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Universidade Estácio de Sá (Campus Nova América) Prática Simulada II Nome: Bruna Evellyn de Souza Cavalcante Matrícula: 201408017504 Caso Concreto AULA 7 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA TRABALHISTA DE BELÉM – PA. PROCESSO Nº: XX BANCO DINHEIRO BOM S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº..., estabelecido na rua, nº, bairro, Belém, Pará, CEP, endereço eletrônico, vem por seu advogado infra-assinado, com endereço na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, endereço eletrônico, nos autos da AÇÃO TRABALHISTA movida por PAULA, já devidamente qualificada, apresentar CONTESTAÇÃO Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. DO MÉRITO DO NÃO CABIMENTO DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL A reclamante foi contratada pela reclamada para exercer a função de gerente geral de agência de pequeno porte atendendo a clientes pessoa física e recebendo R$ 8.000,00 (oito mil reais) mensais, além de gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. Alega a reclamante que o Sr. João Petrônio, contratado para exercer a função de gerente de agência de grande porte, atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas, recebia R$ 10.000,00 (dez mil reais) por mês, o que a leva a ter direito a diferenças salariais e reflexos em razão da equiparação salarial. Não assiste razão a reclamante uma vez que, embora, os dois empregados fossem gerentes, a reclamante não realizava as mesmas tarefas do paradigma. É importante observar que a reclamante era gerente geral de agência de pequeno porte e cuidava apenas das contas correntes de pessoas físicas. Já o Sr. João Petrônio era gerente de agência de grande porte e lidava com clientes pessoas físicas e jurídicas. Logo, em conformidade com o art. 461 da CLT e Súmula 6, III do TST, não deve prosperar o pedido de pagamento de diferenças salariais e reflexos devendo o processo ser extinto com resolução de mérito na forma do art. 487, I do CPC. DO NÃO CABIMENTO DE HORAS EXTRAS E REFLEXOS. A reclamante informa que trabalhava de 8 as 20 h, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 20 minutos para repouso e alimentação, razão pela qual teria direito a horas extras e reflexos. Não tem direito a reclamante as verbas pleiteadas uma vez que exerce cargo de gestão conforme estabelece o art. 62, II, da CLT. A função de geral de agência que recebe gratificação de 50% a mais que o cargo efetivo pressupõe o encargo de gestão, conforme preceitua a Súmula 287 do TST. Desta forma, não há que se falar em demais verbas, já que não está sujeita a controle de jornada, motivo pelo qual seu pedido deve ser julgado improcedente. DO NÃO CABIMENTO DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA A reclamante foi transferida de São Paulo para Belém após 1 ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família, motivo que a leva a pleitear o adicional de transferência. Não cabe o pagamento do referido adicional posto que a transferência da reclamante ocorreu de modo definitivo, já que informou que fixou residência em Belém com toda a sua família. Vale esclarecer que o adicional de transferência só é devido nas transferências provisórias, como determina o art. 469, § 3º da CLT, bem como a OJ 113. DO NÃO CABIMENTO DA DEVOLUÇÃO DOS VALORES DO PLANO DE SAÚDE A reclamante requer a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde que assinou no ato de admissão, tendo, inclusive, naquela oportunidade, indicado dependentes. DO NÃO CABIMENTO DA MULTA DO ARTIGO 477, CLT A reclamante alega que foi notificada da dispensa em 06/02/2017, recebendo suas verbas rescisórias e tendo ocorrido sua homologação em 16/02/2017. Em consonância com o artigo 477, § 6º, da CLT, quando houver o aviso indenizado, a reclamada terá até o décimo dia, da data da indenização para o pagamento das verbas rescisórias. Como se nota, a reclamada pagou tempestivamente as parcelas rescisórias ao reclamante, ou seja, em 16/02/2017, visto que o prazo conta-se a partir do dia seguinte ao comunicado da dispensa, de acordo com a OJ 162. Sendo assim, não faz jus ao recebimento da multa prevista no artigo 477, § 8º da CLT. Nada deve a reclamada a reclamante quanto ao pagamento referente à equiparação salarial, horas extras e seus reflexos, adicional de transferência, devolução dos valores do plano de saúde, bem como multa prevista no artigo 477, §8º da CLT. DOS PEDIDOS Conforme exposto, nada deve a reclamada à reclamante a qualquer título, devendo a presente ser julgada IMPROCEDENTE, condenando a reclamante ao pagamento das custas processuais, com a extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, CPC. DAS PROVAS Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em Direito admitidos, principalmente depoimento pessoal da reclamante, sob pena de confissão, quanto à matéria de fato. Nestes termos Pede deferimento Local e data Advogado / OAB
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