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Terapia Cognitiva e Construtivismo

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17/04/2008
1
Terapia Cognitiva e 
Construtivismo
Terapia Cognitiva Construtivista
• A proposta da Terapia Cognitiva Construtivista 
ou Terapia Narrativa é a de que o objeto de 
estudo da Psicologia passe a ser o 
“significado”
• A linguagem é o processo central desta 
abordagem
• A Psicologia Narrativa se baseia em quatro 
pressupostos:
– Existência como conhecimento
– Conhecimento como hermenêutica
– Hermenêutica como discurso narrativo
– Discurso narrativo como cultura
17/04/2008
2
Existência como Conhecimento
• Conhecimento como um processo ativo da transformação dos próprios 
nichos ecológicos de modo a facilitar a viabilização do organismo –
processo de construção ativa.
• Muda a localização do objeto de estudo, da localização intrapsíquica
essencialista, o objeto da psicologia vai ressituar-se no contexto da 
experiência do indivíduo.
• Em qualquer ser vivo a existência não pode ser dissociada de 
conhecimento.
• Conhecimento não no sentido da representação do mundo “lá fora” mas 
como um processo contínuo de construção do mundo através da própria 
vida.
Conhecimento como Hermenêutica
• Todo conhecimento (e por implicação toda a existência) tem uma natureza 
inerentemente hermenêutica.
•
• Conhecer o comportamento humano é essencialmente compreender os 
sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir e 
dar significado a suas experiências.
•
• Hermenêutica buscava interpretar textos (inicialmente sagrados, depois 
legais) na busca de um sentido original.
– Psicanálise utiliza-se da hermenêutica.
– Construtivismo também começa a usar, porém com sentido diferente. Para 
esta escola a hermenêutica tem a função criativa e libertadora para a 
produção de significados múltiplos.
• A realidade especifica-se e adquire uma dimensão de maior estabilidade não por 
referência a um mundo externo, mas, pelo contrário, em virtude da subjetividade 
hermenêutica do indivíduo, é esta que impõe uma coerência interpretativa no caos 
multipotencial do mundo.
Conhecimento como Hermenêutica
(cont)
• Acredita num multiverso e não num universo –
defendendo uma visão multirealista.
•
• Em resumo, o conhecimento é hermenêutico, não pela 
preexistência de um sistema de significações, 
•
• Mas pelo fato de a matriz existencial remeter para a 
possibilidade de construção de significados
diversificados e transformadores de uma realidade que 
se caracteriza, também ela própria, pela sua 
caleidoscópica diversidade.
17/04/2008
3
Hermenêutica como discurso narrativo
• Vimos que conhecimento é indissociável da existência.
• Ambos, conhecimento e existência, se vão organizando no indivíduo 
num processo hermenêutico de construção de significado.
• Veremos agora como essa hermenêutica se liga à experiência.
• A multiplicidade de significados só é possível graças ao poder 
criativo e múltiplo da linguagem e do discurso humano. É na 
linguagem que se constrói o significado.
– Reconhece-se assim, que a linguagem e o discurso constituem meios e 
fins do processo de significação e conhecimento humano.
– A linguagem surge aqui como fenômeno psicológico de primeira 
ordem.
Hermenêutica como Discurso
Narrativo (Cont)
• Pensamento narrativo – matriz narrativa que intermedeia os significados 
múltiplos da existência. Esse pensamento narrativo se constitui a partir 
das relações que vão sendo estabelecidas entre as palavras.
•
• A narrativa constitui a matriz fundamental de construção de 
conhecimento ao impor significação à textura da experiência diária.
•
• É a narrativa que nos liga de um modo interpretativo e multipotencial à 
existência.
•
• Vivemos num espaço e numa temporalidade dos quais nos damos conta 
através das narrativas. 
•
• Nesse sentido, a narrativa não é algo que escolhemos fazer, mas algo que 
somos e, como o ser não é dissociável do conhecimento, a narrativa é 
também aquilo que conhecemos. 
Discurso Narrativo como Cultura
• Ao assumirmos o discurso narrativo como elemento fundamental da 
existência, estamos necessariamente a assumir a natureza inerentemente 
dialógica do conhecimento. 
• A natureza experiencial, hermenêutica e discursiva do conhecimento
torna-o igualmente indissociável de uma matriz de relações.
• A narrativa não é um ato mental individual, mas uma produção discursiva 
de natureza interpessoal.
• Toda narrativa, como todo o conhecimento, é localizada contextualmente.
• É progressivamente reconhecido que os significados só fazem sentido
quando localizados no espaço e no tempo e portanto no contexto 
interpessoal que os enquadra.
17/04/2008
4
Discurso Narrativo como Cultura
• O discurso narrativo é no fundo o padrão que une os indivíduos dentro de 
si e entre si, oferecendo assim a possibilidade para um indivíduo que se 
conhece cada vez mais a si próprio confundindo-se cada vez mais com os 
outros.
• Conceitos de identidade e self, que foram sobrevivendo graças aos 
esforços acrobáticos da psicologia do desenvolvimento e da psicologia 
cognitiva, talvez os últimos guardiões de uma autônoma e emancipada 
ciência psicológica.
• O conceito de “identidade” é trocado pelo de “autoria”.
• É precisamente esse conceito de autoria, por contraponto ao de identidade, que 
assegura as condições de complexidade, flexibilidade, diversidade e viabilidade 
numa sociedade multiétnica, multicultural, multivocal, situando o discurso 
narrativo num espaço cultural.
“Na proposta aqui apresentada, a procura de essências 
cognitivas dá lugar à organização da matriz existencial. 
Uma hermenêutica absolutista e apriorística é 
substituída por uma hermenêutica facilitativa da 
multicompreensão. A abstração lógica cederá lugar à 
discursividade narrativa. Finalmente, o indivíduo isolado 
transformar-se-á num espaço relacional de 
interlinguagem.”

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