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resumo da prova de ciencias plitica

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Montesquieu:
 O seu pensamento político, portanto, traz a elaboração dos conceitos sobre formas de governo e exercício da autoridade política que se tornaram pontos doutrinários básicos da ciência política, a elaboração da teoria da separação dos poderes, em que a autoridade política é exercida pelos poderes executivo, legislativo e judiciário, cada um independente e fiscal dos outros dois, passando, com isso, a exercer profunda influência no pensamento político moderno.
 Montesquieu como iluminista que era trazia questionamentos com relação à divisão da sociedade compreendida em "estados" ou "ordens", condições essas que apenas privilegiavam a aristocracia, em detrimento do povo em geral e, até, da burguesia.
 No campo da política, Montesquieu veementemente criticava a teoria do jusnaturalismo, ou "direito divino" e, também, da "soberania absoluta" dos governantes, defendendo em suas ideia de que o Estado e o poder monárquico são resultado de um contrato entre governantes e governados e não da vontade pessoal como se pensava e admitia. Com isso, voltado para a racionalização das leis e das instituições, ele aplicou o método experimental ao estudo da sociedade humana visando entendimento para o melhor convívio social e, por esta razão, descobrindo as causas históricas, políticas, físicas, geográficas e morais dos costumes dos povos. Em seus estudos e publicações, Montesquieu trata a respeito das leis da natureza, distinguindo, em primeiro lugar, que a lei primordial, antes de todas as outras é a lei da natureza, deriva da constituição do ser onde, segundo ele, só se pode entender ao se observar os homens antes da existência da sociedade. Desta forma, para ele, usando a posicionamento pela lógica, antes de procurar o entendimento do ser, pensaria na conservação de seu próprio ser quando estaria tão somente consciente de suas fraquezas, do seu medo e desprotegido. Neste estado, o da natureza, o homem se sente inferior aos outros, e no máximo, igual aos outros. Com isso, ele defende que a paz seria a primeira lei natural e aliado a esse sentimento de fraqueza, o homem terá também as suas necessidades, o que pode dizer que seria outra das leis naturais. A terceira lei, para Montesquieu, dizia respeito a necessidade de companhia e a atração de um sexo pelo outro.
Karl Marx
Pode-se dizer que o pensamento político de Marx passa por dois momentos reflexivos no materialismo dialético: Seus primeiros escritos (1844/45) refletiam sua crítica filosófica sobre a abordagem dicotômica da sociedade civil e o Estado de Hegel, isto é, sobre a estrutura contraditória das relações sociais, mas que para Marx eram determinadas pela própria sociedade burguesa, enquanto que para Hegel toda criação seria da consciência para a sociedade civil. 
Em um segundo momento a crítica torna-se científica, isto é, materialismo histórico, a dicotomia permanece pois se trata dos”interesses da sociedade civil num Estado político que se diz regulador da sociedade capitalista”. Marx observa os fatos ocorridos na França e na Inglaterra, com o advento do sufrágio universal para a “sociedade civil” e a construção do Estado Moderno, mantém-se a dicotomia e agora com análise do Capital novos instrumentos conceituais irão aprofundar o seu pensamento político. 
O desenvolvimento histórico se dá num processo de investigação científica, na dialética do antagonismo de classes e nos interesses da sociedade civil, que apregoa a emancipação humana, antes que a política, elemento universalizador para o proletário e seus direitos; isto o leva a pensar na vida em comunidade: o Comunismo, sem Estado, sem classes. 
O proletariado passa a ser o fio condutor de seu pensamento político e o herdeiro da filosofia alemã, enquanto capaz de estabelecer o vinculo político com uma sociedade superior que vai além da democracia: comunismo.
Rousseau
O pensamento do filósofo iluminista francês Jean-JacquesRousseau (1712-1778) foi um dos mais comentados e, por isso mesmo, mais polêmicos da filosofia moderna. Há diversos autores que evidenciam inúmeras contradições entre as propostas que Rousseau elaborava para a transformação da moralidade, da sociedade e da política e a sua própria conduta pessoal.
Entretanto, para além das polêmicas, o pensamento de Rousseau foi um dos mais influentes para a geração de filósofos e cientistas sociais dos séculos XIX e XX que se propôs a refletir sobre os fundamentos da sociedade, bem como suas contradições, como a exploração, a violência e a desigualdade.
Os aspectos principais que definiram o pensamento social de Rousseau foram: a concepção de que a natureza humana é boa (o que o colocou frontalmente em oposição ao filósofo do século XVI Thomas Hobbes) e de que, derivada dessa concepção, a sociedade é quem a corrompe. A bondade natural do homem seria então, para esse filósofo francês, paulatinamente destruída e corrompida pela civilização. Seria necessário, portanto, uma redução do poder do Estado soberano sobre os cidadãos livres, que se organizariam sobre a forma do contrato social, livres das imposições do Estado e articulados nos princípios da sociedade civil. Seu pensamento inspirou tanto liberais quanto socialistas do século XIX, além de ter sido uma das bases para o processo revolucionário francês do fim do século XVIII.
Um dos principais opositores das ideias de Rousseau foi o filósofo irlandês Edmund Burke (1729-1797), que defendia a posição de que Rousseau e os revolucionários franceses não haviam compreendido a “natureza humana”, cuja ordem moral seria transcendente e não passível de alteração pela vontade humana.
A principal obra de Rousseau que expressou seu pensamento social foi o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, publicada em 1755, da qual destacamos, a seguir, um trecho decisivo:
“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: 'Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém.' [...]”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. In: Rousseau. São Paulo: Abril Cultural, 1978.)