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Aula 05 Habeas corpus preventivo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR 1º VICE PRESIDENTE DO EGRÉRGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	ADVOGADO, nacionalidade, estado civil (existência de união estável), advogado, portador da carteira de identidade número, inscrito no CPF sob o número, com endereço profissional situado à Rua, número, bairro, cidade, estado, CEP, endereço eletrônico, vem a presença de vossa excelência, com fundamento no artigo 5º, LXVIII, da Constituição Federal e artigo 647 e seguintes do Código de Processo Penal, impetrar o presente:
HABEAS CORPUS
Em favor de MATILDE, nacionalidade, estado civil (existência de união estável), profissão, portadora da carteira de identidade número, inscrita no CPF sob o número, residente e domiciliada na Rua, número, bairro, Rio de Janeiro, RJ, CEP, endereço eletrônico, em face de ato coator praticado pelo EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10º VARA DE FAMILIA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
 I – DOS FATOS 
	A paciente figura no polo passivo de ação de execução de alimentos, ajuizada pelo rito do artigo 911, do código de processo civil, qual tramita na 10ª Vara de Família da Capital do Estado do Rio de Janeiro.
	Doravante, foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos 05 (cinco) meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família.
	Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. 
	Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias.
II – DOS FUNDAMENTOS 
	No presente caso, entende-se que a manutenção da prisão civil do paciente afronta seu direito à liberdade. Isto porque o artigo 528 § 7º do código de processo civil nos elucida que a execução da prestação alimentícia com a utilização da ameaça a prisão civil, somente é possível nas hipóteses em que o débito executado compreenda ao inadimplemento dos três meses anteriores ao ajuizamento da ação. 
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo
	Deste modo, o decreto prisional por dívida desta natureza prevista há mais de três meses torna-se infundada e injustificável, em razão do entendimento pacificado no ordenamento jurídico de que o credor já não depende urgentemente de tal valor para prover a sua subsistência, visto o decurso do prazo razoável a sua manutenção. 
	 	Consolidando o entendimento supracitado, o STJ editou a súmula 309 com o seguinte teor:
Súmula 309 – O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que vencerem no curso do processo.
	Imperioso ressaltar ainda excelência, que o inadimplemento do paciente não se deu por negligência, sendo indispensável a análise do disposto no artigo 528, §2º do código de processo civil que nos elucida o seguinte: 
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 2o Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento.
	Conforme previamente mencionado, a paciente encontra-se desempregada há um ano, sem sucesso em sua reinserção ao mercado de trabalho, fruto da grave crise econômica na qual atravessa o país. 
	Deste modo, é claro que por consequência, a paciente não possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar, tornando-se mais uma vez sua prisão infundada e injustificável. 
	
III – DA NECESSIDADE DE LIMINAR.
	Ante a evidência do fumus boni iuris com relação ao inadimplemento cobrado com prazo superior ao razoável determinado pelo ordenamento jurídico e sendo visível e inegável o periculum in mora face a decretação infundada da prisão, ferindo o dispositivo constitucional de garantia do direito de ir e vir do paciente justifica-se a concessão de liminar. 
IV – DOS PEDIDOS
O deferimento da liminar para determinar ao juízo o requerimento independente de cumprimento de mandado de prisão já expedido ou, caso seja cumprido o mandado, seja determinada a imediata colocação em liberdade do paciente. 
A notificação da autoridade coatora para apresentar suas informações.
A concessão da ordem de habeas corpus preventivo com a consequente expedição de salvo conduto para a paciente. 
Nestes termos,
Pede deferimento
Local, Data 
ADVOGADO, OAB

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