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Clique para editar o estilo do subtítulo mestre DOENÇAS EM CEREAIS DE INVERNO UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL DOENÇAS EM PLANTAS CULTIVADAS Prof. Gilmar Franzener CEREAIS DE INVERNO IMPORTÂNCIA • Demanda por alimentos; • Aumento de área cultivada: Goiás (18,3%), Minas Gerais (12,3%), Paraná (15,5 %); • Redução de área: São Paulo (23,0%), Distrito Federal (13,8%) e Rio Grande do Sul (12,3%); • Redução estimada é de 14,6%, devido as adversidades climáticas e controle de doenças; • RS e PR produzem 90%; (CONAB, 2010) HISTÓRICO DO TRIGO • Incidência de doenças fator limitador da expressão plena do potencial produtivo; DOENÇAS REDUÇÃO NO RENDIMENTO DE GRÃOS Oídio até 62% Ferrugem da folha até 63% Helmintosporiose até 80% Giberela até 27% Brusone até 50% HISTÓRICO DO TRIGO • Início do século XIX – Ferrugem do colmo praticamente erradicou a triticultura gaúcha; HISTÓRICO DO TRIGO • O controle cultural e químico têm sido o processo mais usado. AVEIA • Crescente no Brasil; • Necessidade de diversificação; • Disponibilidade de cultivares mais produtivas; • Bacias leiteiras; • Maior consumo de alimentos; • O cultivo destina-se: adubação verde, forragem e grãos na alimentação animal (80%) e humana (20%); CEVADA • Produção no Brasil: mais de 274 mil toneladas; • 86% malte • 8% semente • Grão forrageiro 6% • Região de Passo Fundo, grade região produtora; DOENÇAS 1. Mosaico comum do trigo 2. Nanismo amarelo da cevada 3. Estria bacteriana 4. Mal-do-pé 5. Podridão comum de raízes 6. Oídio 7. Ferrugem da folha do trigo 8. Ferrugem do colmo do trigo 9. Helmintosporiose 10. Mancha amarela 11. Septoriose 12. Giberela 13. Brusone 14. Carvão da espiga 15. Mancha salpicada da folha MOSAICO COMUM DO TRIGO • Estádios iniciais da cultura; • Reboleiras; Fonte: H.J. Larsen Fonte: Center for Integrated Pest Management. MOSAICO COMUM DO TRIGO • Transmitido por fungo Polymixa graminis; MOSAICO COMUM DO TRIGO • Soil-borne wheat mosaic virus – SBWMV • Regiões frias (RS, SC, PR); • Cultivares suscetíveis; • Transmitido por fungo Polymixa graminis; • Além do trigo: centeio, cevada e triticale; • Vírus estreita relação com esporos de resistência do fungo vetor; • Temperatura: 16°C • Dispersão do vetor: implementos agrícolas, água e vento; CONTROLE • Cultivares resistentes; • Rotação de cultura; • Evitar solos compactados e encharcados; • Limpar equipamentos agrícolas; NANISMO AMARELO DA CEVADA Fonte: Carl A. Bradley Folha bandeira; Escurecimento da espiga; Aveia: plantio março a maio; 01/08/11 NANISMO AMARELO DA CEVADA NANISMO AMARELO DA CEVADA • Barley yellow dwarf virus – BYDV; • Sul do Brasil; • Hospedeira do vírus: aveia; • Vetor: pulgões; • Hospedeiros Poaceae: arroz, aveia, cevada, Centeio, milho, sorgo, trigo e invasoras; • Transmissão: estiletar ou não persistentes (adquire 15 a 60 min, transmissão 24 a 48 hr); • Temperatura: 25 a 30°C no fim do ciclo; CONTROLE • Controle dos vetores; • Tratamento de sementes com inseticidas; • Eliminação de hospedeiros secundários; ESTRIA BACTERIANA • Xanthomonas campestris pv. undulosa • Norte do PR, sul de SP, MS; • Redução rendimento 40%; • Hospedeiros: trigo, triticale e centeio; • Sobrevive: sementes e restos culturais; • Disseminação: respingos de chuva, insetos e máquinas; • Temperatura: 18 a 20°C e períodos de chuva; ESTRIA BACTERIANA • Xanthomonas campestris pv. undulosa; • Após emborrachamento e espigamento; CONTROLE • Sementes sadias; • Rotação de cultura; • Tratamento de sementes com termoterapia ou mistura de fungicidas (guazatina+imazalil); MAL-DO-PÉ Fonte: Alves e Del Ponte Após espigamento. Crescimento retardado e morte de plantas em reboleiras. Rotação de cultura é essencial para controle (aveia, ervilhaca, nabo...) MAL-DO-PÉ • Gaeümannomyces graminis var. tritici • Região Sul do Brasil; • É favorecido por precipitação pluviométrica acima de 400 mm durante o ciclo e pH de 6,5 a 7,0; • Sobrevivência: restos culturais de trigo, centeio, cevada, triticale; • Monocultura (não apresenta estruturas de resistência); • Solos mal drenados e baixa fertilidade; • Temperaturas: 12 a 20°C; CONTROLE • Rotação de culturas: aveia, ervilhaca, linho, nabo forrageiro, serradela e tremoço; PODRIDÃO COMUM DE RAÍZES • Bipolaris sorokiniana e Fusarium graminearum; Fonte: Robert M. Harveson Fonte: Jessica S. Engle, Patrick E. Lipps, and Dennis Mills PODRIDÃO COMUM DE RAÍZES • Bipolaris sorokiniana e Fusarium graminearum; • Todas as regiões; • Semente infectada; • Umidade, temperatura do solo e profundidade da semeadura; CONTROLE • Rotação de cultura; • Tratamento das sementes; OÍDIO Oídio Fonte: Alves e Del Ponte OÍDIO • Blumeria graminis f. sp. tritici (Oidium monilioides); • Plantas menos vigorosas; • Danos até 62%; • Sobrevive em plantas voluntárias de trigo; • Conídios NÃO requerem molhamento foliar; • Temperatura: 15 a 22°C; CONTROLE • Cultivares resistentes; • Eliminação de plantas voluntárias de trigo; • Tratamento de sementes; • Fungicidas; FERRUGEM DA FOLHA DO TRIGO 01/08/11 Puccinia recondita f. sp. tritici FERRUGEM DA FOLHA DO TRIGO • Puccinia recondita f. sp. tritici; • Todas as regiões tritícolas brasileiras; • Danos = 63% depende: suscetibilidade cultivar e ambiente; • Sobrevivência: plantas de trigo voluntárias; • Temperatura: 20°C; • Mais de 6 horas de molhamento contínuo; Puccinia coronata f. sp. avenae - Aveia • Mais importante; Fonte: Solange Maria Bonaldo (2007) CONTROLE • Cultivares resistentes; • Eliminação de plantas voluntárias; • Fungicidas sistêmicos; FERRUGEM DO COLMO DO TRIGO FERRUGEM DO COLMO DO TRIGO • Puccinia graminis f. sp. tritici (TRIGO) e Puccinia graminis f. sp. avenae (AVEIA); • Grau satisfatório de resistência; • A germinação do fungo ocorre após várias semanas de dormência pelo frio e produz basídio; • Sobrevivência: plantas voluntárias; • Temperatura ótima: 30°C; • 8 – 10 horas de molhamento contínuo; • Temperatura de 18°C com aumento gradual até 26°C (infectar e colonizar); Puccinia graminis f. sp. avenae - Aveia • Ferrugem do colmo Clique para editar o formato do texto da estrutura de tópicos 2º Nível da estrutura de tópicos 3º Nível da estrutura de tópicos 4º Nível da estrutura de tópicos 5º Nível da estrutura de tópicos 6º Nível da estrutura de tópicos 7º Nível da estrutura de tópicos 8º Nível da estrutura de tópicos • 9º Nível da estrutura de tópicosClique para editar os estilos do texto mestre – Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível » Quinto nível CONTROLE • Cultivares resistentes; • Eliminação de plantasvoluntárias; • Fungicidas sistêmicos; 01/08/11 HELMINTOSPORIOSE OU MANCHA MARROM • Bipolaris sorokiniana • 1 a 2 mm; HELMINTOSPORIOSE OU MANCHA MARROM • Bipolaris sorokiniana; • Conídios castanhos; • Regiões tritícolas mais quentes; • Danos podem chegar a 80%; • Fonte de inóculo: sementes, restos culturais (centeio, cevada, trigo e triticale), plantas voluntárias e conídios dormentes no solo; • Temperatura: > 18°C; • Mais de 15 hr de molhamento foliar contínuo; 01/08/11 HELMINTOSPORIOSE - AVEIA • Drechslera avenae • Importância crescente (cobertura solo); • Danos em grãos quando chuvas freqüentes antecedem a colheita; CONTROLE • Sementes sadias; • Tratamento de sementes; • Rotação de cultura; • Fungicidas; 01/08/11 MANCHA AMARELA • Após a emergência do trigo; • 12 mm 01/08/11 MANCHA AMARELA • Drechslera tritici-repentis • É a mancha mais importante; • Plantio direto e monocultura; • Temperatura: 18 a 28°C; • 30 hr de molhamento foliar; • Disseminação: vento e sementes; • Sobrevivência: Trigo, centeio, triticale, sementes e restos de cultura (2 anos); 01/08/11 CONTROLE • Tratamento de sementes; • Rotação de cultura (ervilhaca, chícharo, nabo forrageiro, serradela e trevos); • Eliminação plantas voluntárias; • Fungicidas; 01/08/11 SEPTORIOSE OU MANCHA DA GLUMA • Também ocorrem em AVEIA porém pouca importância; 01/08/11 MANCHA DA GLUMA Fonte: Rothamsted Research SEPTORIOSE OU MANCHA DA GLUMA • Septoria nodorum; • Monocultura e plantio direto; • Precipitação por vários dias, pouca insolação; • Sul do Brasil danos de até 38%; • Sobrevivência: sementes e restos culturais; • Transmissão da semente: plantio solo seco e temperatura de 10°C; • Molhamento contínuo de 72 a 96 hr; • Temperatura: 20°C; CONTROLE • Tratamento de sementes; • Rotação de cultura; • Cultivares tolerantes; • Fungicidas; 01/08/11 Mancha amarela X Septoriose 01/08/11 GIBERELA • Gibberella zeae GIBERELA Sintoma típico: aristas arrepiadas em espiguetas mortas ou brancas. Inicialmente seca apenas espiguetas isoladas e não toda espiga. Em condições de umidade espiguetas mostram pontos alaranjados (conídios de Fusarium graminearum, fase assexuada) GIBERELA • Gibberella zeae • Regiões quentes; • Floração coincide com períodos de chuva (>48 h); • Sobrevivência: restos culturais e sementes; • Redução rendimento 27%; • Micotoxinas; • Além do trigo: alfafa, arroz, aveia, cevada, centeio, milho, trevo, triticale e sorgo; GIBERELA • Principal inóculo são os ascósporos provenientes de peritécios formados nos tecidos senescidos de trigo e inúmeras gramíneas e soja; • Sítio de infecção: anteras do trigo; • Infecção: 30 - 36 hr molhamento contínuo com temperatura 20 - 25°C; • 72 hr molhamento e média de 20°C = 80% espigas infectadas. 01/08/11 CONTROLE • Difícil o controle; • Semeaduras antecipadas; • Fungicidas; 01/08/11 BRUSONE • Pyricularia grisea BRUSONE • Pyricularia grisea; (lesiona a ráquis, por isso seca a espiga acima desse ponto, o que difere da Gibberella) • Norte PR, sul de SP, MS e região central do Brasil; • Danos = 50%; • Ampla gama de hospedeiros (gramíneas); • Sobrevivência: hospedeiros secundários, restos de cultura e sementes infectadas; • Temperatura: 21-27°C e 10-14 hr de molhamento das espigas; CONTROLE • Cultivares resistentes; • Semeadura precoce; • Rotação de cultura; BRUSONE X GIBERELA 01/08/11 BRUSONE X GIBERELA Clique para editar o formato do texto da estrutura de tópicos 2º Nível da estrutura de tópicos 3º Nível da estrutura de tópicos 4º Nível da estrutura de tópicos 5º Nível da estrutura de tópicos 6º Nível da estrutura de tópicos 7º Nível da estrutura de tópicos 8º Nível da estrutura de tópicos • 9º Nível da estrutura de tópicosClique para editar os estilos do texto mestre – Segundo nível • Terceiro nível – Quarto nível » Quinto nível CARVÃO DA ESPIGA DO TRIGO E AVEIA • Ustilago tritici CARVÃO DA ESPIGA DO TRIGO • Ustilago tritici; • Importância secundária; • Ocorrência: lavouras de cultivares suscetíveis e sementes não tratadas; • Sobrevivência: micélio dormente no interior do embrião da semente e teliósporos no solo; • Teliósporos em contato com as flores, produzem micélio infeccioso que invade os ovários e o embrião das sementes; CARVÃO DA AVEIA • Ustilago kolleri (Carvão coberto) • Ustilago avenae (carvão nu) CONTROLE • Cultivares resistentes; • Tratamento de sementes; 01/08/11 MANCHA SALPICADA DA FOLHA • Mycosphaerella graminicola (Septoria tritici) MANCHA SALPICADA DA FOLHA • Mycosphaerella graminicola (Septoria tritici) • Importância secundária; • Rotação de cultura e tratamento de sementes; • Picnídios arranjados linearmente entre as nervuras da folha; • Inóculo: resto de cultura; • Temperatura média de 15-20°C e 72-96 horas de molhamento; CONTROLE • Rotação de cultura; • Tratamento de sementes; • Fungicidas; Doenças fúngicas da espiga o problema das chuvas na colheita (incidência de fungos e redução no PH) Doenças fúngicas da espiga o problema das chuvas na colheita copo de 1L preenchido com os grãos pesagem na balança. Exemplo de medida: - Peso dos grãos = 780,3 g Equivale a um PH de 78,03 Kg/100L
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