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TOXICOLOGIA Efeitos nocivos e adversos de substancias como plantas, fármacos e peçonhas. Toxicologia Analítica: identificar/quantificar toxicantes em diversas matrizes, como sangue, urina, cabelo, saliva, vísceras, etc. ou água, ar e solo. Toxicologia Experimental: utiliza animais para elucidar o mecanismo de ação, espectro de efeitos tóxicos e órgão alvos para cada agente tóxico estipulam a DL50 e doses tidas como não tóxicas para o homem. Toxicologia Clínica: trata os pacientes intoxicados, diagnosticando-os e instituindo uma terapêutica mais adequada. Peçonha: inoculação através de mordida, picada etc Veneno: localizada em tecidos Via de introdução influencia, as mais comuns são oral, tópica e inalatória. A velocidade depende da composição físico-química das substancias. Fatores consideráveis: Toxicidade da substancia, via de absorção, toxicinética e toxicodinâmica, susceptibilidade individual, via de contato, tempo de exposição e frequência de exposição. Tempo de exposição: Aguda: até 24 horas Subaguda: repetição e efeito até 1 mês Crônica: até um ano, tolerância e biotranformação rápida Fases da intoxicação: Exposição: entram em contato Toxicocinética: absorção, distribuição, armazenamento, biotransformação e excreção Toxicodinâmica: interação entre as moléculas do toxicante e o sítio de ação Clínica: sinais, alterações patológicas detectáveis. Interação entre substâncias: Aditivo: soma dos efeitos. Sinérgico: ação simultânea. Potencialização: aumento dos efeitos. Antagonismo: diminuição dos efeitos, inativação. Diagnóstico – ANAMNESE! Avaliação clínica: êmese, diarreia, hemorragia etc Exame físico Parâmetros fisiológicos: FC, FR, PA etc Exames complementares: hemograma, glicemia etc Materiais biológicos: sangue, urina, pelo, soro etc Conduta de emergência Terapia de emergência: sobrevivência do animal Determinação de diagnóstico clínico: sinais Emprego de medicamentos e recursos necessários Determinação da fonte de exposição do agente tóxico Impedir a absorção do agente Perguntas importantes O animal foi visto em contato com o toxicante? Qual a via de exposição? Outros animais apresentam os mesmos sintomas? Quais as manifestações apresentadas e qual o tempo de surgimento? Primeiros socorros Tentar identificar a substancia e a via de adm. Levar amostra (conteúdo gástrico) Exame físico: odores, hálito, pele etc Avaliação inicial -> Estabilização clínica -> Definir diagnóstico -> Analise de material biológico PS: efeitos tóxicos tardios! Observas por no mínimo 6 horas. Manutenção das funções vitais, medidas terapêuticas subsequentes. PRESERVAR O CÉREBRO! Problemas cardiorrespiratórios -> risco de morte eminente. Avaliação primaria Airway: abrir vias alveolares Breathing: verificar respiração. Se não respirar: 2 ventilações. Circulation: verificar presença de pulso carotídeo Disability: verificar déficit neurológico Exposure: verificar presença de sinais periféricos como queimaduras ou pústulas. Sistema Respiratório PS: Sinais de oxigenação inadequada: taquipneia, hipoventilação, alteração do estado mental. Verificar vias aéreas anteriores: acumulo de fluidos, reflexos protetores, ruídos anormais, teste de reflexo de tosse. Tratamento: manter o animal em decúbito lateral esquerdo, com a cabeça levemente estendida. Quando houver secreções ou vomito: cabeça em declive, realizar sucção, manobra de Heimlick, intubação endotraqueal, traqueostomia. Insuficiência respiratória: oxigênio suplementar. Administração forçada, ventilação assistida, dispositivos manuais. Usar mascara/bolsa ou entubar. Choque: Hipovolêmico: hemorragia, hemoconcentração Vasculogênico: neurogênico, anafilático Cardiogênico Por obstáculos circulatórios Sistema Cardiovascular Avaliação geral: Verificar FC e Pulso Pressão sanguínea Coloração da mucosa e TPC Tratamento: ressuscitação cardíaca, cardiorrespiratório-cerebral. Hipotensão: Dopamina Epinefrina Cristaloides Caloides: plasma ou dextran 70 Assegurar acesso venoso, retirar amostras, ECG. Verificar arritmias, paradas cardíacas, taquipneia, bradpnéia, dispneia, parada respiratória. Consciencia: convulsão á coma Coma: Garantir boa ventilação e batimento cardíaco Fluidoterapia Glicemia Pressão Intracraniana Temperatura corpórea Contaminação pela pele Se com pó seco: Escovar cuidadosamente com escova de cerdas firmes, proteger olho, nariz e boca de ambos: animal e homem. Enxaguar completamente a área contaminada com água corrente e lavar bem em seguida com água e sabão (15 min). Não tentar neutralizar o veneno. Toxinas Ingeridas Induzir vômito somente se a ingestão for á menos de 30 a 60 min, se a substância ingerida não for ácida ou álcali forte, se não for destilado do petróleo (querosene, gasolina, fluido de isqueiro) ou se o animal estiver alerta, consciente e cooperativo. Lavagem gástrica. Toxinas Inaladas Deslocar o paciente para área fresca e ventilada, realizar respiração artificial se necessário, transportar o paciente para o hospital o quanto antes. Toxinas no Olho Lavar imediatamente o olho com água ou solução salina (10 min), reforçar a necessidade de se levar qualquer coisa que identifique o produto tóxico. Zootoxinas Botrópico – Jararaca etc. Sensibilidade: equina, ovina, caprina, canina, suína e felina. Sensibilidade depende da presença de substancias neutralizantes presentes no soro sanguíneo do animal. Mecanismo de ação: necrose, coagulação, vasculotóxico e nefrotóxico. Sinais clínicos: prostração, inapetência, apatia e taquipneia. Edema, equimose, hemorragia e dor. Lesão: edema sero-hemorrágico, gelatinoso, espesso e amarelado com sangue vermelho escuro. Diagnóstico: sinais clínicos, dados laboratoriais (aumento TCP), resposta a soroterapia. Tratamento: soroterapia com soro antibotrópicos. PS: não fazer torniquetes por causa do efeito proteolítico, e não realizar cortes por causa do efeito hemorrágico. Crotálico – Cascavel etc. Mecanismo de ação: necrose de coagulação, agregação plaquetária. Neurotóxico: placa motora. Nefrotóxico: miotóxica, coagulante e hemolítico. Sinais clínicos: leve, moderado e grave. Transtorno de locomoção, flacidez muscular facial, sialorréia, ptose palpebral, midríase, disfagia... Lesões: resposta inflamatória, grave miosite purulenta, alterações hepáticas e miocárdicas. Área delimitada com cor esbranquiçada. Diagnóstico: anamnese, sinais clínicos e laboratoriais. Sinais neurológicos, aumento dos níveis séricos -> CK, LDH e AST. Tratamento: soroterapia específica Abelhas Mecanismo de ação: hemolítica, cardiotóxica, citotóxica, neurotóxico, causa dor, eritema e vasodilatação. Sinais clínicos: ocular, nasal e oral. Poucas picadas: inflamação local. Sensibilidade: choque anafilático. Muitas picadas: ferrões, agitação, náuseas, êmese, fraqueza, taquicardia, tremores... Achados laboratoriais: hemoglobinúria, lesão renal. Tratamento: monitoramento, fluidoterapia, anti-histamínicos, antibióticos, anti-hemorrágicos. Sapos Mecanismo de ação: semelhante aos digitálicos. Aumento da contração cardíaca e diminuição da frequência. Sinais clínicos: irritação local, cardiotóxico, salivação excessiva, prostração, arritmia, edema pulmonar. Leve: irritação na mucosa oral e sialorréia. Moderados: leve + vomito depressão, fraqueza, pupila não responsiva, arritmia. Grave: moderada + edema pulmonar, cianose e óbito. Lesões: inflamação no trato gastrointestinal, congestão, edema e hemorragia pulmonar. Tratamento: lavar mucosa, controlar arritmia. Escorpião Mecanismo de ação: canais de sódio, estimulação simpática e parassimpática. Sinais clínicos: dor local, sudorese, êmese, agitação, taquipneia etc. Cardiotóxicidade: edema pulmonar e falência cardíaca. Lesões: fibra muscular cardíaca, áreas necróticas, lesões hemorrágicas. Tratamento: soroterapia especifica com soro antiescorpiônico ou antiaraquinídeo. Tratar sinais clínicos. Loxoscele - Aranha Mecanismo de ação: agregação plaquetária,necrose dérmica. Sinais: dor, inchaço, mal estar e febre. Insuficiência renal aguda. Lesões: necrose local, congestão, hemorragia pulmonar. Tratamento: soro antiloxoscélico, AINES não AAS, compressas frias e antissépticas. Phoneutria - Aranha Mecanismo de ação: nefrotóxico, cardiotóxico. Sinais clínicos: dor, edema, eritema e parestesia. Tratamento: lidocaína, compressas mornas, anti-inflamatórios. Micotoxinas Metabolitos secundários, produzidos por fungos em alimentos ou nas plantações. Aflatoxina Grãos. Milho, amendoim, sorgo, trigo, castanhas e rações. Afeta mais as aves do que os mamíferos. Alta absorção, biotransformação hepática completa, eliminado pela urina, bile e leite. Manifestações clinicas: Anorexia, depressão, fraqueza, prostração, dispneia, vomito, convulsões em cães. Lesão hepática aguda ou crônica. Se for crônico, ocorre uma redução no ganho de peso, ascite e hemorragias espontâneas. Disfunção imunológica. Diagnóstico e tratamento: analise qualitativa e quantitativa dos alimentos, analise de metabolitos do leite. Retirada do alimento, tratamento de suporte ou sintomático. Prevenção através de aquecimento do alimento, autoclavagem etc. Fumosina Toxinas termoestáveis, semelhantes aos fosfolipídeos do SN. Causa edema pulmonar em suínos e leucoencefalomalacia em equinos. Manifestações clinicas: Cavalos – 3 á 6 dias após a ingestão. Causa hipersensibilidade, ataxia, fraqueza de posteriores, convulsão, cegueira, disfagia, hepatoxicidade, hemorragia e morte. Em suínos: evolução subaguda e letal, causa insuficiência pulmonar, dispneia, cianose e lesão hepática. Diagnóstico e tratamento: analise do alimento, pesquisar taxa de esfinganina. Não há tratamento específico. Zearalenona Termorresistente, presente em milho, sorgo, trigo, cevada, aveia, silagens, rações. Alta absorção. Transformação hepática. Suínos são mais sensíveis. Manifestações clinicas: fêmeas: alargamento uterino, prolapso anal e vaginal, ninfomania, pseudo-prenhez, hiperestrogenismo juvenil, redução de fetos vivos na prole. Macho: edema de prepúcio, atrofia testicular, crescimento das mamas, queda de libido e da qualidade do esperma. Diagnostico e tratamento: não há tratamento especifico. Prevenir estocando alimentos corretamente. Diagnostico através da analise dos alimentos. Ocratoxina e Citrina Milho, cevada, café, trigo soja e côco. Biotransformação hepática, excreção biliar e renal. Manifestações clinicas: Nefrotóxica, hepatotóxica, imunossupressora e possivelmente tetratogenicidade e embriotoxicidade. Gastroenterite, diarreia, êmese, desidratação e depressão. Uma baixa exposição causa sinais clínicos sutis. Diagnóstico e tratamento: análise dos alimentos e do tecido orgânico. Pesquisar metabólitos na urina e leite. Não há tratamento específico. Prevenção através do armazenamento adequando dos alimentos.
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