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SINAIS VITAIS EM 
PEDIATRIA 
Prof.ª Míriam Geisa 
Sinais Vitais 
Os sinais vitais (SSVV) são indicadores das 
condições de saúde do indivíduo revelando seu 
estado geral. 
Entre os procedimentos básicos essenciais 
realizados na clinica pediátrica, emergência e UTI 
pediátrica temos o controle dos sinais vitais. 
 
 
Sinais Vitais 
•Refletem também a situação de momento das 
funções orgânicas, permitindo assim rápida 
intervenção se necessário. 
 
 
Sinais Vitais 
São cinco indicadores função vital do organismo: 
 
•TEMPERATURA: (T °C) 
•PULSO: (FC – bpm) 
•RESPIRAÇÃO: (FR – ipm) 
•PRESSÃO ARTERIAL: (PA – mmHg) 
•DOR: (escalas de dor) 
 
Diretrizes para aferição de 
SSVV 
Conhecer a variação normal dos SSVV do 
paciente avaliando-o individualmente; 
Conhecer a história clínica do paciente; 
Tentar controlar os fatores ambientais que 
possam influenciar nos SSVV; 
Estabelecer a frequência de aferição conforme 
necessidade do paciente; 
Diretrizes para aferição de 
SSVV 
Certificar-se da adequação dos equipamentos; 
Em situação de alteração, repetir a aferição, e 
até solicitar a outro colega que o faça, caso haja 
dúvidas 
 
TEMPERATURA 
TEMPERATUR
A 
A temperatura corporal de um 
indivíduo pode variar de 
acordo com: 
• Atividade física. 
• Temperatura ambiente; 
• Alteração emocional; 
• Uso inadequado das roupas; 
• Processos patológicos. 
 
As medidas de temperatura no RN são obtidas para 
monitorar a adequação da termorregulação, NÃO febre 
Banho frio: queda na 
temperatura de até 
3.5°C 
VERIFICAÇÃO DE 
TEMPERATURA 
 
• O controle da temperatura pode ser medida via: 
retal, oral , axilar, canal auditivo, artéria 
temporal ou via cutânea. 
 
VERIFICAÇÃO DE 
TEMPERATURA 
 
• A temperatura axilar normalmente está 0.3 a 
0.5°C abaixo dos valores bucais e 0.5 a 1°C abaixo 
dos retais. 
Valores normais para os diferentes lugares 
segundo WONG 2013. 
 
 
Axilar: 36.5 a 37.5 
ORAL 
•Crianças menores de 5 anos : cuidado 
com verificação da temperatura via 
oral. 
•Outras restrições incluem: patologias 
orais e inconsciência e agitação. 
•A ingestão de alimentos e líquidos 
antes da verificação da temperatura 
podem alterar a temperatura. 
•Tempo de verificação: 4 a 6 minutos 
 
AXILAR 
• A temperatura mais verificada é a 
axilar devido a sua praticidade e 
segurança a criança. 
• Deve-se enxugar a axila com pano 
limpo e macio e após colocar o 
termômetro diretamente em 
contato com a axila, dobrar o 
cotovelo e segurar o antebraço 
junto ao tórax da criança ou 
paralelo ao corpo. 
• O tempo de permanência do 
termômetro na axila é de três a 
cinco minutos. 
 
RETAL 
•A temperatura retal está 
indicada em crianças pequenas, 
porém contraindicado em 
menores de 1 mês. Pode ser 
traumático. 
 
•O tempo de permanência : 3 
minutos. 
 
RETAL 
Canal auditivo e artéria 
temporal ou via cutânea 
 
VIAS RECOMENDADAS PARA A 
MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA EM 
LACTENTES E CRIANÇAS 
IDADE VIAS 
Nascimento a 2 anos de 
idade 
 
• Axilar 
• Retal: mais de 1 mês 
 
2 a 5 anos de idade 
 
• Axilar 
• Timpânica 
• Oral 
• Retal 
Mais de 5 anos 
 
• Oral 
• Axilar 
• Timpânica 
FONTE: Wong 
HIPERTERMIA 
• Elevação da temperatura acima de 37.8°C; 
 
• Sintomas comuns encontrados na hipertermia: 
sede, pele quente, rubor facial, aumento do 
brilho dos olhos, agitação ou prostração, 
calafrios, mal estar, lábios secos. 
 
Ainda há controvérsias sobre a classificação de 
hipertermia e seus respectivos valores. 
• Febre baixa: 37.7 a 38°C 
• Febre moderada: 38 a 39°C 
• Febre alta: maior que 39°C 
 
HIPOTERMIA 
•Crianças imunodeprimidas e desnutridas 
encontram-se especialmente submetidas ao risco 
de hipotermia e suas complicações. 
 
•Cuidados recomendados: aquecimento, ingestão 
de alimentos quentes e ricos em calorias, manter 
as manobras de aquecimento; 
 
 
HIPOTERMIA 
 
Os berços de calor radiante são ideais para o 
aquecimento dos RN; 
 
Métodos alternativos: cobertores, colchão 
aquecido, bolsas térmicas, botinhas, luvinhas, 
etc... 
 
Berços de calor radiante 
 
VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA 
MATERIAL NECESSÁRIO 
Termômetro específico; 
Algodão; 
Álcool à 70%; 
Relógio com ponteiros; 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
FREQUÊNCIA 
RESPIRATÓRIA 
•O fato de a respiração ser caracterizada por 
movimentos torácicos e abdominais permite o controle 
da frequência respiratória, contando-se esses 
movimentos durante um minuto. 
 
•A ausculta pulmonar no entanto não deve ser 
descartada e deve ser parte do exame físico. 
 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 
RN e Lactentes observa os movimentos abdominal 
Contando-se esses movimentos durante um minuto 
Alguns fatores alteram a FR como: sono, banho 
quente e frio, emoções, exercícios. 
Frequência( nº/min.) 
Ritmo( regular ou irregular) 
Amplitude ( profundo ou superficial) 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 ATENÇÃO! 
•RN e lactentes: respiração irregular, 
superficial, abdominal ou diafragmática. 
 
•Durante a idade pré-escolar produz-se a 
lenta transformação no tipo 
abdominotorácico. 
 
•O tipo torácico predomina após os 7 anos 
FREQUÊNCIA 
RESPIRATÓRIA 
 As variações normais da FR encontradas são: 
 
 
RN: 30 a 60 ipm 
1 mês a 3 anos: 25 a 30 ipm 
4-10 anos: 19 a 23 ipm 
11-18 anos: 16 a 19 ipm 
Wong,2015 
 
 
RELEMBRANDO 
ALGUNS 
CONCEITOS 
! 
! ! 
! 
! 
! 
EUPNÉIA 
APNÉIA 
BRADIPNÉIA 
TAQUIPNÉIA 
DISPNÉIA 
? 
? 
? 
? 
? 
Variações respiratórias 
HIPERVENTILAÇÃO/APNEIA 
INSPIRAÇÃO RÁPIDA E PROFUNDA-
PAUSA-EXPIRAÇÃO SÚBITA 
RESPIRAÇÃO RÁPIDA-CURTA/APNEIA 
 
FREQUENCIA CARDÍACA/PULSO 
FREQUENCIA 
CARDÍACA/PULSO 
•O controle do pulso pode ser verificado através 
da palpação das artérias radial, braquial, femoral, 
carotídea, temporal, pediosa ou poplítea. 
•CARACTERÍSTICAS DO PULSO: 
•Frequência: número de batimentos por minuto. 
•Ritmo: rítmico ou arrítmico 
•Força: cheio e forte/ fino e fraco 
 
 
Parâmetros infantis 
 
 
• RN: 80 a 180 bpm 
• Lactente: 80 a 140 bpm 
• 2-10 anos: 60 a 110 bpm 
• 11-adulto : 50 a 90 bpm 
• Wong,2015 
 
 
RELEMBRANDO 
ALGUNS 
CONCEITOS 
! 
! 
! 
! 
! 
! 
Focos cardíaco 
 
 
Pressão arterial 
SINAIS VITAIS:PRESSÃO 
ARTERIAL 
 
 Atividades como correr, chorar, estado emocional e 
tamanho do manguito influencia em alterações da PA. 
Cabe ressaltar que a verificação de PA não é rotina 
em crianças e sim somente naqueles em que 
apresentam patologias que podem alterar a PA. 
O manguito deve estar completamente ajustado ao 
braço não deve estar nem folgado nem apertado 
SINAIS VITAIS:PRESSÃO 
ARTERIAL 
 
 
PAS (máxima): contração do ventrículo para ejetar 
sangue nas grandes artérias. 
 
PAD (mínima): relaxamento do ventrículo. É a pressão 
necessária para permitir o enchimento dos ventrículos 
antes da sístole. 
 
PRESSÃO CONVERGENTE: quando a PAS e a PAD se 
aproximam (120/110 mmHg); 
 
 PRESSÃO DIVERGENTE: PAS e PAD se afastam 
(120/40 mmHg); 
 
SINAIS 
VITAIS:PRESS
ÃO ARTERIAL 
Na literatura não há uma 
concordância quanto aos 
valores normais de PA, isso 
irá depender de fatores 
como peso e altura, outros 
intrínsecos efatores 
extrínsecos 
Podemos também levar em 
consideração os fatores de 
domínio da técnica 
SINAIS VITAIS:PRESSÃO 
ARTERIAL 
• A largura da bolsa inflável do manguito deve 
obedecer a padronização. 
• Qualquer vazamento no sistema causa erros de 
leitura. 
 
 
O comprimento, de 80 a 100% 
do tamanho do braço do 
paciente 
MATERIAL 
Esfignomanômetro. 
Estetoscópio. 
Algodão embebido em álcool a 
70%.Fita métrica 
Dimensões recomendadas para 
braçadeiras do manguito de 
pressão arterial 
 
Diretrizes para medida da Pressão Arterial 
 
DOR 
DOR 
 
AVALIAÇÃO DA DOR EM 
CRIANÇAS 
Fonte: SCHECHTER 
ESCALAS DE DOR PARA 
CRIANÇAS 
Figura 1 - Escala linear analógica visual 
Figura 2 - Escala linear analógica 
não visual 
 
 
 
 
Figura 3 – Escala das cores 
ESCALA DE DOR EM 
CRIANÇAS 
DOR EM NEONATOS 
Somam-se os valores obtidos em cada item, 
considerando-se dor escores quando três ou mais 
movimentos faciais presentes 
DOR EM NEONATOS 
 
Somam-se os valores obtidos em cada 
item, considerando-se dor escores 
superiores a 3. 
FORMAS DE AVALIAÇÃO 
 
REFERÊNCIAS 
1. HOCKENBERRY,M.J; WILSON, D. Wong Fundamentos de enfermagem 
pediátrica. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier; cap. 06. p.128-136, 2011. 
 
2. SCHMITZ, E. M. A enfermagem em pediatria e puericultura.São Paulo: 
Atheneu; cap. 21; p.235-247,2005.

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