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Semana 06

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Caso 07
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto, pergunta -se : a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa? R = Do requerente Legal.
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal? R = Paula, sendo emancipada, não teria mais representante legal, podendo, assim, propor a queixa. Segundo a melhor doutrina, ainda que emancipada Paula é inimputável, já que a emancipação só gera efeitos civis, e caso fizesse falsas afirmações não estaria sujeita as sanções pela prática do injusto penal de Denunciação Caluniosa. Assim necessária a intervenção do representante legal e não possuindo Paula representante legal, seria viável a nomeação de curador especial.
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva? R= De acordo com o disposto no ar t.5º do Código Civil a menoridade cessa a partir dos 18 completos. Assim não faz sentido que no processo penal permaneça a legitimação concorrente para os maiores de 18 e menores de 21 anos, pois os maiores de 18 anos são pessoas habilitadas para todos os atos da vida civil. Segundo a melhor doutrina o artigo 34 do CPP, assim como outros dispositivos do Código de Processo Penal, perdeu o objeto e foram revogados.
Caso08
Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de professores. Referida fraude somente é descoberta após a cessação do mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito, no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para a denúncia, o Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do exposto, diga qual o juízo competente para julgar o ex prefeito. R= O prefeito possui fórum privilegiado pela prerrogativa da função devendo ser julgado no tribunal de justiça por força do art.29, inciso X CF/88, entretanto ele deixou de exercer o mandato, alguns autores entendem que ele manteria a prerrogativa porque o crime for praticado durante o mandato, porém tende a preponderar atualmente o entendimento de que ele perde o fórum privilegiado tendo em vista que este se dá em razão do exercício de uma função que o réu não mais exercita.
Caso 09 
Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se: a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato? R = O Juiz de direito possui fórum privilegiado por prerrogativa de função, peculato não é crime doloso contra a vida, portanto aplica-se o art.78 inciso III CPP devendo o juiz e seu secretario serem julgados no tribunal de justiça.
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento? R= Tribunal do júri. O juiz e seu secretario deverão ser julgados no tribunal do júri tendo em vista a aplicação da sumula 721 STF, porque o fórum privilegiado pela prerrogativa da função do juiz esta estabelecido na constituição Federal.

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