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Habeas Corpus Preventivo em caso de Prisão Civil

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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DO 
RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome do Advogado, regularmente inscrito na OAB sob nº, com escritório 
profissional no endereço, bairro, cidade, estado, CEP, onde recebe 
notificações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com 
fundamento no art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal, em favor de 
Tícia (Sobrenome), nacionalidade, estado civil, profissão, portadora de 
RG nº XXX, inscrita no CPF nº XXX, residente e domiciliada no 
endereço, bairro, cidade, Estado, impetrar: 
 
 
HABEAS CORPUS PREVENTIVO 
 
Em face do JUIZ DE DIREITO DA 10ª. VARA DE FAMÍLIA DA CAPITAL 
 
1 – FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
 
1.1 – DA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 911, LEI 13.105/2015 E SÚMULA 309, STJ 
Em consonância com o que dispõe o artigo supra aludido e conjugado ao entendimento da 
súmula 309 do STJ, a execução e a consequente prisão só pode se dar pelo pagamento da 
pensão alimentícia pelos últimos 3 meses pagos de tal forma, uma vez que o impetrado 
decretou condenação da paciente pelos últimos 5 meses não pagos, vislumbrando-se uma 
frontal ilegalidade e consequente, excesso de execução, não devendo prosperar a decretação 
da prisão. 
 
1.2 – DA AFRONTA AO ARTIGO 5º., LXVII, CRFB 
De acordo com o artigo 5º. LXVII, CRFB, prisão civil só poderá ser decretada no caso em 
que o inadimplente da obrigação alimentícia decorrer de uma conduta voluntária, ocorre 
que a construção do direito prevê, com pena típica ao processo civil, a indenização assim, 
possibilidade a prisão civil é violar e descumprir valores consolidados de direitos humanos 
(liberdade de locomoção), até mesmo pelo fato do Brasil integrar o pacto de São José da 
Costa Rica e lá encontra-se expressa a impossibilidade de prisão civil, uma vez que a 
decretação da prisão de Matilde recai em uma das prisão Civil, nota-se a sua 
inconstitucionalidade e também afronta do juiz a valores perseguidos pelo Estado 
Brasileiro. 
1.3 - DA AFRONTA AO ARTIGO 1º., III, CRFB 
Segunda o artigo 1º., III CRFB um dos vetores da ordem jurídica brasileira repousa 
na dignidade da pessoa humana. Assim sendo, todo e qualquer poder estatal, quando vier a 
aplicar o direito, deve socorre-se à dignidade como metanorma, ou seja é ela quem embasa 
todas toda a interpretação dos princípio constitucionais ademais, em um estado democrático 
de direito de direito, com histórico de lutas é reinvindicações por consolidações de direito, a 
dignidade funciona como valor principiológico indispensável por fim, não obstante sua 
importância na delimitação de pilares valorativos da sociedade, funciona como regra, 
devendo ser aplicada à todos e por todos cidadãos e órgãos estatais, especialmente pelo 
poder judiciário, uma vez que suas decisões podem machucar e ofender direitos que 
consolidam a dignidade da pessoa humana, de tal forma, a decretação da prisão civil de 
Matilde faz com que se observe uma afronta direita aos valores da dignidade da pessoa 
humana uma vez que toda a sociedade nacional e internacional luta, para consolidar em 
definitivo o direito à liberdade de locomoção como requisito indispensável à eficácia do 
princípio da dignidade, ter-se um juiz evocando a prisão civil faz com que desacredite-se 
que a dignidade venha ser um valor basilar do ordenamento brasileiro. 
Pior ainda se observa que a paciente sequer teve a opção de cumprir com sua 
obrigação, uma vez que como regra sua dignidade já estava previamente violada, uma vez 
que, entrecho de crise nacional não consegue sair do desemprego, o que consequentemente 
não lhe possibilita cumprir com suas obrigações, vislumbrar o estado cerceando seu direito 
de locomoção em tal situação é inadmissível em um país que tem como valor essencial a 
dignidade e por isso deve-se se concedido o salvo conduto a Matilde 
 
2 – PEDIDOS 
 
2.1 – Notificação da autoridade coatora para prestar esclarecimento; 
2.2 – Concessão do habeas corpus e consequência expedição do salvo conduto. 
 
3 – VALOR DA CAUSA 
 R$ 1.000,00 a títulos fiscais. 
 
Nestes termos 
Pede-se deferimento 
 
Rio de Janeiro, Data XXX 
 
NOME DO ADVOGADO, OAB/UF

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