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5 – Administração de Estoque
 
Introdução
Os estoques são componentes importantes dos ativos circulantes, principalmente nas empresas comerciais e industriais, por representarem grandes volumes de dinheiro aplicado em relação aos demais ativos circulantes.
São ainda os ativos circulantes de menor liquidez. Os estoques são representados por matérias-primas, componentes, insumos, produtos em processo e os acabados e se constituem nos bens comercializáveis pelas empresas comerciais e destinados à produção e venda pelas empresas industriais. Por esse motivo, a administração dos estoques deve ser objeto de politicas que traduzam resultados eficazes em sua gestão. Por exemplo, o giro mais lento do estoque impacta diretamente no fluxo de caixa da empresa, porque as duplicatas vencem e o produto ainda não foi vendido.
De acordo com o volume, a relevância dos investimentos em estoques nas empresas é a seguinte:
 
Quadro 3: Relevância dos Estoques conforme tipos de empresas.
	
 
	
 
	TIPO DE EMPRESA
	RELEVÂNCIA DOS ESTOQUES
	INDUSTRIAL
	GRANDE
	COMERCIAL
	GRANDE
	SERVIÇOS
	MÉDIA A PEQUENA
Nas empresas industriais a gestão dos estoques é considerada plena, pois são utilizados praticamente todos os tipos de estoques, desde as matérias-primas e componentes, até os produtos acabados.Já nas empresas comerciais, que não transformam bens, a gestão está concentrada nos produtos acabados, que são adquiridos prontos para serem vendidos.
Nas empresas prestadoras de serviço, a relevância dos estoques é de média para pequena, já que o foco empresa está na prestação do serviço e não comercialização de produtos. O fornecimento dos materiais utilizados pode estar incluído na prestação de serviço; daí a classificação de relevância média para pequena. Por outro lado, a melhoria dos processos logísticos dos fornecedores, tornando-os mais ágeis nas entregas, permite ao comerciante trabalhar com níveis menores de estoque.
A administração de estoques envolve, portanto, o controle dos ativos circulantes que são usados nos processos de prestação de serviços, na comercialização ou na produção para serem vendidos no curso normal das operações da empresa. Portanto, a administração de estoques deve procurar estabelecer ações e procedimentos para saber:
1.      Quanto comprar ou produzir.
2.      Em que momento comprar ou produzir.
3.      Quais itens do estoque merecem maior atenção.
Os estoques não são administrados diretamente pelo Administrador Financeiro. Em geral são de responsabilidade das áreas administrativas (compras) e/ou industrial (logística), o que torna a administração de estoques mais complexa; porquanto podem surgir divergências funcionais na definição e execução das políticas de estocagem.
 
Tipos de Estoques
Os estoques são constituídos de bens destinados a venda, ou à produção, vinculados aos objetivos da empresa.Existem diferentes tipos de estoques, caracterizados pela sua condição ao nível de produção e comercialização. Na sequência são apresentados os tipos de estoques:
 
Matérias-primas
São bens que, no seu todo ou parcialmente, irão fazer parte do produto acabado. Alguns autores consideram a matéria-prima com a designação genérica de insumo. As políticas de estocagem devem estar voltadas para atender as necessidades básicas de produção e/ou comercialização.Estoques de matérias-primas insuficientes causam graves transtornos na produção e comercialização e afetam negativamente os resultados econômicos e financeiros da empresa.No conjunto dos diversos tipos de estoques, as matérias-primas são os de menor liquidez, pois precisam ser transformada em produtos acabados para serem vendidas e, após, se tornarem caixa.
 
Componentes
Também irão fazer parte do produto final. São partes do produto final que a ele são agregadas durante o processo de produção. Sua importância é grande para o processo produtivo, e a sua falta também ocasiona possibilidades de perdas financeiras.Há exemplos de produtos complexos que utilizam grande número de componentes e que não podem ser comercializados por faltar apenas um componente, às vezes de baixíssimo custo; por exemplo: uma fábrica de automóveis ficou com a produção inteira, de vários dias, no pátio, pela falta da maçaneta da porta, de custo relativo pequeno.
 
Insumos
Os insumos são bens e produtos utilizados no processo produtivo, porém não fazem parte do produto final, o que caracteriza a sua diferente classificação de estoque.Não possuem a mesma importância relativa das matérias-primas e componentes em termos de valor, mas são também imprescindíveis ao processo produtivo. Têm a mesma classificação de liquidez, ou seja, são também pouco líquidos.
 
Produtos em Processo
Os estoques de produtos em processo compreendem os produtos que têm a característica de necessitar tempo de produção suficientemente longo para que seja necessário esse registro.Grande parte das empresas industriais não necessita ter em seus estoques os produtos em processo, já que o processo de produção é rápido e os estoques se transformam diretamente de matérias-primas e componentes em produtos acabados.Já outras empresas, como fabricantes de aviões, navios, centrais telefônicas, satélites, por exemplo, obrigatoriamente mantêm estoques de produtos em processo, pois seus produtos são feitos em tempos maiores, chegando a algumas situações a mais de um ano. Exigem grandes volumes de recursos materiais e financeiros, e a administração eficiente desses estoques propõe-se a reduzir o tempo de duração da produção. Certos tipos de produtos, que demandam mais tempo para produção são vendidos antecipadamente e, consequentemente, com recebimento de pagamentos antecipados.
 
Produtos Acabados
São os produtos que estão prontos para a venda, originários do processo produtivo da empresa ou adquiridos de outros fornecedores para venda.É nos produtos acabados que se concentram grandes volumes de investimento nas empresas comerciais. Devem estar prontos para a entrega tão logo a venda seja realizada. É o mais líquido dos estoques, pois a sua transformação em caixa depende da venda, do prazo se for venda a prazo, e da cobrança.
 
Manutenção de Estoques
Por que as empresas mantêm os valores aplicados em estoques em seu capital? Dada sua importância por requerer o uso de grandes volumes de recursos financeiros, a administração japonesa, na década de 1970, foi a primeira a se preocupar em reduzir esses investimentos.Surgiram então os vários modelos ou sistemas de operacionalização de estoques, desenvolvidos no Japão, entre eles os denominados Just-in-time e Kanban. Através desses modelos foi possível reduzir-se sensivelmente o volume de dinheiro investido nesses ativos.A literatura específica da matéria refere-se às finalidades básicas estudadas para justificar a existência de estoques nas empresas como sendo:
·         Estoques operacionais, funcionais ou mínimos.
Representam a quantidade necessária de estoque destinada a garantir o desenvolvimento e a operacionalização da produção. Seus níveis devem estar adequados aos fluxos de entrada e saída de materiais e produtos, considerando as características específicas dos processos de compra, transformação e vendas. Nas empresas comerciais, os níveis de estoques devem estar adequados às expectativas de vendas.
·         Estoques de segurança
São estoques de materiais e produtos definidos como importantes para o processo produtivo, que são mantidos para superar os imprevistos que podem acontecer nos processos de fornecimento, produção e vendas. O motivo maior do provisionamento de estoques de segurança está na continuidade do fornecimento aos clientes.
·         Estoques especulativos
Estoques mantidos para se beneficiar ou reduzir os efeitos negativos de variações de preços no mercado. Havendo perspectivas de aumentos de preços, as empresas tendem a aumentar o volume de estoques para evitar que os aumentos de preços venham onerar os custos de produção. A decisão de manter estoques especulativos deve ser momentânea econsiderar a relação de custo-benefício.
 
Custos dos Estoques
As políticas de administração de estoques devem estar focadas na determinação do nível ideal de estoques de cada produto ou grupo de produtos. O nível ideal é estabelecido em relação à flexibilidade operacional proporcionada pela manutenção dos estoques.Quanto maior for o volume de estoque, maior será a flexibilidade da empresa e vice-versa. As vantagens dessa flexibilidade devem ser comparadas com os custos de manutenção dos estoques.Os custos vinculados aos estoques estão classificados em três diferentes categorias: custos de manter, comprar ou repor e de faltar estoque.
 
Custo de Manter
Para manter estoques, as empresas devem considerar os seguintes custos que estão diretamente ligados à sua manutenção:
ü Investimento aplicado
ü Armazenagem
ü Transferência
ü Impostos
ü Seguros
ü Perdas
ü Controle
ü Desuso/obsolescência.
Também podem ser chamados de custos de estocar, custos de carregar o estoque, ou ainda, custo de carregamento. Em inglês “carrying costs”
 
Fórmulas:
Estoque encomendado
Ue = Q
         N
Estoque médio
Uem = UE
               2
Valor Estoque Médio = Uem x p
 
Onde:
Ue = Estoque encomemdado
Q = quantidade de um produto em um ano, sem sazonalidade.
N = compra de lotes uniformes ao longo do ano.
Uem = Estoque médio
p = Custo unitário de aquisição ou de fabricação
Custos de Comprar
Para comprar ou repor estoques devem ser considerados custos vinculados à compra ou reposição dos produtos em estoque. Esses custos são importantes, pois muitos deles ocorrem sempre que houver nona compra ou reposição, e esse fato deve influenciar a definição dos níveis de estoques. Os principais custos de comprar ou repor estão relacionados com:
·         Pesquisa de preços
·         Comunicações (correio, telefone, fax, internet, plataforma de comunicação de dados)
·         Negociação com fornecedores de bens e serviços
·         Emissão das ordens de compra
·         Recepção e conferência dos produtos comprados
·         Devoluções ocasionais
Esse custo tende a ser fixo por pedido ou encomenda, independente do tamanho. Isso se deve ao fato de a empresa dispor de estrutura administrativa de compras, cujos custos operacionais devem ser diluídos pelo total de pedidos realizados.
 
Fórmulas para o Custo de Comprar:
CC = N x Cce
 
Onde:
CC = custo de comprar
N = número de encomendas
Cce = custos de comprar por encomenda
 
O custo total do estoque considera o somatório do custo de manter o estoque mais o custo de comprar:
CT = CM + CC
Onde:
CM = CM% x p x Uem
CC = N x Cce
Onde:
Ue = Q
         N
Ue x N = Q
N = Q
       Ue
Como:
Uem = Ue
             2
Ue = 2 x Uem
Então:
CC =  Q_   x Cce
      2xUem
Dessa forma, o Custo total de estoque seria:
CT = CM% x p x Uem + __Q___ x Cce
                                           2 x Uem
Onde: Uem = Ue
                        2
            Ue = 2 x Uem
 
CT = CM% x p x Ue  + Q_   x Cce
                               2      Ue
Custos de Faltar
A falta de estoque pode trazer consequências negativas sérias para a empresa, como:
·         Atraso na produção/entrega do produto ao cliente: quando todo o pedido do cliente não pode ser atendido.
·         Custo da compra eventual, fora de programação e com reduzido poder de negociação.
·         Custos de reemissão de faturamento, embalagem e despacho de mercadorias: quando parte do pedido é atendido e os produtos em falta seguem posteriormente.
·         Custo da venda perdida: quando o cliente vai comprar o produto no concorrente.
·         Custo do cliente perdido; quando o cliente vai comprar o produto no concorrente e troca de fornecedor.
Além dos custos, para se estabelecerem os volumes de estoques, são levados ainda em consideração os seguinte fatores:
Ø Velocidade da reposição
O tempo necessário para a reposição do estoque consumido é fator relevante para a determinação do nível ideal de estoques. Produtos sazonais, de safra, por exemplo precisam ter níveis ideais maiores por ocasião da colheita. Produtos cuja reposição é imediata têm níveis ideais menores.
As estratégias desenvolvidas na gestão de estoques atingem resultados que chegam a zerar os estoques mínimos, levando o fornecedor a colocar o seu próprio almoxarifado ao lado da linha de produção, saindo daí diretamente para o produto em processo. Dessa forma a empresa reduz a zero o estoque de componentes. A indústria automobilística utiliza inteligentemente essa estratégia.
Ø Duração do ciclo de produção
A duração do ciclo de produção influi também na decisão do volume de estoques. Produtos que têm longos ciclos de produção tendem a exigir maiores investimentos em estoques.
Reduzir os ciclos de produção faz parte de estudos permanentes dos responsáveis pela administração de estoques.
Ø Hábitos de compra dos clientes
Produtos customizados, que são produzidos dentro de especificações definidas pelo cliente, requerem maiores volumes de estoques de partes e componentes do produto final, justamente para atender com rapidez às expectativas do cliente.
Maiores volumes de estoques resultam em maiores aplicações de recursos financeiros em estoques.
Ø Durabilidade dos produtos estocados
Outro fator que influencia os níveis de estoques é o tempo de vida do produto. Produtos perecíveis têm vida curta e requerem ambientes especiais para sua preservação, resultando maiores custos de estocagem.
 
Gestão dos Estoques
Várias áreas organizacionais da empresa têm vinculação com a administração de estoques. Cada área, em princípio, está voltada para um diferente tipo de estoque e, consequentemente, com atenção concentrada no tipo de estoque de sua responsabilidade, podendo, daí, surgirem conflitos funcionais de interesses. Dessa forma, é necessário que a empresa tenha políticas de administração de estoques bem definidas e claras e que tenham sido debatidas entre todas as áreas funcionais, antes de serem implantadas.
A área de compras tem sua atenção focada na aquisição de matérias-primas, insumos e componentes nas empresas industriais e nas empresas comerciais em mercadorias.
A área de produção, ao utilizar as partes dos produtos em fabricação, tende a desejar grandes volumes de estoque de matérias-primas, insumos e componentes para atender bem suas atividades. Quanto maior for o ciclo de produção, maiores serão os volumes de estoques.
A ênfase da área de marketing é maior em produtos acabados e seus gestores têm grande interesse em manter estoques suficientes para que as vendas não sejam prejudicadas por falta de estoques.
Já a área de finanças tende a demandar esforços com o objetivo de minimizar todos os tipos de estoques, partindo do pressuposto de que os estoques requerem recursos financeiros.
A administração de estoques requer o conhecimento de dois conceitos básicos:
Tempo de trânsito (transit time) é o tempo entre disponibilizar o produto para o transporte, já embalado e faturado e a entrega ao cliente.
Tempo de ciclo (lead time) é o tempo transcorrido entre o cliente colocar o pedido, o produto ser produzido ou separado no armazém, embalado, faturado e disponibilizado para a coleta. No caso de vendas CIF, com a entrega incluída, considera-se também o tempo de trânsito.
Quanto menor o tempo de trânsito e o tempo de ciclo de pedido, menores os estoques.
 
Gestão de Compras
Empresas compradoras e fornecedoras devem se tornar verdadeiros parceiros em suas atividades, dado que o relacionamento, quando é transparente, tende a se estabelecer por longos períodos. Essa interação origina o que se tem chamado de gerenciamento da cadeia de abastecimento ou supply chain management.
Não são muitos os fornecedores que conseguem ver as vantagens de relacionamento duradouros, que somente se solidificam se forem bons, tanto para quem vende como para quem compra. Se a empresa está inserida em estrutura de mercado concorrencial e fornece para monopólios ou oligopólios, a cadeia de abastecimento tende a ser gerenciadapelo principal comprador.
As empresas devem definir políticas simples para seus procedimentos de compras, que tragam resultados eficazes como, por exemplo, manter o cadastro atualizado de fornecedores de bens e serviços, manter o histórico do relacionamento com os fornecedores no qual constarão os preços e condições de negociação, além do registro de ocorrências técnicas e comerciais, como recusa de produtos, procedimentos irregulares em cobrança, etc. As políticas devem ainda definir os procedimentos relacionados à consulta a número mínimo de fornecedores a partir de determinados valores de compras, bem como a disposição da empresa em aceitar ou não testes de novos produtos lançados no mercado.
O processo de compra é formal, ou seja, deve estar embasado em documentação que dê suporte às decisões. Dessa documentação não se deve prescindir das propostas de fornecimento de materiais e/ou serviços.
A pesquisa de novos fornecedores e de novos produtos também é atividade que a área de compras deve desenvolver em conjunto com a área de produção.
Os procedimentos da área de compras interagem permanentemente com a área financeira, recebendo desta as orientações referentes s formas de negociação de volumes de compras, prazos para pagamentos e descontos por antecipação de pagamentos. Há momentos em que o fluxo de caixa da empresa é superavitário devendo-se, consequentemente, negociar bons descontos para pagamentos a vista. Da mesma forma, podem existir momentos em que o fluxo de caixa da empresa está comprometido e a orientação deve ser para se conseguir bons prazos de pagamento e menores volumes de compras.
Dada a grande dinâmica das atividades empresariais, as mudanças de se negociarem bons descontos ou bons prazos podem acontecer muito frequentemente, o que confirma a necessidade de entrosamento permanente das duas áreas.
As negociações com fornecedores, em termos de prazos, devem considerar as políticas de comercialização da empresa. Deve-se procurar sempre adquirir os bens em prazos que sejam, pelo menos, iguais aos oferecidos aos clientes. Assim, se a empresa vende a prazo, deve procurar comprar a prazo, de forma que seu período médio de recebimento seja menor ou igual ao período médio de pagamento.
A área de compras deve também estar preparada para atender às exigências burocráticas e creditícias de fornecedores novos, tendo à mão toda a documentação legal e financeira que normalmente é exigida quando se iniciam transações comerciais entre empresas.
 
Controles de Estoques
O controle físico do estoque é objeto de administração de materiais, ou mais modernamente, objeto do gerenciamento de processos logísticos. Do ponto de vista econômico-financeiro, os controles visam verificar se os valores registrados estão corretamente avaliados, porque compõem a estrutura de custos da empresa.
A codificação de itens em estoque, sua localização no armazém ou centro de distribuição, os procedimentos de entrada e saída fazem parte da operacionalização das políticas de estoque da empresa e devem estar estabelecidos de maneira formal.
 
Técnicas de Administração de Estoques
A relevância das aplicações financeiras em estoques motivou o surgimento de várias técnicas utilizadas para minimizar os níveis de estoques, indicando quando devem ser feitas novas encomendas, sem prejuízo das atividades operacionais da empresa.
Alguns métodos e sistemas:
 
Método da Faixa Vermelha
Método simples de controle em que as unidades de determinado produto em estoque são colocadas numa caixa tendo uma faixa vermelha indicando o nível em que deve ser feita nova encomenda.
É feita nova encomenda quando a faixa vermelha aparecer na caixa. A altura da faixa ´determinada levando em conta o prazo de reposição definido pelo fornecedor.
 
Método das Duas Caixas ou gavetas
É também um método bastante simples de controle. As unidades de determinado produto estocado são alojadas em duas caixas ou gavetas, colocadas lado a lado. Sempre que uma das caixas ou gavetas ficar vazia é momento para se fazer nova encomenda.
 
Sistema ABC
Esse método baseia-se na Lei de Pareto, a qual afirma, baseada na lei dos grandes números, que em amplo universo de itens, de 20% a 30% deles, detém 70% a 80% da representatividade do conjunto.
No gerenciamento de produtos em estoque, divide-se o total dos itens em três grupos por ordem decrescente de importância quanto ao valor dos investimentos feitos em cada grupo: A, B e C.
Normalmente, são classificados como: A – menor número de produtos que requerem maior volume de investimentos; são também os que demandam maior atenção exigindo acompanhamento permanente dos níveis de estoque. Cada empresa estabelece as relações de investimentos e quantidades para a separação dos grupos de produtos. Como regra geral, o grupo A representa produtos que têm valor equivalente a 70% do total de investimento em estoques e 10% do total de itens dos estoques.
Os produtos do grupo B vêm em seguida, em termos de investimento, e são controlados por meio de contagens frequentes. Tanto no grupo A quanto no B a quantidade de itens de produtos é relativamente pequena, sendo menor no grupo A; são poucos bens, ,as que têm grande representatividade em termos de investimentos. Os produtos do Grupo B, no geral, compõem 20% do total de investimentos em estoques e 20% do total de itens.
No grupo C há grande quantidade e variedade de itens de produtos e menores investimentos totais. O controle é feito de forma mais simplificada. Representam cerca de 10% do total de investimento em estoques e 70% do total de itens dos estoques.
No Quadro 4 a distribuição dentro dos grupos fica mais clara.
 
Quadro 4: Grupos de Estoques
	
 
	
 
	GRUPOS
	VALOR
	ITENS
	A
	70%
	10%
	B
	20%
	20%
	C
	10%
	70%
 
Fonte: LEMES (2010:pág: 422)
 
Método do Lote Econômico de Compra
Este método, também chamado LEC, está mais voltado para os produtos dos grupos A e B do Sistema ABC. Considera os custos operacionais e financeiros e determina a quantidade do produto a ser comprada para minimizar os custos totais de estocagem, procurando estabelecer a quantidade ótima de compra.
 
Método do ponto de reencomenda
O Método do Ponto de Reencomenda indica em que nível de estoque deve ser feita nova encomenda. Por esse método se considera o tempo do ciclo de pedido. O cálculo é feito multiplicando-se a quantidade diária de consumo pelo tempo de reposição do produto.
 
Sistema MRP – Materials Requirement Planning
O Sistema MRP usa os resultados do método do lote econômico de compra (LEC) a através das facilidades da informática realiza comparações das necessidades de matérias-primas usadas no processo de produção, incluindo os saldos disponíveis em estoque, para determinar quando as encomendas deverão ser efetuadas para cada item das partes que compõem o produto.
 
Sistema MRP II – Manufacturing Resources Planning II
O Sistema MRP II também utiliza as facilidades da informática para cumprir os prazos de entrega da empresa, mantendo níveis mínimos de estoques.
 
Sistema Just-in-time (JIT)
O sistema baseia-se na eliminação dos estoques sincronizando o momento da chegada das partes, que irão compor o produto, com o momento de sua utilização no produto final.
O objetivo principal do Sistema JIT é minimizar o investimento em estoques, evitando a sua passagem, por algum tempo, pelos almoxarifados da empresa, reduzindo a quase zero a idade média do estoque.
O kanban, palavra japonesa que significa cartão, e componente do sistema JIT, tem a função de programar e controlar a produção, na fábrica, através de encomenda internas de peças e componentes utilizados no processo produtivo. As encomendas são repetidas todas as vezes que as peças ou os componentes controlados são consumidos na produção.
Assaf Neto (2008) enumera algumas exigências que as empresas devem observar para a utilização do Sistema JIT:
·         Redução do número de defeitos
·         Redução do tempo que não agrega valor
·         Redução na quantidadecomprada dos fornecedores
·         Redução no número de fornecedores
·         Redução da movimentação do estoque
·         Redução da complexidade do processo produtivo
Como se pode verificar, são necessárias grandes transformações na administração tradicional de estoques para a transição e efetivação do modelo just-in-time.
 
Administração Internacional de Estoques
A internacionalização dos processos produtivos e a abertura comercial no Brasil, a partir das duas últimas décadas, tornaram mais efetiva a participação de matérias-primas, componentes e produtos importados na gestão administrativa das empresas. Por outro lado, as exportações tiveram a sua pauta diversificada e hoje extrapolam a esfera das commodities, e envolvem outros produtos agroindustriais, automóveis, aviões, calçados e outros.
Comprar do exterior ou vender para empresas no exterior é muito mais complexo do que exercer as práticas comerciais no Brasil. As dificuldades começam com a diferença de idiomas e seguem-se as diferenças de sistemas de numeração de produtos e de medidas. Mesmo os produtos denominados commodities podem apresentar dificuldades no comércio internacional pelo entendimento errado de determinada informação.
Há também a burocracia própria do comércio internacional, assentada na regulamentação alfandegária de cada país. Os custos inerentes, como impostos, seguros, fretes, etc., também devem fazer parte dos estudos de viabilidade da negociação. O maior tempo de ciclo de pedido ou tempo de trânsito pelas longas distâncias que os produtos transacionados devem percorrer, ou por eventuais desvios de cargas, aumentam ainda mais a complexidade da administração internacional de estoques.
Do ponto de vista econômico-financeiro, a atenção do administrador se volta à elevação do custo de carregamento do estoque, tendo em vista o provável aumento da idade média dos estoques; ao aumento dos custos de comprar, em função da necessidade de se manter estrutura de comércio exterior ou contratar despachantes e principalmente às variações cambiais e a decorrente necessidade de contratar mecanismos de proteção, hedge.
6 - Mercado de Capitais, Leasing e Debêntures
Mercado de Capitais
Esse mercado abrange o conjunto de transações para transferência de recursos financeiros entre agentes poupadores e investidores, com prazo médio, longo ou indefinido, ou seja, é uma relação financeira constituída por instituições e contratos que permite que poupadores e empresas demandantes de capital de longo prazo realizem suas operações.
Desse modo, a existência de um mercado de capitais ativo sinaliza o nível de desenvolvimento da economia do país; porquanto pessoas, empresas e instituições passam a ter maiores oportunidades de investimento e as empresas, fontes permanentes de captação de recursos financeiros. A participação nesse mercado permite às organizações a obtenção de recursos a custo competitivo, uma vez que podem captar externamente por meio da emissão de ações ou títulos de dívida. Reduzindo, assim, a dependência dos financiamentos de longo prazo de recursos internos ou do endividamento (capital de terceiros).
Seu objetivo é canalizar as poupanças (recursos financeiros) da sociedade para o comércio, a indústria, outras atividades econômicas e para o próprio governo. Distingue-se do mercado monetário que movimenta recursos a curto prazo, embora tenham muitas instituições em comum.
Nos países capitalistas mais desenvolvidos os mercados de capitais são mais fortes e dinâmicos. A fraqueza desse mercado nos países em desenvolvimento dificulta a formação de poupança, sendo um sério obstáculo ao desenvolvimento, obrigando esses países a recorrerem ao mercado de capitais internacionais.
 
Mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que proporciona liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabiliza o processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valoressociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas.,
Os principais títulos negociados (título mobiliário) representam o capital social das empresas, tangibilizado em suas ações ou ainda empréstimos tomados pelas empresas, no mercado, representado por debêntures que são conversíveis em ações, bônus de subscrição e outros papéis comerciais. Esta constituição permite a circulação de capital e custeia o desenvolvimento econômico.
No mercado de capitais ainda podem ser negociados os direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e outros derivativos autorizados à negociação.
 
Tipos de mercados
 
Mercado de crédito
 
Os contratos são feitos de forma individualizadas entre as duas partes e as obrigaçãoes resultantes em geral não são transferíveis. Há intermediação financeira, no caso o banco comercial é o intermediador entre o tomador do empréstimo e o proprietário do recurso.
Podem ser divididos em:
curto prazo e longo prazo
 
Mercado de títulos
 
Os contratos são mais genéricos e padronizados de forma que podem ser transferíveis a terceiros, ou seja, tais contratos podem ser negociáveis em mercados secundários, ganhando liquidez. Não há intermediação financeira, o banco apenas promove o encontro entre investidores e tomadores com a cobrança de uma taxa de corretagem.
Divide-se em:
·                     Títulos de Propriedade (Ações)
·                     Títulos de Dívidas (Debentures)
 
Mercado primário e secundário
 
Mercado primário
 
Refere-se a colocação inicial de um título, é aqui que o emissor toma e obtém os recursos. Os lançamentos de ações novas no mercado, de forma ampla e não restrita à subscrição pelos atuais acionistas, chamam-se lançamentos públicos de ações. É um esquema de lançamento de uma emissão de ações para subscrição pública, no qual a empresa encarrega a um intermediário financeiro a colocação desses títulos no mercado.
Para colocação de ações no mercado primário, a empresa contrata os serviços de instituições especializadas, tais como: bancos de investimento, sociedades corretoras e sociedades distribuidoras, que formarão um pool de instituições financeiras para a realização de uma operação, que pode ser conceituada como sendo um contrato firmado entre a instituição financeira líder do lançamento de ações e a sociedade anônima, que deseja abrir o capital.
 
Mercado secundário
 
Onde ocorre a negociação contínua dos papéis emitidos no passado EX: BM&FBOVESPA. Para operar no mercado secundário, é necessário que o investidor se dirija a uma Sociedade corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação na seleção do investimento, de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador.
Se pretender adquirir ações de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do lançamento das ações pretendidas.
 
Principais papéis negociados no sistema financeiro
 
Títulos públicos
 
Podem ser emitidos pelos governos, Federal, Estadual e Municipal
O objetivo desses papéis reside em:
- Consecução de política monetária
- Financiar o déficit público
 
Ações
 
Representam uma fração do capital social de uma S/A, de modo geral podem ser:
- Ordinárias: Característica principal, O DIREITO A VOTO
- Preferenciais: Característica principal: NÃO TEM DIREITO A VOTO, e tem preferência no recebimento de dividendos. Tem a preferência no reembolso de capital em caso de liquidação da empresa
Dividendos: pagamento de parte dos lucros, em dinheiro, aos acionistas na proporção da quantidade de ações detida, ao fim de cada exercício social. No Brasil, pela Lei das Sociedades Anônimas, a empresa deve distribuir, no mínimo, 25% do lucro líquido do exercício como dividendo.
 
Debêntures
 
As debêntures são tpitulos nominativos e negociáveis que representam uma parcela do empréstimo total efetuado pela emissora, em geral, para financiamento de projetosde investimento ou alongamento do perfil do passivo, sndo assim de médio ou longo prazo.
A obtenção de recursos de médio e longo prazo por sociedades anônimas pode ser realizada também através da emissão de debêntures. Esses títulos são títulos de dívida corporativa; portanto, conferem ao seu detentor, o debenturista, um direito de crédito contra a empresa emissora da debênture.
As características do título, como juros, prêmio e rendimentos, são definidas na escritura de sua emissão. As debêntures podem ser nominativas ou escriturais, sendo que as ao portador foram extintas pela Lei nº 9.457/1997.
·         Debêntures nominativas são aquelas que possuem certificado (documento físico) no qual é definido o nome do titular da debênture. Em caso de transferência de titularidade, esta deverá ser registrada em livro destinado a esse fim, mantido pela companhia emissora, até a substituição do certificado, e deverá ser feito no antigo certificado um endosso em preto, ou seja, deve ser indicado no título o nome do novo beneficiário.
·         Debêntures escriturais são aquelas que não possuem certificado (documento fisico), mas também estão em nome de seus titulares e são mantidas em conta depósito em instituição financeira depositária definida pela companhia emissora.
As debêntures podem ser classificadas em:
1.    Debêntures simples: podem ser resgatadas somente em moeda nacional, ou seja, não são títulos conversíveis em ações.
2.    Debêntures conversíveis em ações: são resgatadas em moeda nacional, podendo também ser convertidas em ações de emissão da companhia nas condições determinadas em sua escritura de emissão.
3.    Debêntures pemutáveis: pdem ser transformadas em ações de emissão de companhia diferente da emissora, ou ainda, outros bens como títulos de crédito.
4.    As debêntures conversíveis em ações possuem a peculiaridade de conceder ao título de dívida de renda fixa a possibilidade de tornar-se um investimento de renda variável após sua conversão em ações, e as debêntures permutáveis, na maioria das vezes, têm como objeto de troca ações de uma companhia pertencente ao mesmo conglomerado que a empresa emissora.
As condições para a conversão de uma debênture são definidas na cláusura de conversibilidade. Essas condições determinam as bases da conversão, ou seja, o número de ações equivalentes ou a relação entre o valor nominal do título e o preço das ações e o período em que o direito de conversão pode ser exercido.
As debêntures podem ser de diferentes espécies dependendo do tipo de garantia dada à emissão:
1.    Debênture com garantia real: o título é garantido por bens móveis ou imóveis dados por hipoteca, penhor ou anticrese, isto é, respectivamente, por bens imóveis, bens móveis ou direitos sobre frutos e rendimentos de bens imóveis. Os bens podem ser fornecidos pela companhia emissora, por empresas pertencentes ao memso conglomerado da emissora ou por terceiros.
2.    Debênture com garantia flutuante: título com garantia baseada no privilégio sobre o ativo da empresa. Essa espécie possui preferência de pagamento em relação a debêntures ou outros créditos especiais ou com garantias reais, que tenham sido firmadas antes de sua emissão. A garantia flutuante não impede que a empresa emissora negocie os bens que compôem seu ativo.
3.    Debênture quirografária: título que não possui nenhuma das duas garantias anteriores, logo, em caso de falência, passará a compor o grupo formado pelos demais credores não privilegiados ou sem preferência (quirografários) da empresa emissora.
4.    Debênture subordinada: título sem garantia e que, em caso de falência, estará à frente apenas dos acionistas no direito sobre o ativo remanescente da companhia emissora.
5.    O volume de emissão da debênture dependerá de sua espécie. Assim, debêntures com garantia real podem ser emitidas, quando o valor de emissão for superior ao do capital social em até 80% do valor dos bens gravados da empresa. Debêntures com garantia flutuante, nas mesmas condições das anteriores, têm o valor de sua emissão a 70% do valor contábil do ativo da companhia emissora (descontado o valor de outras dívidas garantidas por direitos reais). Debêntures quirografárias podem ser emitidas até o valor do capital social da empresa, e debêntures subordinadas não apresentam limites máximos para sua emissão.
As debêntures podem apresentar ainda outras garantias adicionais que deverão ser citadas em sua escritura de emissão. Esses títulos podem ser remunerados através de juros fixos ou variáveis, participação e/ou prêmios, além de poderem conter cláusuras de atualização monetária.
Os prêmios podem ser definidos em função da variação de receitas e lucros da companhia emissora. Os vencimentos desses títulos usualmente são determinados; no entanto, podem ser emitidas debêntures de prazo não determinado.
Caso tenha sido previsto em sua escritura de emissão, as debêntures permitem que as companhias emissoras realizem amortizações e resgates antecipados. As amorizações referem-se à redução do valor nominal de todos os títulos em circulação daquela série em que foi efetuada a amortização. Já o resgaete, que pode ser total ou parcial, compreende a retirada de circulação de unidades de debêntures daquela série para posterior cancelamento dos títulos retirados. Essas operações podem ser extraordinárias, quando não foi prevista na escritura a data e os critérios para a operação, ou programadas, quando foi determinada na escritura a época e os critérios da amortização ou do resgate. Esses crite´rios relacionam-se ao percentual a ser amortizado, quantidade a ser resgatada e fórmulas para realização desses cálculos.
Uma emissão de debêntures pode ser realizada em séries, com o mesmo vencimento ou não, permitindo adequar a entrada de recursos às necessidades da companhia, como também das condições de demanda do mercado. A emissão de debêntures, quando relativa à operação de lançamento de novos títulos, é definida como emissão primária, que poderá ser pública ou privada. As emissões públicas exigem o registro de distribuição na Comissãi de Valores Mobiliários e só pode ser realizada por companhias abertas, sendo títulos que podem ser negociados no mercado secundário de debêntures. A emissão privada é aquela direcionada a um grupo limitado de compradores, que geralmente são os próprios acionistas da emissora ou investidores predeterminados, e devido à sua forma de colocação, não podem ser negociadas em mercado secundários.
 
Renda
 
A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida ao título. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o certificado de depósito bancário.
A renda variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo título.
 
Prazo
 
Há títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, isto é, não têm data definida para resgate ou vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita a qualquer momento. Já os títulos de prazo fixo apresentam data estipulada para vencimento ou resgate, quando seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplicação, acrescido da respectiva remuneração.
 
 
Emissão
 
Os títulos podem ser particulares ou públicos. Particulares, quando lançados por sociedades anônimas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou pelo Banco Central do Brasil, respectivamente; público, se emitidos pelo governo federal, estadual ou municipal. De forma geral, estadual ou municipal. De forma geral, as emissões de entidades públicas têm o objetivo de propiciar a cobertura de déficits orçamentários, o financiamento de investimentos públicos e a execução da política monetária.
 
Leasing
 
Leasing ou arrendamento mercantil é uma operação em que o cliente pode fazer uso de um bem sem necessariamente tê-lo comprado. O bem, neste caso, deve ser entendido em seu sentido mais amplo: imóveis, automóveis, máquinas, equipamentos, enfim, qualquer produto cuja utilizaçãoseja capaz de gerar rendas e seja para uso próprio do arrendatário (cliente). Ao final do contrato, o cliente pode adquirir definitivamente o bem arrendado mediante o pagamento de um valor residual, definido no contrato.
As empresas vendedoras de bens costumam apresentar o leasing como mais uma forma de financiamento, mas o contrato deve ser lido com atenção, pois trata-se de operação com características próprias.
O leasing, também denominado arrendamento mercantil, é uma operação em que o proprietário (arrendador, empresa de arrendamento mercantil) de um bem móvel ou imóvel cede a terceiro (arrendatário, cliente, "comprador") o uso desse bem por prazo determinado, recebendo em troca uma contraprestação.
Esta operação se assemelha, no sentido financeiro, a um financiamento que utilize o bem como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de "aluguéis" (prestações) periódicos, acrescidos do valor residual garantido e do valor devido pela opção de compra.
Ao final do contrato de arrendamento, o arrendatário tem as seguintes opções:
- comprar o bem por valor previamente contratado;
- renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual;
- devolver o bem ao arrendador.
 
Existe limitação de prazo no contrato de leasing?
 
Sim. O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos para bens com vida útil de até cinco anos e de três anos para os demais.
Por exemplo: para veículos, o prazo mínimo é de 24 meses e para outros equipamentos e imóveis, o prazo mínimo é de 36 meses (bens com vida útil superior a cinco anos). Existe, também, modalidade de operação, denominada leasing operacional, em que o prazo mínimo é de 90 dias.
 
É possível quitar o contrato de leasing antes do encerramento do prazo?
 
O contrato de leasing tem prazo mínimo definido pelo Banco Central. Em face disso, não é possível a "quitação" da operação antes desse prazo. O direito à opção pela compra do bem só é adquirido ao final do prazo de arrendamento.
Por isso, não é aplicável ao contrato de arrendamento mercantil a faculdade de o cliente quitar e adquirir o bem antecipadamente. No entanto, é admitida, desde que esteja previsto no contrato, a transferência dos direitos e obrigações a terceiros, mediante acordo com a empresa arrendadora.
 
Pessoa física pode contratar uma operação de leasing?
Sim. As pessoas físicas e empresas podem contratar leasing.
 
Incide IOF no arrendamento mercantil?
 
Não. O IOF não incide nas operações de leasing. O imposto que será pago no contrato é o ISS, Imposto Sobre Serviços.
 
Ficam a cargo de quem as despesas adicionais?
 
Despesas tais como seguro, manutenção, registro de contrato, ISS (imposto sobre serviços) e demais encargos que incidam sobre os bens arrendados são de responsabilidade do arrendatário ou do arrendador, dependendo do que for pactutado no contrato de arrendamento.
 
O que é valor residual?
 
É o valor a pagar no final do contrato, caso o cliente deseje adquirir o bem definitivamente. A quantia a ser paga é definida entre as partes no início do contrato.
 
Há limite para o valor residual?
 
Não, o limite deve ser definido entre as partes.
De que forma posso pagar o valor residual?
O cliente é quem decide como pagar o valor residual previsto no início do contrato, que pode ser diluído nas prestações (ou contraprestações), ou então quitar o saldo no final. É necessário destacar que nas operações de leasing o produto fica em nome da financeira até o final do contrato. Portanto, o cliente não poderá devolver o bem nem vendê-lo, sob pena de ser acionado judicialmente por quebra de contrato.
a) No LEASING financeiro, as contraprestações devem ser suficientes a que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado e ainda obtenha um retorno, ou seja um lucro sobre os recursos investidos.
b) LEASING operacional, as contraprestações destinam-se basicamente a cobrir o custo de arrendamento do bem e ainda dos serviços prestados pela arrendadora com a manutenção e assistência técnica postos à disposição da arrendatária, previsto ainda que o preço para a opção de compra será sempre o do "valor de mercado do bem arrendado".
7 – Risco, Retorno e Hedge
 
Retorno
 
Na maior parte dos investimentos, um indivíduo ou uma empresa gasta o dinheiro hoje com a expectativa de ganhar mais dinheiro ainda no futuro. O conceito de retorno oferece aos investidores uma forma conveniente de expressar o desempenho financeiro de um investimento durante um determinado período de tempo.
Retorno são receitas esperadas ou fluxo de caixa previsto de qualquer investimento e oferece aos investidores uma forma conveniente de expressar o desempenho financeiro de um investimento. Podem ser retornos absolutos, percentuais e acumulados.
 
Retorno Absoluto
 
A maioria das empresas pagam dividendos aos acionistas durante o ano, portanto, como titular de ações, você receberá algum dinheiro, ou dividendo. Esse dinheiro é o componente de rendimento de seu retorno. Além dos dividendos, a outra parte de sua taxa de retorno é o ganho de capital, ou no caso negativo, a perda de capital (ganho negativo de capital) do investimento.
Então, o Retorno Total de seu investimento é a soma do rendimento em dinheiro com o ganho ou perda de capital no investimento.
 
Retorno Total = Ganho de Dividendo + Ganho (ou Perda) de Capital
Retorno Total = Div (t+1) x nº de ações + [P(t+1) – P(t)] x nº de ações
Ganho de Dividendo = Div (t+1) x nº de ações
Ganho (perda) de Capital = [P(t+1) – P(t)] x nº de ações
Div (t+1) = Pagamento do dividendo das ações no período (t+1).
P(t+1) = Preço de mercado das ações no período (t+1)
P(t) = Preço de mercado das ações no período (t)
Nº de ações = quantidade de ações adquiridas pelo investidor.
 
Note que, se você vendesse a ação no final do ano, o volume total de dinheiro seria igual ao investimento inicial mais o retorno total.
 
Retorno Absoluto Total= Investimento Inicial + Retorno total
Retorno Absoluto Total= II + Retorno Total ou
Retorno Absoluto Total= II +Div (t+1) x nº de ações + [P(t+1) – P(t)] x nº de ações
 
II = Investimento Inicial
II = P(t) x Nº de ações
 
Div (t+1) = Pagamento do dividendo das ações no período (t+1).
P(t+1) = Preço de mercado das ações no período (t+1)
P(t) = Preço de mercado das ações no período (t)
Nº de ações = quantidade de ações adquiridas pelo investidor.
Como lidar com Risco e Retorno
 
O binômio risco-retorno faz parte da rotina de quem investe em bolsas de valores, em proporções previsíveis: quanto maior o risco, maior o retorno provável. Os grandes riscos estão implícitos nos grandes retornos e vice-versa. Isso não quer dizer que se vá ganhar muito dinheiro; quer dizer que se poderá ganhar. Se o retorno fosse certo, não haveria risco. Nem aplicação em bolsa. Pois, aquele que não almeja bons lucros deve colocar o dinheiro em caderneta de poupança e conformar-se com o retorno medíocre (em torno de 1% ao mês) ou deixar o dinheiro embaixo do colchão.
A vontade, ou coragem, de aplicar muito dinheiro, correr altos riscos na expectativa de polpudos ganhos define o perfil psicológico de uma pessoa que é dividido em duas categorias os investidores: fóbico, aquele que tem pavor de assumir qualquer risco; e arrojado, o outro. O primeiro é o investidor em caderneta de poupança. Naturalmente tal perfil só faz sentido quando o problema não é a falta de dinheiro para investir.
A aplicação em bolsa tem que ser administrada com racionalidade, a partir de uma fronteira eficiente de ativo onde o primeiro passo é administrar os riscos.
Cada instituição financeira, quando monta uma carteira, estabelece o tamanho máximo de seu prejuízo e o investidor deve consultar um especialista em bolsa para investir bem. Terá, nesse caso, orientação sobre como diversificar seus investimentos, partindo de análise que produza resultado ótimo com risco mínimo. Poderá, ao contrário, agir por conta própria e não se sair muito bem. É o mesmo que se automedicar. Pode dar certo ou não. O investidorquer menor risco e maior retorno, o que se pode conseguir através da análise da fronteira eficiente, para detectar qual é, dentre todas, a carteira que oferece as melhores condições de risco e retorno. Na fronteira eficiente também está a carteira viável (possível), caracterizada por um risco e um retorno quaisquer.
 
Queda Contaminante
 
As bolsas caem e contaminam tudo. Quando uma bolsa cai, tira-se dinheiro de outra, que ainda não caiu, para tentar realizar o lucro. Por exemplo, a bolsa caiu em Hong Kong e nós caímos também porque há grandes fundos que investem na China e aqui. No momento em que partes dos ativos que estão na China caíram, esses fundos precisaram vender outros ativos líquidos que estão bem valorizados para cobrir o rombo. Para resolver a crise, a primeira medida do governo brasileiro foi aumentar as taxas de juros e possibilitar que grande parte do capital ficasse aqui mesmo para aproveitar esse aumento. O aumento das taxas de juros deve ser algo transitório.
É preciso zerar o déficit do governo e elaborar um sistema fiscal que permita ao setor produtivo crescer. Ou se faz isso ou nos preparamos para o pior. Sem reformas, para dar sustentação ao Plano Real, a política econômica corre o risco de derrapar.
É preciso olhar a queda das bolsas de valores, em todo o mundo, como um processo de globalização em andamento e, também, como um termômetro. As pessoas responsabilizam as bolsas por perdas que não são provocadas por elas. Se comparadas a um automóvel, as bolsas seriam o velocímetro, enquanto os desacertos na economia deveriam ser creditados ao motor do veículo que, nesse caso, representa o setor produtivo.
Numa economia típica, apenas 5% da riqueza são aplicados em bolsas. O restante é investimento direto. Portanto, elas são o resultado do desempenho do setor produtivo.
O povo brasileiro demorou dez anos para sair da última crise e chegou a uma bifurcação: podemos continuar rumo à modernidade, à integração das economias de mercado, buscando eficiência da nossa economia, ou podemos ir para o buraco de novo. Ou continuamos trabalhando e melhorando ou rolamos ladeira abaixo.
           
Carteira e Portfolio são sinônimas
 
Significam a divisão da riqueza da empresa em várias oportunidades de investimentos. Ativo é o papel negociado em bolsa. As aplicações se fazem através de corretoras de investimentos e os investidores podem ser individuais ou empresas, desde que tenham uma carteira, ou ativo.
O mercado agrícola brasileiro é extremamente promissor. Potencialmente, é um dos mais produtivos do mundo, embora sofra com a falta crônica de capital e com a interferência do governo através das políticas de preço mínimo e controles reguladores de estoques.
Seria bom que o governo saísse da micro gestão desses programas agrícolas e permitisse que tais riscos fossem regulados pelo próprio mercado. O sinal de quanto é saudável o mercado agrícola está em quão ativas são suas opções de futuro sobre commodities agrícolas. Entre os principais produtos comercializados pelas opções de futuro do mercado agrícola brasileiro, está boi gordo, soja, café, milho.
 
Risco
 
O termo risco, ou seja, a variabilidade ou dispersão em torno de um valor esperado, frequentemente é usada como sinônimo de incerteza, existindo, entretanto, entre eles grande diferença. Paulo Sandroni (1989, p. 276) define risco como “condição própria de um investidor; ante as possibilidades de perder ou ganhar dinheiro. Os juros ou o lucro são explicados como recompensas recebidas pelo investidor por assumir determinado risco de incerteza econômico, relativo a eventualidade como queda nas taxas de juros...”, definindo incerteza como “situação em que, partindo-se de determinado conjunto de ações, chega-se a vários resultados possíveis. Os resultados são conhecidos, mas não a probabilidade de eles ocorrerem. Caso as probabilidades sejam conhecidas, fala-se em risco”.
Toda vez que a incerteza associada à verificação de determinado evento possa ser quantificada por meio de uma distribuição de probabilidades dos diversos resultados previstos, diz-se que a decisão está sendo tomada sob uma situação de risco. Desse modo, o risco pode ser entendido pela capacidade de se mensurar o estado de incerteza de uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades de ocorrência de determinados resultados ou valores.
A ideia do risco está diretamente associada às probabilidades de ocorrência de determinados resultados em relação a um valor médio esperado. É um conceito voltado para o futuro, revelando uma possibilidade de perda.
O risco é representado pela medida estatística do desvio-padrão, ou variância, indicando-se o valor médio esperado e representativo do comportamento observado. Assim, ao se tomarem decisões de investimento com base num resultado médio esperado, o desvio-padrão passa a revelar o risco da operação, ou seja, a dispersão das variáveis (resultados) em relação à média.
 
Retorno Médio de Ações 
Retorno Médio
 
Para calcular a média aritmética dos retornos, somam-se todos os valores e divide pelo número total.
MÉDIA =R = (R1 + R2 + R3 + ......+ RT)
                                        T
Retorno Esperado
 
Esse é o retorno que um indivíduo espera de uma ação no próximo período. Evidentemente, como se trata apenas de uma expectativa, o retorno efetivo poderá ser mais alto ou mais baixo do que o esperado. O retorno esperado está vinculado aos fluxos incertos de caixa do investimento, e é determinado pela ponderação entre os valores financeiros esperados e suas respectivas probabilidades de ocorrências. Representa uma média dos vários resultados esperados ponderados pela probabilidade atribuída a cada um desses valores, sendo seu cálculo processado por meio da multiplicação das diversas estimativas pelas respectivas porcentagens (probabilidade de ocorrência).
 
                                                     n
Retorno Esperado = E(R) = R = ∑ (PK X RK)
                                                   K=1
Onde:
E(R) = R = RETORNO (VALOR) ESPERADO
PK = PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE CADA EVENTO
RK = VALOR DE CADA RESULTADO CONSIDERADO
Retornos Livres de Risco
 
O governo toma dinheiro emprestado emitindo títulos, chamadas de letras de tesouro, que são adquiridos pelo público investidor. Periodicamente, o governo faz leilão de letras. Tipicamente, uma letra é uma obrigação com cupom próximo a zero, cujo vencimento ocorre a um ano, ou menos.
Como o governo tem o poder de aumentar os impostos para pagar suas dívidas, por isso, estas dívidas são livres de risco de inadimplência. Portanto, a rentabilidade desses títulos é o retorno livre de risco a curto prazo.
Outro exemplo de retorno livre de risco é a caderneta de poupança que é garantido pelo governo.
 
Prêmio por Risco
 
É o excedente, ou seja, a diferença entre o retorno livre de risco das letras do tesouro com retorno muito arriscado de ações ordinárias.
 
PREMIO POR RISCO = (RETORNO MÉDIO DE AÇÕES DE MERCADO – RETORNO LIVRE DE RISCO MÉDIO)
Estatísticas de Risco
 
Não há uma definição universalmente aceita de risco. Uma maneira de pensar a respeito do risco de aplicações em ações ordinárias consiste em considerar a dispersão da distribuição de freqüências. A dispersão de uma distribuição de freqüências é uma medida de quanto uma taxa de retorno pode afastar-se do retorno médio. Se a distribuição tiver uma dispersão muito grande, os retornos possíveis serão muito incertos, ao contrário, se uma distribuição cujos retornos estiverem a poucos pontos percentuais uns do outros será bastante concentrada, e os retornos serão menos incertos. Essa quantificação, que denota o risco de investimento, pode ser efetuada mediante os cálculos de desvio-padrão e variância.
Tanto o desvio-padrão como a variância têm por objetivo medir estatisticamente a variabilidade (grau de dispersão) dos possíveis resultados em termos de média e de valor esperado. 
Hedge
 
Todo investidor que se preze tem medo do risco que uma operação possatrazer. Não importa o tipo ou o volume. O fato é que, mesmo sendo mínimo, há sempre um risco para quem investe. Por isso, é importante que o investidor saiba que há formas de se proteger e diminuir a possibilidade de ser pego de surpresa por algum revés da economia. Uma das operações mais usadas e mais eficientes para proteção de investimento é o hedge.
Numa tradução literal do inglês, “hedge” quer dizer “cerca”. Na prática, é uma forma de proteger uma aplicação contra as oscilações do mercado. “O hedge significa menos risco para a posição do investidor, seja ela qual for”, explica Antônio Gonçalves, economista e professor do Instituto Bennet, do Rio de Janeiro. Antônio ressalta que, apesar de ser muito usado em operações cambiais, o hedge é também muito comum na proteção de preço de commodities. “Principalmente as agrícolas, que têm fortes oscilações de preços”, diz.
Antônio afirma que o investidor que faz um hedge admite que está assumindo uma posição de risco e que pode não ganhar tudo aquilo que espera. “Mas, pelo menos, ele se protege e não perde tudo. Há operações tão arriscadas que o investidor pode até ser obrigado a colocar mais do que investiu”, alerta.
Os operadores e analistas do mercado, em geral as pessoas mais acostumadas com esse tipo de operação, costumam usar a expressão “hedgiar” ou “fazer um hedge”. Isso significa que estão montando estratégias de proteção para diminuir o risco. As operações de hedge devem constar no regulamento dos fundos de investimentos. Portanto, se o investidor observar qualquer menção a esse tipo de operação, deve saber que o gestor do fundo está fazendo operações muito arriscadas e que está tomando providências para reduzir os riscos dessas operações.
Em geral, as operações de hedge são realizadas na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Digamos que uma empresa tenha dívidas em dólar, e queira se prevenir de eventual alta da moeda norte-americana. Ela vai a BM&F e compra um contrato de dólar futuro, garantindo que, em determinada data, poderá comprar determinada quantia de dólares a determinada cotação. Se o dólar ultrapassar a cotação fixada, a empresa estará protegida, pois terá direito a comprar a moeda a um preço mais baixo. Operações como essa na BM&F, no entanto, têm um custo. Por isso, só são feitas por empresas ou bancos.
Em Finanças, uma estratégia de "hedging" consiste em realizar um determinado investimento com o objetivo específico de reduzir ou eliminar o risco de outro investimento ou transação.
Um exemplo é o caso de uma empresa que tem de pagar uma fatura em moeda estrangeira no prazo de 60 dias. Se comprar hoje, num mercado de futuros, um montante dessa moeda equivalente ao valor da fatura, consegue isolar-se do risco de ocorrerem alterações da taxa de câmbio que tornem a transação mais cara na sua moeda.
A estratégia de "hedging" pode ser concebida de forma a limitar apenas parcialmente o risco cambial ou, através da utilização de opções, dando ao investidor a hipótese de ganhar no caso de a flutuação ser a seu favor.
Uma das principais diferenças entre os fundos de hedge e os fundos mútuos é que os primeiros não são obrigados a divulgar publicamente o montante disponível em carteira. Portanto, é praticamente impossível saber em que momento constituiriam ameaça aos mercados e em que momento poderiam minimizá-la.
Muitos fundos de hedge trabalham com derivativos complexos, criados sob medida para sua clientela, os quais não são negociados com freqüência e se mantêm distantes das bolsas. Trata-se de um segmento obscuro não apenas para quem está de fora, já que nem mesmo os fundos sabem muito bem como avaliar os instrumentos à sua disposição.
Operações realizadas com o objetivo de obter proteção contra o risco de variações de taxas de juros, de paridade entre moedas e do preço de mercadorias.
Estratégia utilizada com o objetivo de reduzir o risco do portfólio. Indica neutralização de uma posição comprada/vendida em um ativo com uma posição vendida/comprada no mesmo ativo.
 
É o conjunto de medidas defensivas com objetivo de diminuição, ou até mesmo de eliminação de riscos de perda de recursos financeiros, em uma determinada posição, em razão de oscilações indesejadas de taxa, índices ou preços.
Existem alguns instrumentos para se efetuar um hedge:
 
	a)       
	Swap
	b)       
	Termo de Moedas
	c)       
	Swap a Termo
	d)       
	Opções
 
 
Destina-se a qualquer Empresa que tenha recebimentos descasados de seus pagamentos, tanto em prazo, moeda ou indexadores.
 
Swap
 
A palavra Swap significa troca.
Essa é uma operação que consiste na troca de resultados financeiros futuros, decorrentes da aplicação de taxas ou índices sobre os ativos ou passivos, respeitando uma fórmula preestabelecida, com concordância entre as partes.
 
	Vantagens:
Proteção dos ativos e passivos contra oscilações indesejadas de moeda ou indexador. Proporciona, ainda, vantagens em relação ao mercado futuro, pois aloca o fluxo financeiro perfeitamente ajustado ao prazo e aos valores da operação. Há flexibilidade de reversão quando acordado entre as partes, utilizando-se taxa de mercado.
 
 
Swap a Termo
 
Constituir hedge contra as oscilações nas taxas de juros e/ou câmbio, em datas futuras, sendo a referência para o início de correção dos indexadores contratados entre as partes.
 
Termos de Moedas
 
Constituir hedge para variações entre taxa em R$ (reais) pelas taxas de câmbio a termo em moedas estrangeiras, por exemplo US$ (dólar), acordado entre o Cliente e o Bradesco, sem a entrega física de moedas.
 
Opções
 
São contratos de compra ou venda entre as partes, que permitem a negociação de um direito ou de uma obrigação de adquirir futuramente um ativo objeto, mediante pagamento de prêmio.
 
 
Veja o exemplo de como fazer uma simples operação de hedge:
 
Mas há alguns tipos de hedge que o pequeno investidor pode fazer, sem precisar recorrer a BM&F. Suponhamos que uma família vá fazer uma viagem ao exterior e debite a maioria de suas despesas em cartão de crédito. Como qualquer gasto no exterior é calculado em dólar pela administradora, o valor das contas virão indexadas à variação da cotação dessa moeda.
Para se proteger de qualquer crise cambial, o investidor calcula em média quanto gastará em sua viagem e compra o mesmo valor em dólar ou simplesmente aplica o dinheiro num fundo cambial (atrelado ao dólar). Ao retornar da viagem, pode vender os dólares comprados e, com o equivalente em reais, pagar sua fatura. Assim, ele livra-se do risco de uma crise cambial, com desvalorização da moeda nacional, no nosso caso o Real.
Veja agora como o produtor agrícola faz para “hedgiar” sua safra:
 
Vamos dizer que um produtor de milho esteja planejando sua colheita para daqui a quatro meses. No entanto, ele não sabe a que preço vai estar o produto naquela época. Para evitar que perca muito, caso haja uma queda brusca de preço, ele compra uma opção de venda. Com isso, garante que vai vender o produto a determinado preço, em determinada data.
Essa opção de venda protege o produtor contra as fortes oscilação do preço do produto no mercado. Mas, caso o preço do milho ultrapasse o preço fixado na opção de venda, o produtor não é obrigado a exercer a operação. Isso é uma forma de hedge. 
8 - Indicadores de Desempenho e Diagnóstico Empresarial
 Um dos mais importantes instrumentos de análise é a construção de indicadores de desempenho e diagnóstico empresarial, de forma que se obtenha não somente os resultados finais do desempenho da empresa, mas, principalmente, as causas que determinaram as eventuais variações ocorridas. Procura-se melhor detalhamento e nível de compreensão das causas que influíram na evolução apresentadas nos indicadores.
Visando explicar melhor a construção e o uso desses indicadores, dentre várias disponíveis, utilizaremos na nossa análise a Análise das Demonstrações Financeiras e Medidas Estratégicas de Avaliação de Desempenho.
 
Análise das Demonstrações Financeiras
A análise das DemonstraçõesFinanceiras é instrumento utilizado por acionistas, credores efetivos e potenciais e administradores da empresa para conhecer, através de índices financeiros, grandezas comparáveis obtidas através de valores monetários absolutos, a posição e a evolução financeira da empresa.
Após a obtenção dos índices Financeiros, utilizando-se as Demonstrações Financeiras, principalmente o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício, os Índices são analisados por comparação com padrões históricos também chamados de temporais e setoriais, os quais recebem ainda as denominações de indústrias e de cross-sectional.
As análises através de padrões históricos, que fazem a comparação dos índices Financeiros por determinados períodos, podem envolver:
·         Análises históricas: que fazem a comparação da evolução dos índices de períodos anteriores com o período em análise.
·         Análises prospectivas: que comparam os resultados projetados em função de objetivos e hipóteses de trabalhos utilizados no processo de planejamento financeiro da empresa, com os resultados atuais e, até mesmo, anteriormente obtidos, indicando evoluções passíveis de serem aceitas ou não.
As análises utilizando os padrões setoriais envolvem a comparação dos Índices Financeiros da empresa com a média do seu setor de atividade, índices do SERASA, índices Sindicatos Patronais etc. A análise indica se a empresa apresenta resultados compatíveis com os obtidos pelas empresas que atuam no mesmo setor de atividade.
Além da comparação histórica e setorial, os índices financeiros permitem a realização de análises denominadas horizontal e vertical.
·         Análise Horizontal: compara, em períodos de tempos consecutivos, a evolução dos valores das contas que compõem as demonstrações financeiras em análise como, por exemplo, a evolução dos valores das contas a receber nos últimos cinco anos em valores constantes.
·         Análise Vertical: compara, em períodos de tempos consecutivos, a evolução da composição percentual dos principais conjuntos de contas das demonstrações financeiras em análise, como, por exemplo, os índices de liquidez.
Através da análise das demonstrações financeiras pode-se entender o fluxo dos recursos utilizados pela empresa, apontar as origens e aplicações mais importantes e destacar possíveis ineficiências gerenciais.
 
Os indicadores utilizados nas análises das Demonstrações Financeiras são:
a)      Índices de Liquidez
b)      Índices de Atividade ou Eficiência Operacional
c)      Índices de Endividamento
d)      Índices de Lucratividade ou Rentabilidade
 
a) Índice de Liquidez: medem a capacidade de a empresa saldar seus compromissos no curto prazo. Evidenciam a solvência geral da empresa.
 
1) Índice de Liquidez Corrente - ILC
ILC =   ativo circulante
                        Passivo circulante
Esse índice mostra a capacidade da empresa honrar seus compromissos de curto prazo com seus bens e direitos de curto prazo. Quanto maior esse índice, melhor para a empresa, pois maior é a capacidade da empresa honrar seus compromissos de curto de prazo.
 
2) Índice de Liquidez Seca - ILS
            ILS = ativo circulante - estoques
                             Passivo circulante
Esse índice mostra a capacidade da empresa honrar seus compromissos de curto prazo com seus bens e direitos de curto prazo tirando os estoques. Quanto maior esse índice, melhor para a empresa, pois maior é a capacidade da empresa honrar seus compromissos de curto de prazo tirando os estoques.
 
3) Índice de Liquidez Imediata - ILI
            ILI = Disponibilidades + aplicações temporárias
                                          Passivo circulante
Analise qual empresa apresenta melhor liquidez?
ILC =   ativo circulante
         Passivo circulante
 
ILS = ativo circulante - estoques
                Passivo circulante
 
ILI = Disponibilidades + aplicações temporárias
                        Passivo circulante
1) Giro do Ativo Operacional (GAOP)
Giro do Ativo Operacional (GAOP) =         Receita (Venda) Líquida
                                                              (Duplicatas a receber + Estoques)
Esse índice mostra o desempenho operacional da empresa. Quanto maior o índice, melhor é o desempenho da empresa.
2) Giro do Ativo Permanente (GAP)
Giro do Ativo Permanente (GAP) =   Receita (Venda) Líquida
                                                                 Ativo Permanente
Esse índice mostra a capacidade operacional da empresa. Quanto maior o índice, melhor é o desempenho da empresa.
3) Giro dos Estoques (GE)
Giro dos Estoques (GE) = Custos dos Produtos Vendidos (CPV)                
                                              Saldo Médio dos Estoques           
Esse índice mostra quantas vezes o estoque girou no período. Quanto maior o número de giro, melhor é o desempenho da empresa.
 
4) Giro das Contas a Receber (GCR)
Giro das Contas a Receber (GCR) = Receita Oper. Bruta – Devoluções e Abatimentos
                                                              Saldo Médio das Contas (Duplicatas) a Receber
Esse índice mostra quantas vezes Contas a Receber girou no período. Quanto maior o número de giro, melhor é o desempenho da empresa.
 
5) Giro de Contas a Pagar (GCP)
GCP = Compras de materiais (0,70 x CPV)
              Saldo médio de fornecedores
Esse índice mostra quantas vezes a empresa pagou seus fornecedores. Quanto menor o número de giro, melhor é o desempenho da empresa.
1) Índice de Endividamento Geral ( IEG) ou Índice de Participação de Terceiros (IPT)
IEG=IPT= Exigível Total   = Passivo Circulante + Passivo não Circulante
                     Ativo Total           Ativo Circulante + Ativo não Circulante       
Esse índice mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores. A proporção ideal seria em torno de 0,60. Isso dignifica que a empresa está utilizando 60% do capital de terceiros na sua atividade produtiva.
 
2) Índice do Passivo não Circulante sobre o Patrimônio Líquido (IEPL) => Índice do Exigível a Longo Prazo
IEPL = Passivo não Circulante  = Exigível a Longo Prazo
               Patrimônio Líquido          Patrimônio Líquido
Esse índice mede a proporção de capital de terceiros de longo prazo sobre o capital próprio.
 
3) Cobertura de Juros (CJ)
CJ = Lucro antes de Juros e Imposto de Renda
                           Juros do período
Esse índice mede a proporção de juros sobre o lucro líquido antes de juros e imposto de renda. Quanto maior a cobertura, melhor é o desempenho da empresa.
d) Índices de Lucratividade ou Rentabilidade: Medem o lucro e o retorno da empresa em relação a diversos itens do Balanço e da Demonstração de resultado do exercício. A lucratividade ou rentabilidade de uma empresa pode ser avaliada em relação a suas vendas, ativos, patrimônio líquido e ao valor da ação.
 
1) Margem Bruta (MB)
Margem Bruta (MB) =   ____Lucro Bruto_____             
                                     Receita (Venda) Líquida      
Esse índice mede quanto da receita (venda) restou após a empresa ter pago seus custos dos produtos. Quanto maior esse índice, melhor é o desempenho da empresa.
 
b) Margem Operacional (MO)
Margem Operacional (MO) =         Lucro Operacional      
                                                  Receita (Venda) Líquida     
Esse índice mede o lucro obtido em cada unidade monetária de vendas antes dos juros e do imposto de renda. Quanto maior esse índice, melhor é o desempenho da empresa.
 
c) Margem Líquida (ML)
Margem Líquida (ML) = Lucro Líquido Após o I.R.    
                                        Receita (Venda) Líquida            
Esse índice mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou, depois da dedução de todas as despesas, inclusive o imposto de renda. Quanto maior esse índice, melhor é o desempenho da empresa.
 
d) Taxa de Retorno sobre o Ativo Total (RSAT) / RETURN ON ASSETS(ROA)
 
RSAT (ROA) = Lucro Líquido após I.R.Ativo Total                    
Esse índice mede a eficiência global da administração na geração de lucros com seus ativos disponíveis. Quanto maior esse índice, melhor é o desempenho da empresa.
 
e) Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) / RETURN ON EQUITY (ROE)
RSPL (ROE) =          Lucro Líquido após I.R.           
                                     Patrimônio Líquido                    
Esse índice mede o retorno obtido sobre o investimento (ações preferenciais e ordinárias) dos proprietários da empresa. Quanto maior esse índice, melhor é o desempenho da empresa.
Medidas Estratégicas de Avaliação de Desempenho
Além da análise feita através dos Índices Financeiros, outras medidas de análise e avaliação de desempenho são utilizadas. Entre elas estamos destacando a análise por meio do Sistema Du Pont, EVA (Economic Value Added) – Valor Econômico Adicionado e LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização) ou EBTIDA (Earning Before Taxes, Income, Depreciation and Amortization)
 
1) Sistema Du Pont
Analisar o retorno, ou seja, lucro obtido pela empresa em relação aos investimentos realizados, que é aplicação feita pela empresa para obter lucros é uma forma de aprimorar a Análise das Demonstrações financeiras. Assim, como os investimentos estão registrados no Ativo, a taxa de retorno sobre o investimento deve ser calculada dividindo-se o lucro pelo ativo. Sendo assim, a taxa de retorno sobre o investimento acaba sendo expressa por uma divisão entre um conceito de lucro e um conceito de investimento.
É possível que o problema da queda da taxa de retorno resida na margem, neste caso, procura-se um controle eficiente de despesas e a agilização da política de vendas. Se o problema estiver do lado do giro, é possível que deva também concentrar a atenção na administração do ativo, evitando ociosidade de recursos. Por outro lado, tanto a margem como o giro pode ser detalhado em seus componentes, a fim de identificar exatamente onde estão as áreas com problemas.
O retorno sobre o ativo é considerado com um dos quocientes individuais mais importantes de toda a Análise de Balanços, porque representa a medida global de desempenho da empresa e levam em conta todos os fatores envolvidos. Este quociente deveria ser usado como grande teste geral de desempenho de uma empresa, numa base comparativa entre os resultados obtidos e a meta desejada de retorno.
Nenhum índice por si só é adequado para avaliar todos os aspectos relativos à situação financeira da empresa.
O sistema de avaliação Du Pont funciona como uma técnica de busca que ajuda a localizar as áreas-chave responsáveis pelo desempenho financeiro da empresa. Este método é usado pelos administradores financeiros como uma estrutura para analisar as demonstrações financeiras e avaliar a situação financeira da empresa. Funde a demonstração do resultado do exercício e o balanço patrimonial em duas medidas-sínteses da lucratividade, ou seja, a taxa de retorno sobre o ativo total (RSAT) ou (ROA) e a taxa de retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) ou (ROE).
A vantagem do sistema Du Pont é que permite à empresa desdobrar seu retorno sobre o patrimônio líquido em três componentes:
a. Lucro sobre vendas (Margem Líquida)
b. Eficiência no uso dos Ativos (Giro do Ativo Total)
c. Uso da Alavancagem (Multiplicador de Alavancagem Financeira)
Possibilita visualizar maior lucratividade sobre vendas, melhor utilização dos ativos e maior uso de alavancagem. É importante reconhecer que esse aumento no retorno refletido pelo RSPL (ROE) pode ser atribuído ao aumento do risco causado por um nível de alavancagem mais elevado, indicado pelo MAF, ou seja, a maior alavancagem financeira incrementa tanto o retorno quanto o risco.
A ideia do modelo Du Pont é que todos os itens que participam e que contribuem para a formação da taxa de retorno sobre o investimento devem e podem ser analisados, ou seja, em um único quadro tem-se todos os componentes que formam a taxa de retorno, e tudo será analisado, item por item.
2) EVA (Economic Value Added) – Valor Econômico Adicionado
O EVA mede o desempenho financeiro da empresa ou de um investimento que está sendo avaliado. O objetivo é saber se os resultados da empresa ou os previstos no investimento estarão contribuindo para aumentar a riqueza dos proprietários.
Calcula-se o EVA diminuindo todos os custos dos capitais utilizados, próprios e de terceiros, dos lucros operacionais após os impostos. Se a diferença resulta positiva, significa que a empresa ou o investimento está gerando lucros em volumes maiores do que os custos dos capitais empregados e, consequentemente, estão contribuindo para aumentar a riqueza dos proprietários da empresa. Se a diferença for negativa, a empresa ou o investimento está gerando lucros em volumes menores do que os custos dos capitais empregados, reduzindo a riqueza dos proprietários. Nessa situação o gestor deverá buscar meios para reverter os resultados, buscando sempre diferenças positivas.
Para se calcular o EVA, temos de conhecer o Lucro operacional após os impostos, o valor total do capital empregado ou o investimento, capitais aplicados em ativos permanentes e nos ativos circulantes e os custos dos capitais utilizados, calculados através da média ponderada.
O cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital utiliza os valores dos capitais empregados, próprios e de terceiros e os respectivos custos, sendo os custos dos capitais de terceiros após o imposto de renda,
3) LAJIDA (Lucro antes de Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização) ou EBTIDA (Earning before Taxes, Incomes, Depreciation and Amortzation)
 
O LAJIDA/EBTIDA é um indicador de desempenho que mede a capacidade de a empresa gerar recursos provenientes de suas atividades operacionais. Além disso, demonstra o resultado operacional livre de encargos decorrentes de:
·         Despesas financeiras
·         Imposto de renda e contribuição social
·         Depreciação e/ou outros encargos escriturais, tais como amortização e exaustão.
Assim, o indicador fica restrito àqueles custos operacionais mais diretamente administráveis pela direção da empresa, dado que encargos financeiros são decorrentes de políticas financeiras determinadas pelos proprietários e estão também sujeitos às condições do mercado sobre as quais o administrador não tem ação, a depreciação é consequência dos investimentos realizados a priori em bens depreciáveis, além disso, a depreciação não representa saída de caixa, sendo considerada uma despesa escritural. Os valores atribuídos ao imposto de renda e à contribuição social são condicionados aos resultados da empresa.

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