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EXERCICIOS internacional

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EXERCICIOS
01)
Uma sociedade brasileira, sediada no Rio de Janeiro, resolveu contratar uma sociedade americana, sediada em Nova York, para realizar um estudo que lhe permitisse expandir suas atividades no exterior, para poder vender seus produtos no mercado americano. Depois de várias negociações, o representante da sociedade americana veio ao Brasil, e o contrato de prestação de serviços foi assinado no Rio de Janeiro. Não há no contrato uma cláusula de lei aplicável, mas alguns princípios do UNIDROIT foram incorporados ao texto final. Por esse contrato, o estudo deveria ser entregue em seis meses. No entanto, apesar da intensa troca de informações, passados 10 meses, o contrato não foi cumprido. A sociedade brasileira ajuizou uma ação no Brasil, invocando a cláusula penal do contrato, que previa um desconto de 10% no preço total do serviço por cada mês de atraso. A sociedade americana, na sua contestação, alegou que a cláusula era inválida segundo o direito americano.
Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, qual é a lei material que o juiz deverá aplicar para solucionar a causa?
	a)
	A lei brasileira, pois o contrato foi firmado no Brasil.
02)	Os tratados internacionais sobre direitos humanos firmados pela República Federativa do Brasil serão equivalentes às emendas constitucionais, se forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional,
	c)
	em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. 
03) Arnaldo Butti, cidadão brasileiro, falece em Roma, Itália, local onde residia e tinha domicílio. Em seu testamento, firmado em sua residência poucos dias antes de sua morte, Butti, que não tinha herdeiros naturais, deixou um imóvel localizado na Avenida Atlântica, na cidade do Rio de Janeiro, para Júlia, neta de sua enfermeira, que vive no Brasil. Inconformada com a partilha, Fernanda, brasileira, sobrinha-neta do falecido, que há dois anos vivia de favor no referido imóvel, questiona no Judiciário brasileiro a validade do testamento. Alega, em síntese, que, embora obedecesse a todas as formalidades previstas na lei italiana, o ato não seguiu todas as formalidades preconizadas pela lei brasileira.
Com base na hipótese acima aventada, assinale a alternativa correta.
	c)
	Fernanda não tem razão em questionar a validade do testamento, pois o ato testamentário se rege, quanto à forma, pela lei do local onde foi celebrado (locus regit actum)
04) A respeito do direito internacional do mar e sua recepção no direito brasileiro, assinale a opção incorreta.
	d)
	O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de duzentas milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de base. 
 4.364 marcações (42%)
05)
Considerando o sentido jurídico de território, tanto em direito internacional público quanto em direito constitucional, assinale a opção incorreta.
	b)
	O território nacional, em sentido jurídico, pode incluir navios e aeronaves militares, independentemente dos locais em que estejam, desde que em espaço internacional e sob a condição de que não se trate de espaço jurisdicional de outro país
06)
Túlio, brasileiro, é casado com Alexia, de nacionalidade sueca, estando o casal domiciliado no Brasil. Durante um cruzeiro marítimo, na Grécia, ela, após a ceia, veio a falecer em razão de uma intoxicação alimentar. Alexia, quando ainda era noiva de Túlio, havia realizado um testamento em Lisboa, dispondo sobre os seus bens, entre eles, três apartamentos situados no Rio de Janeiro.
À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale a afirmativa correta.
	b)
	Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação portuguesa, local em que foi realizado o ato de disposição da última vontade de Alexia
07) O reconhecimento dos outros estados é obrigatório para a formação de um novo estado¿
Sim, para que uma entidade seja considerada um Estado e respeitada como um sujeito de direito internacional, deverá possuir um território, população e um governo soberano com aptidão para manter relações com outros entes.
E preciso que haja o reconhecimento da qualidade de Estado por outros países ou pelas organizações internacionais para que a nova entidade, aspirante a Estado, tenha reconhecimento global de sua condição e seja respeitada como um sujeito de direito internacional, podendo influenciar nas negociações e normas internacionais, sendo, com isso, criado um novo Estado.
CASO 01
Considerando as fontes de direito internacional 
público previstas no Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça (CIJ) e as que se 
revelaram a posteriori, bem como a doutrina 
acerca das formas de expressão da disciplina 
jurídica, as convenções internacionais, que 
podem ser registradas ou não pela escrita, são 
consideradas, independentemente de sua 
denominação, fontes por excelência, previstas 
originariamente no Estatuto da CIJ. Analise a 
afirmativa e com base no aprendizado, julgue e 
fundamente sua resposta. (CESPE ? adaptada)
A expressão não escrita do direito das gentes conforma o costume internacional como prática reiterada e uniforme de conduta, que, incorporada com convicção jurídica, distingue-se de meros usos ou mesmo de práticas de cortesia internacional.
1-Quais as características da globalização?
As principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa universal
2-Qual a diferença entre o DI clássico e o DI 
contemporâneo?
O Direito internacional teve uma mudança no séc. XX, até a segunda guerra era chamado de Direito Internacional clássico, entre países e Estados, coexistente, ou seja, cada país pensando em si e evitando a guerra com outro. Depois da segunda guerra, o mundo mudou, pois os países começaram a pensar sobre a possibilidade de aparecimento de nova Alemanha Nazista, cuidando para que não acontecesse de novo. Com isto, a partir do final da Segunda Guerra, criou-se um organismo internacional (ONU), saindo de um Direito Internacional de coexistência para um Direito cooperativo, valorizando a pessoa, criou-se o DIREITO INTERNCIONAL CONTEMPORÂNEO. Hoje, existe um Direito Internacional baseado na cooperação e na valorização do ser humano, sendo considerado o fim útil do Direito. No entanto, com o surgimento do terrorismo, os países começaram a fechar as fronteiras.
3-O que justifica a necessidade de uniformização do Direito 
dos diferentes países? O que é “Direito Uniforme 
Espontâneo” e“Direito Uniformizado”? Quanto a necessidade de uniformização do Direito, havia uma crença até a metade do século XX, idealizou ordenamento jurídico iguais, entendendo-se que acabaria os conflitos. No entanto, depois da Segunda Guerra Mundial, percebeu-se que era melhor cada País ter seu ordenamento respeitando seus costumes.
Quando se pega outro ordenamento jurídico para comparação, há duas possibilidades: Coincidência ou um país se inspirou no outro (Direito Uniforme Espontâneo). Ou há o Direito Uniforme Dirigido: Tratado multilateral que querem unificar os ordenamentos (ideia inicial do MERCOSUL).
4-Comente duas características do Sistema Internacional 
Contemporâneo, segundo Marcel 
Merle 
a) ter ocorrido um incremento nas relações econôm icas no sentido do estabelecimento de um mercado mundial; b) as informações são transmitidas instantaneamente; c) o volume d e informações e o deslocamento das pessoas têm aumentado; d) devido à s armas de destruição em massa há um campo estratégico unificado; e) os Estados participam de um grande número de organismos internacionais.
5-Disserte sobre a antinomia Soberania X Cooperação:É complicado falar em soberania e cooperação entre os estados por há um ordem pública que pressupõe uma estabilidade e do outro lado a ideia da revolução além do direito à autodeterminação dos povos e a divisão do mundo em zonas de influência. Em todas elas existe o interesse nacional
6-Porque Celso Mello afirma que predomina no cenário 
internacional a Falta de estabilidade e previsibilidade.
7-Qual é o objeto do Direito Internacional Público?
 “O objeto do direito internacional é o estabelecimento de segurança entre as Nações, sobre princípios de justiça para que dentro delas cada homem possa ter paz, trabalho, liberdade de pensamento e de crença” A soberania do Estado e a necessidade de cooperação; 2) o DIP procura assegurar a paz e a segurança, mas existem as exigências revolucionárias nacionais; 3) a soberania e igualdade d os Estados e por outro lado o enorme poder das “grandes potências”.
8-Qual é o objeto do Direito Internacional Privado?
Há várias concepções sobre o objeto do Direito Internacional privado.
A mais ampla é a francesa, que entende abranger quatro matérias distintas, como a nacionalidade; a condição jurídica do estrangeiro; o conflito das leis e o conflito de jurisdição, que veremos a seguir:
9- IREITO INTERNACIONAL PÚBLICO X PRIVADO E NACIONALIDADE
 
R: Conforme leciona Maristela Basso, toda relação matrimonial constituída no exterior, em conformidade com a forma estabelecida pela lei local de celebração do casamento, será reconhecida como válida no ordenamento brasileiro, salvo naqueles casos em que o ato realizado violar a ofensa à ordem pública ou fraudar a lei nacional. Portanto, alude-se de acordo com a expressão latina do lex loci celebrationis. 
Principais diferenças entre o direito internacional privado e o direito internacional público?
R: O direito internacional privado é um sobredireito, pois indica o direito aplicável e não soluciona um litígio, assim, trata-se de um ramo que possui normas conflituais, indiretas, que não proporcionam uma solução, mas trazem o direito incidente sobre determinado fato jurídico. O direito internacional público trata das relações entre Estados soberanos, Organizações Internacionais Intergovernamentais, como a ONU, FMI, por exemplo, e pessoas e demais entes, como as organizações não governamentais (Greenpeace) no âmbito internacional.
Explique o que é direito uniforme e a sua distinção com o direito internacional privado.
R: O direito uniforme, substantivo ou material é o que procura alcançar a unidade do direito dentro do seu campo de atuação, é delineado por preceitos jurídicos concordantes e indicativos do direito aplicável, que estejam em vigor em dois ou mais estados, portanto, o tratado internacional é um instrumento jurídico de utilização neste caso e, dentro de seu âmbito, perante aos Estados, é que estão em vigor as normas jurídicas uniformizadas. Assim, o direito uniforme do direito internacional privado são distintos, mas se interligam pois os tratados internacionais apenas promovem a uniformização de algumas normas.
Explique o que é direito comparado e sua distinção com o direito internacional privado.
R: O direito comparado estuda, mediante contraposição, vários sistemas jurídicos distintos examinando suas regras, fontes, histórias e diversos agentes sociais e políticos. No direito internacional privado, distintamente do direito comparado, não há estudo de sistemas jurídicos, mas sim, concretiza-se no momento da busca pela melhor composição para os conflitos envolvendo diferentes ordenamentos jurídicos.
O que é lex mercatoria e sua distinção com o direito internacional privado.
R: A lex mercatoria é um complexo de normas que compõem um sistema jurídico integro e com mecanismos de concisos para a solução de controvérsias e sanções próprias, com o intuito de aumentar a segurança nas relações jurídicas comerciais internacionais realizadas entre indivíduos que se localizam em diferentes Estados. Confirme o conceito exposto sobre lex mercatoria percebe-se que não tem nenhuma ligação com o direito internacional privado, já que este apenas visa indicar o direito aplicável trazendo o direito incidente sobre determinado fato jurídico.
Qual o objeto do direito internacional privado?
R: O direito internacional privado regula e promove o estudo de um conjunto de regras que determinam qual o direito material aplicável às relações jurídicas particulares, sejam entre pessoas físicas como o divórcio, por exemplo, jurídicas, como o comércio, e estabelece qual a jurisdição competente para dirimir determinado conflito. Feitas tais colocações, cabe apresentar tal objeto do direito internacional privado, são:
 Condição jurídica do estrangeiro: visa dar o conhecimento dos direitos do estrangeiro de entrar e permanecer no país, domiciliar-se ou residir-se no território nacional, sem haver prejudicidade sob o crivo econômico, político e social;
Conflito de Jurisdições: Observa-se a competência do Poder Judiciário, solucionando determinadas situações que dizem respeito a pessoas, coisas ou interesses que extrapolam o limite soberano de um Estado, devendo reconhecer e executar sentenças proferidas no estrangeiro;
 Conflito de leis: analisam-se as relações humanas conectadas a dois ou mais sistemas jurídicos, nos quais as regras materiais não são concordantes, apenas o direito aplicável a uma ou diversas relações jurídicas de direito privado com conexidade internacional;
 Direitos adquiridos no âmbito internacional: visa considerar a mobilidade das relações jurídicas, refletindo seus efeitos posteriormente a sujeição de uma legislação distinta;
 Nacionalidade:caracteriza-se o nacional de cada Estado, sob as formas originárias/derivadas de atribuição de nacionalidade, da perda, requisição, dos conflitos positivos e negativos em caso de polipátrida , apátrida e restrições nacionais por naturalização.
Em que consiste o direito internacional provado brasileiro?
R: O direito internacional privado brasileiro observa as relações jurídicas existentes no plano interno que possuam elemento estrangeiro. Assim, devem-se verificar os critérios legais para solucionar determinados conflitos.
O que é elemento de conexão?
 R: O elemento de conexão são normas estabelecidas pelo direito internacional privado que indicam o direito aplicável a uma ou diversas situações jurídicas unidas a mais de um sistema jurídico. Pode-se chamar também de normas indiretas ou indicativas, devido apontar o direito que irá aplicar no caso concreto nas relações particulares com conexão internacional, mas sem solucioná-lo, apenas indicam.
Para que servem as espécies de elemento de conexão e aponte alguma delas.
 R: As espécies de elemento de conexão servem para viabilizar a solução do direito ao caso concreto. O rol de espécies de elemento de conexão não é exaustivo, é apenas exemplificativo, são elas: lex damni, lex domicilii, lex fori, lex locu actus, lex loci celebrationis, lex loci contractus, lex loci delicti, lex loci executionis, lex loci solutionis, lex monetae, lex patriae, lex rei sitae, lex voluntatis, locus regit actum, mobília sequuntur personam.
O casamento celebrado fora do território nacional poderá ser reconhecido como válido no ordenamento jurídico brasileiro?
 
O que é lex fori?
R: Lex fori é a norma jurídica aplicada do foro em que ocorre a demanda judicial entre os litigantes (partes conflitantes).
O que é lex domicilli?
R: A lex domicilli é a norma jurídica a ser aplicada do domicilio dos envolvidos da relação jurídica em que possui, bem como a capacidade (atos da vida civil) e a pessoa fisica (conjuntos de atributos que distinguem uns indivíduos dos outros). O art. 7° da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro diz:
“A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e dos direitos de família”
Explique, o que é lexrei sitae?
 R: Lex rei sitae ou lex situs é o elemento de conexão que determina a norma jurídica que será aplicada conforme o local em que a coisa se encontra. O art. 12§ 1°, da LINDB, diz:
“Só a autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil”
O que é lex loci contractus?
R: lex loci contractus é a determinação de que a regra será aplicada do local em que o contrato foi firmado para reger o seu cumprimento, desde que não tenha o intuito de fraudar a lei vigente.
O que é lex patriae?
 R: lex patriae determina qual será a lei aplicada a nacionalidade da pessoa física que rege o estatuto pessoal, caracterizando pelos aspectos primordiais e juridicamente de relevo da vida de uma pessoa, como o nascimento, personalidade, capacidade jurídica, poder familiar, morte, entre outros.
O que significa mobília sequuntur personam?
 R: mobília sequuntur personam determina a lei aplicável do local dos bens móveis em que seu proprietário está domiciliado.
 Quais são as fontes do direito internacional privado? Explique cada uma delas.
 R: As fontes do direito internacional privado são: a Lei, os tratados e convenções internacionais, os costumes, a jurisprudência e a doutrina.
 A lei é tida fonte do direito internacional privado e segue de acordo com os preceitos da ordem pública com normas internas. Como exemplo, a Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, o Código de Processo Civil, o Código Civil, o Estatuto do Estrangeiro, a Lei dos Refugiados, a Lei de Arbitragem e, não deixamos de nos esquecer da Constituição Federal de 1988.
 Os tratados e convenções: são acordos bilaterais,regionais/multilaterais de que são signatários os Estados e que tem como o escopo de aplicação de várias relações jurídicas compreendidas pelo direito internacional privado, direito processual civil internacional e matérias correlatas. Trata-se, em outros casos de grande fonte de inspiração para a interpretação e aplicação das normas do direito internacional privado, mesmo quando não ratificados pelo o Estado. O Código Bustamante, promovido pelo Tratado de Direito Internacional Privado de 1928, tratou das mais diversas áreas como família e proteção internacional de crianças, mas, na prática o “tratado foi esquecido com o tempo” , conforme Beat Walter Rechsteiner.
 O costume, segundo Maristela Basso: “exprime-se pela prática reiterada de determinados comportamentos que,como a experiência e o transcurso do tempo, admitem-se como juridicamente observáveis, vinculando imediatamente os indivíduos – no plano interno do Estado”. Há dois requisitos para constatar-se o costume: o elemento material, externo (pratica constante de determinados atos pelos Estados) e o elemento subjetivo, interno (convicção jurídica dos Estados de observância de uma norma jurídica como elemento autentico do direito consuetudinário).
A jurisprudência, na visão de Espínola, concordada por Maristela Basso que, na falta de leis internas e costumes, recorrerão a jurisprudência, daí, observará o juiz as regras hermenêuticas.
 doutrina desempenha papel para a adaptação da disciplina às demandas de regulação das relações jurídicas gerando efeitos em mais de um país ao mesmo tempo. Pode-se dizer que é um conjunto de estudos, pareceres, artigos, de caráter cientifico consignados em obras, como livros, revistas, jornais jurídicos, em que tratam de teorias ou interpretações à temática do direito internacional privado. Assevera Irineu Strenger que a doutrina não tem força de obrigatoriedade, mas pode incluir-se nas decisões dos tribunais, em casos de elaboração das regras de direito e tratados internacionais, portanto, tem sido guia dos interessados na solução dos casos concretos.
Explique, o que é ordem pública?
R: No direito internacional privado, deve ser entendido como o reflexo da filosofia sócio-político-jurídica de toda legislação. É noção de foro íntimo do intérprete que em seu convencimento e decisão, no caso dos magistrados e árbitros, deve buscar a moral básica de uma nação, atendendo sempre às necessidades econômicas de cada Estado, compreendendo os planos político, jurídico, econômico e moral de todo Estado constituído.
No direito brasileiro, aplica-se o art. 17 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que reza:
“As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, o ­ordem pública e os bons costumes” (grifo nosso).
Neste ponto, explica Beat Walter Rechsteiner, “A reserva da ordem pública é uma cláusula de exceção que se propõe a corrigir a aplicação do direito estrangeiro, quando este leva, no caso concreto, a um resultado incompatível com os princípios fundamentais da ordem jurídica”.
Antigamente, como mostra Jacob Dolinger que a ordem pública até foi colocada em favor de Estado estrangeiro, quando num caso concreto, execução por dívida de jogos de azar contraída nos Estados Unidos. A defesa argumentava pela improcedência da ação, mas o TRF do Distrito Federal julgou procedente a ação mandando o réu o pagamento da dívida, aplicando inclusive o art. 9° da Lei de Introdução ao Código Civil (antiga nomenclatura).
O que é fraude à lei? Explique.
R: A fraude à lei (fraus legis) é uma forma de abuso de direito, ou seja, o agente altera o elemento conexão para beneficiar-se da lei que lhe é mais favorável, em detrimento daquela que seria realmente aplicável. Para caracteriza-la deve-se observar:
Pretende-se evitar a aplicação de determinadas normas substantivas ou materiais do direito interno ou do direito estrangeiro, cujas consequências são legais, porém indesejadas.
 Planeja-se uma manobra legal extraordinária para obter o resultado desejado. P. ex. um divórcio que não é possível nos pais de origem.
 Como na maioria dos casos, o objetivo é evitar a aplicação do direito substantivo ou material interno, transferindo atividades e praticando atos para o exterior, como pode ocorrer ainda, a escolha do foro favorável no estrangeiro com a mesma intenção.
A fraude a lei deve ser admitida quando o objetivo é evitar a aplicação de normas cogentes e imperativas no direito interno, abrangendo, também as normas do direito estrangeiro.
 Qual a sanção da lei contra uma fraude à lei praticada em vista de uma relação jurídica de direito privado com conexão internacional?
R: A sanção é a de que uma sentença, negócio jurídico ou outro ato jurídico não será reconhecido pelo direito interno, portanto, não surtirá efeitos jurídicos no país, mas conforme o caso concreto, por vezes, pode o magistrado valer-se da reação adequada não desconsiderando totalmente devido a lex fori.
O que é reenvio?
R: o reenvio, retorno ou devolução é o modo de interpretar a norma de direito internacional privado, mediante a substituição da lei nacional pela estrangeira, desprezando o elemento conexão apontado pela ordenação nacional, para dar preferência à indicada pelo ordenamento jurídico (Lei de Introdução ao Código Civil Interpretada, Maria Helena Diniz, p.415).
Na Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, mais precisamente no art. 16, diz:
“Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei”(grifo nosso).
O que o artigo acima pretende expor, atenta-se expressamente que é proibido, no ordenamento jurídico brasileiro interno que, se houver aplicação da lei estrangeira, tendo em vista em disposição deste, desconsidera qualquer remissão por ela feita a outra lei.
A qualificação é uma teoria? Se afirmativa, responda: quem a elaborou e o que significa.
 R: A qualificação é uma teoria, elaborada pelo alemão Franz Kahn e por Etienne Bartin na França. Significa, a qualificação serve para adequar um caso concreto a umaespecialidade do direito que lhe é pertinente, como exemplo: família, obrigações, contratos, sucessões, etc; classificando matéria jurídica e definindo as questões principais, como no caso do divórcio e questões prévias, num regime de bens ou paternidade, como exemplo. Jacob Dolinger diz: “é um processo técnico-juridico sempre presente no direito, pelo qual classificam ordenadamente os fatos da vida relativamente às instituições criadas pela Lei ou pelo Costume, a fim de bem enquadrar as primeiras nas segundas, encontrando-se assim a solução mais adequada e apropriada para os diversos conflitos que ocorrem nas relações humanas”.
O que é Questão prévia?
 R: A questão prévia é um instrumento que diante da questão principal, o juiz deve tratar, de forma antecipada, uma questão anterior. P. ex. ação de paternidade (questão anterior), alimentos (questão posterior).
Área 18 
Em relação à sua denominação, pode
-
se afirmar que a expressão direito transnacional, 
embora mais ampla que a denominação direito 
internacional público, já consagrada, tem como mérito a 
superação da dicotomia entre direito público e direito 
privado.
( x )certo
O direito civil influenciou em grande 
medida a formação de institutos do direito internacional 
público.
 ( x )certo
1-Comrelaçãoatratados,acordoseconvençõesnoâmbitododireitointernacional,assinaleaopçãocorreta.A)TratadoétodoacordointernacionalconcluídoapenasentreEstadosereguladopelodireitointernacional.B)Aextinçãodeumtratadoporab-rogaçãoocorresemprequeaintençãoterminativaemanadeumadaspartesporeleobrigadas.C)AConvençãodeVienade1969destina-searegulartodaalegislaçãorelacionadacomasorganizaçõesinternacionais.D) O Brasil submete-se à jurisdição de tribunal penal internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
2-
Diante de uma sentença desfavorável não unânime da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que lhe condenou ao pagamento de determinada quantia em dinheiro, pretende a República Federativa do Brasil insurgir-se contra a mesma.A partir da hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.A) A sentença da Corte pode ser modificada mediante recurso de embargos infringentes, diante da falta de unanimidade da decisão a ser hostilizada.B) A sentença da Corte somente pode ser modificada por intermédio de uma ação rescisória..C) A sentença da Corte é definitiva e inapelável.D) A sentença da Corte pode ser modificada graças a um recurso de apelação.
	
3-
Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: (XI 
a) Direito internacional privado trata basicamente das relações 
humanas vinculadas a sistemas jurídicos autônomos e convergentes;
b) Direito uniforme espontâneo resulta de esforço comum de dois 
ou mais Estados no sentido de uniformizar certas instituições 
jurídicas;
c) O direito internacional uniformizado é fruto de entendimento 
entre Estados e que 
geralmente se 
concentram nas atividades 
econômicas de natureza internacional;
4- O que é direito internacional público¿
O Direito Internacional Público define-se como todas as regras legais que governam relações entre sujeitos independentes de Direito Internacional, que são os Estados, as Organizações Internacionais, pessoas e demais sujeitos.
5- CASO CONCRETO 2 “...Precisamos nos assegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para realizarem suas missões, nos locais aos quais são enviadas. É nesse aspecto que a França e o Reino Unido trabalham em parceria por intermédio de um conjunto de sistemas, o que é útil não só para nossas forças, mas também para nossas indústrias, nossas economias e nossas populações. Uma etapa importante será vencida hoje, com a assinatura de um protocolo de acordo que lança nossa cooperação sobre nossos futuros porta-aviões pelos próximos 12 meses. Mas existem também numerosos programas importantes como, por exemplo, o sistema PAAMS (Principal AntiAir MissileSystem), o míssil ar-arMeteore o avião de transporte A 400M..” (Artigo da ministra francesa da defesa,MichèleAlliot-Marie, e do ministro britânico da defesa, John Reid, publicado no jornal “Le figaro”(Paris, 6 de março de 2006). Analise o texto e os aspectos que destaca, dissertando sobre as forças que atuam na relação entre as pessoas de Direito Internacional e sua importância na modelagem da sociedade internacional, em especial sobre os três sentidos de Fred Hallidaypara o termo “sociedade internacional” -realismo, transnacionalismoe homogeneidade.
As forças atenuantes no cenário internacional: Forças culturais; econômicas; políticas; religiosas.
Sujeito de Direito internacional: Os que iniciaram são os Estado que se uniram e criaram organizações internacionais, pois ñ estavam dando conta de alguns objetivos. Essa Organizações são sujeito de Direito Internacional, pois tem Direito e Deveres na sociedade internacional e capacidade jurídica própria. Por ex.: A ONU pode pagar indenização internacionalmente.
Pessoa humana tem capacidade jurídica internacional e pode ser levada ao Tribunal Penal Internacional.
A personalidade jurídica do Estado é originária, enquanto a personalidade jurídica das organizações é derivada.
As organizações internacionais contemporâneas são sujeito de Direito Internacional por terem capacidade jurídica própria.
09-A propósito da personalidade jurídica do Estado e das organizações internacionais, na percepção da doutrina, especialmente em Francisco Rezek, pode-se afirmar que:
a) A personalidade jurídica do Estado é originária e a personalidade jurídica das organizações internacionais é derivada.
10- As organizações internacionais contemporâneas
Parte superior do formulário
b) são sujeitos de Direito Internacional em decorrência das normas da Carta da ONU.
1-Qual a definição de DIP?
O Direito Internacional Público define-se como todas as regras legais que governam relações entre sujeitos independentes de Direito Internacional, que são os Estados, as Organizações Internacionais, pessoas e demais sujeitos.
2-Sobre os fundamentos da sociedade internacional defrontam-se duas principais concepções, a jusnaturalistae a positivista. Quais as caraterísticas de cada uma delas? 
Positivista: (Cavaglieri). Também chamada de voluntarista, sustenta que a sociedade internacional teria se formado por meio de acordo de vontade dos Estados. Crítica: questão dos novos Estados.
Jusnaturalista: Homem é um ser social e que só se realiza em sociedade. Assim, a sociedade internacional seria o âmbito mais amplo da sociabilidade humana.
3 –Qual o termo mais adequado no DIP, sociedade ou comunidade internacional? Explique:
 Comunidade Sociedade Formação natural; vontade orgânica (manifestação do prazer, no hábito e na memória. Formação natural anterior à uma escolha consciente de seus membros.Regida pelo Direito Natural.Para Freyera comunidade é uma estrutura em que não há poder de dominação.fruto de uma vontade refletidade acordo com a necessidade, produto do pensamento, de uma finalidade e tendo como fim a felicidade.Se estabelece sob o contrato.Para Freyer a sociedade é uma estrutura em que a união vem da existência de um poder dominante.
4 –Segundo Fred Hallidayqual qual é o sentido “realista” para o termo sociedade internacional: realismo”, dentro do qual a sociedade Internacional refere-se à relação entre Estados, baseada em normas compartilhadas e entendimentos
5 -Segundo Celso Mello quais as forças atuantes na sociedade internacional?
relações recíprocas entre estados e outros sujeitos de DI
6-Qual a diferença entre a definição clássica de DIP e a definição moderna de DIP?
Definição Clássica de DIP: conjunto de princípios e normas cujo objetivo é regular as relações externas. Objetivo de regular relações entre Estados. A definição é clássica porque antes da criação da ONU, os únicos sujeitos de direito internacional eram os Estados. Definição Moderna de DIP: conjunto de princípios e normas cujo objetivo é regular as relações externasdos sujeitos de direito internacional. Os sujeitos de direito internacional não são apenas os Estados, mas também as organizações internacionais e os cidadãos.
7-Quem são os sujeitos da sociedade internacional?
São sujeitos do DIP todos aqueles entes ou entidades cujas condutas estão diretamente previstas pelo direito das gentes e que têm capacidade de atuar no plano internacional.
8-Quais são as características da Sociedade Internacional?
Abrange todos os entes do globo terrestre; Paritária: Uma vez que nela existe igualdade jurídica; Aberta: Significa que qualquer ente que reúna determinadas características pode se unir a sociedade Internacional.
1-Qual é o conceito de pessoa de direito internacional?
Pessoa Internacional: “A pessoa física ou jurídica a quem a ordem internacional atribui direitos e deveres é transformada em pessoa internacional, isto é, sujeito de DI”
2-Comente as mudanças ocorridas quanto ao papel dos Estados no Direito Internacional Púbico antes e após a Segunda Guerra Mundial:
3-Que novos sujeitos apareceram na sociedade internacional durante o século XX? Qual o motivo da inserção desses novos atores como sujeitos de direito internacional?
O Estado manteve-se como o centro das atenções da sociedade internacional do século XX, sendo o mais importante ente de DI. No século XX, em virtude das sérias transformações ocorridas no cenário internacional, o Estado passa partilhar a vida internacional com outros entes, as organizações internacionais e o homem.
4-Aponte as duas correntes sobre a Personalidade Jurídica Internacional:
Existem duas correntes sobre a existência de personalidade jurídica internacional: uma admite a existência de personalidade, defendendo que existem normas gerais que estabelecem condições para que determinados entes adquiram personalidade jurídicae assim tornem-se sujeitos de direito, e outra corrente que nega a existência dessas normas gerais como condição.
5-Segundo Rezek tais condições para a existência de personalidade jurídica internacional seriam: Relação imediata e direta com o direito internacional que habilita a titularidade de direitos e deveres internacionais e garante a personalidade jurídica de direito das gentes.
6-O que é personalidade jurídica e capacidade jurídica no Direito Internacional?
Personalidade Jurídica-requisitos que tornam um ente, sujeito de DI.
Capacidade -realização de atos válidos no plano jurídico internacional. Também chamada de capacidade de agir
7-É possível ter personalidade jurídica e não ter capacidade no DIP? É possível a representação no DIP? Explique: Nas hipóteses de incapacidade, o DI já reconhece o instituto da representação, que seria “a manifestação de vontade de um sujeito internacional produz efeitos que são imputados ao utros sujeitos de DI” e cujos elementos, segundo Sereni, seriam: a) o representante, o representado e os terceiros devem ser sujeitos de DI; b) ela deve ser exercida no campo de DIP, c)o representante tem o poder de agir para o representado, e isto em nome e por conta deste. Ex: indivíduos e Tribunais Internacionais, Conselho de Tutela da ONU.
8-Qual é a diferença de classificação das pessoas internacionais levando-se em consideração o posicionamento de Rezek e Celso Mello? Conceito de pessoa: personalidade Segundo Rezek tais condições seriam: Relação imediata e direta com o direito internacional que habilita a titularidade de direitos e deveres internacionais e garante a personalidade jurídica de direito das gentes. Para Celso Pessoa Internacional: “A pessoa física ou jurídica a quem a ordem internacional atribui direitos e deveres é transformada em pessoa internacional, isto é, sujeito de DI”.
9-É comum a presença de notícias sobre o “Estado do Vaticano” nos diferentes meios de comunicação. Segundo a doutrina majoritária é correta a denominação do Vaticano enquanto “Estado”? Explique a posição do Vaticano na sociedade internacional: Após muitos conflitos políticos a questão ficou resolvida no Acordo de Latrão, que reconheceu a soberania da Santa Sé no domínio internacional, com o seu direito à plena propriedade e à jurisdição soberana sobre o Vaticano. A personalidade internacional, é da Santa Sé e não do Vaticano. A Santa Sé é a reunião da Cúria Romana com o Papa. Alguns autores sustentam que a personalidade internacional é da Igreja Católica. Esta posição é minoritária pois o Acordo de Latrão fala expressamente em Santa Sé. Não tem povo.
10-Qual diferença entre Organizações Internacionais (também chamadas de organizações transnacionais, intergovernamentais) e as Organizações não governamentais? Organizações Internacionais:
Organizações Interestatais: formadas por Estados (Ex: entes dos quais vários Estados participam). É sujeito de DI.
Organizações Não Governamentais: tem ação no direito internacional, mas não são sujeitos de direito internacional. Algumas possuem status consultivo em organismos interestatais. Ex: Ong’s.
11-Qual a natureza das normas de Direito Internacional? 
Costumeira ou convencional 
12-A doutrina mais atual vem discutindo a inserção do conceito de jus cogens no Direito Internacional Público, muito embora alguns doutrinadores façam críticas quanto à difícil identificação do conteúdo do jus cogens. Diante de tais afirmativas, descreva o conceito de jus cogens:
 É uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhum aderrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.”
13-Conceitue fontes formais e fontes materiais do Direito Internacional Público:
Fontes Formais do DIP: lugar onde surge o Direito. Processos de formulação do conteúdo de certa regra. Fato ou ato que tem a capacidade de produzir regras. Ex:Tratados. Fontes Materiais do DIP: Elementos históricos, econômicos, sociais, ou seja, tudo que influencia ao aparecimento das fontes formais que são responsáveis pela formação das regras do DIP.
14-Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, aponte quais as fontes do Direito Internacional Público?
Artigo38 A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: a.asconvençõesinternacionais,quergerais,querespeciais,queestabeleçamregrasexpressamentereconhecidaspelosEstadoslitigantes;b.ocostumeinternacional,comoprovadeumapráticageralaceitacomosendoodireito;c.osprincípiosgeraisdedireito,reconhecidospelasnaçõescivilizadas;d.sobressalvadadisposiçãodoArtigo59,asdecisõesjudiciáriaseadoutrinadosjuristasmaisqualificadosdasdiferentesnações,comomeioauxiliarparaadeterminaçãodasregrasdedireito.ApresentedisposiçãonãoprejudicaráafaculdadedaCortededecidirumaquestãoexaequoetbono,seaspartescomistoconcordarem
 -Qual a fonte subsidiária do Direito Internacional presente no Art. 38 da CIJ segundo a doutrina? Asdecisõesjudiciáriaseadoutrinadosjuristasmaisqualificadosdasdiferentesnações,comomeioauxiliarparaadeterminaçãodasregrasdedireito.
16-Segundo os doutrinadores do Direito Internacional as fontes apontadas no Art. 38 da CIJ que se tornou paradigma para a identificação das fontes do DIP, não apresentam a característica da taxatividade. Explique esta afirmativa relacionando-a com pelo menos uma das características da sociedade internacional (as características da sociedade internacional estão presentes na aula 02):
17-Qual é a definição de tratado presente na convenção sobre direito dos tratados concluída em Viena (CVT), em 1969 dá a seguinte definição: 
"tratadosignificaumacordointernacionalconcluídoentreEstadosemformaescritaereguladopeloDI,consubstanciadoemumúnicoinstrumentoouemdoisoumaisinstrumentosconexosqualquerquesejaasuadesignaçãoespecífica"
18-Qual é o elemento material (objetivo) e subjetivo do costume?
O Elemento material–Também chamado de objetivo. Seria o uso geral seguido por uma parcela da SI, a repetição de atos (precedentes). O elemento subjetivo-Também chamadode psicológico. Seria a convicção de que aquela conduta segue uma regra costumeira presente no DIP
19-Qual é a diferença entre costume e uso? Qual é a relação entre esta diferenciação e a presença do opiniojures?
 O costume É formado por um elemento material e outro subjetivo, e este elemento subjetivo que o deferência do uso, O Elemento material–Também chamado de objetivo. Seria o uso geral seguido por uma parcela da SI, a repetição de atos (precedentes). O elemento subjetivo-Também chamado de psicológico. Seria a convicção de que aquela conduta segue uma regra costumeira presente no DIP. Tal elemento ficou conhecido pela expressão opiniojuris sivenecessitatis(convicção sentida pelos Estados de que o DI exige um determinado tipo de conduta).
20-Quais as características do costume?
a) "prática comum" -no sentido de que ele resulta da repetição uniforme de certos atos na vida internacional; b) "prática obrigatória" -ele é direito que, em consequência, deve ser respeitado pelos membros da sociedade internacional; c) "prática evolutiva" -o costume possui uma" plasticidade" que lhe permite se adaptar às novas circunstâncias sociais;
21-Descreva resumidamente o opiniojures:
É a convicção sentida pelos Estados de que o DI exige um determinado tipo de conduta.
22-Existe hierarquia entre as fontes do Direito Internacional?
Não existe hierarquia entre fontes de DI. Tratado pode revogar costume(raro)e vice-versa.
23-A quem cabe a prova da existência de um costume em determinada relação jurídica?
O costume se prova pelas declarações políticas, correspondência diplomática, etc. Atualmente defende-se que as recomendações das organizações internacionais expressariam um costume, não pela repetição de atos, mas pelas imultaneidade e multiplicidade dos Estados que participam em sua votação. O costume surge neste caso de modo consciente. A ONU tem tido um papel centralizador na formação do costume. Quem alega é que deve provar.
24 –Quais os elementos necessários para a eficácia dos atos unilaterais enquanto fontes do Direito Internacional?
OArtigo38doEstatutodaCorteInternacionaldeJustiçatornou-sereferêncianoestabelecimentodasfontesdoDIP.Artigo38ACorte,cujafunçãoédecidirdeacordocomodireitointernacionalascontrovérsiasquelheforemsubmetidas,aplicará:a.asconvençõesinternacionais,quergerais,querespeciais,queestabeleçamregrasexpressamentereconhecidaspelosEstadoslitigantes;b.ocostumeinternacional,comoprovadeumapráticageralaceitacomosendoodireito;c.osprincípiosgeraisdedireito,reconhecidospelasnaçõescivilizadas;d.sobressalvadadisposiçãodoArtigo59,asdecisõesjudiciáriaseadoutrinadosjuristasmaisqualificadosdasdiferentesnações,comomeioauxiliarparaadeterminaçãodasregrasdedireito.ApresentedisposiçãonãoprejudicaráafaculdadedaCortededecidirumaquestãoexaequoetbono,seaspartescomistoconcordarem
25-Doutrina “novíssima” é a que postula a existência da “soft law” no Direito Internacional Público bem como do “costume instantâneo”. O que seria a “soft law” ou direito flexível e o costume instantâneo?
Soft Law: Com relação aos atos unilaterais é relevante discorrer sobre a importância dos atos unilaterais das Organizações Internacionaisna contemporaneidade e seus efeitos na nova corrente do Direito Internacional Público. Soft law, droitdoux(direito flexível).Ex: declarações, resoluções, recomendações, decisões.
Costume instantâneo: o elemento opiniojuris vem antes da prática e independe do tempo. Essa ideia surgiu da reivindicação de países novos de que resoluções de órgãos como a Assembleia Geral da ONU fossem considerados costumes.
26-Segundo o Art. 38 da CIJ, o que seria jurisprudência enquanto fonte de Direito Internacional?
São as decisões judiciárias a que se refere o art. 38 do Estatuto da Corte da Haia significam, em sentido estrito, o conjunto das decisões arbitrais que se têm proferido, há séculos, no deslinde de controvérsias entre Estados; e ainda o conjunto das decisões judiciárias proferidas, com igual propósito, a partir do início do século XX.
A respeito da autorização de trabalho a estrangeiro com vínculo empregatício no Brasil, assinale a afirmativa correta.
	a)
	Trata‐se de ato administrativo de competência do Ministério do Trabalho, para efeito de requerimento de visto permanente e/ou temporário, a estrangeiros que desejem trabalhar no Brasil.
CASOS CONCRETOS 
CASO 01
Considerando as fontes de direito internacional 
público previstas no Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça (CIJ) e as que se 
revelaram a posteriori, bem como a doutrina 
acerca das formas de expressão da disciplina 
jurídica, as convenções internacionais, que 
47jupodem ser registradas ou não pela escrita, são 
consideradas, independentemente de sua 
denominação, fontes por excelência, previstas 
originariamente no Estatuto da CIJ. Analise a 
afirmativa e com base no aprendizado, julgue e 
fundamente sua resposta. (CESPE ? adaptada)
A expressão não escrita do direito das gentes conforma o costume internacional como prática reiterada e uniforme de conduta, que, incorporada com convicção jurídica, distingue-se de meros usos ou mesmo de práticas de cortesia internacional, por consequência os tratados devem ser excepcionalmente escritos, não havendo a possibilidade de tratados sem esta formalida.
SEMANA 2 
Descrição A República de Utopia e o Reino de Lilliput são dois Estados nacionais vizinhos cuja relação tornou-se conflituosa nos últimos anos devido à existência de sérios indícios de que Lilliput estaria prestes a desenvolver tecnologia suficiente para a fabricação de armamentos nucleares, fato que Utopia entendia como uma ameaça direta a sua segurança. Após várias tentativas frustradas de fazer cessar o programa nuclear Ela não deve obediência, a monarquia caiu mas ela se tornou República Soberana, e como tudo ocorreu em 2001, após a criação da ONU, e de acordo com os princípios da Horizontalidade, do Consentimento, e da Autodeterminação, todos os entes internacionais estão em situação de igualdade para aderir/assimilar ou não os costumes internacionais.
Caso 03
Considerando que o território da República de Benguela era parte de um país, que continua a existir, a referida República não deverá ficar responsável pelo pagamento de nenhuma parcela de dívida externa contraída pelo país predecessor, ainda que ambos os países tenham diversamente acordado, haja vista a existência de norma impositiva de direito internacional público a respeito dessa matéria. Analisando o caso e com base em seus conhecimentos, diga se está correta ou errada e justifique sua resposta. (CESPE – adaptada)
Errada, Segundo a Teoria da Responsabilidade Ponderada, a dívida preexistente acompanha o território. Em outras palavras, o governo local deverá saldar as dívidas contraídas, independentemente de o governo ser do Estado sucessor ou do Estado predecessor. Portanto, um Estado poderá surgir com dívidas decorrentes de investimentos que recebeu o território que representará sua base física.
CASO 04
Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Diga sobre a possibilidade de extradição e fundamente. (FGV – adaptada) 
Na situação apresentada, o ex-dirigente da federação sul-americana de futebol havia 
praticado um crime comum antes de se naturalizar. Logo, ele poderá ser extraditado. Vale destacar que a CF/88 proíbe a extradição apenas de brasileiros natos.
CF - Art. 5º, LI. nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogasafins, na forma da lei;
CASO 05
Tendo em vista o interesse comum de Brasil e Paraguai em realizar o aproveitamento hidroelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois países desde e inclusive o salto Grande de Sete Quedas ou salto de Guairá até a foz do rio Iguaçu, foi aprovado o Tratado de Itaipu, em 26 de abril de 1973, criando a entidade binacional Itaipu, considerada um modelo de integração. Contudo, passados mais de trinta anos, os paraguaios começaram a se insurgir contra as disposições desse Tratado, alegando que há uma relação de exploração em favor do Brasil, que se aproveita do seu poder econômico para submeter o Paraguai
É reconhecido tanto ao Brasil como ao Paraguai o direito de aquisição da energia que não seja utilizada pelo outro para seu consumo próprio. 
 Podem prestar serviços à Itaipu os funcionários públicos, empregados de autarquias e os de sociedade de economia mista, brasileiros e paraguaios, sem perda do vínculo original e dos benefícios de aposentadoria e/ou previdência social, tendo-se em conta as respectivas legislações nacionais. 
As instalações e obras realizadas em cumprimento do presente Tratado não conferirão, a nenhuma das altas partes Contratantes, direito de propriedade ou de jurisdição sobre qualquer parte do território da outra.
CASO 06
Tratados são, por excelência, normas de direito internacional público. No modelo jurídico brasileiro, como nas demais democracias modernas, tratados passam a integrar o direito interno estatal, após a verificação de seu iter de incorporação. A respeito dessa temática, uma vez firmados, os tratados relativos ao MERCOSUL, ainda que criem compromissos gravosos à União, são automaticamente incorporados visto que são aprovados por parlamento comunitário. Diga se está correta ou errada a afirmativa e fundamente.
Errado, uma vez aprovados por decreto legislativo no Congresso Nacional, os tratados podem ser promulgados pelo presidente da República. No atual regime jurídico brasileiro os tratados internacionais para ingressarem na ordem jurídica interna, devem ser submetidos a um processo. São identificaveis seis fases: a)negociação; b) assinatura; c) mensagem ao Congresso; d) aprovação parlamentar mediante decreto legislativo; e) ratificação; f) promulgação do texto do tratado mediante decreto presidencial.
CASO 07
Presentes em todos os continentes, as organizações não governamentais (ONGs) desempenham importante papel na defesa de causas de interesse comum da humanidade. Assim, não obstante suas peculiaridades jurídicas, o Greenpeace, além de ter atuado como parte nas negociações do Protocolo de Quioto, firmou e ratificou o referido tratado. Julgue a afirmação e fundamente sua resposta
O Greenpeace contribuiu para as negociações do tratado, mas não firmou nem ratificou o tratado por não ser portador de personalidade jurídica internacional, característica dos sujeitos de DIP. O Greenpeace é uma ONG, sendo apenas um ator internacional. As ONGs vem tendo contribuição crescente no cenário internacional, mas ainda não são consideradas sujeitos de DIP. Exceção para o CICV, ONG dotada em caráter especial - entidade sui generis - de personalidade jurídica internacional que participa da normatização do DIP. 
Caso 08
No Direito Internacional, há necessidade de previsões normativas para os períodos pacíficos e para os períodos turbulentos de conflitos e litígios. A Carta das Nações Unidas e outras convenções internacionais procuram tratar dos mecanismos de resolução de conflitos, bem como disciplinam a ética dos conflitos bélicos e a efetiva proteção dos direitos humanos em ocasiões de conflitos externos ou internos. A ONU deve exercer papel relevante na resolução de conflitos, podendo, inclusive, praticar ação coercitiva para a busca da paz. Analise se correta ou errada e fundamente. (CESPE – adaptada)
A ONU pode aprovar ou praticar ações coercitivas em prol da paz por meio de seu conselho de segurança, assim, Deverá ser indicando as medidas q devem ser adotadas como forma de restabelecer a segurança internacional.
Não havendo alteração na situação de instabilidade adota-se MEDIDAS de caráter NÃO MILITAR (que poderão, entre outras medidas, incluir interrupção completa ou parcial das relações econômicas) e não havendo ainda alteração do quadro de instabilidade, o Conselho poderá levar a cabo a ação q julgar necessária, como o uso de força MILITAR, aérea, terrestre, marítima, em fim, as q forem devidas ao caso.
Vale chamar atenção ainda p o fato de q a ONU não tem forças militares próprias, assim, conta com a colaboraração dos Estados-membros, q podem ceder força militar q atuarem representando a ONU, conforme o mandato q esta estabelecer.
E mais, vale lembrar q é contemplado na Carta da ONU q pode haver LEGÍTIMA DEFESA por parte do país atacado, porém apenas diante de efetivo ATAQUE ARMADO, não uma legitima defesa preventiva, ou seja, diante de apenas ameaça de ataque.
Caso 09
Como antecipou Joaquim Nabuco, a escravidão e o tráfico de escravos, graves violações aos direitos humanos, estão hoje proscritos pelo direito internacional. À luz das normas de direito internacional aplicáveis ao tema, o tráfico de pessoas como modalidade de crime organizado internacional limita -se à exploração de mão de obra escrava. Julgue e fundamente. (CESPE – adaptada)
Transferir, transportar, alojar, receber, convencer outrem a levar/vender alguém, escravidão, exploração da prostituição, engano, etc., tudo configura tráfego de pessoa.
Caso 10
Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Essa extradição não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua dependência econômica. Analise e decida se correta ou errada e fundamente. (CESPE – adaptada)
Há possibilidade de extradição de brasileiro naturalizado em 2 (duas) situações: a) comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e; b) crime comum praticado antes da naturalização.
Na situação apresentada, o ex-dirigente da federação sul-americana de futebol havia praticado um crime comum antes de se naturalizar. Logo, ele poderá ser extraditado. Vale destacar que a CF/88 proíbe a extradição apenas de brasileiros natos.
Caso 11
O litígio que envolve Estados e organizações internacionais podendo ser de natureza econômica, política ou meramente jurídica, é conceituado como controvérsia internacional. Acerca dos meios diplomáticos para soluções pacíficas de controvérsias internacionais, a conciliação é muito semelhante à mediação. Entretanto, caracteriza–se pela possibilidade de atuar como mediador pessoa natural, Estado ou organismo internacional. Diga se certa ou errada e fundamente. (FGV – adaptada)
A afirmação esta equivocada, visto que a mediação, é uma proposta do Estado mediador. Ele propõe uma solução. Por exemplo: os acordos de Argel foram resultado de um conflito entre Estados Unidos e Irã quando do atentado à embaixada americana em Teerã em 1979. A Argélia se propôs a mediar o conflito e formou os acordos de Argel. Por isso muitas vezes os bons ofícios se confundem com a mediação.
Por outro lado, A CONCILIAÇÃO lembra muito a mediação, mas é resolvida por um órgão colegiado. Cada um dos Estados indica dois integrantes de sua confiança para integrar uma comissão de conciliação,sendo que um deles é um nacional seu. Esses quatro indicarão um quinto, para ser o presidente da comissão e desempatar o voto.
Nenhum desses meios pode ocorrer à revelia dos Estados; eles têm que consentir. As soluções propostas não são obrigatórias. Os Estados aceitam de acordo com sua própria conveniência.
A melhor forma de resolução da controvérsia seria pelos bons ofícios, que caracterizam-se pela oferta espontânea de um terceiro que colabora com a solução de controvérsias podendo ser um Estado, um organismo internacional ou uma autoridade.
Caso 12
O MERCOSUL é um organismo internacional que visa à integração econômica de países que se localizam geograficamente no eixo conhecido como Cone Sul, nos termos do Tratado de Assunção (1991) e do Protocolo de Ouro Preto (1994). Sobre o sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL, provisoriamente estabelecido no Protocolo de Brasília (1993), o sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL encontra–se, atualmente, normatizado pelo Protocolo de Ouro Preto (1994), que estabeleceu a estrutura orgânica definitiva do bloco. Responda se certa ou errada e fundamente. (FGV – adaptada)
A afirmação esta incorreta, O sistema de soluções de controvérsias do MERCOSUL somente foi normatizado pelo Protocolo de Las Leñas (1996), que estabeleceu os procedimentos de cooperação e assistência jurisdicional em matéria civil, comercial, trabalhista e administrativa.
Caso 13
Um jato privado, pertencente a uma empresa norte- americana, se envolve em um incidente que resulta na queda de uma aeronave comercial brasileira em território brasileiro, provocando dezenas de mortes. A família de uma das vítimas brasileiras inicia uma ação no Brasil contra a empresa norte- americana, pedindo danos materiais e morais. A empresa norte-americana alega que a competência para julgar o caso é da justiça americana. Segundo o direito brasileiro, o juiz brasileiro tem competência concorrente porque a vítima tinha nacionalidade brasileira. Com base em seu conhecimento diga se correta ou errada a afirmativa e fundamente (FGV – adaptada)
Está correta à afirmação, pois de acordo com o Art. 21 do NCPC/15. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Caso 14
O Estado regulamenta a convivência social em seu território por meio de legislação nacional, e a comunidade internacional também cria regras, que podem conflitar com as nacionais. A respeito das correntes doutrinárias que procuram proporcionar solução para o conflito entre as normas internas e as internacionais, de acordo com a corrente dualista, o direito interno e o direito internacional convivem em uma única ordem jurídica. Julgue e fundamente. (CESPE – adaptada)
A afirmação esta incorreta, haja vista esta conceituada a teoria monista, por ter a existência de uma ordem jurídica una, na qual convivem as normas internas e internacionais. Nesse sentido, o ato de ratificação do tratado, para o monismo, viabiliza a sua entrada em vigor na ordem internacional, como também sua entrada em vigor na ordem interna (pois o ordenamento seria UNO, não havendo a exigência de um procedimento adicional para além da ratificação).
Ressalte-se que a ratificação é um dos requisitos indispensáveis para que o tratado entre em vigor na esfera internacional (além de outros requisitos, como o número mínimo de partes subscritoras do ato etc.). 
No Brasil, após a ratificação (que já pode tornar o ato vinculante no plano internacional, mas não é suficiente para sua internalização no ordenamento pátrio), há um procedimento adicional para a internalização, a saber: a promulação e a publicação, por meio de decreto presidencial. Daí porque parece ser possível concluir que o Brasil adota o dualismo moderado (há um procedimento posterior, para além da ratificação).
Caso 15
No Brasil, a exploração de petróleo na chamada camada pré-sal vincula-se a importantes noções do direito do mar. O domínio marítimo de um país abrange as águas internas, o mar territorial, a zona contígua entre o mar territorial e o alto-mar, a zona econômica exclusiva, entre outros. A respeito do direito do mar, do direito internacional da navegação marítima e do direito internacional ambiental, segundo a Convenção de Montego Bay, Estados sem litoral podem usufruir do direito de acesso ao mar pelo território dos Estados vizinhos que tenham litoral. Julgue a afirmativa e fundamente sua resposta. (CESPE ? adaptada) 
Está correta a afirmação, preconiza o ARTIGO 125 da convenção de Montego Bay O Direito de acesso ao mar e a partir do mar e liberdade de trânsito 1. Os Estados sem litoral têm o direito de acesso ao mar e a partir do mar para exercerem os direitos conferidos na presente Convenção, incluindo os relativos à liberdade do alto mar e ao patrimônio comum da humanidade. Para tal fim, os Estados sem litoral gozam de liberdade de trânsito através do território dos Estados de trânsito por todos os meios de transporte.
Caso 16
Após o reconhecimento de pleito formulado perante a Comissão de Delimitação de Plataformas Continentais da Organização das Nações Unidas, o Brasil passou a exercer, na plataforma continental que excede as 200 milhas náuticas, até o limite de 350 milhas náuticas, competências equivalentes às exercidas no mar territorial. Julgue fundamentadamente. (CESPE ? adaptada)
Errado, Mar territorial.
- faixa de até 12 milhas marítimas, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental ou insular
- sobre o mar territorial o Estado exerce soberania plena
- assegura-se o direito de passagem inocente dos navios
Zona contígua
- faixa de 24 milhas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial (art. 4º, Lei 8617)
- o Estado pode adotar medidas de fiscalização (aduaneiros, fiscais, migração, sanitário e repressão às leis)
Plataforma continental
- compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do mar territorial, em toda a sua extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental ou até uma distância de 200 milhas marinhas
- como muito bem apontado pelo colega Laercio Lima, "se for maior que isso tem-se que pedir uma autorização de complemento na ONU para até 350 milhas"
- o Estado exerce sua soberania para efeitos de exploração e aproveitamento de seus recursos naturais
Zona econômica exclusiva
- extensão máxima de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais é medida a largura do mar territorial
- o Estado tem soberania limitada, exercendo direito de soberania para fins de exploração, aproveitamento; conservação; gestão dos recursos naturais das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e do seu subsolo e no que se refere a outras atividades que tenham fins econômicos; pesquisa científica e proteção e preservação do meio ambiente.

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