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MODELO4Liberdade Provisória

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MARÍLIA/SP.
ROBERTO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua ................., nº. ......., nesta cidade e comarca, autuado em flagrante delito como incurso no artigo 155, caput, do Código Penal Brasileiro, por seu advogado e procurador infra assinado (instrumento de mandato anexo, doc. 1) vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a LIBERDADE PROVISÓRIA, com fulcro no artigo 5º, LXVI da Constituição Federal e artigo 310 e seguintes do Código de Processo Penal, pelas razões a seguir aduzidas:
I – DOS FATOS
O requerente foi preso em flagrante por agentes policiais do 2º Distrito Policial de Marília, na posse de um veículo VW/Golf, cor preta, placas AAA-0000 de Garça, que havia acabado de furtar. O automóvel na oportunidade da subtração, encontrava-se estacionado regularmente na Rua das Andorinhas, nesta cidade.
A autoridade policial que presidiu o auto de prisão em flagrante delito capitulou o fato como incurso no artigo 155, caput, razão pela qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento do requerente ao cárcere e entregando-lhes as notas de culpa.
A cópia do auto de prisão em flagrante foi remetida ao juiz perante esta Vara Criminal desta Comarca. Vale lembrar que o requerente reside nesta cidade, é primário e trabalhador.
É a síntese do ocorrido.
II – DO DIREITO
Verifica-se dos autos que a prisão em flagrante é legal, uma vez que se enquadra nas espécies de flagrante previstas no Código de Processo Penal. Estabelece o Código de Processo Penal:
Art. 302: Considera-se em flagrante delito quem:
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la.
No caso em tela, o requerente foi surpreendido quando tinha acabado de cometer a infração, ou seja, flagrante próprio. Contudo, a Constituição Federal estabelece que:
Art. 5º, LVII: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
Mas também:
Art. 5º, LXVI: “Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”.
Desta forma, de acordo com os princípios constitucionais ora mencionados, o requerente não deve permanecer recolhido na prisão, ademais o Código de Processo Penal estabelece que:
Art. 310, Parágrafo Único: “Igual procedimento será adotado quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva (arts. 311 e 312)”.
Como também, o requerente não se enquadra em nenhuma das hipóteses da prisão preventiva previstas no artigo 312 do Código de Processo Penal, que estabelece:
Art. 312: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”.
Observa-se que, apesar de existir prova da materialidade do delito e indícios suficientes de autoria, o requerente é primário, se permanecer em liberdade não representará riscos à coletividade, à ordem pública, e muito menos à ordem econômica. Mas também, o requerente sequer ameaçou alguma testemunha, e possui residência nesta cidade, não havendo possibilidade de fuga.
Ademais, a autoridade policial não arbitrou fiança, pelo fato do crime ter pena mínima superior a 2 (dois) anos, conforme previsão do Código de Processo Penal:
“Art. 323: Não será concedida fiança: I – nos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a 2 (dois) anos.”
Diante do exposto, apesar de a prisão ter sido legal, o requerente não deve permanecer recolhido na prisão, pelo fato de ser assegurado constitucionalmente o direito de permanecer em liberdade graças ao princípio da presunção de inocência, e pela lei estabelecer a possibilidade da liberdade provisória; como também o requerente não incorreu em nenhuma das hipóteses de prisão preventiva, logo o instituto da liberdade provisória deve ser aplicado.
III – DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, ausentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva e, comprometendo-se a comparecer a todos os atos do processo, requer, após ouvido o Digno Representante do Ministério Público, seja concedida a LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA e a expedição do alvará de soltura em favor do requerente, como medida de JUSTIÇA.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Marília, ....., de ................. de 20.....
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Advogado – OAB/SP

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