Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV CURSO DE GESTÃO FINANCEIRA EVANDRO DE S. LOLATT RA C217FH-4 ÍTALO GABRIEL MOREIRA RA C077GJ-1 MAYARA C. SANTOS RA C212GI-8 SIMONE ANDRÉIA G. NASCIMENTO RA C1544A-4 PROMED SOROCABA 2015 EVANDRO DE S. LOLATTO RA C217FH-4 ÍTALO GABRIEL MOREIRA RA C077GJ-1 MAYARA C. SANTOS RA C212GI-8 SIMONE ANDRÉIA G. NASCIMENTO RA C1544A-4 PROMED Projeto apresentado ao Curso de Gestão Financeira, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Paulista – UNIP, como requisito para aprovação na disciplina Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM IV. Orientador: Prof. Paulo Sérgio Talachia SOROCABA 2015 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV Prof. Regis Bastida Profª. Lígia Bardou de Carvalho Prof. Gláucio Menoni Honorato Prof. Nélvio Pincinato Profª. Sandra Quaresma de Jesus Prof. Rosana Ap. Ferreira França Profª. Lisiane Paulon Prof. Anderson Machado Prof. Paulo Roberto Rodrigues Prof. Waldemar Bellia Júnior Profª Naira Albuquerque de Melo Prof. José Geraldo Garcia Prof. Marcelo F. Leão Prof. Nilton José Pereira Profª. Maria Elizabete Vergílio Prof. Walter César J. de Faria Profª. Micaela Pincinato Prof. Sandro Almeida Prof. Paulo Talacchia Profª Helide Campos Profª. Aparecida Roseli S dos Santos Profª Rosangela Araújo Pires Vig Prof. Alex Sandro Benetti Dias Prof. Richard Flink (Coord.) Sorocaba, 2º semestre de 2015 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus em primeiro lugar, pois sem ele esta oportunidade de aprendizado não seria possível. Aos nossos familiares e amigos pela compreensão e paciência que demonstraram durante todo o processo de elaboração deste projeto. E em especial ao nosso professor orientador Paulo S. Talachia, por sua paciência, pela orientação impecável e por ter compartilhado conosco sua grande sabedoria. “Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. (Charles Chaplin) 5 RESUMO Após a reabertura e recolocação da empresa PROMED no mercado de Sorocaba e Região, voltada para a prestação de serviços na área de odontologia, a PROMED pretende prestar serviços também na área médica. Para tanto foi desenvolvido um plano estratégico, utilizando diversas ferramentas administrativas, para viabilizar este projeto de expansão de mercado. Ferramentas essas que nortearão a empresa no processo de planejamento, análise de mercado, investimentos, controle, desenvolvimento sustentável, tecnologias, etc. Conforme visto no Projeto Integrado Multidisciplinar III, a empresa PROMED tem por finalidade a prestação de serviços na área da saúde, especificamente em equipamentos de Raio-X. O negócio consiste em realizar os laudos dos equipamentos, para que estes estejam dentro das normalidades dos pareceres técnicos, exigidos pelos órgãos fiscalizadores. A empresa presta serviços de controle de qualidade, levantamento radiométrico e teste de fuga de cabeçote em equipamentos diversos, que incidam radiações ionizantes em ambientes, pacientes e profissionais da área. A PROMED, iniciou as operações voltada para a área odontológica, e agora percebeu a necessidade dessa prestação de serviços na cidade de Sorocaba e Região, voltada para área médica, onde existe uma grande concentração de prestação de serviços na área da saúde. Assim, a PROMED pretende atacar esse nicho de mercado que é muito promissor, e que tem expectativa de crescimento de 2% ao ano. Com o pensamento de crescimento em curto prazo. Palavras-chave: Plano estratégico. Expansão de mercado. Crescimento. 6 ABSTRACT After the reopening and replacement PROMED Company in the Sorocaba region and market, focused on providing services in dentistry, the PROMED willing to provide services also in the medical field. For such a strategic plan was developed using a variety of administrative tools to enable this market expansion project. These tools that will guide the company in the planning process, market analysis, investment, control, sustainable development, technologies, etc. As seen in the Integrated Multidisciplinary III Project, the PROMED Company aims to service delivery in health, specifically X-ray equipment. The deal is to make the reports of the equipment so that they are within the normality of technical reports, required by the inspectors. The company provides quality control services, radiometric survey and head leakage test various equipment, which concern ionizing radiation environments, patients and professionals. The PROMED, began operations toward the dental field, and now realized the need for this service in the city of Sorocaba and Region, focused on the medical field, where there is a concentration of services in health care. Thus, the PROMED aims to tackle this niche market is very promising and has growth expectations of 2% per year. With the thought of short-term growth. Keywords: Strategic Plan. Market expansion. Growth. 7 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Evolução do Conceito da Informação 28 Tabela 2 - Identificação das Entidades Comparadas 38 Tabela 3 - Fatores Críticos de Sucesso: Comparação com os Concorrentes 38 Tabela 4 - Análise do Ambiente Interno 39 Tabela 5 - Análise SWOT 39 Tabela 6 - Ambiente Externo 40 Tabela 7 - Análise do Macro Ambiente Econômico/Político/Legal 40 Tabela 8 - Análise do Macro Ambiente Sócio/Cultural 41 Tabela 9 - Análise do Macro Ambiente Tecnológico e Natural 41 Tabela 10 - Análise do Macro Ambiente Demográfico 42 Tabela 11 - Fluxo de Caixa Projetado em 5 anos – Antes da Adesão ao Setor Médico 47 Tabela 12 - Fluxo de Caixa Projetado em 5 anos – Com a Adesão ao Setor Médico 47 Tabela 13 - Fluxo de Caixa Projetado em 5 anos – Consolidado 48 Tabela 14 - Apuração do PAYBACK 48 Tabela 15 - Valor Presente Líquido – VPL 49 Tabela 16 - TIR Modificada 49 Tabela 17 - TIR Modificada 49 Tabela 18 - Índice de Lucratividade 50 Tabela 19 - Valor Presente Líquido Anual 50 8 SUMÁRIO RESUMO..................................................................................................................... 5 ABSTRACT ................................................................................................................. 6 LISTA DE TABELAS .................................................................................................. 7 1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 10 1.1 Dados do Empreendimento .............................................................................. 10 1.2 Missão ................................................................................................................10 1.3 Visão ................................................................................................................... 10 1.4 Valores ............................................................................................................... 10 1.5 Política de Qualidade ........................................................................................ 10 1.6 Forma Jurídica, Enquadramento Tributário e Capital Social ........................ 11 1.7 Principais Produtos e ou Serviços .................................................................. 11 1.8 Principais Concorrentes ................................................................................... 12 2 MERCADO DE CAPITAIS ..................................................................................... 13 2.1 Fundamentos do Mercado de Capitais ............................................................ 13 2.2 Principais Benefícios do Mercado Acionário .................................................. 15 2.3 Investimentos em Títulos ................................................................................. 16 2.4 Promed no Mercado de Capitais ...................................................................... 17 3 CONTROLADORIA ............................................................................................... 20 3.1 O surgimento da Controladoria ....................................................................... 20 3.2 A Importância da Controladoria na Gestão Empresarial ............................... 21 3.3 Funções da Controladoria ................................................................................ 22 3.4 Funções e Atribuições do Controller............................................................... 23 3.5 A Controladoria na PROMED ........................................................................... 25 4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À AREA FINANCEIRA............... 27 4.1 Fundamentos da Tecnologia da Informação .................................................. 27 4.2 Tecnologia da Informação na PROMED .......................................................... 28 5 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................................................ 30 9 5.1 Sustentabilidade e Responsabilidade Social .................................................. 30 5.2 A Carta da Terra ................................................................................................ 33 5.3 O Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social na PROMED .. 33 6 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ....................................................................... 36 6.1 Fundamentos e Conceitos de Planejamento Estratégico .............................. 36 6.2 Viabilidade Estratégica ..................................................................................... 37 6.3 O Planejamento Estratégico da PROMED ....................................................... 38 6.3.1 Análise dos Aspectos Internos ......................................................................... 38 6.3.2 Resumo das Estratégias: Análise do Ambiente Interno ................................... 39 6.3.3 Análise do Ambiente Externo ........................................................................... 40 6.3.4 Resumo das Estratégias: Análise do Ambiente Externo .................................. 40 6.3.5 Resumo das Estratégias: Análise de Ambiente Interno e Externo ................... 40 6.3.6 Análise do Macro Ambiente .............................................................................. 41 6.3.7 Resumo das Estratégias: Análise do Macro Ambiente Sócio/Cultural ............. 41 6.3.8 Resumo das Estratégias: Análise do Macro Ambiente Tecnológico e Natural . 42 6.3.9 Resumo das Estratégias: Análise do Macro Ambiente Demográfico ............... 42 6.3.10 Hierarquia dos Objetivos ................................................................................ 42 6.3.11 Market Shear .................................................................................................. 43 7 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ........................................................................... 45 7.1 Fundamentos e Conceitos de Análise de Investimentos ............................... 45 7.2 Análise de Investimento da PROMED.............................................................. 47 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 51 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 52 10 1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 1.1 Dados do Empreendimento Razão Social: Paulo Henrique Senise – ME Nome Fantasia: PROMED - Consultoria e Prestação de Serviços em Radioproteção e Física Médica. Endereço: Rua Capitão Augusto Franco, 83 - Vila Amélia – Sorocaba/SP CNPJ: 08.782.826/0001-61 1.2 Missão Executar serviços de qualidade em física médica e proteção radiológica, prezando pela excelência no atendimento e satisfação dos clientes. 1.3 Visão Investir na modernização tecnológica de equipamentos e na atualização e aperfeiçoamento das equipes para ser referência em controle de qualidade da imagem e proteção radiológica em todo o país. 1.4 Valores Recursos humanos qualificado e comprometido Continuidade e progresso das atividades. Imagem da empresa Competência e Seriedade. Comportamentos que atendem os mais altos padrões éticos e profissionais. 1.5 Política de Qualidade Atender as necessidades dos clientes, prestando serviços de qualidade na área de proteção radiológica, implementando melhorias contínuas no sistema da qualidade baseados na seguinte política: Clientes: Atender suas necessidades, assessorando continuamente na área de proteção radiológica, com respeito qualidade e profissionalismo. 11 Colaboradores: Proporcionar crescimento pessoal e profissional, criando oportunidades para assimilação de novos conhecimentos, para garantir a sua aplicação no sistema de qualidade. 1.6 Forma Jurídica, Enquadramento Tributário e Capital Social A PROMED é uma microempresa de sociedade individual, seu Capital Social da é de R$ 79.500,00 integralizados. Anteriormente era optante pelo regime tributário do Lucro Presumido, mas este ano realizou a mudança para o Simples Nacional. 1.7 Principais Produtos e ou Serviços A PROMED tem por finalidade a prestação de serviços em equipamentos médicos e odontológicos, emitindo laudos dos equipamentos e suas linhas de base, como: Controle de Qualidade de Equipamentos de Raios X Levantamento Radiométrico Avaliação de Fuga de Cabeçote Supervisão em Radioproteção Constituem-se responsabilidades do Supervisor de Proteção Radiológica (norma CNEN NN 3.01, item 5.3.9): Assessorar e informar a direção da instalação sobre todos os assuntos relativos à proteção radiológica; Zelar pelo cumprimento do plano de proteção radiológica aprovado pela CNEN; Planejar, coordenar, implementar e supervisionar as atividades do serviço de proteção radiológica, de modo a garantir o cumprimento dos requisitos básicos de proteção radiológica; Coordenar o treinamento, orientar e avaliar o desempenho dos profissionais, sob o ponto de vista de proteção radiológica. Como parte do contrato de Supervisão em Radioproteção, o Supervisor irá revisar o Plano de Proteção Radiológica e também o orientará durante todo o processo 12 de Licenciamento da Instalação junto à CNEN, assim como nos processos de Importação de material radioativo. 1.8 Principais Concorrentes Os concorrentes são as empresaspulverizadas, com sede em São Paulo capital e algumas no interior em um raio de 400 Km, mas não exercem com ênfase no mercado da cidade de Sorocaba e região. As empresas mais presentes na cidade são: PRO-RAD QUALITY JC MORAES Sendo a PRO-RAD e a QUALITY localizadas na cidade de São Paulo, e a JC MORAES na cidade de Sorocaba. Entre 10 (dez) profissionais e clínicas médicas pesquisadas, 02 (dois) utilizam os serviços da QUALITY, 02 (dois) da PRO-RAD, 03 (três) da JC MORAES e os outros 03 (três) com empresas variadas num raio de 800km da área e também de outros estados do Brasil. 13 2 MERCADO DE CAPITAIS 2.1 Fundamentos do Mercado de Capitais Com a evolução do sistema financeiro se desenvolve o Mercado de Capitais, porque antes de seu surgimento, o sistema financeiro era limitado aos bancos, que através de empréstimos e financiamentos eram fontes de recursos insuficientes para anteder às necessidades de capitalização das empresas, pois era limitada a captação e investimentos da poupança financeira; controle e disciplina dos clientes; e a administração do sistema de pagamento da economia. Essa evolução do Sistema Financeiro é dirigida pelo Mercado, onde surgi às intuições não bancárias que rapidamente crescem sua importância por oferecer novos instrumentos financeiros, competindo com os bancários. Mas o Mercado de Capitais só se consolida com o forte desenvolvimento da titularização; que transfere a função de captação e alocação de recursos diretamente para os mercados, devido à necessidade de transferência de riscos, crescimento da liquidez, acesso a novos fundos e sofisticação das operações (estratégias/engenharia financeira). O mercado de capitais pode ser definido como um conjunto de instituições e de instrumentos que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. Ou seja, o mercado de capitais representa um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas. (PINHEIRO, 2009, p.174). O Mercado de Capitais é constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. O mesmo é subdividido em Mercado Primário e o Mercado Secundário. No Mercado Primário é onde se negocia a subscrição de novas ações ao público, isto é, onde os valores mobiliários circulam pela primeira vez e onde a empresa obtém o capital para seus empreendimentos, pois o dinheiro da venda vai para a empresa. Já o Mercado Secundário são as demais negociações com esses títulos, como simples trocas de possuidores, pois a empresa emissora já não terá mais contato com o dinheiro proveniente dessas trocas. Esse último mercado se caracteriza também pelas negociações realizadas fora das bolsas, em negociações que denominam como mercado de balcão, trazendo dessa forma mais liquidez para esses ativos financeiros. Segundo Fortuna (2005): 14 “Mercado de Balcão é um mercado sem local físico determinado para a realização das transações. Elas são realizadas por telefone, entre as instituições financeiras. Neste mercado, normalmente, são negociadas ações de empresas não registradas na BOVESPA, além de outras espécies de títulos. O mercado de balcão é dito organizado quando se estrutura como um sistema de negociações de títulos e valores mobiliários administrados por entidade autorizada pela CVM. ” Imagem 1 - Estrutura do Mercado de Capitais Fonte: PINHEIRO, 2009, p. 174. À medida que cresce o nível de poupança individual e a poupança das empresas (entende-se por poupança o lucro das mesmas) constituem a fonte principal do financiamento dos investimentos de um país. Tais investimentos são o motor do crescimento econômico e este, por sua vez, gera aumento de renda, com consequente aumento da poupança e do investimento, assim por diante. As empresas, à medida que se expandem, carecem de mais e mais recursos, que podem ser obtidos por meio de empréstimos, reinvestimentos de lucros e participação de acionistas. As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Geralmente, as empresas utilizam-nas para manter sua atividade operacional. Mas é pela participação de novos sócios, nesse caso os acionistas, que uma empresa ganha condição de obter novos recursos não exigíveis, como contrapartida 15 à participação no seu capital. Com esses novos recursos, as empresas têm condições de investir em novos equipamentos ou no desenvolvimento de pesquisas melhorando seu processo produtivo, tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a comunidade. O investidor em ações contribui assim para a produção de bens, dos quais ele também é consumidor. Como acionista, ele é sócio da empresa e se beneficia da distribuição de dividendos sempre que a empresa obtiver lucros. Essa é a mecânica da democratização do capital de uma empresa e da participação em seus lucros. Antes de investir no mercado de capitais deve-se também analisar o tipo de investidor que você é, pois no mercado de capitais você possui diversas formas de obter retorno buscando equilibrar os três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor lucratividade. Tornando-se desta forma uma ótima forma de investir seu dinheiro com diversas formas de rentabilidade de pequeno, médio e grande risco, sendo de pequena, média e grande rentabilidade respectivamente. 2.2 Principais Benefícios do Mercado Acionário Para que o Mercado Acionário se desenvolva, consiga cumprir com sua função e traga benefícios para as partes envolvidas, o ambiente de negócios no país de atuação deve ter total liberdade e possuir regras claras e definidas. Eis abaixo alguns dos principais benefícios que um Mercado de Ações desenvolvido pode propiciar a uma nação: Financia a produção e os negócios, pois através da venda de ações as empresas obtêm recursos para expandir seu capital, com obrigações apenas no longo prazo; Possibilita que os recursos poupados se tornem investimentos, proporcionando crescimento econômico e crescimento de produtividade com a inserção das poupanças no setor produtivos; 16 Constitui uma forma de crescimento das companhias, que podem aumentar sua participação no mercado através da distribuição de ações, além de possibilitar a elas aumentar seus ativos e valor de mercado; Auxilia a redistribuição de renda, à medida que pode proporcionar a seus investidores ganhos decorrentes de valorizações do valor da ação e distribuição de dividendos, compartilhando assim os lucros das empresas; Aprimoramento dos princípios da Governança Corporativa, através de melhorias na administração e eficiência, visto que as companhias abertas precisam cumprir a regras cada vez mais rígidas propostas pelo governo e pelas Bolsas de Valores, além de deixar o mercado mais transparente; Possibilita a inserção de pequenos investidores, já que para investir em ações não há a necessidade de grandes somas de capital como outros tipos de investimentos; O Mercado de Ações atua como indicador econômico, uma vez que é extremamente sensível e a cotação das ações pode refletir as forças do mercado, como momentos de recessão, estabilidade, crescimento, etc. 2.3 Investimentos em Títulos A Renda está dividida em fixae variável. A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida ao título. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o certificado de depósito bancário. A renda variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo título. Existem títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, isto é, não têm data definida para resgate ou vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita a qualquer momento. Já os títulos de prazo fixo apresentam data estipulada para vencimento ou resgate, quando seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplicação, acrescido da respectiva remuneração. Já emissão dos títulos podem ser particulares ou públicos. Particulares, quando lançados por sociedades anônimas ou instituições financeiras autorizadas 17 pela CVM ou pelo Banco Central do Brasil, respectivamente; público, se emitidos pelo governo federal, estadual ou municipal. Para operar no mercado secundário de ações é necessário que o investidor se dirija a uma sociedade corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação na seleção do investimento, de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador. Se pretender adquirir ações de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do lançamento das ações pretendidas. 2.4 Promed no Mercado de Capitais A PROMED está no regime tributário do Simples Nacional, por isso sofre o impedimento da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei Complementar Federal 123/06) que veda a adesão ao Simples Nacional das MPEs que tenham entre seus proprietários outras pessoas jurídicas. Mas isso pode mudar graças aprovação no congresso da PLP-368/2013, que tem como proposta, micro e pequenas empresas estariam livres desse impedimento e poderiam acessar o mercado de capitais sem ter que deixar o regime de tributação simplificada do Simples Nacional. Mas infelizmente na forma da Lei Complementar 147/14, a presidenta Dilma Rousseff acabou vetando a autorização. A razão do veto foi exatamente o dispositivo do estatuto das Micro e Pequenas Empresas, que proíbe essas empresas de aderirem ao Simples caso tenham em composição societária a participação de outras empresas. Atualmente o projeto está em tramitação e que será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será analisada pelo Plenário. Outra dificuldade imposta a PROMED de ter a possibilidade de ser financiada pelo mercado de capitais, para obter os recursos que garantam a essas empresas a sua expansão saindo do simples nacional seria os custos para se adequar as exigências atuais da CVM e da Bovespa. Embora as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CMV). Os artigos 7º da Instrução CVM nº 480, de 2009 e 5º da Instrução CVM nº 400, de 2003 dispensam automaticamente as MPEs dos registros de emissor de valores mobiliários e de oferta pública, respectivamente, o que facilitaria o acesso ao mercado de capitais. Porém há algo muito distorcido, pois o artigo 1º da Instrução 18 CVM nº 480 determina que todos os emissores de valores mobiliários adotem forma de sociedade anônima, exceto quando a regulamentação dispuser de maneira diversa, e a única exceção em vigor está no artigo 33 da mesma instrução, que permite às sociedades limitadas emitir publicamente cédulas de crédito bancário e notas comerciais, gerando assim um grande problema devido aos títulos serem representativos de dívida, não de capital, o que praticamente os torna inútil, já que o crédito às pequenas empresas, no mercado de capitais, é escasso e muito caro. Mesmo no caso dos fundos de venture capital, os “fundos mútuos de investimento em empresas emergentes” da Instrução CVM nº 209/94, que buscam investir em sociedades menores onde regras sofisticadas de governança corporativa pouco importam, a única forma societária permitida é a das sociedades anônimas. A exigência de adotar um modelo de governança corporativa na PROMED para redução de riscos para investidores a fim de lhes assegurar a tomada de decisões com o menor risco possível, o que se exigiria a criação de um Conselho de Administração, o Conselho Fiscal (Comitês de Auditoria) e outros comitês formados ad hoc, publicações obrigatórias de demonstrações financeiras e outros atos societários por meio da imprensa oficial; o que seria algo muito caro porque sociedade anônima é sofisticada, complicada e de cara manutenção, o que vai absolutamente contra as limitações do orçamento da PROMED. Mas no futuro projetos de lei como a da Lei nº 4.303, de 2012 que, quando aprovado, adotará o regime das sociedades anônimas simplificado, muito adequado às MPEs o cenário pode se tornar economicamente viável e acessível para abertura de capital para a PROMED. E sobre o lançamento de debêntures a PROMED não poderia porque o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar 123/06), não podem participar do regime simplificado de pagamento de tributos as instituições de cujo capital participe outra pessoa jurídica. Também ficam excluídas do Simples Nacional as micro e pequenas empresas cujo titular ou sócio detenha mais de 10% de outra empresa que não esteja enquadrada no mesmo regime. Apenas sendo Sociedade Anônima ela conseguiria emitir debêntures, o que é algo inviável como foi relatado acima. Mas que também pode vir a mudar com Projetos de Lei Complementar como a Lei 195/12, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), a proposta mantém limitações, mas cria a possibilidade de participação de capital externo nas micro e 19 pequenas empresas – a emissão de debêntures, ou seja, de títulos de crédito a terceiros. Como explica Otávio Leite (2012): “Por conta dos entraves existentes na legislação em vigor, investidores que teriam interesse em aplicar recursos em microempresas e empresas de pequeno porte se veem impedidos de realizar tais investimentos, pois a pessoa jurídica que os admitisse como investidores perderia o enquadramento de microempresa e empresa de pequeno porte e não se beneficiaria do tratamento jurídico diferenciado”. 20 3 CONTROLADORIA 3.1 O surgimento da Controladoria A Controladoria surgiu no início do século XX nas grandes corporações norte americanas, como finalidade de realizar rígidos controles sobre todos os negócios das empresas. Um número significativo de empresas concorrentes, que haviam se multiplicado a partir da Revolução Industrial, começaram a fundir-se no início do século XX, formando grandes empresas, organizadas sob forma de departamentos e divisões, mas com controle centralizado. Após a Revolução Industrial houve uma necessidade de maiores e mais precisas informações, que permitissem uma tomada de decisão acertada. Antes isso praticamente não existia, já que as operações se resumiam basicamente em comercialização de mercadorias, os estoques eram registrados e avaliados pelo seu custo real de aquisição. A Revolução Industrial foi um grande marco para as ciências Administrativa e Contábil, promovendo mudanças importantes no seio das organizações, que a partir de então, se viram frente à necessidade de um controle mais amplo e efetivo de seus negócios. O Controller surgiu no início do século XX, dentro da evolução administrativadas grandes corporações americanas, como executivos de confiança, bem como proprietários e acionistas majoritários, normalmente dirigentes de organizações. Entende-se que o Controller originalmente tinha como responsabilidade realizar um rígido controle de todos os negócios das filiais localizadas dentro ou fora dos EUA. No Brasil, a função do Controller surgiu com a instalação de empresas multinacionais norte-americanas no país. Nessa época, profissionais dessas empresas vinham para ensinar as teorias e práticas contábeis, desenvolvendo e implantando sistemas de informações que fossem capazes de atender aos diferentes tipos de usuários da Contabilidade, inclusive para manter um adequado sistema de controle sobre as operações dessas empresas. 21 3.2 A Importância da Controladoria na Gestão Empresarial A Controladoria é um segmento da Contabilidade ou da Administração, podendo ser dividida em Controladoria Administrativa e Controladoria Contábil, definida como uma área de assessoria e consultoria. É responsável pelo sistema de informações contábil gerencial da empresa, e sua missão é assegurar o resultado da organização. Para isso ela deve atuar fortemente em todas as etapas do processo de gestão da empresa. Com o aumento da competitividade, o avanço da tecnologia, a crescente exigência dos consumidores, entre outros fatores, houve uma mudança no comportamento das empresas, exigindo delas uma permanente adaptação a esse novo ambiente. Diante desse cenário, as organizações devem elaborar um adequado planejamento estratégico que atenda as novas necessidades dos stakeholders (clientes, fornecedores, acionistas, bancos e órgãos fiscalizadores) podendo trazer contribuições valiosas para que as decisões tomadas no presente apoiem as consequências geradas no futuro. É na gestão dessas situações que está a Controladoria, cuja missão é otimizar o processo decisório garantindo informações adequadas aos gestores em busca de uma eficácia gerencial, assegurando a continuidade do negócio da empresa. É importante que o Controller conheça bem o ramo de atividade da organização, seus objetivos e metas, assim como também ter conhecimentos contábeis e administrativos. Apesar da maior parte dos dados para a efetuação da Controladoria ser de origem contábil, a sua atuação não está reduzida a administrar o sistema contábil, da organização. Ela tem uma abrangência maior, transformando-se num verdadeiro banco de dados que auxilia os executivos da companhia com informações importantes ao processo de tomada de decisões, incluindo, também, dados de natureza física e qualitativa. 22 3.3 Funções da Controladoria A metodologia da Controladoria é baseada no processo de controle, através de padrões de qualidade previamente estabelecidos, focado no planejamento e orçamento traçados pela organização. Porém todos os membros da organização devem estar envolvidos, desde os níveis mais altos até os operacionais. Desta forma, a controladoria presta contribuições importantes ao progresso organizacional, possibilitando o equilíbrio da organização diante das dificuldades existentes no seu ambiente operacional. Primeiramente a Controladoria deve definir os padrões de controle e projetar os resultados focados nos objetivos da organização. De modo que não haja excesso, desperdício ou roubo. Desta forma, o Controller irá elaborar uma análise comparativa entre os resultados e os padrões de controle estabelecidos, observando os desvios, ou seja, a diferença entre os resultados e os padrões estabelecidos. Após a verificação dos desvios, elabora-se uma análise da relevância, a fim de apurar se os desvios comprometem os objetivos da organização. Esses desvios podem ser classificados como de baixa, média e alta relevância, e é através dessa classificação que a controladoria faz sugestões para possíveis soluções dos problemas identificados, repassando aos devidos gestores dos setores onde foram constatados os desvios, e a partir desse instante, os mesmos são responsáveis pela tomada de decisão. A implantação do processo de controle requer uma mudança cultural no processo de gestão organizacional, é preciso que todos se adaptem a nova filosofia para que a mesma seja bem-sucedida. As funções da Controladoria estão interligadas ao conjunto de objetivos diretamente relacionados com a missão da empresa e destaca as seguintes funções: Auxiliar o processo de gestão: ajudar o processo de gestão dando suporte e apoio para projeções e simulações sobre eventos econômicos que possam afetar as decisões dos gestores; Elaborar a avaliação de desempenho: a controladoria elabora a análise de desempenho de todas as áreas, dos gestores, da empresa e da própria área; 23 Apoiar a avaliação de resultado: elaborar a análise de resultado econômico dos produtos e serviços e monitorar e orientar o processo de estabelecimento de padrões; Gerenciar os sistemas de informação: realizar a padronização e harmonização das diversas informações econômicas transmitidas aos gestores; Atender aos agentes do mercado: através da interação com o meio externo, analisar e mensurar o impacto das legislações no resultado econômico da empresa e apoiar os gestores no atendimento aos diversos agentes do mercado. Nos dias atuais é imprescindível para uma empresa, um serviço contínuo de Controladoria, pois é o setor que possui todas as informações gerenciais da organização, devendo promover a eficácia organizacional, viabilizar a gestão econômico financeira e participar ativamente do planejamento e controle das operações, de forma a maximizar o lucro garantindo a sustentabilidade e o sucesso da empresa. 3.4 Funções e Atribuições do Controller As funções podem variar de empresa para empresa, alterando-se conforme o porte da estrutura. Onde sua produção pode ser de bens ou serviços prestados. Sendo assim a Controladoria pode ser encontrada nos diversos níveis da administração, assim como atuar de diferentes formas dentro da sociedade. O Controller é o principal responsável pela Controladoria, e quem direciona as atitudes focando nos objetivos propostos no planejamento. Sua principal função é garantir que os gestores executem os itens do planejamento estratégico da organização voltados para suas respectivas áreas de atuação. O Controller envolve-se em planejamento, tomada de decisão, desenho de sistemas de informações e de sistemas de incentivos, e em várias outras tarefas, além de ajudar gerentes em decisões operacionais. Para ter um resultado eficaz do planejamento deve ser checado de forma a garantir que as atividades estejam de acordo com o que foi planejado, devem ser revisados constantemente de forma a garantirem a eficácia do sistema. 24 Em uma visão tradicional, o Controller tem a função de observação e controle da alta administração: “Ao controller não compete o comando do navio, tarefa que cabe ao principal executivo; o controller representa na empresa o navegador que cuida dos mapas da navegação. Sua função é manter informado o comandante quanto à distância percorrida pela embarcação, ao local em que se encontra, à sua velocidade, à resistência que encontra, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados nos mapas, para que todos cheguem ao destino final…” (TUNG, 1993, pg334). Em uma visão moderna, o Controller tem uma atitude mais ativa em relação a tradicional, pois ele pode influenciar os resultados da empresa, uma vez que está envolvido em atividades estratégicas, visualizando o futuro e identificando novas oportunidades de negócios. A Controladoria depende muitoda parte contábil da empresa, e com isso confundem o Contador com Controller, pelo motivo de ter conhecimentos na área contábil. Mas além do conhecimento contábil possui uma visão econômica, financeira e estratégica da empresa, eles sabem através dos resultados realizados qual será a tendência dos resultados futuros. O Controller é um gestor que ocupa um cargo na estrutura de linha porque toma decisões, sob o ponto de vista da gestão econômica. O Controller encontra-se no mesmo nível dos demais gestores, na linha da diretoria ou da cúpula administrativa, embora também desempenhem funções de assessoria para as demais áreas. Podem-se destacar dentre as atribuições do Controller: Realização de análise de desempenho; Análise e proposta de ações para a equipe de gestão; Contabilidade; Gestão de Liquidez de ativos de controle; Finanças; Planejamento fiscal; Governança Corporativa; Gestão de riscos; Análise de viabilidade de projetos; 25 Elaboração de relatórios internos e externos; Redução de custos; Melhorias contínuas na produtividade. As empresas precisam de profissionais preparados para o processo decisório, interpretando as informações, analisando e tomando decisões, desde o chão de fábrica até à alta administração, de maneira que a empresa caminhe para um processo de crescimento contínuo e estável. Funções essas que são observadas em todos os seus aspectos, devendo estar na rotina das ações da Controladoria para levar a empresa à eficácia. 3.5 A Controladoria na PROMED A PROMED não possui um profissional específico de Controladoria, essa função de Controller é exercida pelo próprio proprietário da empresa Sr. Paulo Senise. Mesmo uma empresa de pequeno porte, deve implantar ferramentas de controle, pois estas são essenciais para atingir os objetivos propostos no planejamento e orçamento de qualquer empresa. Desta forma, a PROMED para atingir seus objetivos, utiliza-se de algumas ferramentas para viabilizar seus projetos. A PROMED utiliza um software ligado diretamente aos equipamentos que colhe as informações da prestação de serviço aos equipamentos de Raios-X que faz a leitura e as análises com as bases nos parâmetros de medidas dos equipamentos. Com isso mantém os dados dos clientes registrados e o controle de quando retornar para realizar a visita periódica. Como ferramenta no controle financeiro, utiliza um software de gestão e controle em contas a pagar, contas a receber, capital de giro, investimento, decisões de utilização dos recursos próprios e possíveis decisões de financiamento. Contas a pagar, onde se registra a conta e o vencimento e a finalização com a conta paga e volta para o banco de dados onde se faz o lançamento para o fluxo de caixa, da mesma forma em contas a receber com o mesmo processo incluindo os recebimentos futuros verificando a carteira de ativos a receber, como cheque datado para o futuro 26 ou realizando a antecipação de recebíveis nas vendas com cartões de crédito. Com o fluxo de Caixa realizado e o previsto da empresa, se faz o controle do departamento de finanças da empresa. Afim de aprimorar os controles internos, a PROMED pode adotar em sua rotina, a elaboração de relatórios de fluxo de caixa mensais, relatórios de desempenho financeiro e contábil, controle de custos, etc. Um controle importantíssimo para qualquer empresa, é o de satisfação do clientes. A satisfação dos clientes atualmente está sendo exigida nas organizações, pois se torna um diferencial importante para as empresas de comércio e serviço. Cada vez mais, as organizações procuram atender as necessidades de seus clientes, para obter sucesso e até mesmo garantir a sobrevivência do negócio. Para suprir as expectativas dos clientes, não é só a qualidade do produto que interessa, mas também a qualidade dos serviços prestados pela organização, o bom atendimento e uma boa informação. A aplicação deste controle pode ser utilizada através de questionário, enviado ao cliente após a conclusão dos serviços prestados. 27 4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À AREA FINANCEIRA 4.1 Fundamentos da Tecnologia da Informação Os conceitos de Tecnologia da Informação (TI), largamente utilizados na atualidade, são conceitos que evoluíram dos Sistemas de Informação, para Araújo (2007). Ao longo de sessenta anos a tecnologia evoluiu para algo muito além do que era imaginado a início. Os computadores passaram de máquinas gigantescas apenas ao alcance de algumas empresas para algo que qualquer um pode ter em casa. Os departamentos de tecnologia da informação foram acompanhando esses e outros desenvolvimentos, adaptando-se e evoluindo a maneira como as empresas encaravam a tecnologia. A sua estrutura começou por ser composta por profissionais da área, com competências técnicas de uma especificidade que hoje não é de todo requerida, passando ao longo do tempo a ser organizada em torno do negócio. Por outro lado, a dependência das tecnologias da informação foi crescendo nas empresas, não podendo estas dispensar nos dias de hoje os serviços de estruturas de apoio ao negócio como são estes departamentos. Rodrigues e Assolari (2007, p.2) completam esta ideia de evolução dos sistemas ao afirmarem que: A partir do surgimento e no início de sua utilização, os computadores eram apenas um instrumento que tornava possível a automação das várias tarefas em grandes empresas. Com o passar do tempo e com o avanço tecnológico, além do desenvolvimento de mecanismos de comunicação de dados, de forma que os ambientes e os dados pudessem estar ligados entre si em tempo real, proporcionando rapidez e eficiência na obtenção da informação. Neste cenário de integração de dados, foi possível perceber que os computadores deixaram de serem meros agentes de automação de tarefas e passaram a ser agentes geradores de informação. Segundo, Afrânio Miglioli (2007), Tecnologia da Informação (TI) é a infraestrutura organizada de hardware, software, banco de dados e redes de telecomunicações, que permite manipular, gerar e distribuir dados e informações ao longo dos seus usuários, “empresas ou pessoas”. Alguns autores, como Álter (1992), Henderson & Venkatraman (1993), fazem distinção entre Tecnologia de informação e Sistemas de informação, restringindo a 28 primeira expressão apenas os aspectos técnicos, enquanto a segunda corresponde às questões relativas ao fluxo de trabalho, pessoas e informações envolvidas. Outros autores, no entanto, usam o termo tecnologia da informação abrangendo ambos os aspectos. Tabela 1 – Evolução do Conceito da Informação Período Conceito da Informação Importância Anos 50 Requisitos burocráticos necessários Reduzir o custo de processamento de muitos papéis. Anos 60 e 70 Suporte aos propósitos gerais Auxiliar ao gerenciamento de diversas tarefas da organização Anos 70 e 80 Controle de gerenciamento da organização Auxiliar e acelerar os processos de tomada de decisão Anos 90 Vantagens competitivas Garantir a sobrevivência e prosperidade da organização Fonte: Laudon e Laudon (1998, p.50). 4.2 Tecnologia da Informação na PROMED A PROMED utiliza-se da tecnologia da informação e também dos sistemas da informação que trabalham conjuntamente na organização. Desde o processo de apresentação da empresa com seu site, que está ligado a TI e as várias formas de sistemas de informação empregadas aos seus processos, divididos pelos setores técnico, administrativo, financeiro e fiscal. Nos setores técnicos os equipamentos são ligados diretamente aum software que colhe as informações da prestação de serviço aos equipamentos de Raios-X e posteriormente se realiza a leitura e as análises com as bases nos parâmetros de medidas dos equipamentos, normatizados pela (ANVISA, Lei 453/98-SVS/MS). Esse processo mantém os dados dos clientes registrados e assim obtém o controle de quando realizar as visitas periódicas, seja na área médica ou odontológica, realizando o agendamento e qual tipo de equipamento de Raios-X será avaliado. Nos setores administrativos, o site que apresenta a empresa de uma forma macro e 24hs por dia, onde profissionais e empresas da área da saúde 29 especificamente setores médicos e odontológicos possam conhecer o portfólio de serviços oferecidos. Dentro deste processo também se utiliza, uma ferramenta onde são coletados os dados dos clientes (empresas) ou profissionais liberais (Médicos e Odontólogos) e armazenados no banco de dados (ou carteira de clientes da empresa) para o controle das diversas atividades do processo, bem como o aviso sobre a realização de novas prestações de serviços nos clientes já cadastrados. Também utiliza meios de apresentação como e-mail marketing, que são oferecidos e negociados pelas associações de classe. E também como estratégia de marketing a otimização de busca do Google (SEO). Esta ferramenta propicia palavra chave onde o site da empresa é encontrado com mais facilidade na pesquisa pelo serviço radiológico. No setor financeiro, utiliza-se softwares de gestão e controle, onde se divide em contas a pagar, contas a receber, capital de giro, investimento, decisões de utilização dos recursos próprios e possíveis decisões de financiamento. Contas a pagar, onde se registra a conta e o vencimento e a finalização com a conta paga e volta para o banco de dados onde se faz o lançamento para o fluxo de caixa, da mesma forma em contas a receber com o mesmo processo incluindo os recebimentos futuros verificando a carteira de ativos a receber, como cheque datado para o futuro ou fazendo a antecipação de recebíveis nas vendas com cartões de crédito. Com o fluxo de caixa realizado e o previsto da empresa se faz o controle do departamento de finanças da empresa. Decisões de utilização dos recursos próprios e possivelmente decisões de financiamentos são analisados para o planejamento de planos e metas para o fortalecimento da marca e maximização do lucro. 30 5 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 5.1 Sustentabilidade e Responsabilidade Social Empresa sustentável é a que procura incorporar os conceitos e objetivos relacionados com o desenvolvimento sustentável em suas políticas e práticas de modo consistente. Contribuir para o desenvolvimento sustentável é o objetivo dessa empresa e a responsabilidade social, o meio para tornar a sua contribuição efetiva. Para a empresa incorporar os objetivos significa adotar estratégias de negócios e atividades que atendam às necessidades das empresas e dos seus stakeholders atuais, enquanto protegem, sustentam e aumentam os recursos humanos e naturais que serão necessários no futuro. Em 1983 foi criada pela Assembleia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD, que foi presidida por Gro Harlem Brundtland, na época primeira-ministra da Noruega, com a incumbência de reexaminar as questões críticas do meio ambiente e de desenvolvimento, com o objetivo de elaborar uma nova compreensão do problema, além de propostas de abordagem realistas. Essa Comissão deveria propor novas normas de cooperação internacional que pudessem orientar políticas e ações internacionais de modo a promover as mudanças que se faziam necessárias (WCED, 1987, p.4). No trabalho surgido dessa Comissão, apareceu pela primeira vez de forma clara, o conceito de "Desenvolvimento Sustentável", embora ele já estivesse em gestação, com outros nomes, desde a década anterior. O relatório “Nosso Futuro Comum”, lançado em 1987 (também conhecido como "Relatório Brundtland"), veio atentar para a necessidade de um novo tipo de desenvolvimento capaz de manter o progresso em todo o planeta e, no longo prazo, ser alcançado pelos países em desenvolvimento e também pelos desenvolvidos. Nele, apontou-se a pobreza como uma das principais causas e um dos principais efeitos dos problemas ambientais do mundo. O relatório criticou o modelo adotado pelos países desenvolvidos, por ser insustentável e impossível de ser copiado pelos países em desenvolvimento, sob pena de esgotarem rapidamente os recursos naturais. 31 Surgiu desta forma, o conceito, foram embutidos pelo menos dois importantes princípios: o de necessidades e o da noção de limitação. O primeiro trata da equidade (necessidades essenciais dos pobres) e o outro se refere às limitações que o estágio da tecnologia e da organização social determina ao meio ambiente (WCED, 1991, p.46). As necessidades humanas são determinadas social e culturalmente, isto requer a promoção de valores que mantenham os padrões de consumo dentro dos limites das possibilidades ecológicas. O desenvolvimento sustentável significa compatibilidade do crescimento econômico, com desenvolvimento humano e qualidade ambiental. Portanto, o desenvolvimento sustentável preconiza que as sociedades atendam às necessidades humanas em dois sentidos: aumentando o potencial de produção e assegurando a todos as mesmas oportunidades (gerações presentes e futuras). O desenvolvimento sustentável não é um estado permanente de equilíbrio, mas sim de mudanças quanto ao acesso aos recursos e quanto à distribuição de custos e de benefícios. "é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e às aspirações humanas" (WCED, 1991, p.49]. Além de ter aumentado a percepção do mundo em relação aos problemas ambientais, a comissão de Gro Harlem Brundtland não se restringiu somente a estes aspectos. O Relatório mostrou que a possibilidade de um estilo de desenvolvimento sustentável está intrinsecamente ligada aos problemas de eliminação da pobreza, da satisfação das necessidades básicas de alimentação, saúde e habitação e, aliado a tudo isto, à alteração da matriz energética, privilegiando fontes renováveis e o processo de inovação tecnológica. Os pontos centrais do conceito de desenvolvimento sustentável elaborados pela CMMAD (CMMAD - Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro, editora da FGV, 1991. 2ª ed.) e contidos no relatório Nosso Futuro Comum (WCED, 1991) e que se tornaram a linha mestra da Agenda 21: "tipo de desenvolvimento capaz de manter o progresso humano não apenas em alguns lugares e por alguns anos, mas em todo o planeta e até um futuro longínquo. Assim, o "desenvolvimento sustentável" é um objetivo a ser alcançado não só pelas nações ‘em desenvolvimento’, mas também pelas industrializadas”, atende às necessidades 32 do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades. Ele contém dois conceitos chaves: O conceito de ‘necessidades’, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima prioridade. A noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras. Em essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos,a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas. A responsabilidade social das empresas é um meio para alcançar a sustentabilidade empresarial, que pode ser definida como a empresa que orienta a sua gestão para obter resultados positivos em termos econômicos, sociais e ambientais. É uma empresa que pretende ser economicamente eficiente, socialmente justa e includente e ambientalmente prudente. Esse entendimento resulta da convergência de movimentos sociais dentre os mais importantes dos últimos tempos. O conceito de responsabilidade social corporativa é entendido como um compromisso da empresa com a sociedade na busca da melhoria da qualidade de vida da comunidade. A responsabilidade social de uma empresa consiste na sua decisão de participar mais diretamente das ações comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrentes do tipo de atividade que exerce. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desenvolveu a norma NBR 16001, que estabelece requisitos para a criação e operação de um sistema de gestão de responsabilidade social. Essa norma tem por objetivo prover às organizações os elementos de um sistema de gestão da responsabilidade social, auxiliando-as a alcançar seus objetivos relacionados com seu tema. 33 5.2 A Carta da Terra A Carta da Terra é outra fonte de princípios diretivos para políticas empresariais. Ela surgiu para incluir questões que não foram tratadas na Declaração do Rio de Janeiro de 1992 ou foram tratadas de modo insatisfatório. A Declaração, pelo fato de ser um documento oficial, deixou de lado questões que não obteriam consenso, como a condenação à corrupção, a igualdade de gênero, a proteção aos animais e a defesa da democracia. Afinal, muitos chefes de Estados que a aprovaram eram ditadores sanguinários, corruptos notórios e violadores contumazes de direitos das minorias de seus países. Por isso, durante a Conferência surgiu a ideia de produzir um documento que procurasse sanar essas deficiências, mas fora dos círculos oficias. A elaboração da Carta da Terra começou de fato somente em 1995. Após muitas consultas e com participantes de todo o mundo ela foi concluída em 2000. A Carta da Terra está dividida em quatro partes referentes aos seguintes temas básicos: Respeitar e cuidar da comunidade da vida; Integridade ecológica; Justiça econômica; Democracia, não-violência e paz. Cada um desses temas apresenta princípios de ação aplicáveis às empresas, pois a Carta da Terra não está restrita a questões relacionadas ao direito internacional público, como é o caso da Declaração do Rio de Janeiro de 1992. 5.3 O Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social na PROMED A PROMED tem um compromisso com o meio ambiente, onde procura conscientizar e auxiliar seus clientes e parceiros a realizar corretamente o descarte dos seus equipamentos e materiais radiológicos. Para a realização do descarte é necessário seguir a sequência do procedimento abaixo: Dar baixa do equipamento na visa caso seja cadastrado; Retirar, caso haja, o símbolo internacional de presença de radiação; Isolar qualquer contato de fios elétricos do aparelho com alimentação elétrica; 34 Desmontar o aparelho progressivamente com auxílio de ferramenta apropriadas; Ao desmontar o cabeçote faça-o com cuidado, devido à ampola de vidro no seu interior; Ampola deve ser descartada tomando-se os mesmos cuidados que os de uma lâmpada; Evite impactos sobre a ampola, pois ela está submetida a forte vácuo; Após os procedimentos recomendados, o equipamento pode ser descartado como material de uso comum. Tendo também a opção de entrar em contato com o fabricante do equipamento, para que ele possa fazer o recolhimento do equipamento obsoleto. Os equipamentos de Raios X não emitem radiação quando desligados. Eles são fontes de radiação somente quando conectados à alimentação elétrica e em posição de operação. É recomendado que antes do descarte seja eliminada a tomada que liga o equipamento, para evitar pânico nas pessoas que possam vir a ter contato com parte ou sucata do equipamento, e informar à Vigilância Sanitária o destino final do equipamento. A PROMED tem como projeto social o atendimento em caráter de prevenção à cárie dentária em crianças de dois orfanatos da cidade de Sorocaba, Bethel Casas Lares e Casa do Menor de Sorocaba. O projeto social se intitula “Sorrisos do amanhã”. Para que isso se concretize a PROMED conta com a ajuda de alguns parceiros como: Prodonto Assistência Odontológica de Votorantim, onde se dará o atendimento aos pacientes do projeto social, Oral B e Bitufo, oferecendo as escovas dentárias, cremes dentais e fio dental, Transporte Escolar Tia Marta, está fazendo o trajeto de ida e volta entre o orfanato e a clínica odontológica. O projeto tem como objetivo atender até 30 pacientes de cada vez, com idades de 0 à 18 anos. Com a ajuda voluntária de cinco profissionais odontólogos formados. Será feito uma avaliação da saúde bucal dos pacientes e a orientação de higiene bucal, havendo a necessidade serão realizados outros procedimentos como 35 restaurações e demais procedimentos se necessário. Cada paciente após a avaliação ganhará das empresas parceiras na ocasião um kit contendo, 01 (uma) escova dentária macia, 01 (um) creme dental, 01 (um) fio dental e 01 (uma) cartilha de orientações da importância da escovação dentária para todas as idades, para se obter uma saúde bucal adequada. Esse projeto terá a duração de dois anos, após a aprovação da sua diretoria. Em decorrência da ação social a empresa Prodonto Assistência Odontológica obterá desconto de 15% sobre o valor dos testes realizados em seus equipamentos de raios-x como incentivo à parceria. 36 6 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 6.1 Fundamentos e Conceitos de Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que procura ordenar as ideias das pessoas, de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia). Depois de ordenar as ideias, são ordenadas as ações, que é a implementação do Plano Estratégico, para que, sem desperdício de esforços, caminhe na direção pretendida. O conceito que se ressalta é de que ninguém ganha dinheiro apenas porque é esforçado e faz certo seu trabalho. É preciso também saber dirigir os esforços para aquilo que traz resultado. Quanto ao primeiro conceito, podemos dizer que as pessoas são eficientes ao desenvolver bem um processo e eficazes ao alcançar bons resultados. É claro que um trabalho eficiente ajuda a alcançar a eficácia, mas não só ser eficiente, por isso é obrigação, é preciso ser eficaz. Planejar estrategicamente significa a utilização dos recursos disponíveis de forma eficiente, aumentando a produtividade de um indivíduo ou empresa. A gestão do tempo é crucial para qualquer empresa, pois é um dos mais valiosos recursos à nossa disposição. Gestão estratégica de risco também é uma área importante para qualquer empresa. O planejamento financeiro também pode ser incluído em uma forma de planejamento estratégico. É de grande importância para a empresa, e refere-se à estimativa das receitas e despesas, criando uma estimativa dos recursos financeiros que serão necessários para o futuro e de manutenção da empresa. A palavra estratégia possui origem grega, já que provem do grego strategos,que significa a ciência de ser um general. No início, estratégia se relacionava com a função de conduzir as forças militares para derrotar o inimigo, mas mesmo assim, a palavra vinha acompanhada de componentes de planejamento e tomada de decisões. Naquela época, estratégia era a arte de planejar, de executar movimentos visando alcançar e manter relativas posições de vantagem em relação ao exército inimigo. Nos dias atuais, apesar de ser bastante comum o uso da palavra em diversos ambientes, a estratégia ainda é vista como um conjunto de ações ofensivas ou 37 defensivas para criar uma posição de vantagem em uma indústria ou grupo estratégico. Para Porter, a estratégia se trata de um mecanismo de defesa contra as forças competitivas do mercado (cinco forças de Porter), que atua de forma com que aumente as chances da empresa obter um retorno maior sobre o investimento que fora realizado. Basicamente, a estratégia é o padrão ou plano que integra as principais metas organizacionais e planos de ação em um todo coerente, trazendo assim os resultados previamente esperados pela companhia e seus gestores. Porter definiu estratégia como a combinação dos objetivos que uma empresa persegue e os meios para atingi-los. Pode-se dizer, que a essência da estratégia está na maneira como a organização escolhe realizar suas atividades, sendo elas iguais ou não a concorrência. Importante lembrar também, que estratégia ainda pode ser definida como uma manobra ou planos de ações que partiram de uma intenção previamente estabelecidas. De certa forma é reconhecida como um posicionamento organizacional, podendo ter ocorrido de forma não internacional, ou surgido pela necessidade das condições percebidas no momento de sua concepção. É valido lembrar que não existe uma estratégia absoluta no âmbito empresarial. A visão não é apenas um grande objetivo, mas um desafio e deve, também, indicar como atingi-lo. Em uma organização onde as pessoas têm a visão estratégica, não é necessário que se determine tudo o que elas devem fazer, pois a visão orienta as ações. (ALMEIDA, 2010, p. 8). 6.2 Viabilidade Estratégica No processo de se estabelecer a viabilidade estratégica, tem-se dois grandes passos: Estabelecimento de Objetivos; Elaboração dos demonstrativos financeiros. O objetivo é um ponto concreto que se quer atingir, devendo ter parâmetros numéricos e datas a serem alcançadas, de modo geral, ressalta-se que a meta é uma segmentação do objetivo, em que o aspecto quantitativo tem uma importância maior, ou seja, é mais preciso em valor e em data, pois é mais próximo que o objetivo. Os conceitos de estratégia e objetivos estão intimamente ligados, pois enquanto a estratégia dá o caminho, o objetivo mostra aonde se quer chegar. Dessa 38 forma, se a estratégia for capacitar os funcionários para executarem determinada atividade, pode-se ter, em decorrência, o objetivo de aplicar determinado treinamento em 30% (trinta) dos funcionários dentro do período de um ano. O processo até chegar-se à estratégia é predominantemente qualitativo, em que são estruturadas ideias para definir o caminho que a entidade deverá seguir. Para organização, a viabilidade pode ser verificada por meio de um conjunto completo de demonstrativos, envolvendo demonstração de resultado, fluxo de caixa, balanço e demonstração de fontes e aplicações de fundos. 6.3 O Planejamento Estratégico da PROMED O desenvolvimento do Planejamento Estratégico da PROMED, para atuação na área médica, contou com diversas análises, conforme abaixo: 6.3.1 Análise dos Aspectos Internos Tabela 2 - Identificação das Entidades Comparadas Empresa A. QUALITY do Brasil Empresa B. PRO-RAD - Consultores em Radioproteção Empresa C. JC MORAES M.E Fonte: Elaborado pelo autor Tabela 3 - Fatores Críticos de Sucesso: Comparação com os Concorrentes Fatores Críticos de Sucesso Empresa (A) Empresa (B) Empresa (C) Qualidade do Serviço Prestado Melhor Melhor Melhor Qualidade do Atendimento Igual Igual Igual Qualificação da Técnica Melhor Igual Igual Agilidade no Processo Melhor Melhor Igual Preço de Mercado Melhor Melhor Melhor Recursos Tecnológicos Igual Igual Melhor Localização Melhor Melhor Igual Fonte: Elaborado pelo autor 39 Tabela 4 - Análise do Ambiente Interno. Departamento Recursos Necessários Capacidade Metas Operacional e técnico Novos equipamentos Técnicos capacitados Atendimento na área de equipamentos médicos. Recursos Humanos Contratação Mão de obra qualificada Conquistar os clientes da concorrência Financeiro Capital de giro Recursos próprios Fonte: Elaborado pelo autor Tabela 5 – Análise SWOT A m b ie n te E x te rn o Oportunidades Ameaças Mercado cresce 2% a.a. Mercado restrito e limitado ao número de equipamentos ativos e com licença Ausência de concorrência local Limitação de atendimentos devido ao quadro reduzido de técnicos específicos Aumento da fiscalização pelos órgãos competentes Mais ainda com muita falha na fiscalização A m b ie n te I n te rn o Pontos Fortes Pontos Fracos Estrutura com Equipamentos Técnicos modernos Capacitação dos profissionais para atender a demanda Técnico Físico graduado com certificação ABFM-RX-393 Tempo para treinamento de profissionais específicos para a área de atuação Fonte: Elaborado pelo autor. 6.3.2 Resumo das Estratégias: Análise do Ambiente Interno Expandir o atendimento aos equipamentos de diagnóstico por imagem em hospitais e clínicas médicas de Sorocaba e Região, com isso atender uma substancial parcela do mercado local e regional, gerando o aumento do faturamento e proporcionando o crescimento da empresa em recursos tangíveis e intangíveis. 40 6.3.3 Análise do Ambiente Externo Tabela 6 – Ambiente Externo Variáveis Operacionais Significativas Futuro das Variáveis Oportunidades e Ameaças Localização geográfica dos clientes Rota de acesso facilitado pela engenharia de trânsito da cidade e região. Oportunidade Fonte: Elaborado pelo autor 6.3.4 Resumo das Estratégias: Análise do Ambiente Externo Prestação de serviço no local e oferecendo flexibilidade aos clientes em Sorocaba e região. Tabela 7 - Análise do Macro Ambiente Econômico/Político/Legal Fonte: Elaborado pelo autor 6.3.5 Resumo das Estratégias: Análise de Ambiente Interno e Externo Com o aumento do custo e despesas alavancado pela inflação, obrigará a PROMED a aumentar o preço de mercado e assim equiparar aos dos concorrentes. A PROMED realiza a mudança de Lucro Presumido para Simples Nacional, como forma de pagar menos tributos. Variáveis Políticas e Econômicas Significativas Futuro das Variáveis Oportunidades e Ameaças Inflação O preço de custo vai aumentar e será repassado ao cliente. Ameaça Política Tributária Trocar pelo regime tributário mais indicado para reduzir o custo com tributos. Oportunidade Disponibilidade de Crédito Recebimento da prestação do serviço por meio de cartão de crédito e débito, menos risco ao receber e fazer capital de giro com antecipação de recebíveis. Oportunidade 41 A PROMED continuará a vender a prazo com o sistema de recebimento por cartão de crédito, o risco desta operação é bem reduzido e os juros são pré-fixados em contrato nas vendas e nas antecipações de recebíveis. 6.3.6 Análise do Macro Ambiente Tabela 8 - Análise do Macro Ambiente Sócio/Cultural Variáveis Populacionais Significativas Futurodas Variáveis Oportunidades e Ameaças Hábitos Aumento da demanda dos convênios Oportunidade Renda da população Queda no crescimento da demanda Ameaça Fonte: Elaborado pelo autor 6.3.7 Resumo das Estratégias: Análise do Macro Ambiente Sócio/Cultural Com a oportunidade de as empresas oferecerem convênios aos seus funcionários, a procura por tratamentos eletivos médicos e odontológicos tende a aumentar, e o número de equipamentos para atendimento resulta em uma maior demanda. Mas a desvantagem pode ser o desemprego que afeta diretamente a renda da população e a procura do atendimento dos convênios, seja no particular ou pelas empresas, e que por consequência o uso do serviço, que resulta em menor uso dos aparelhos de RAIO-X, onde haverá descontinuado nas clínicas que reduzirem a quantidade desses aparelhos devido à baixa demanda e para reduzir custos com manutenção. Tabela 9 - Análise do Macro Ambiente Tecnológico e Natural Variáveis Populacionais Significativas Futuro das Variáveis Oportunidades e Ameaças Mercado de grande inovação tecnológica Equipamentos mais modernos Oportunidade Fonte: Elaborado pelo autor 42 6.3.8 Resumo das Estratégias: Análise do Macro Ambiente Tecnológico e Natural Se atualizar no mercado e adquirir equipamentos que acompanhem a evolução do setor para que a empresa seja competitiva. Tabela 10 - Análise do Macro Ambiente Demográfico Variáveis Populacionais Significativas Futuro das variáveis Oportunidades e ameaças Faixa Etária Crescimento populacional que causara o aumento da demanda por atendimentos médicos e odontológicos na região, sendo assim a necessidade de mais equipamentos de Raio-X. O que pode ser constatado com inauguração de novas unidades de saúde públicas ou privadas em 2015, como por exemplo, o UPA do Éden, UBS do Jardim São Guilherme, etc... Oportunidade Fonte: Elaborado pelo autor 6.3.9 Resumo das Estratégias: Análise do Macro Ambiente Demográfico Devido ao aumento da população será necessário o aumento dos recursos no sistema de saúde que atende a população de Sorocaba e Região. Assim também haverá mais equipamentos de diagnóstico por imagem adquiridos, aumentando consequentemente o número de atendimentos. 6.3.10 Hierarquia dos Objetivos PROMED: Executar serviços de qualidade em física médica e proteção radiológica, utilizando-se de equipamentos de alta tecnologia, presando pela segurança dos pacientes e profissionais que de alguma forma utiliza-se deste serviço voltado a saúde além de alcançar a excelência no atendimento e satisfação dos clientes. 43 Organograma 1 – Hierarquia dos Objetivos da PROMED Fonte: Elaborado pelo autor 6.3.11 Market Shear A PROMED tem como objetivo conquistar 40% do Market Shear no segmento de equipamentos de diagnóstico por imagem. Tem como objetivo aumentar em mais de 20% o faturamento anual. Com a entrada no mercado médico elevar a atual estimativa de faturamento em 23,48%. Praticando o valor do serviço de controle de qualidade por R$1.200,00 atendendo 240 equipamentos no ano, resultará em um faturamento anual deste serviço de R$ 288.000,00. Existem cerca de 600 equipamentos de Raio-X nos 26 municípios que compõe a região metropolitana de Sorocaba. Onde anualmente as principais empresas correntes como a PRORAD atende 96 equipamentos, a empresa QUALITY atende 74 equipamentos e onde a PROMED pretende atender 240 equipamentos. A expectativa do Market Share com a atuação da PROMED no mercado de radioproteção de equipamentos médicos será composto da seguinte maneira: Atender equipamentos anuais. Físico Médico Certificado na ABFM- 393 Utilizar equipamentos variados para análise do aparelho de diagnóstico por imagem. Atendimento de equipamentos mensais. 44 Gráfico 1 - Market Share do Mercado de Radioproteção de Aparelhos Médicos da Região Metropolitana de Sorocaba Fonte: Elaborado pelo autor. Tempo para o alcance de resultados será de 1 (um) ano. Com o atendimento de 240 equipamentos por ano, a PROMED estima realizar o laudo de 20 equipamentos por mês, resultando em uma receita de R$ 288.000,00 anual. Com uma estimativa de 600 equipamentos existentes em Sorocaba, pretende penetrar num nicho de mercado de 40% que ainda existe à ser conquistado. Os demonstrativos financeiros referentes ao planejamento, foram descritos no item 7 Análise de Investimentos. Quality; 29% Prorad; 16% Promed; 40% Outras; 15% Market Share Quality Prorad Promed Outras 45 7 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 7.1 Fundamentos e Conceitos de Análise de Investimentos A análise de investimento tem o propósito de estudar todo o capital investido em um determinado projeto e mapear os seus resultados futuros. Segundo Megliorini & Vallim (2009) análise de investimento é o modo de antecipar, por meio de estimativas os resultados oferecidos pelos projetos. Empregar um conjunto de técnicas que possibilitem comprovar os resultados de diferentes alternativas e auxiliar a tomada de decisões. Hoji (2010) a finalidade da avaliação econômico financeira de investimentos consiste em avaliar o fluxo futuro, gerado pelo investimento realizado. O fluxo de caixa de um projeto de investimento nada mais é do que a projeção de geração líquida de caixa, isto é, projeção de lucro líquido excluído de itens que não afetam o caixa (depreciação e amortização), acrescentando o desembolso em investimentos fixos. Assaf Neto (2009) complementa que os métodos quantitativos de análise econômica de investimentos podem ser classificados em dois grandes grupos: os que levam em conta o valor do dinheiro no tempo e os que consideram essa variação por meio do critério do fluxo de caixa descontado. Em razão do maior rigor conceitual e da importância para as decisões de longo prazo, dá-se atenção preferencial para os métodos que compõem o segundo grupo. Ainda para Assaf Neto (2009) a avaliação de um ativo é estabelecida pelos benefícios futuros esperados de caixa trazidos a valor presente mediante uma taxa de desconto que reflete o risco de decisão. Exceção é geralmente feita, no entanto ao método do tempo de retorno do investimento (período do payback) o qual apesar de ser formalmente enquadrado no primeiro grupo, tem grande importância decisória e permite ainda seu cálculo em termos de valor atualizado. A análise de investimentos envolve decisões de aplicação de recursos com prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno adequado aos proprietários desse capital. Orçamento de capital é um processo que envolve a seleção de projetos de investimento e a quantificação dos recursos a serem empregados e busca responder à questão se o projeto vai se pagar, mas ainda gerar 46 riquezas para os acionistas ou sócios, e se é a melhor alternativa de investimento entre outras oportunidades. O orçamento de capital requer uma estimativa de fluxos de caixa livres que serão obtidos com o projeto de análise. As previsões de investimentos em ativos, de vendas, também de preços, de custos e despesas devem ser elaboradas da forma mais realista a acurada possível. De qualquer modo, a incerteza em orçamentos de capital é elevada, pois envolve cenários econômicos e políticos de longo prazo. Os métodos mais comuns de avaliação de projetos de investimento são: Payback; Payback Descontado; Valor Presente Líquido – VPL; e Taxa Interna de Retorno – TIR. O Payback é o período de tempo necessário para que as entradas de caixa do projeto se igualem ao
Compartilhar