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Seção 2 Conteúdo da Seção Logística: – Conceitos – Importância Estratégica da Logística – O Profissional de Logística – Logística e Comércio Eletrônico – Serviço ao Cliente 1 Seção 2 Logística Definição A Administração Logística é a parte da Administração da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla, de forma eficiente e efetiva, o fluxo direto e reverso e a armazenagem de bens, serviços e informações relacionadas, entre o ponto de origem e o ponto de consumo, de forma a atender aos requisitos do cliente. Fonte: CLM – Council of Supply Management Professionals (CSCMP)– 2004 www.cscmp.org 2 Seção 2 Conceitos Evolução da Logística Período Fatos Relevantes Até final da década de 1940 Produção em massa e baixa capacidade de distribuição Despreocupação com custos Inexistência do conceito de Logística Empresarial 1950/1965 Mudança de atitude do consumidor Conceito de custo total e foco nos canais de distribuição Surge conceito de Logística Empresarial 1965/1980 Consolidação de conceitos Logística contribui na redução do impacto do aumento dos fretes (custos crescentes de petróleo, mão de obra e juros internacionais) Após 1980 Desenvolvimento revolucionário em virtude de demandas devidas à globalização, alterações na economia mundial e desenvolvimento tecnológico. 3 Seção 2 Conceitos Principais Atividades da Logística Administração de transportes e gestão de frotas Armazenagem Manuseio de materiais Atendimento a pedidos Administração de estoques Planejamento de suprimentos e demanda Gestão de provedores de serviços logísticos Planejamento de redes logísticas. 4 Seção 2 Conceitos Segmentação da Logística Administração de Suprimentos: Inclui atividades relativas à gestão e execução do fluxo de insumos de produção, MRO , serviços e informações associadas, desde os fornecedores até os locais necessários na empresa, nos momentos e quantidades adequados. Distribuição: Atividades relativas à gestão e execução do fluxo de bens desde o local de produção até o destino e ao fluxo de informações associado. Distribuição Administração de Suprimentos Produção 5 Seção 2 Conceitos Atividades Logísticas na Cadeia Produção Entrega ao Cliente Administração de Suprimentos Recebimento Movimentação e Expedição Centro de Distribuição (CD) Distribuição Compras e Gestão de Fornecedores Movimentação, Armazenagem e Gestão de Estoques Ponto de Venda Entrega Conferência Transferência Entrega Direta Consumidor 6 Seção 2 Conceitos Atividades Logísticas na Cadeia Recebimento Armazenagem Movimentação Separação Expedição Controle Conferência Centro de Distribuição (CD) 7 Seção 2 Logística Reversa Conceito Logística Reversa é a área da logística empresarial que planeja, implementa e controla o fluxo e as informações correspondentes, dos bens de pós-venda e pós-consumo que retornam através dos canais reversos ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, agregando valor econômico, ecológico, legal, logístico e de imagem corporativa a esses bens. É associada a retornos e reciclagens. 8 Seção 2 Logística Reversa Todas as empresas, independentemente de área de atuação, porte, produtos, serviços e localização geográfica, podem beneficiar-se do planejamento, implementação e controle da logística reversa. 9 Seção 2 Logística Reversa Características Pouco desenvolvida no Brasil porque: – Fábricas visam matéria prima virgem; – Pequeno volume de retornos e reciclagens; – Fretes são elevados pelos baixos volumes; – Transportadores são pouco profissionais. Crescimento da importância: – Uso mais freqüente de paletes; – Crescimento das quantidades de resíduos; – Escassez de matérias primas virgens; – Surgimento e evolução da legislação restritiva. 10 Seção 2 Logística Reversa Exemplos 1 e 2 1) Em 1990 a fábrica da Toyota Motores em Kentucky desenvolveu um padrão de embalagem reciclável para seus fornecedores, baseado em materiais reciclados, que trouxe uma economia de US$ 3,6 milhões/ano. 2) Em 1992 a empresa Deere implantou um sistema de embalagem reutilizável que resultou numa redução de custos de U$ 1,7 milhões/ano e de 18% em estoques. 11 Seção 2 Logística Reversa Exemplo 3 3) Fábrica da Epson em Tamboré - SP (fábrica verde)*U – Metas: • Reduzir geração de resíduos a zero; • Eliminar substâncias que contaminem o meio ambiente; • Diminuir o consumo de energia. – Resultados: • 90% do lixo é reciclado ou reutilizado: restos de papelão viram paletes, resíduos químicos são usados como combustível na indústria de cimento. • Substâncias tóxicas foram eliminadas da produção. • Queda de 70% na energia por impressora produzida, via dissipação de calor em ambientes isolados termicamente, instalação de telhas transparentes e fixação da temperatura do ar condicionado em 26 ºC. Fonte: Revista Exame, Edição 846, ano 39, Nº 13, 6 de julho de 2005, pp. 85. 12 Seção 2 Logística Reversa Exemplo 4 4) Embalagens de Agrotóxicos – Indústria nacional de agrotóxicos movimentou em 2007 cerca de US$ 5,8 bilhões e gerou 33.000 toneladas de embalagens, resíduo tóxico. – A lei federal 9.974 de 06/06/00: • cria conjunto pioneiro de regras para a coleta e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos; • disciplina a destinação final dessas embalagens, determinando a responsabilidades do agricultor, do revendedor e do fabricante. • permite que o não cumprimento dessas responsabilidades implique em penalidades previstas na lei. 13 Seção 2 Logística Reversa Exemplo 4 (Cont.) Fabricantes de agrotóxicos criaram em 12/2001 o inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, cuja missão inclui: – gestão do processo de destinação de embalagens vazias de fitossanitários no Brasil – apoio e orientação à indústria, canais de distribuição e e agricultores, no cumprimento da legislação – educação e conscientização de proteção ao meio ambiente e à saúde humana – Apoio no desenvolvimento tecnológico de embalagens de fitossanitários. 14 Seção 2 Logística Fluxos Diretos e Fluxos Reversos FLUXOS DIRETOS Matérias primas. Materiais em processo. Produtos semi-acabados e acabados entre plantas e CD’s Peças de reposição e itens consumíveis. Materiais promocionais (stands, displays, literatura etc). FLUXOS REVERSOS Embalagens retornáveis. Paletes retornáveis. Produtos retornados por: – defeito ou desistência do cliente; – fim da vida útil. Produtos para reparo. Resíduos para reciclagem 15 Seção 2 Logística Conceito de Logística Integrada Fluxo de Materiais com Agregação de Valor Fornecedor de Produto Acabado Fornecedores Administração de Suprimentos Produção Distribuição Clientes Fluxo de Informações Logística Reversa 16 Seção 2 Logística Missão da Logística Logística: conjunto integrado de atividades que visa atingir a satisfação do cliente ao menor custo possível. Missão da logística: criar VALOR disponibilizando produtos e serviços onde e quando necessários. Custos das atividades logísticas: valor elevado, mas o serviço ao cliente é o ponto primordial. Segredo: para superar os concorrentes em desempenho é necessário atingir os objetivoscom uma boa relação custo / benefício. 17 Seção 2 Importância Estratégica da Logística 18 Empresas necessitam desenvolver diferencial competitivo significativo e duradouro. Aumento da concorrência Dois fatores essenciais nessa direção: • Vantagem de CUSTO • Vantagem de VALOR Seção 2 Importância Estratégica Vantagem de Custo Vantagem de custo pode ser obtida através de: – aumento de produtividade; – economia de escala, com diluição de custos fixos; – administração logística adequada. 19 Seção 2 Importância Estratégica Vantagem de Custo Exemplos: – Focalização de fábricas, visando reduzir o número de itens produzidos numa planta => economia de escala; – Centralização de estoques => redução dos estoques e de seus custos. Possíveis conseqüências: – crescimento dos custos de transporte, pelo aumento das distâncias; – redução do nível de atendimento ao cliente, pelo afastamento dos mercados. 20 Seção 2 Importância Estratégica Vantagem de Custo O impacto de alterações na cadeia de abastecimento deve ser avaliado antecipadamente, através do cálculo do custo total. Logística exerce papel importante, pois permite a redução de custos e disponibiliza o ferramental para a análise do custo total. 21 Seção 2 Importância Estratégica Vantagem de Valor Valor pode ser oferecido através de: – benefícios intrínsecos – características físicas e desempenho (adequabilidade das funções, facilidade de uso, qualidade, durabilidade...) – benefícios intangíveis – serviço (disponibilidade, atendimento , ...), imagem da marca e da empresa, ... Valor intangível é mais diferenciador do que valor intrínseco, pois produtos são muito semelhantes. Logística disponibiliza produtos e serviços e viabiliza atendimento adequado ao cliente => valor intangível. 22 Seção 2 Importância Estratégica Diferencial Competitivo Portanto, a logística permite reduzir custos e agregar valor intangível, importantes fatores para o diferencial competitivo. Daí sua importância estratégica. 23 Seção 2 O Profissional de Logística Até recentemente logística empresarial era solenemente ignorada pela maioria das empresas manufatureiras e prestadoras de serviços no Brasil. Com a abertura comercial, da década de 1990, cresceu a necessidade das empresas brasileiras desenvolverem maior competitividade, realçando o papel da logística. A conseqüência é a necessidade de profissionais na área de logística, escassos no país. 24 Seção 2 O Profissional de Logística Origem e formação Profissionais de logística provêm das mais variadas áreas. Na sua maioria, iniciam a atividade por necessidade das empresas em que atuam e preparam-se a partir de exposição à vida prática, complementada por cursos de especialização. 25 Seção 2 O Profissional de Logística Qualificação Qualificação desejável para profissional de logística de nível gerencial inclui: – Conhecimento conceitual abrangente sobre logística e supply chain management – Visão de mercado e entendimento da importância do bom atendimento ao cliente – discernimento, vontade e coragem para introduzir mudanças – Criatividade – Vivência. 26 Seção 2 O Profissional de Logística Gama de Atividades A Logística Empresarial responde pelo fluxo de materiais e informações associadas, ao longo da cadeia. Assim, as atividades do profissional de logística é ampla, podendo incluir: – Planejamento – Materiais – Distribuição – Armazéns – Estoques – Transportes – Informações 27 Seção 2 Comércio Eletrônico Importância A Internet proporciona um meio de baixo custo através do qual: – um negócio pode realizar vendas mundialmente. – grandes corporações podem oferecer no mercado mundial enormes quantidades de informações sobre produtos a baixos custos de implementação e também oferecer assistência técnica, ainda a baixos custos. 28 Seção 2 Comércio Eletrônico Fatos Relevantes sobre a Internet Um enorme número de usuários pode acessar a Internet e esse número cresce de forma explosiva. A Internet tem um impacto significativo nos negócios e na vida pessoal. Não é propriedade de ninguém. Tem alta velocidade, transformando períodos de dias ou semanas em segundos ou minutos. 29 Seção 2 Comércio Eletrônico Segmentos O Comércio Eletrônico tem dois segmentos distintos associados com o tipo de relacionamento envolvido: – Relações Empresa-Empresa (Business-to-Business ou B2B); – Relações Empresa-Consumidor (Business-to-Consumer ou B2C). 30 Seção 2 Comércio Eletrônico B2B x B2C Inicialmente as atenções da imprensa eram focalizadas no comércio eletrônico B2C, pois os consumidores ajudaram a viabilizar a rede de computadores que constitui a Internet, iniciando com aplicações simples como e-mail, pesquisa e quadros de avisos. No entanto, nos últimos anos o crescimento do comércio eletrônico B2B foi muito superior ao do B2C. Em 2004 as transações B2B excederam US$ 2,7 trilhões, numa razão de 10 para 1 frente ao B2C. 31 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B Definição Transações comerciais realizadas através de redes públicas ou privadas, incluindo negócios públicos e privados que utilizam a Internet como veículo. Essas transações incluem transferências financeiras, intercâmbios on-line, leilões, entrega de produtos e serviços, atividades de cadeias de abastecimento e redes de negócio integrados. 32 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B Conteúdo O comércio eletrônico B2B cresce muito devido à abrangência de suas atividades: – Desenvolvimento de produtos. – Venda e transferência de bens. – Joint ventures e cadeias de abastecimento. – Contratação e sub-contratação de manufatura. – Distribuição de produtos. – Serviços de apoio para produtos e serviços. 33 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B Market Place Digital e Intercâmbios O B2B é formado por: – Ferramentas e processos (processos, tecnologia regras negociais); – Aplicações em diversos sistemas de negócios. Processos Tecnologia Regras Negociais P o rt a l P ro cu ra (P ro cu re m en t) L ei lã o C o m p ra d o re s e F o rn ec ed o re s (I n te rc â m b io B 2 B ) S u p p ly C h a in Aplicações B2B 34 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B Supply Chain Management Um dos aspectos mais importantes na gestão da cadeia de abastecimento é apoiar a integração efetiva dos vários membros da cadeia. A utilização da Internet proporciona essa integração através de um sistema único, a custo muito menor e sem a necessidade de sistemas de comunicação caros sofisticados. 35 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B Supply Chain Management Empresas utilizam sistemas no SCM visando: – tornar mais curtos os ciclos de desenvolvimento de produtos, de produção e de manufatura – reduzir os tempos de venda e de entrega – reduzir estoques – reduzir os custos e aumentar lucros. A maioria dos softwares para SCM está sendo adequada aos padrões da Internet, visando atender às tendências e necessidades do comércio eletrônico. 36 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B Redução de Custos Segundo a NationalAssociation of Purchasing Managers dos Estados Unidos*, as economias médias advindas das compras B2B via Internet, são: – 35% no processamento – 30% nos produtos e serviços – 20% em recursos humanos – 15% nos estoques 37 *Gazeta Mercantil 29.03.2001 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B Caracterização O comércio eletrônico B2C é caracterizado por vendas ao consumidor através de sites e portais na Internet. Surgiu como uma revolução nas vendas por meio de empresas nascidas virtuais. Com o passar do tempo, as dificuldades logísticas das empresas puramente virtuais estão demonstrando que a obtenção de lucros nesse tipo de negócio é um processo penoso. 38 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2B As Dificuldades Entrega pulverizada diretamente ao consumidor. Infra-estrutura de telecomunicações ainda deixa a desejar, apesar da significativa evolução experimentada nos últimos anos. Uso limitado de cartões de crédito por segurança. Falta regulamentação governamental 39 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2C Exemplos Amazon, pioneira no comércio eletrônico B2C. – Durante muitos anos prejuízos cresceram na mesma proporção de suas vendas. – Diversificou seus produtos e investiu enormes quantias na instalação de centros de distribuição nos EUA e outros países. Portal do Banco Bradesco permite que clientes comprem em diversos sites de venda eletrônica no varejo, minimizando a possibilidade de ocorrências de fraudes. 40 Seção 2 Comércio Eletrônico – B2C A Forte Dependência da Logística Não basta montar um site atraente e esperar uma chuva de pedidos. Os consumidores internautas são mais exigentes do que o consumidor comum e não hesitam em abandonar um fornecedor se as condições acordadas não forem cumpridas. A logística é o lado complexo do comércio eletrônico, pois aí está o segredo do serviço adequado ao cliente. 41 Seção 2 Serviço ao Cliente Relação com a Logística O serviço ao cliente tem se tornado um fator essencial para a diferenciação competitiva. Na grande maioria das vezes, a logística agrega valor intangível, associado ao serviço ao cliente. Como é sabido, a importância estratégica da logística é fruto, principalmente, de sua capacidade de agregar valor e reduzir custos. 42 Seção 2 Serviço ao Cliente Conceito Segundo Bowersox: – “O serviço ao cliente visa disponibilizar benefícios significativos de valor agregado na cadeia de abastecimento (supply chain), de forma eficiente em termos de custo”. Essa definição caracteriza o serviço ao cliente como um fator diretamente relacionado com a administração da cadeia de abastecimento. 43 Seção 2 Serviço ao Cliente Elementos 1. Disponibilidade de estoque. 2. Desempenho no ciclo do pedido: – velocidade – consistência – flexibilidade ou adaptabilidade – pedidos entregues completos e no prazo – correção de falhas – confiabilidade da entrega (qualidade logística) – sistema de informação de apoio 44 Seção 2 Serviço ao Cliente Elementos (Cont.) 3) Freqüência de entrega. 4) Facilidade de colocação do pedido. 5) Restrições de tamanho do pedido. 6) Qualidade da documentação. 7) Procedimentos para reclamações. 8) Suporte técnico. 9) Informação sobre a posição dos pedidos. 45 Seção 2 Serviço ao Cliente Relações com o Cliente As relações comerciais sofreram modificações profundas nas duas últimas décadas. Evolução do Serviço ao Cliente: – Antes empresas preocupavam-se apenas com o seu produto ou serviço e em como vendê-los ao cliente. • “Você pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto.” (Henry Ford) – Hoje o foco mudou do produto para o cliente para criar uma relação de confiança e intimidade. – É necessário oferecer produtos e serviços que o cliente necessite e queira comprar, procurando criar uma relação de confiança e intimidade. 46 Seção 2 Serviço ao Cliente Relações com o Cliente (Cont.) No passado, na mercearia da esquina, consumidores eram conhecidos individualmente, chamados pelo nome, informados das novidades e tinham suas reclamações acatadas, dentro do possível. Com as grandes lojas, os consumidores perderam sua individualidade, a inflação induziu a “compra do mês” e o preço tinha mais importância do que o serviço. 47 Seção 2 Serviço ao Cliente Relações com o Cliente (Cont.) Com ambiente econômico estável, consumidores buscam recuperar sua individualidade e passam a valorizar o serviço agregado ao produto. Para ter foco no cliente é preciso: – conhecê-lo, descobrir seus desejos e necessidades, respeitando sua privacidade – garantir sua satisfação, nos momentos da pré-venda, da venda, e da pós-venda, buscando tornar fiéis os clientes realmente valiosos. Atualmente, não basta satisfazer o cliente, é necessário superar sua expectativa, numa busca incessante pela inovação. 48 Seção 2 Serviço ao Cliente Relações com o Cliente (Cont.) Palavra-chave passa a ser fidelização “Conquistar novos clientes custa entre 5 a 7 vezes mais do que manter os já existentes” – Philip Kotler Clientes fiéis são propensos a comprar em mais de um canal, tendem a consumir mais. Lojas de bairro voltam a ganhar força e grandes redes passam, também, a atuar neste modelo. Grandes redes criam projetos de serviço ao cliente, áreas de atendimento e ferramentas de CRM — Customer Relationship Mangement 49 Seção 2 Serviço ao Cliente Relações com o Cliente - Ferramentas CRM: – Sistema integrado de gestão com foco no cliente; – Utiliza os dados colhidos sobre o cliente, incluindo informações de relacionamento e transações; – Estreita relacionamento, otimiza e gera negócios e pode levar clientes a se sentirem únicos, prestigiados, reconhecidos e ouvidos. 50 Seção 2 Serviço ao Cliente Sistemas Logísticos Orientados para o Cliente Sistemas logísticos devem ser concebidos para atender às necessidades do cliente, ou seja: Identificação das necessidades do serviço ao cliente Definição dos objetivos do serviço ao cliente Projeto do sistema logístico 51 Seção 2 Serviço ao Cliente Níveis de Serviço Tradicional competente – freqüência adequada de suprimento de itens de linha – entregas regulares e eventualmente em dia marcado Proativo – priorização de contas e manuseio especial de pedidos – condições flexíveis de venda Parcerias e alianças comerciais – contratos de médio e longo prazo – exclusividade 52 Seção 2 Serviço ao Cliente Lucratividade por Cliente Clientes compram produtos e serviços diferentes e em mix diferentes. Assim, o custo de servi-los e a lucratividade de cada um variam de caso para caso. Identificar a lucratividade de cada cliente é o grande desafio da gestão de serviço ao cliente. 53 Seção 2 Serviço ao Cliente Lucratividade por Cliente (Cont.) % d a m a rg e m d e l u c ro t o ta l % total de clientes 100% 100% Em geral existe uma “cauda” de clientes que reduzem a lucratividade 54 Seção 2 Serviço ao Cliente Custo dos Serviços C u s to d o s S e rv iç o s Nível de serviço 100% A alta inclinação da curva resulta dos elevados níveis de estoque necessários para atender a níveis de demandainesperadamente altos. 55 Seção 2 Serviço ao Cliente Redução do Custo dos Serviços Custo dos Serviços Nível de serviço 100% Deslocamento da curva de custo dos serviços, através por exemplo da melhor gestão das informações, com a conseqüente redução dos estoques. 56 Seção 2 Serviço ao Cliente Custo-Benefício da Melhoria Serviços Margem = Receita - Despesa Seção 2 Margem = Receita - Despesa Serviço ao Cliente Custo-Benefício da Melhoria Serviços Seção 2 Serviço ao Cliente Segmentação de Serviços Custos elevados não permitem manter mesmo nível de serviço para todos os clientes. Diferenciação dos serviços por diferentes categorias de clientes (A, B, C,..): – Na Indústria via canais de vendas (ex.: key accounts, Distribuidores, Atacados, etc.). – No varejo por “bandeira” ou por região (ex.: Extra x Pão de Açúcar ou Jardins x Santo Amaro) ou por segregação de estoques. 59 Seção 2 Serviço ao Cliente Diferenciação de Nível de Serviço L u c ro s ( % ) Produtos ou Clientes (%) 100% A B C 80% 50% 30% 15% 5% Categoria de Produto ou Cliente Disponi- bilidade de Estoque A 96% B 94% C 90% 20% Exemplo de Níveis de Serviço quanto a estoque disponível 60 Seção 2 Serviço ao Cliente Giro de Estoque x Margem de Lucro Consideração conjunta do lucro e do giro de estoque (vendas anuais / estoque médio no ano) na gestão dos níveis de serviço de um item. G ir o d e E s to q u e p o r It e m Lucro por Item B a ix o A lt o Baixa Alta (3) Reduza custos (1) Proporcione alta disponibilidade (4) Analise criticamente (2) Entregue em baixas quantidades e quando necessário 61 Seção 2 Serviço ao Cliente Diferenciação na Gestão de Estoques As diversas classes de estoques (A, B e C) podem ser administradas diferentemente, visando reduções de custos, sem prejuízo do serviço ao cliente: – Produtos A próximos aos clientes e produtos B e C mais distantes, ao longo da cadeia – Estoques de segurança centralizados, em menos locais do que os estoques operacionais – Produtos de baixa rotatividade e alto lucro entregues em baixas quantidades e quando necessários. 62 Seção 2 P ro d u to s Clientes C A (2 0 % ) A (20%) C B B Proteja Clientes Chave e Produtos Chave Analise Criticamente com Freqüência Serviço ao Cliente Priorização de Clientes e Produtos Desenvolva Mantenha Seção 2 Questões Porque a logística é importante estrategicamente? Se você quiser ser um profissional de logística que competências necessita desenvolver? Qual a importância da logística para o comércio eletrônico? Compare com o comércio clássico. Qual a relação da logística com o serviço ao cliente? 64 Seção 2 Bibliografia Básica – BOWERSOX, Donald J., David J. Closs, M. Bixby Cooper, Gestão da cadeia de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2008. Cap. 13 e 14. – BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos - planejamento, organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, - 4ª edição – 2001. Capítulos 13 e 14. 65
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