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Homeostasia da glicose


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FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL- FACID – DeVry
BACHARELADO EM MEDICINA- BLOCO I
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA
PROFESSORA: HELENA REINALDO
MED XXVI
TERESINA
 2017.2
HOMEOSTASIA DA GLICOSE
E METABOLISMO ENERGÉTICO
DIABETES MELITOS
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
O diabetes é uma desordem do metabolismo energético caracterizada por hiperglicemia e dano vascular, cujas principais complicações envolvem neuropatia diabética, nefropatia, risco de infarto, problemas visuais
Existem quatro formas principais de diabetes melito: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes secundária e diabetes gestacional. O tipo mais comum é a diabetes tipo 2;
O diabetes tem um forte componente genético aliado ao estilo de vida;
Nem todo paciente terá sintomas característicos, diagnosticados apenas por exames.
DIABETES MELITOS 1
O diabetes tipo 1 geralmente se desenvolve em pessoas com idade inferior a 35 anos, com um pico de incidência aproximadamente aos 12 anos de idade; 
Ele é causado por destruição autoimune das células β pancreáticas;
Sua causa prematura ainda não está esclarecida; 
Além da infiltração inflamatória das ilhotas, uma parte dos pacientes apresenta anticorpos circulantes contra várias proteínas das células β, que podem aparecer anos antes do diagnóstico.
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
DIABETES MELITOS 2
O diabetes tipo 2 geralmente se desenvolve em pacientes obesos com mais de 40 anos de idade; 
Ocorre resistência à insulina com a diminuição de sua secreção;
Forte componente hereditário para o diabetes tipo 2. 
No diabetes tipo 2, a cetoacidose é rara;
Principal problema são as complicações macrovasculares, que por fim levam a doença coronariana, doença vascular periférica e acidentes vasculares; 
A obesidade é o principal fator para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
COMPARAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE DM
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
METABOLISMO NO DIABETES
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
Há redução da captação de glicose pela falta de insulina baixa ação desta;
A hiperglicemia é causada pela captação periférica da glicose diminuída e da gliconeogênese hepática aumentada;
O metabolismo dos triacilgliceróis (TCA) resulta no acúmulo de acetil-CoA e sua conversão em corpos cetônicos pelo glucagon;
Glicosúria e Diurese osmótica;
Os pacientes diabéticos mal controlados urinam grandes volumes (poliúria) e bebem muito líquido (polidipsia);
A perda de líquido por fim leva à desidratação.
COMPLICAÇÕES
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
CETOACIDOSE 
A cetoacidose é a consequência da falta de insulina e resultante hiperglicemia;
Suas complicações (diurese osmótica, desidratação), aumento da lipólise e da cetogênese (cetonemia e acidose). 
Trata-se com infusão de insulina, reidratação e a suplementação com potássio. 
HIPOGLICEMIA
Complicação aguda mais comum do diabetes é hipoglicemia;
Ocorre no diabetes tipo 1 e no tipo 2;
Resultado do desequilíbrio entre a dose de insulina, o fornecimento de carboidrato e a atividade física;
Portanto, a hipoglicemia pode ocorrer após a administração de muita insulina ou pela perda de uma refeição. 
A hipoglicemia grave, requer tratamento com glicose intravenosa ou com a injeção intramuscular de glucagon.
Na obesidade, a atividade endócrina do tecido adiposo aumentada causa resistência à insulina, intolerância à glicose e diabetes tipo 2. 
A resposta inflamatória de baixo grau e o estresse oxidativo aumentado podem ser induzidos pela obesidade e também pelos fatores de risco cardiovasculares clássicos;
Isso resulta em dano endotelial e no início da aterosclerose;
Uma vez o diabetes estando presente, a glicosilação de proteínas e a formação dos produtos finais da glicosilação avançada (glicoxidação) contribuem ainda mais para o dano vascular.
COMPLICAÇÕES
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
OBESDADE
O desenvolvimento do diabetes tipo 2 está ligado à resistência à insulina;
Tal resistência ocorre devido a dessensibilizarão dos tecidos periféricos à captação de glicose;
Essa dessensibilização ocorre devido a conjugação de fatores como:
Histórico familiar – base genética;
Obesidade – resistência a insulina e estilo de vida sedentário;
O aumento na resistência à insulina e a consequente diminuição desta, levam à manifestação de DM 2. 
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
O controle da glicemia está associado ao desenvolvimento de complicações microvasculares no diabetes tipo 1 e tipo 2 e ao risco cardiovascular aumentado, particularmente no diabetes tipo 2;
A hiperglicemia estimula a geração de espécies reativas de oxigênio (ROS);
A toxicidade das ROS está associada ao dano estrutural e funcional em proteínas e aos fenômenos inflamatórios que destroem o endotélio do vasos;
ROS também interferem na sinalização da insulina, contribuindo para resistência a esta;
A inflamação e a resistência à insulina são importantes no desenvolvimento de aterosclerose, causando doença macrovascular;
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES MICRO E MACROVASCULARES
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO METABOLISMO ENERGÉTICO E DIABETES 
MELITO
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
Os resultados de exames laboratoriais precisam estar relacionados com os ciclos alimentação-jejum descritos. O melhor momento para avaliar o metabolismo é após um jejum de 8-12 horas (no estado pós-absortivo
A dosagem da concentração plasmática de glicose é o mais importante teste laboratorial do metabolismo energético; 
As concentrações de glicose aumentam após as refeições; portanto, é importante relatar o tempo de amostragem sanguínea em relação à última refeição; 
A concentração de glicose medida independentemente dos horários das refeições é conhecida como glicose plasmática casual.
Ela ajuda a diagnosticar hipoglicemia ou hiperglicemia grave, mas é menos útil para a hiperglicemia moderada. 
Dois tipos de dosagens que são usadas como critérios diagnósticos para diabetes são a concentração de glicose em jejum (sem ingestão calórica por aproximadamente 10 horas) e a concentração dosada 2 horas após a ingestão oral de uma quantidade padrão de glicose. 
As anormalidades pré-diabéticas do metabolismo de carboidratos são definidas como glicose alterada em jejum (IFG) ou tolerância à glicose diminuída (IGT). 
METABOLISMO NO DIABETES
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
METABOLISMO NO DIABETES
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
O princípio do teste é a dosagem da concentração de glicose antes e após a ingestão oral padrão de (75g); 
A concentração de glicose aumenta, alcançando um pico entre 30 e 60 minutos após a ingestão;
Ela deve retornar a valores próximos aos do jejum após 2 horas;
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL
DOSAGEM DA CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
GLICOSILADA
A1C entre 4% a 6% = faixa de resultados normais;
A1C entre 6% a 7% = diabetes moderadamente controlado;
A1C maior que 7% = diabetes mal controlado.
Quando a A1C é utilizada para diagnóstico do diabetes:
A1C abaixo de 5,7% = ausência de diabetes;
A1C entre 5,7% e 6,4% = presença de pré-diabetes;
A1C maior ou igual a 6,5% = diabetes mal controlado.
A hemoglobina A 1c é a hemoglobina modificada após glicosilação não enzimática; 
O grau de glicosilação é proporcional à exposição da hemoglobina à glicose durante a vida de um eritrócito;
TRATAMENTO 
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
BAYNES, 2011.
VISITAS REGULARES AO MÉDICO 
USO ADEQUADO DE 
MEDICAÇÕES
COTROLE ALIMENTAR
EXERCÍCIOS FÍSICOS
MEDICAMENTOS
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
Os pacientes com diabetes tipo 1 são tratados com insulina;
O tratamento envolve injeções subcutâneas diárias ao longo da vida;
Diferentes tipos de insulina estão disponíveis e diferem na duração de sua ação. 
O maior desafio do tratamento com insulina é repetir os padrões de secreção de insulina diários com injeções de insulina. Injeções múltiplas de insulina de ação curta são utilizadas em casos mais difíceis;
Uso de bombas
de infusão. 
DIABETES MELITUS TIPO 1
CETOACIDOSE
O tratamento de emergência da cetoacidose diabética visa quatro questões: falta de insulina, desidratação, depleção de potássio e acidose; 
A infusão de insulina é necessária para reverter o efeito metabólico do excesso de hormônios anti-insulínicos e a infusão de fluidos para tratar a desidratação. 
Na acidose grave, pode ser também necessária a infusão de uma solução alcalina
MEDICAMENTOS
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
Os pacientes com diabetes tipo 2 são tratados com drogas hipoglicêmicas orais;
Entretanto, podem necessitar de insulina se não for obtido um controle adequado;
As drogas hipoglicêmicas orais atualmente usadas visam dois mecanismos principais do desenvolvimento de diabetes tipo 2: a resistência à insulina e a secreção de insulina.
DIABETES MELITUS TIPO 2
Sulfonilureias são drogas que aumentam a secreção de insulina
As sulfonilureias ligam-se a um receptor na membrana plasmática das células β pancreáticas e estimula a exocitose de insulina.
A metformina diminui a resistência à insulina
Mais usado no tratamento;
Reduz a gliconeogênese hepática, suprime os efeitos do glucagon e aumenta a sensibilidade periférica à insulina; 
Aumenta a captação de glicose dependente de insulina no músculo esquelético; 
Reduz a oxidação de ácidos graxos.
MEDICAMENTOS
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
As tiazolidinedionas agem sobre o nível transcricional e diminuem a resistência à insulina
As tiazolidinedionas melhoram a utilização periférica de glicose e a sensibilidade à insulina;
Elas são ligantes de receptores no tecido adiposo e, em menor grau, no músculo;
 
A ativação desses receptores aumenta a transcrição de uma série de genes responsáveis pelo metabolismo de glicose e de lipídeos, tais como aqueles que codificam o transportador de ácidos graxos aP2 (isso aumenta a captação de ácidos graxos e a lipogênese), para a lipoproteína lípase, para acil-CoA sintase e para GLUT-4. 
REFERÊNCIAS
METABOLISMO 
DA
GLICOSE
 BAYNES, John W.; DOMINICZAK, Marek H.. Bioquímica Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

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