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Caderno de Direito Processual Civil IV

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Direito Processual Civil IV
Título I – Disposições Gerais
Liminar: quando há ameaça a direitos de circunstâncias urgentes.
O autor considerado o primeiro a sistematizar o processo cautelar foi Piero Calamandrei.
Função de conhecimento é para conhecer o direito; função de execução realiza o direito. 
Diferença entre decisão provisória e decisão temporária: a decisão temporária não é substituída por uma decisão definitiva substituída.
Decisão do processo cautelar é baseada em um juízo de cognição sumária (que é baseada em probabilidade, cognição superficial das circunstâncias do processo). Motivo: urgência.
Processo é um meio/instrumento para a tutela/promoção do direito material. Não possui um fim em si mesmo; sua existência é para os fins que promove (tutela do direito), concepção instrumental.
Cautelar tem como característica a PROVISORIEDADE da decisão, até que outra definitiva a substitua. Cautelar é um instrumento do instrumento, e possui função auxiliar das funções de conhecimento e execução, e serve aos processos de conhecimento e execução, para que estes funcionem. Ex.: ação de cobrança, cautelar de arresto, patrimônio bloqueado.
Calamandrei ignora o conteúdo das decisões. Ex.: juiz defere a liminar para determinar o arresto dos bens do devedor; juiz defere a liminar para determinar de alimentos; juiz defere a liminar de medicamentos. As decisões são sumárias e provisórias, com conteúdos diferentes. A diferença entre arresto e alimentos é a antecipação no recebimento de alimentos, e o não recebimento no arresto. Para Ovídio, satisfação do direito de maneira antecipada.
Calamandrei contrapõe medidas definitivas (proferidas no processo de execução e conhecimento) e medidas provisórias (que duram por determinado período), independentemente do conteúdo.
Crítica de Ovídio para Calamandrei: não se pode aceitar que toda e qualquer medida provisória seja cautelar. É preciso avaliar o tipo de repercussão que a decisão traz no plano fático. Calamandrei diz que as cautelares servem ao processo, sendo o instrumento do instrumento (utilidade pública). Ovídio diz que as medidas cautelares servem ao direito da parte, e não a proteção estatal.
Luis Guilherme Marinoni, no livro “Antecipação da Tutela”, diz que a prestação jurisdicional não é instantânea, leva determinado tempo para que o processo cheque ao final. Tempo fisiológico e patológico; fisiológico é o tempo natural aceitável, necessário, devido processo legal, ampla defesa, contraditório, etc; patológico é o tempo indesejável, e decorre da demora do processo. O autor suporta o ônus do tempo. Quando houver capacidade de direito evidente pelo autor, é possível deferir liminares a favor do autor, mesmo sem situações urgentes, com finalidade de distribuir o ônus do tempo.
Sistematização/classificação da tutela provisório no CPC
	Tutela provisória: situações para que seja possível pedir provimento jurisdicional antes ao julgamento final. Contrapõe-se à tutela definitiva. Arts. 234 a 311, CPC.
	Tutela provisória classificada segundo o fundamento, baseado em qual motivo eu peço a tutela provisória. Ou é fundamentado com base em uma urgência, ou fundamentado com base em uma evidência; quanto à natureza da medida (antecipada – satisfativa – ou cautelar); quanto à posição da medida em relação ao pedido principal. Liminar de alimentos é satisfativa, antecipatória.
	Tutela antecipada pode ser de urgência ou evidência.
	Tutela provisória poderá ser antecedente ou incidental:
Tutela provisória antecedente: pode ser postulada em separado do pedido de tutela principal, ou seja, pode pedir o pedido principal depois.
Tutela provisória incidental: postulada em conjunto com o pedido de tutela principal ou posteriormente.
Baseados na evidência: art. 311 e incisos.
Art. 296: tutela provisória tenda a durar durante o processo (produzindo efeitos).
Art. 297: possibilidade de revogação da tutela provisória.
Revogação tira efeitos da decisão. O juiz pode revogar a decisão antes proferida.
Na sentença é mais comum ocorrer a revogação da tutela provisória.
Art. 298 c/c art. 489, § 1°.
Art. 299: competência da tutela provisória:
Incidental: requerida no juízo da causa. Ex.: ação rescisória, julgada no Tribunal.
Antecedente: requerida perante a autoridade competente para apreciar o futuro pedido principal.
Título II – Tutela de Urgência
Requisitos cumulativos:
Possibilidade do direito;
Perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Cognição no plano horizontal:
Plena: o juiz pode tomar conhecimento para decidir a respeito de qualquer tipo de matéria que diga respeito ao caso;
Limitada: o juiz não pode tomar conhecimento a respeito de qualquer tipo de matéria que diga respeito ao caso.
Cognição no plano vertical: profundidade do que está sendo alegado.
Cognição exauriente: decisão depois de uma investigação (perícia, contraditório, ampla defesa, etc).
Cognição sumária: ocorre numa decisão de juízo sem ampla investigação prévia. Ex.: tutela provisória urgente.

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