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Teresina-PI MAI/2021 FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL – FACID/WYDEN CURSO DE MEDICINA (TURMA 33 – D) NAYSHA MYLLENE DE LIMA GONÇALVES HOMEOSTASIA DA GLICOSE INTRODUÇÃO De início, é importante ressaltar que a glicose é essencial para a vida, visto que é o combustível mais importante para o corpo. A principal fonte de glicemia vem da digestão e da absorção de carboidratos, processos que se iniciam na mastigação (amilase salivar) e continuam no intestino delgado (amilase pancreática). O metabolismo da glicose segue diferentes vias, elas são: Glicólise: "quebra" da molécula de glicose. Gliconeogênese: formação de glicose a partir de compostos não-glicídicos. Glicogenólise: "quebra" do glicogênio em glicose para produção de energia. Glicogênese: conversão de glicose em glicogênio para armazenamento Lipogênese: conversão de carboidratos em ácidos graxos Lipólise: decomposição de ácidos graxos para produção de energia. HOMEOSTASE Os principais hormônios da regulação glicêmica são: insulina e glucagon. Esses dois hormônios demonstram efeitos antagônicos. O glucagon estimula a produção de glicose pelo fígado, já a insulina bloqueia essa produção e aumenta a captação da glicose pelos tecidos sensíveis à insulina. 1. GLUCACON E ANTIINSULÍNICOS: concentração plasmática de glicose; estimulam a liberação da glicose a partir das reservas de glicogênio. • Efeitos metabólicos: mobilização de reservas energéticas para manutenção dos níveis de glicose entre refeições; inibe as vias que envolvem a utilização de glicose e para a estocagem de combustíveis metabólicos; estimula a glicogenólise; inibe síntese de glicogênio, glicólise e lipogênese. 2. INSULINA: concentrações plasmáticas da glicose; promove a incorporação de glicose nos tecidos; promove o metabolismo intracelular; síntese de glicogênio. • Efeitos metabólicos: Promove um estado anabólico; atua sobre o fígado, músculo e tecido adiposo; reduz as concentrações plasmáticas de glicose por promover a incorporação da glicose nos tecidos, estimulando o metabolismo intracelular da glicose e a síntese de glicogênio; estimular a síntese do glicerol e dos ácidos graxos no tecido adiposo; no fígado estimula a glicólise e a síntese do glicogênio; estimula, também, a síntese proteica. 3. GLICOSE: estimula a secreção de insulina e inibe a secreção de glucagon. • METABOLISMO PÓS REFEIÇÃO Há liberação de insulina e inibição da liberação de glucagon; alteração do metabolismo hepático, do tecido adiposo e do músculo esquelético, aumentando a síntese de glicogênio e proteínas; há aumento na incorporação de glicose nos tecidos dependentes de insulina; é estimulada a oxidação de glicose e a síntese de glicogênio no fígado, no tecido adiposo e nos músculos e a lipólise é inibida. • METABOLISMO APÓS ESTADO DE JEJUM O metabolismo da glicose aproxima-se de um estado constante; após um jejum noturno, a secreção de insulina diminui e a de glucagon aumenta; há diminuição na síntese de glicogênio e o fígado torna-se um órgão produtor de glicose. ALTERAÇÕES DA HOMEOSTASE DA GLICOSE DIABETES MELLITUS: decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracterizada por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. DIABETES MELLITUS TIPO I: Resulta da destruição de células beta do pâncreas, o que causa a deficiência absoluta de insulina, gerando hiperglicemia (aumento da produção de glicose hepática) e cetoacidose (mobilização aumentada de ácidos graxos do tecido adiposo). Conhecida por diabetes infanto- juvenil, visto que pode ser desenvolvida devido fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Os principais sintomas de alerta são poliúria, fadiga, perda de peso e desidratação. O tratamento é feito por meio de injeções subcutâneas diárias de insulina. DIABETES MELLITUS TIPO II: Combinação de resistência à insulina e disfunção das células beta do pâncreas, gerando hiperglicemia e hipertriacilglicemia (degradação das lipoproteínas no tecido adiposo é baixa nos diabéticos). Geralmente, acomete pessoas obesas ou com mais de 40 anos, é o tipo mais comum de diabetes, pode ser desenvolvida por fatores genéticos e ambientais. Mostra-se de forma gradual, podendo levar anos para manifestação clínica. O tratamento é feito por intermédio de regulação na dieta, exercício físico e terapia medicamentosa regulada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • BAYNES, John W.; DOMINICZAK, Marek H. Bioquímica médica. Elsevier, 2015. • FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.