempre que possível, primeiro o empregador advertirá o empregado quando cometer uma infração, na reiteração do ato faltoso, o empregador deverá suspender, e finalmente, na continuidade do ato faltoso,o empregador poderá aplicar a dispensa por justa causa. 
Imediatidade:
Conhecido o ato faltoso, o empregador deve imediatamente punir o empregado. O prazo razoável para aplicação da pena é de 30 dias (a contar do conhecimento do fato, não da sua ocorrência), sob pena de caracterizar em perdão tácito ou expresso.
CONTRATO DE TRABALHO:
Definição: acordo expresso ou tácito correspondente à relação de emprego (propcia i surgimento da relação)
Acordo expresso: explícita a relação de emprego (escrita ou verbal)
Acordo tácito: é subjetiva a relação de emprego (deve ser verbal)
Geralmente, é um acordo de adesão, formulado pelo empregador. 
“Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”.
“Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3° desta Consolidação. (Artigo incluído pela Lei n.° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017 - entrará em vigor 120 dias após sua publicação)”. 
Permite a contratação de autônomo: não terá vínculo empregatício
“Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”.
Irá desconstituir a fraude oriunda do contrato autônomo. 
Características:
Contrato de direito provado natureza jurídica da relação de emprego
Sinalagmático: obrigações e direitos recíprocos 
Consensual: não formal/solene: não está sujeito às formalidades imperativas. Exceção contrato de experiência e contrato do profissional de futebol e de artistas (contrato intermitente: decorrente da reforma trabalhista)
Intuitu Personae: pessoalidade do empregado (fidúcia) e impessoalidade do empregador (despersonalização)
Trato Sucessivo: prestações obrigacionais (trabalho e salário) se sucedem no tempo, cumprindo e vencendo-se ao longo o pacto laboral. (Que é diferente do contrato de compra e venda que é caracterizado pela tradição).
Contrato Atividade: obrigação central é uma obrigação de fazer, realizar alguma atividade.
Oneroso: transferência reciproca de perdas e ganhos econômicos, vantagens para ambas as partes (serviço e salário)
Alteridade: os riscos inerentes ao próprio empreendimento pertencem apenas ao empregador. 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CONTRATO DE TRABALHO: Morfologia
 - Elementos Essenciais: sinônimo de elementos jurídicos formais
OBS: os 5 elementos fáticos-jurídicos indicam a existência da relação de emprego, ao passo que os jurídicos formais indicam a validade ou não da relação e a extensão de efeitos jurídicos. 
Atenção: Verificar Nulidade: serve para evitar a nulidade do contrato de trabalho.
Capacidade das partes: aptidão para prática dos atos da vida civil e laborativa
-Empregador: pessoa natural
- Empregado
18 anos: capacidade plena
16 a 18 anos: capacidade relativa. Nãopode ter trabalho noturno, insalubre ou perigoso 
 “ Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) ”. 
Assinatura para expedir CTPS, celebrar contrato e rescisão contratual 
“ Art. 17 - Na impossibilidade de apresentação, pelo interessado, de documento idôneo que o classifique, a Carteira de Trabalho e Previdência Social será fornecida com base em declarações verbais confirmadas por 2 (duas) testemunhas, lavrando-se, na primeira folha de anotações gerais da carteira, termo assinado pelas mesmas testemunhas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10-10-69, DOU 13-10-69)
§ 1º - Tratando-se de menor de 18 (dezoito) anos, as declarações previstas neste artigo serão prestadas por seu responsável legal. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10-10-69, DOU 13-10-69) “. 
“Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida”. 
- 14 a 16 anos: função aprendiz
 Obs: Antecipação da maioridade civil (por emancipação ou por economia própria não invade a seara trabalhista.
Objeto Lícito
“ Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto”. 
 negativa de repercussão na área trabalhista, o contrato de trabalho deve ter objeto lícito. Ex: Jogo do Bicho: “OJ 199 DA SBDI-1 DO TST: JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico”. 
Forma prescrita ou não em lei
- Regra Geral: informalidade dos atos 
- Contrato de Trabalho Consensual/Acordo tácito (art.442, CLT)
- “ SÚMULA Nº 212 TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado”. presunção-prestação de serviços relação de emprego-onus do empregador. 
- CLT: “Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo”. forma prescrita/recebimento de pagamento/prova.
NULIDADES CONTRATUAIS
Conceito: invalidação da existência e ou dos efeitos jurídicos do ato contrário a lei. A nulidade inviabiliza o contrato válido. 
Teoria Trabalhista:
Matriz Trabalhista: 
Efeito ex nunc: irretroatividade da nulidade em respeito as situações fáticas consolidadas.
Matriz Civilista:
Efeito ex tunc: retroação da decotação da nulidade. 
CC: “Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente”. 
-Justificativa: impossibilidade do status quo ante trabalho já prestado e seu valor agregado ao empreendimento, bem como evitar o enriquecimento sem causa do tomador de serviçosreconhecimento dos direitos trabalhistas. 
- Aplicabilidade:
* plena: ofensa à interesse obreiro. Ex: Contrato atleta não escrito. Nesse caso o contrato é nulo, mas o indivíduo tem direito a requerer seus direitos anteriores à decretação de nulidade do contrato. 
* restritiva (interesse púbico): contratação irregular no serviço público. Para entrar no serviço público: deve ser feito concurso público 
CRFB/88: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.”. 
SÚMULA 363 DO TST: “CONTRATO NULO. EFEITOS. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37,II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos”. 
negativa de qualquer repercussão
 reserva de direitos pactuados em contrato e perante o recebimento do FGTS: até a decretação da nulidade. 
* matriz civilista: trabalho ilícito. Ex: jogo do Bicho (ex tunc)
MODALIDADES CONTRATUAIS:
Contrato por prazo indeterminado Regra Geral
- Principio da Continuidade da Relação de Emprego
- Súmula 212 TST: presunção favorável ao empregado
Efeitos (institutos trabalhistas de proteção):
Interrupção e Suspensão contratuais: verificados os fatores indicativos, a interrupção susta apenas a obrigação do empregado. Na suspensão, ambas obrigações do empregado e do empregado são sustadas temporariamente. Ex: afastamento maior que 15 dias e menor que 15 dias: preserva-se a o contrato de trabalho até a extinção da causa. 
- Após 15 dias: suspensão
No caso de acidente de trabalho, o FGTS continua a ser pago mesmo em caso de suspensão. 
- Até 15 dias causa interruptiva e o pagamento ao empregado passará a ser de responsabilidade da Previdência. 
 Estabilidade e Garantias de Emprego: assegura-se repercussão de tais figuras inviabilizando a ruptura do pacto. Ex: dirigente sindical, CIPA, gestante, acidentado) Protege contra a dispensa arbitrária. 
Efeito Rescisório: conjunto de valores rescisórios amplamente mais favorável ao empregado em comparação ao contrato por prazo determinado. 
OBS: modalidades de Dispensa:
- arbitrária
- demissão
- justa causa e empresarial (justa causa por falta grave do empregador) rescisão indireta do contrato de trabalho. Ex: atraso de salário por 3 meses consecutivos
CLT: “Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: 
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. 
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. 
§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. (Parágrafo incluído pela Lei n.º 4.825, de 05-11-65, DOU de 08-11-65)”.

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