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Farelo de babaçu

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Farelo de babaçu
O Babaçu (Orbygnia speciosa), é uma palmeira brasileira de grande porte originária da região Amazônica, e com áreas de maior ocorrência no Nordeste, Norte e Centro Oeste. Podendo alcançar 20 metros de altura, de tronco cilíndrico e copa em formato de taça, essa palmeira pode apresentar inúmeras possibilidades de utilização, dentre elas compondo a dieta dos animais de produção, podendo ser uma alternativa no período de escassez de ingredientes tradicionais ou aumento de preço dos ingredientes mais utilizados.
O farelo de babaçu é pouco utilizada na alimentação animal devido a sua composição bromatológica ser muito variada e por ser produzido em pequena escala. 
Farelo de Babaçu: Valor Nutritivo e Utilização na Alimentação Animal
Apresenta excelente palatabilidade e cerca de 24% de proteína bruta e 18% de fibra bruta. Em relação à sua composição de aminoácidos, ele apresenta os seguintes valores: 0,42% de metionina, 1,01% de metionina + cistina, 0,82% de lisina, 0,15% de triptofano, 0,58% de treonina, 2,98% de arginina, 0,79% de isoleucina, 1,13% de valina, 1,26% de leucina e 0,37% de histidina. Algumas oscilações nos valores de proteína bruta e de fibra bruta faz com que dificulte a sua classificação. Os valores de compostos nitrogenados insolúveis em detergente neutro é de 53,05 e em detergente ácido é de 13,04. O valor dos minerais cálcio e fósforo está em torno de 0,07 a 0,70 % para cálcio e de 0,55 a 0,89% para o fósforo total respectivamente.
Na alimentação de ruminantes o farelo de babaçu apresenta-se com um valor nutricional relativamente baixo em termos energéticos. Para que sua utilização seja conveniente, deverá restringir seu uso a baixos níveis de inclusão na dieta, não passando de 20% da ingestão de matéria seca, sob pena de redução da digestibilidade e da produtividade animal. Na piscicultura com inclusão de até 12% de farelo de babaçu na dieta não houve efeito negativo sob o consumo de ração, ganho de peso e nem nas características de composição da carcaça. Se usado em percentuais mais elevados e por períodos longos de tempo, tomar cuidado com a condição hepática dos animais, uma vez que há diminuição no índice hepatossomático que pode estar relacionada às reservas de energia presentes no fígado que seriam usadas para compensar alguma perda energética, ou mesmo em resposta à ação de fator antinutricional presente no ingrediente. Na avicultura deve ser utilizado com atenção para frangos em fase de cria, uma vez que o teor de fibra insolúvel presente é de difícil degradação para os animais e podem causar problemas intestinais e inibir a função de outros ingredientes nas dietas; na fase dos 21 aos 42 dias de idade requer uma maior quanto aos níveis nas dietas, uma vez que a recomendação expressa é da ordem de 6 a 8% de farelo de babaçu nas dietas de frangos dessa idade.
Quando utilizado em formulação de dietas animais, o farelo de babaçu é mais viável quando o preço dos ingredientes tradicionais estiverem com custo elevado, pois o preço pode interferir na escolha da matéria-prima para as rações. Pode ser usado como alimento alternativo uma vez que não há perdas produtivas significativas. É um ingrediente que deve ser estudado mais para que se tenha melhores conclusões a respeito da sua utilização nas dietas animais.

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