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Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 1 QUÍMICA: É A CIÊNCIA DA MATÉRIA E DAS MUDANÇAS QUE ELA SOFRE ! MATÉRIA: É qualquer coisa que tenha massa e ocupa espaço, ex.: Au, H2O, Ag, ar ( mistura de vários gases). Os três estados da matéria mais comuns são: sólido, líquido e gás. Sólido: é uma forma rígida da matéria; Líquido: é uma fluida da matéria que tem uma superfície bem definida; Gás: é uma forma fluida da matéria que ocupa todo o recipiente que a contém. O termo vapor é usado para indicar a forma gasosa de uma substância que normalmente é líquida ou sólida. Propriedade física: a propriedade física de uma substância é uma característica que pode ser observada ou medida sem mudar a identidade, ex. ponto de fusão, cor, densidade, ponto de ebulição, estados da matéria e outros. Propriedade química: refere-se a habilidade de uma substância de transformar- se em outra substância. ex. o gás H2 reage com o gás O2 para produzir H2O. O sódio é metal mole, prateado. Não é possível pegá-lo com os dedos nus, pois reage com a umidade da pele e provoca dolorosa queimadura. O Cloro é gás verde-amarelado, venenoso, com odor sufocante. Reação química violenta ocorre quando um pequenino fragmento de sódio é lançado num balão contendo cloro. O metal se inflama, a chama é brilhante e amarela, e forma-se um material pulverulento, branco, cristalino. É muito interessante observar esta reação violenta entre duas substâncias químicas, mas o exame do produto final proporciona surpresa ainda maior. O pó cristalino branco é o cloreto de sódio: o sal de cozinha comum, inofensivo e comestível. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 2 Propriedade intensiva: é a que independe do tamanho da amostra, por ex. a temperatura, densidade de uma substância é independente do tamanho da amostra. Propriedade extensiva: depende do tamanho da amostra, por ex. massa e o volume. Energia: uma medida da capacidade de realizar trabalho, ex. a energia necessária para levantar um peso ou para forçar uma corrente elétrica. Existem três formas de energia em química: cinética; potencial e eletromagnética. Medidas de energia são dadas na unidade chamada joule (J) Energia cinética: é a energia que um corpo possui devido ao seu movimento. Energia potencial: é a energia que um corpo possui em função de sua posição. Energia do campo eletromagnético: como energia transportada pelas ondas de rádio, raios X, ondas de luz. ÁTOMOS, MOLÉCULAS E LIGAÇÕES QUÍMICAS Um átomo é a menor partícula que pode existir de um elemento. 1)Todos os átomos de um elemento químico são idênticos; 2) Os átomos de diferentes elementos têm massas diferentes; 3) Um composto é uma combinação específica de átomos de mais de um elemento; 4) Em uma reação química, os átomos não são criados nem destruídos mas trocam de parceiros para produzir novas substâncias. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 3 � O oxigênio, o silício e o alumínio são os mais abundantes, e constituem cerca de 80% da crosta terrestre. Confira os 10 elementos mais abundantes na crosta do nosso planeta: 10 elementos mais abundantes O = 49,5 % Si = 25,7 % Al = 7,5 % Fe = 4,7 % Ca = 3,5 % Na = 2,6 % K = 2,4% Mg = 1,9% H = 0,9% Ti = 0,6% Como a crosta tem sofrido a ação da exposição à atmosfera por tantos anos, é natural que o Oxigênio seja o mais abundante: todos os outros elementos formam óxidos! � Embora possam existir "zilhões" de substâncias químicas diferentes, elas são combinações de pouco mais de uma centena de elementos químicos. � Um elemento químico é qualquer substância que não pode ser decomposta em outras substâncias mais simples através de processos químicos ordinários: os elementos são os tijolos fundamentais com os quais toda a matéria é feita. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 4 � Dos 116 elementos químicos conhecidos, cerca de 20% não existe na natureza: foram preparados sinteticamente em laboratórios. Os elementos químicos podem se combinar e formar substâncias mais complexas, chamadas de compostos, que possuem características diferentes dos elementos que o constitui. Por exemplo, dois átomos do elemento Hidrogênio e um átomo do elemento Oxigênio podem se combinar e formar uma molécula de água (H2O). A água em nada se assemelha aos gases oxigênio e hidrogênio Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 5 Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 6 Os átomos são formados por nêutrons, prótons e elétrons. Os prótons são partículas carregadas positivamente, e os nêutrons não possuem carga. Essas duas partículas constituem o núcleo atômico e são virtualmente responsáveis pela massa atômica. Os elétrons são carregados negativamente e encontram-se circulando o núcleo em órbitas definidas. Cada átomo contém um número de elétrons igual ao de prótons e por isso é eletricamente neutro. p+ = e- Z = p+ = e- Z = número atômico Um próton é partícula nuclear com carga positiva igual à do elétron e massa mais de 1800 vezes maior que a do elétron. Os prótons no núcleo é que atribuem ao núcleo a carga positiva. O número atômico (Z) é, portanto, o número de prótons no núcleo de um átomo. Elemento químico é um conjunto de átomos de mesmo número atômico. O nêutron é partícula nuclear com massa quase idêntica à do próton, mas com carga elétrica nula. O núcleo se caracteriza pelo número atômico (Z) e pelo número de massa (A). O número de massa (A) é o número total de prótons e nêutrons no núcleo. Todos os átomos de um mesmo elemento químico têm o mesmo número atômico, mas os núcleos podem ter números de massa diferentes. Os isótopos são átomos cujos núcleos têm o mesmo número atômico, porém números de massa diferentes; Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 7 ou seja, os núcleos têm o mesmo número de prótons, porém diferentes números de nêutrons. O oxigênio natural é uma mistura de isótopos; tem 99,759% de oxigênio 16, 0,037% de oxigênio 17 e 0,204% de oxigênio 18. Símbolos dos Elementos É conveniente usar símbolos para os átomos dos elementos diferentes. Um símbolo é a sigla com uma ou duas letras que representa um átomo de certo elemento. O símbolo tem uma primeira letra, maiúscula, e uma segunda letra, minúscula. Os isótopos são caracterizados por número atômico e número de massa bem definida. Representa-se qualquer isótopo pelo símbolo do elemento com o número atômico escrito como índice inferior à esquerda (o número atômico pode ou não ser colocado nesta representação) e o número de massa como índice superior, também à esquerda. Exemplos: Elemento oxigênio símbolo: O Isótopos do elemento oxigênio símbolos: 8O ou O ; 8O ou O ; 8O ou O Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 8 Peso Atômico O peso atômico de um elemento químico é expresso em unidade de massa atômico a representa a média ponderal isto é, considera a abundância relativa de todos os isótopos do elemento químico. O Peso atômico pode serdeterminado empregando a seguinte equação química: P.A. = A1 %1 + A2 %2 + A3 %3 + ... An %n 100 ISÓTOPOS: O número total de prótons e nêutrons no núcleo é chamado de número de massa ( A ). Os átomos com mesmo número atômico ( pertencendo ao mesmo elemento químico ) mas com diferente número de massa , são chamados de isótopos de um elemento. Z = p+ = e- A = p+ + n°°°° elemento símbolo Z A abundância hidrogênio 1H 1 1 99,985 deutério 1H ou D 1 2 0,015 trítio 3H ou t 1 3 * radioativo = vida curta Carbono-12 12C 6 12 98,90 Carbono-13 13C 6 13 1,10 oxigênio-16 16O 8 16 99,76 Neônio-20 20Ne 10 20 - Neônio-21 21Ne 10 21 - Neônio-22 22Ne 10 22 - Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 9 ISÓBAROS: São átomos de números atômicos diferente ( elementos diferentes ) e mesmo número de massa. Z ≠≠≠≠ ELEMENTO QUÍMICO DIFERENTE A = 40K19 ⇒⇒⇒⇒ 19p+ , 19e- , 21n°°°° 40Ca20 ⇒⇒⇒⇒ 20p+ , 20e- , 20n°°°° ISÓTONOS: São átomos de números atômicos diferente ( elementos diferentes ), número de massa diferentes e que apresentam mesmo número de neutrons. 19F9 ⇒⇒⇒⇒ 9p+ , 9e- , 10n°°°° 20Ne10 ⇒⇒⇒⇒ 10p+ , 10e- , 10n°°°° 58Co27 ⇒⇒⇒⇒27p+ , 27e- , 31n°°°° 59Ni28 ⇒⇒⇒⇒ 28p+, 28e- , 31n°°°° Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 10 ORBITAIS ATÔMICOS O orbital atômico é a região do espaço onde é mais provável encontrar um elétron. Ele representa, portanto, a distância em que há maior probabilidade de se encontrar o elétron a partir do núcleo, bem como a forma e a orientação geométrica do espaço ocupado por ele, e também o seu spin. z yx z y x s p REPRESENTAÇÃO DOS ORBITAIS s e p No preenchimento dos orbitais atômicos, os elétrons ocupam sempre os níveis de mais baixa energia possível. Este é conhecido como “Princípio de exclusão de Pauli ” em nenhuma orbital atômica poderão existir mais de dois elétrons, e mesmo quando houver dois, eles deverão ter spines opostos. Níveis das Camadas Subníveis 1 2e- s = 2e- 2 8e- p = 6e- 3 18e- d = 10e- 4 32e- f = 14e- 5 32e- 6 18e- 7 2e- Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 11 Este enunciado pode ser representado por meio do diagrama apresentado a seguir : Diagrama de energia para a determinação da ordem de preenchimento dos orbitais. 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s 4p 4d 4f 5s 5p 5d 5f 6s 6p 6d 7s Exemplos da configuração eletrônica de alguns elementos químicos: Elemento N° atômico N° de e- Config. Eletrônica H 1 1 1s1 He 2 2 1s2 Li 3 3 1s2 2s1 Be 4 4 1s2 2s2 Na 11 11 1s2 2s2 2p6 3s1 Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 12 Números Quânticos Os valores possíveis e o significado geral de cada um dos quatro números quânticos do elétron no átomo são os seguintes: 1. Número Quântico Principal (n) Este número quântico é o que determina, em grande parte, a energia do elétron no átomo; pode ter qualquer valor inteiro positivo; 1, 2, 3 etc. A energia do elétron no átomo depende principalmente de n. • Quanto menor n, menor (mais baixa) a energia. No caso do átomo de hidrogênio, e de íons atômicos com um só elétron, como Li2+ e He+, n é o único número que define a energia (que é dada pela fórmula de Bohr). Em outros átomos, ou íons, a energia depende, em pequena medida também do número quântico l. O tamanho do orbital também depende de n. Quanto maior for o valor de n, maior será o orbital. Os orbitais que têm estado quântico com o mesmo n constituem uma camada ou nível. As camadas ou níveis são identificados pelas seguintes letras: Letra K L M N ... n 1 2 3 4 ... 2. Número Quântico do Momento Angular ( l ) (também chamado número quântico azimutal ou secundário) Este número quântico caracteriza orbitais que têm o mesmo n, mas formas diferentes; pode ter qualquer valor inteiro entre 0 e n-1. • Dentro de cada camada com o número quântico n, há n diferentes espécies de orbitais, cada qual com uma forma definida, caracterizada Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 13 pelo número quântico l. Por exemplo, se um elétron tem o número quântico principal igual a 3 , os valores possíveis de l são 0, 1 e 2. Dentro da camada M (n=3) há três espécie de orbitais, cada qual com uma forma diferente na região onde é mais provável encontrar o elétron. As formas desses orbitais serão examinadas mais adiante. • Embora a energia de um orbital seja determinada principalmente pelo número quântico n, e energia também depende, um tanto, do número quântico l (exceto para o átomo de H e íons hidrogenóides). Para um dado n, a energia do orbital aumenta com o aumento de l. • Os orbitais com o mesmo n mas diferentes l pertencem a diferentes subcamadas ou subníveis de uma dada camada ou nível.. Os diferentes subníveis são usualmente identificados por letras, conforme o esquema: Letra s p d f g ... l 0 1 2 3 4 ... • Para identificar um subnível num certo nível, escreve-se o valor do número quântico n da camada seguido pela identificação literal do subnível. Por exemplo, 2p identifica o subnível com os números quânticos n = 2 e l = 1. 3. Número Quântico Magnético ( ml ) Este número quântico diferencia orbitais com o mesmo n e mesmo l – isto e, com a mesma energia e a mesma forma, mas tendo orientações diferentes no espaço; os valores permitidos são inteiros de – l a + l. • Para l = 0 (subnível s), o número quântico permitido ml é apenas 0, isto é, só há um orbital no subnível s. • Para l = 1 (subnível p), ml = -1, ou 0 ou + 1; há três orbitais diferentes no subnível p. Esses orbitais têm a mesma forma mas diferentes orientações no Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 14 espaço. Além disso, cada orbital, num dado subnível, tem a mesma energia. Observe que são 2l + 1 os orbitais em cada subnível de número quântico l. 4. Número Quântico do Spin ( ms ) Este número quântico refere-se a duas orientações possíveis para o eixo do spin de um elétron; os valores possíveis são +½ e –½. Um elétron comporta-se como se estivesse girando em torno do seu eixo, como a Terra. Este elétron girante provoca cargas elétricas circulantes que, por sua vez, geram campo magnético. O elétron, então, comporta-se como se fosse um pequeno imã, com um pólo norte e um pólo sul. Profa. Márcia Gilmara Marian VieiraQuímica Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 15 Na tabela 1 estão todos os números quânticos permitidos em todos os orbitais até o nível n = 4. Os valores obedecem às regras que enunciamos. Tabela 1. Valores permitidos dos Números Quânticos dos Orbitais Atômicos n l ml Notação do subnível Número de orbitais no subnível 1 0 0 1s 1 2 0 0 2s 1 2 1 -1,0,+1 2p 3 3 0 0 3s 1 3 1 -1,0,+1 3p 3 3 2 -2,-1,0,+1,+2 3d 5 4 0 0 4s 1 4 1 -1,0,+1 4p 3 4 2 -2,-1,0,+1,+2 4d 5 4 3 -3,-2,-1,0,+1,+2,+3 4f 7 Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 16 Formas dos Orbitais Atômicos Um orbital s tem forma esférica, embora os detalhes particulares da distribuição de probabilidades dependam do valor de n. A Figura a seguir mostra cortes transversais das representações das distribuições de probabilidade dos orbitais 1s e 2s. O sombreado é mais denso onde for maior a probabilidade de o elétron ser encontrado. No caso do orbital 1s, o elétron é encontrado, com maior probabilidade, nas proximidades do núcleo. O sombreado fica menos denso à medida que à distância até o núcleo aumenta, o que mostra ser menos provável encontrar o elétron nessas regiões. O orbital não termina abruptamente a uma certa distância do núcleo. O átomo, por isso, não tem uma extensão, ou "tamanho", bem definido. Podemos, porém, imaginar um tamanho para o orbital pela fronteira 99%. É de 99% a probabilidade de se encontrar o elétron no espaço limitado por esta fronteira (na figura, a esfera indicada pela circunferência tracejada). Figura Corte da distribuição de probabilidades dos orbitais s. Num orbital 1s, a distribuição de probabilidade é maior nas vizinhanças do núcleo. Num orbital 2s, é maior numa casaca esférica um tanto afastada do núcleo. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 17 Observe o "tamanho relativo" dos orbitais, indicado pela fronteira de 99%. O orbital 2s difere, em detalhes, do orbital 1s. O elétron no orbital 2s é encontrado, provavelmente, em duas regiões, uma vizinha ao núcleo e outra, uma casca esférica, mais afastada do núcleo. (Há maior probabilidade de o elétron estar nesta casca.) A fronteira de 99% mostra que o orbital 2s é maior que o orbital 1s. Os cortes transversais não figuram bastante bem o aspecto tridimensional dos orbitais atômicos 1s e 2s. A figura 11 mostra cortes, em perspectiva, que talvez ilustram melhor a tridimensionalidade. Figura Cortes mostrando a forma esférica dos orbitais s. Nos dois diagramas, foi extirpada parte do orbital a fim de se revelarem detalhes da distribuição de probabilidade do elétron neste orbita. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 18 Há três orbitais p em cada subnível p. Todos os orbitais p têm a mesma forma básica (dois lobos, dispostos ao longo de uma reta, com o núcleo entre os lobos), mas diferem pela orientação no espaço. Como os três orbitais são ortogonais uns aos outros, podemos visualizá-los como orientados ao longo de três eixos coordenados ortogonais (Figura). Cada um deles é simbolizado por 2px , 2py , 2pz. Um orbital 2px tem os máximos de probabilidade do elétron sobre o eixo dos x, um orbital 2py sobre o eixo dos y e o orbital 2pz sobre o eixo dos z. Outros orbitais p, como os 3p , têm estas mesmas formas gerais, mas diferenças de estrutura, conforme o valor de n. Figura Os orbitais 2p. (A) Distribuição eletrônica no 2px. Há dois lobos orientados ao longo do eixo dos x. (B) Orientações dos três orbitais 2p. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 19 São cinco os orbitais d, com formas mais complicadas que as dos orbitais s e p. Elas estão representadas na figura. Figura Os cinco orbitais 3d. Cada orbital é identificado por um índice dxy, que descreve as características matemáticas que possui. Estrutura Eletrônica dos Átomos Vimos que um elétron num átomo tem quatro números quânticos : n , l , ml , ms. Os três primeiros números quânticos caracterizam o orbital que descreve a região do espaço onde é mais provável estar o elétron; dizemos que o elétron "ocupa" o orbital. O número quântico do spin, ms , descreve a orientação do spin do elétron. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 20 O feixe de átomos de hidrogênio se divide em dois porque o elétron, em cada átomo, se comporta como se fosse diminuto imã que só pode ter duas orientações no campo magnético. O elétron se assemelha a pequena esfera de carga elétrica girante (Figura) e, por isso, tem um campo magnético próprio. O spin do elétron, porém, está sujeito a restrições de caráter quântico sobre as direções possíveis do eixo do spin. As direções resultantes do magnetismo do spin correspondem aos números quânticos do spin, ms = + ½ e ms = - ½ . Figura 1 Representação do spin do elétron. As duas orientações possíveis do spin estão indicadas nos modelos. Convencionalmente, a direção do spin é a da grande seta sobre o eixo. Os elétrons comportam-se como pequeninos imãs, com pólos norte e sul, como mostra a figura. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 21 Configurações Eletrônicas e Diagrama de Orbitais A configuração eletrônica de um átomo é a distribuição dos elétrons entre os subníveis disponíveis. A notação da configuração se faz pela listagem dos subníveis, um depois do outro, com um índice superior indicando o número de elétrons que estão no subnível. A notação da configuração dá o número de elétrons em cada camada, mas é conveniente um diagrama para mostrar a ocupação, pelos elétrons, dos orbitais da camada. Este diagrama é um diagrama de orbitais. O orbital é representado por um círculo. Cada grupo de orbitais de um subnível é identificado pelo símbolo do próprio subnível Cada elétron num orbital é simbolizado por pequenina seta. O seguinte diagrama: 1s 2s 2p Mostra a estrutura eletrônica de um átomo que tem dois elétrons no subnível , ou orbital 1s (um deles com ms = + ½ e o outro com ms = - ½ ) ; dois elétrons no subnível 2s (ms = + ½ e ms = - ½) ; e um elétron no subnível 2p (ms = + ½ ou - ½). A configuração eletrônica é 1s22s22p1. Princípio da Exclusão de Pauli Nem todas as distribuições imagináveis dos elétrons entre os orbitais de um átomo são fisicamente possíveis. O princípio da exclusão de Pauli, que resume observações experimentais, afirma que dois elétrons de um mesmo átomo não podem ter os mesmos quatro números quânticos. Se um elétron tem os números Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 22 quânticos n = 0, l = 0, ml = 0 e ms = +½, nenhum outro elétron pode ter estes mesmos quatro números quânticos. Como só são possíveis dois valores de ms, um orbital pode ter, no máximo, dois elétrons – e neste caso os dois têm diferentes os números quânticos do spin. Num diagrama de orbitais, o orbital que tiver dois elétrons os terá com as setas apontando em sentidos opostos. Os dois elétrons terão spins opostos. Podemos reformular o princípio da exclusão de Pauli assim: Princípio da exclusão de Pauli: Um orbital pode ter no máximodois elétrons, e neste caso, os elétrons têm spins opostos. É fácil ver que cada subnível pode ter, no máximo, tantos elétrons quanto for o dobro do número de orbitais do subnível. Assim, o subnível 2p, que tem três orbitais (com ml = -1, 0 ou +1), pode ter no máximo 6 elétrons. O número máximo de elétrons nos diversos subníveis aparece na tabela abaixo: Subnível Número de orbitais Número máximo de elétrons s (l = 0) 1 2 p ( l = 1) 3 6 d ( l = 2) 5 10 f ( l = 3) 7 14 Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 23 Princípio da Construção (Aufbau) Cada átomo tem um número infinito de configurações eletrônicas possíveis. A configuração associada ao menor nível de energia do átomo corresponde ao estado quântico denominado estado fundamental. Outras configurações correspondem a estados excitados, com níveis de energia mais elevados que o do estado fundamental. Por exemplo, o estado fundamental do átomo de sódio, determinado experimentalmente, tem a configuração 1s22s22p63s1. A configuração eletrônica 1s22s22p63p1 é a de um estado excitado do átomo de sódio. A maioria das configurações pode ser explicada em termos do princípio da construção (ou princípio do Aufbau, do alemão), que é o método de reproduzir as configurações eletrônicas nos estados fundamentais do átomo enchendo-se sucessivamente os subníveis com elétrons numa certa ordem (a ordem da construção). Esta ordem reproduz as configurações eletrônicas observadas experimentalmente, com algumas exceções. A ordem da construção das configurações corresponde, na maioria dos casos, à ordem da energia crescente dos subníveis. Principiando-se pela ocupação dos orbitais de menor energia, usualmente se tem a energia mais baixa possível do átomo (isto é, a energia do estado fundamental). A energia de um orbital só depende dos números quânticos n e l. A energia depende, principalmente de n e aumenta com a elevação de n. As energias dos orbitais com o mesmo n aumentam com o número quântico l. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 24 Pode-se reproduzir a ordem crescente de energia dos subníveis, utilizando-se o método mnemônico da Figura ( Diagrama de Linus Pauling) Figura Diagrama para reproduzir a ordem de ocupação dos subníveis (regra da diagonal). O diagrama é construído escrevendo-se os subníveis numa fila horizontal, cada fila com todos os subníveis de um dado n. Dentro de cada fila, os subníveis ordenam-se pelo l crescente (Basta ir até os subníveis f). Depois, partindo-se do subnível 1s, traçam-se as diagonais. A ordem de ocupação é aquela dos subníveis que aparecem sobre as diagonais. Exemplos de configurações eletrônicas: Z = 3 lítio 1s22s1 Z=18 argônio 1s22s22p63s23p64s2 Z=23 vanádio 1s22s22p63s23p64s23d3 Z=31 gálio 1s22s22p63s23p64s23d104p1 Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 25 Exceções ao Princípio da Construção O princípio da construção reproduz corretamente a maioria das configurações do estado fundamental. Há porém, exceções, e a do cromo (Z = 24) é a primeira que encontramos. A configuração prevista seria 1s22s22p63s23p64s23d4, mas a que se encontra experimentalmente é 1s22s22p63s23p64s13d5. A energia total de uma configuração, na realidade, é quase igual à da outra, pois as energias dos orbitais 3d e 4s são muito próximas, Por isso, pequenos efeitos podem influenciar qual das duas configurações tem, na realidade, menor energia. O cobre (Z = 29) é outra exceção ao princípio da construção, que prevê a configuração 1s22s22p63s23p64s23d9, mas a experiência mostra que a configuração do estado fundamental é 1s22s22p63s23p64s13d10. Não precisamos insistir sobre as exceções além de notar que existem. O importante é realçar que a configuração prevista pelo princípio da construção das configurações tem energia muito próxima da energia do estado fundamental (se não for a do próprio estado). Grande parte das conclusões qualitativas sobre a química não é materialmente afetada se a análise for feita a partir das configurações determinadas por aquele princípio. 1.6.3 Regra de Hund Ao discutir os estados fundamentais dos átomos, ainda não descrevemos a distribuição dos elétrons em cada subnível. Há diversas maneiras de distribuir os elétrons numa certa configuração. Imaginemos, por exemplo, o átomo de carbono (Z = 6) com a configuração 1s22s22p2 no estado fundamental. Nos seguintes diagramas de orbitais aparecem três disposições possíveis dos elétrons: Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 26 Estes diagramas de orbitais mostram estados diferentes do átomo de carbono. Cada estado tem uma energia diferente e, como veremos, características magnéticas diferentes. Em 1927, Friedrich Hund descobriu regra empírica para determinar a disposição de menor energia dos elétrons num subnível. A regra de Hund afirma que a disposição de energia mais baixa dos elétrons num subnível é a que se consegue colocando os elétrons em orbitais separados do subnível, com os mesmos spins, e depois emparelhando os elétrons nos orbitais semi-ocupados. Vejamos como a regra opera com o átomo de carbono no estado fundamental: Propriedades Magnéticas dos Átomos As propriedades magnéticas de uma substância podem revelar algumas informações sobre a configuração dos elétrons nos átomos (ou nas moléculas). Embora o elétron num átomo se comporte num átomo como um pequenino imã, as atrações magnéticas de dois elétrons que têm spins opostos se cancelam mutuamente. Por isso, o átomo que tiver somente orbitais duplamente ocupados não terá magnetismo resultante do spin. Porém, um átomo com elétrons desemparelhados – isto é, com excesso de spin numa direção – terá magnetismo líquido. È possível observar as propriedades magnéticas dos átomos. A maneira mais direta é verificar se a substância é atraída pelo campo magnético de um imã forte. Substância paramagnética é uma substância fracamente atraída pelo campo magnético, e esta atração se deve, em geral, à presença de elétrons desemparelhados. Por exemplo, observa-se que o vapor de sódio é paramagnético. A explicação é a de o vapor ser constituído, principalmente, por átomos de sódio (Z = 11), cada qual com um elétron desemparelhado. Substância diamagnética é uma substância Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 27 que não é atraída por um campo magnético ou é ligeiramente repelida pelo campo. Esta propriedade indica que a substância só tem elétrons emparelhados. O vapor de mercúrio, mostra a experiência, é diamagnético (Z = 80), o que indica que só têm elétrons emparelhados. Bibliografia Básica: ATKINS, P., Princípios de Química, Bookman, Porto Alegre, 2001. KOTZ, J. C.; Jr., P. M. Treichel, Química Geral 1,Pioneira Thomson Learning, São Paulo, 2005. RUSSELL, J. B., Química Geral, v.1, McGraw-Hill do Brasil, 1981. USBERCO, J.; SALVADOR, E. , Química, v.1, 1.ed. Saraiva, São Paulo, 1995 TITO, CANTO. Química na abordagem do cotidiano, v.1, 2ed. Moderna, São Paulo, 1998 HARTWING,D.R.; SOUZA,E..; MOTA,R.N., Química Geral e Inorgânica, v.1, 1.ed Scipione, São Paulo, 1999. MAHAN,B.M.; MYERS,R.J., Química um curso universitário, 4.ed. Edgard Blücher, São Paulo, 1997 Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 28TABELA PERÍODICA A ORGANIZAÇÃO DOS ELEMENTOS NA TABELA PERIÓDICA: Os elementos químicos são listados em ordem crescente de seu número atômico e arranjados em linhas formando as famílias que mostram tendências regulares em suas propriedades. As famílias são as colunas da tabela. As colunas verticais da tabela periódica são chamadas de grupos, estes grupos identificam as principais famílias dos elementos. As linhas horizontais são chamados de períodos e são numerados de cima para baixo. Os membros do bloco d com exceção dos elementos do grupo 12 ( grupo do zinco) são chamados de METAIS DE TRANSIÇÃO. Os membros do bloco f, abaixo da tabela periódica principal, são METAIS DE TRANSIÇÃO INTERNOS: LANTANÍDEOS E OS ACTINÍDEOS OS ELEMENTOS DO GRUPO 1 ⇒⇒⇒⇒ METAIS ALCALINOS OS ELEMENTOS DO GRUPO 2 ⇒⇒⇒⇒ METAIS ALCALINOS TERROSOS OS ELEMENTOS DO GRUPO 7 ⇒⇒⇒⇒ HALOGENEOS OS ELEMENTOS DO GRUPO 8 ⇒⇒⇒⇒ GASES NOBRES UM METAL: Conduz eletricidade, tem brilho, é maleável e flexível. UM NÃO METAL: Não conduz eletricidade, não é maleável e nem flexível. COMPOSTOS O que são compostos??? Um composto é uma substância eletricamente neutra que consiste de dois ou mais elementos diferentes com seus átomos presentes em uma proporção definida. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 29 Todos os objetos ao nosso redor são feitos de átomos. Estes átomos, algumas vezes, combinam-se e formam moléculas: são unidos através da formação de ligações covalentes. Em outras palavras, alguns elétrons, que antes estavam em orbitais atômicos passam a formar orbitais moleculares. Mas as moléculas são discretas: a água, por exemplo, consiste em pequenos grupos de 3 átomos, sendo um do elemento oxigênio que liga-se a dois átomos de hidrogênio. A ligação covalente, entretanto, é intramolecular: apenas une os átomos que formam a molécula. As forças que existem entre as moléculas - forças intermoleculares - não são tão fortes como as ligações iônicas ou covalentes, mas são muito importantes; sobretudo quando se deseja explicar as propriedades macroscópicas da substância. E são estas forças as responsáveis pela existência de 3 estados físicos. Sem elas, só existiriam gases A água por exemplo é um composto de hidrogênio e oxigênio, com dois átomos de hidrogênio para um de oxigênio: 2H: 1O. H2O Os compostos podem ser classificados como orgânicos e inorgânicos. Os orgânicos contém o elemento químico carbono e usualmente hidrogênio: os combustíveis, açucares, os medicamentos, as roupas, e milhões de outras substâncias. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 30 Os compostos inorgânicos são todos os outros compostos: água; sulfato de cálcio; amônia; sílica; ácido clorídrico; hidróxido de sódios e muitos outros. S + O2 →→→→ SO2 AMARELO INODORO IRRITANTE E VENENOSO UMA MOLÉCULA É UM GRUPO DISCRETO DE ÁTOMOS LIGADOS EM UM ARRANJO ESPECÍFICO. UM ÍON É UM ÁTOMO OU UM GRUPO DE ÁTOMOS LIGADOS POSITIVAMENTE OU NEGATIVAMENTE CARREGADOS. UM ÍON POSITIVO ⇒⇒⇒⇒ CÁTION Na+, Ca2+ , Al3+ UM ÍON POSITIVO ⇒⇒⇒⇒ ANION O2- , Cl-, SO42-, OH-, CO32- COMPOSTOS SÃO COMBINAÇÕES DE ELEMENTOS. UM COMPOSTO É CLASSIFICADO EM MOLECULAR ⇒⇒⇒⇒ MOLÉCULA E IÔNICO ⇒⇒⇒⇒ ÍONS. O NOME DOS CÁTIONS: O nome de um cátion monoatômico é o mesmo do elemento que o formou, acrescentando-se a palavra íon: Ex.: Na+ íon sódio Ca2+ íon cálcio Al3+ íon alumínio Cu+2 íon cobre (II) e Cu+1 íon cobre (I) Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 31 O NOME DOS ANIONS: O nome de um anion monoatômico recebem a palavra íon e o sufixo eto; os oxiânios são ânios que contém oxigênio; os oxiáciods são ácidos moleculares que contém oxigênio: Ex.: Cl- íon cloreto, S2- íon sulfeto, F- íon fluoreto O-2 íon óxido e OH- íon hidróxido SO42- íon sulfato CO32- íon carbonato HCO3- bicarbonato ou íon carbonato de hidrogênio NO3- nitrato ( fonte importante de nitrogênio para plantas e está incluído em fertilizantes, como nitrato de amônio) NO2- nitrito O NOME DOS COMPOSTOS IÔNICOS: KCl : CLORETO DE POTÁSSIO CuSO4 : SULFATO DE COBRE (II) NH4NO3: NITRATO DE AMÔNIO O NOME DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS: N°°°° de átomos de carbono NOME N°°°° NOME 5 PENTANO 20 ICOSANO 6 HEXANO 30 TRIACONTANO 7 HEPTANO 40 TETRACONTANO 8 OCTANO 50 PENTACONTANO 9 NONANO 60 HEXACONTANO 10 DECANO 70 HEPTACONTANO 11 UNDECANO 80 OCTACONTANO 12 DODECANO 100 HECTANO 13 TRIDECANO Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 32 MOL E MASSAS MOLECULARES MOL: As quantidades de átomos, moléculas ou íons em uma amostra são expressas em mols, e a constante de Avogadro, NA, é usada para a conversão entre o número destas partículas e o número de mols. Ex.: qual a massa molar dos seguintes compostos Glicina NH2 –CH2-COOH C2H5O2N C 12 x 2 = 24 H 1 x 52 = 5 O 16 x 2 = 32 N 14 x 1 = 14 75g / mol Massa molecular????? H2SO4 HNO3 Alanina NH2 –CHCH3-COOH Para uma reação ocorrer tem que haver razões (proporções) nos reagentes para formar um produto. Qual a massa de AAS formada a partir de 4 g de ácido salicílico (1) e 20 g de anidrido acético (2)? O OH OH OH O O CH3O 1 2 3 + O OH3C CH3 O O OHH3C H2SO4 + AAS Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 33 1a LISTA DE EXERCÍCIOS 1) Usando o diagrama de Linus Pauling, faça a distribuição eletrônica dos seguintes átomos:: a) Br; b)Fe ; c) Fe3+ ; d) Ba ; e) Zn; f) Si 2) Quais os números quânticos dos elétrons de maior energia dos seguintes átomos : a) Boro (Z=5), b) Alumínio (Z=13) ; c) Manganês (Z=25); d) Ca (Z=20); 3) O último elétron de diversos átomos neutros apresentam os seguintes pares de números quânticos indique o número atômico e a família que pertence: a) átomo A ===> n = 4 ; l = 2 ; m = 0 ; s = - 1/2 b) átomo B ==> n = 4 ; l = 2 ; m = + 2 ; s = - 1/2 c) átomo C ==> n = 4 ; l = 3 ; m = -3 ; s = -1/2 4) Como são classificados os elementos quando o último subnível é: a) s ou p b) d c) f 5) Indique o período e a família a que pertence cada um dos seguintes elementos: a) Z = 35 ; Z = 12 ; Z = 33 ; Z = 3 ; Z = 25 6) Coloque os seguintes elementos em ordem crescente de eletronegatividade: a) F ; b) O ; c) Br ; d) I 7) Como cresce a energia de ionização nos grupos e períodos da tabela periódica? Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 34 LIGAÇÕES QUÍMICAS As ligações químicas, que mantêm unidos os átomos de uma substância, determinam, em parte, as suas propriedades. A ligação química é a intensa força atrativa que existe entre os átomos de uma substância. Os átomos, apesar da neutralidade elétrica, são espécies instáveis e reativas. Eles tendem a se combinar, de modo que a sua camada de valência ( a mais externa) passe a conter oito elétrons. LIGAÇÃO IÔNICA: Esta ligação envolve a completa transferência de elétrons entre dois átomoscujos valores de eletronegatividade são bastante distintos. O átomo menos eletronegativo perde um elétron ( ou mais de um), tornando-se um íon positivo (cátion). Já o átomo mais eletronegativo ganha um ou mais elétrons, tornando-se um íon carregado negativamente ( ânion). A ligação iônica resulta da atração eletrostática entre os íons de cargas opostas. Os elementos ganham ou perdem elétrons, de forma que se obtenha uma configuração eletrônica mais estável na camada de valência. A formação de um íon ocorre quando: - um átomo perde elétrons, formando-se um íon positivo ou cátion: M(g) M(g)1+ + 1e (potencial de ionização) Átomo cátion - um átomo ganha elétrons, formando um íon negativo ou ânion: X(g) + 1e X(g)1- (afinidade eletrônica) Átomo ânion Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 35 Se o elétron é perdido por M(g) e ganho por X(g), todo o processo pode ser representado por: M(g) + X(g) M(g)1+ + X(g)1- Os íons M(g)1+ e X(g)1- formados são atraídos eletrostáticamente formando o composto iônico: M(g)1+ + X(g)1- M1+X1- (g) Cátion Ânion composto iônico • As propriedades dos sais, substâncias que sabemos hoje, serem iônicas, sugeriram as primeiras explicações para a ligação iônica. Os sais, em geral, são sólidos cristalinos que fundem em temperatura elevada. • O cloreto de sódio, por exemplo, funde a 801°C. Um sal fundido (isto é, o líquido formado na fusão) conduz corrente elétrica. Um sal dissolvido em água forma uma solução eletrolítica (solução que conduz corrente elétrica). A condutividade elétrica do sal fundido e a da solução salina, é resultado do movimento dos íons nos líquidos, o que sugere a possibilidade de os íons existirem nos sólidos, unidos pela atração de cargas elétricas opostas. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 36 Em um composto iônico, os cátions e ânions não estão arranjados aos pares mas sim, ordenados em três dimensões (figura). FIG. O cristal de cloreto de sódio. Cada cátion sódio está circundado por seis ânions cloreto e cada ânion cloreto por seis cátions sódio. Notação de Lewis • A equação da transferência de elétrons entre o Na e o Cl pode ser simplificada utilizando-se a notação de Lewis para átomos e íons monoatômicos. Na notação de Lewis os elétrons da camada de valência de um átomo, ou íon, são representados por pontos colocados em torno do símbolo do elemento. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 37 • Na Tabela aparecem os símbolos da notação de Lewis correspondentes à configuração eletrônica da camada de valência dos átomos do segundo e do terceiro períodos. Os pontos são colocados um de cada lado do símbolo do elemento até que todos os quatro lados estejam ocupados. • Depois, os pontos são colocados aos pares até se completarem todos os elétrons de valência. A equação que representa a transferência de elétron do átomo de sódio para o de cloro é: : : .. .. -: .. .. . .Na + Cl Na + + [ Cl ] TABELA Notação de Lewis para os Átomos do Segundo e do Terceiro Períodos IA ns1 IIA ns2 IIIA ns2np 1 IVA ns2np 2 VA ns2np 3 VIA ns2np 4 VIIA ns2np 5 VIIIA ns2np 6 é valência 1 2 3 4 5 6 7 8 Lewis Li Be B C N O F Ne . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . ... . .. . .... Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 38 Exemplo 2.1 Notação de Lewis para Representar Formação de Ligação Iônica Utilize a notação de Lewis para representar a transferência de elétrons do átomo de magnésio para o de flúor e a formação dos íons. RESOLUÇÃO O átomo de magnésio perde dois elétrons. Como o átomo de flúor só pode aceitar um elétron, completando a sua camada de valência, é preciso que dois átomos de flúor participem da transferência de elétrons. Vários exemplos da formação de outros compostos iônicos serão vistos em sala de aula. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 39 REGRA DO OCTETO Esta Teoria afirma que todo átomo será estável se apresentar 8 elétrons na última camada eletrônica, para tanto, o átomo pode ganhar, perder ou compartilhar seus elétrons de valência. Exemplo: 11Na 1s2 2s2 2p6 3s1 Perde elétrons 11Na 1+ 1s2 2s2 2p6 17Cl 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 Ganha elétrons 17Cl 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 Conhecendo-se o número de elétrons de valência é possível determinar a tendência de cada átomo. IA ns1 IIA ns2 IIIA ns2np1 IVA ns2np2 VA ns2np3 VIA ns2np4 VIIA ns2np5 VIIIA ns2np6 é valência 1 2 3 4 5 6 7 8 tendência perder perder perder Compar- tilhar ganhar ganhar ganhar Não possui Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 40 Energia Envolvida na Ligação Iônica Faz-se necessário analisar as variações de energia envolvidas na formação da ligação iônica. Desta forma, entende-se porque alguns átomos formam ligações iônicas e de outros não. A ligação dos átomos deve provocar diminuição líquida de energia, pois o átomo ligado deve ser mais estável e, por isto, ter energia mais baixa que o átomo não ligado. Utilizaremos, novamente como exemplo, a formação da ligação iônica entre o átomo de sódio e o átomo de cloro. Podemos imaginar que ela ocorra em duas etapas: 1ª - Um elétron é transferido entre os dois átomos separados, formando íons. 2ª - Os íons se atraem mutuamente para formar a ligação iônica. Na verdade, as duas etapas ocorrem simultaneamente. Porém, a quantidade líquida de energia envolvida é a mesma, quer em etapas sucessivas, quer em etapas simultâneas. A primeira etapa envolve a remoção do elétron 3s do átomo de sódio e a adição deste elétron à camada de valência do átomo de cloro. A remoção do elétron do átomo de sódio exige energia, que corresponde à primeira energia de ionização do átomo de sódio, que é igual a 496 kJ/mol. A adição do elétron ao átomo de cloro libera energia, que corresponde à afinidade eletrônica do átomo de cloro, igual a –349 kJ/mol. Podemos notar que é preciso mais energia para remover o elétron do átomo de sódio, do que a que se ganha pela adição do elétron ao átomo de cloro. Concluímos, através destes dados, que a formação dos íons a partir dos átomos neutros não é, por si só, energeticamente favorável. Deve-se dispor de um extra de energia, de pelo menos 147 kJ/mol, que corresponde a (496 – 349) kJ/mol para formar os íons. Porém, quando os íons positivoe negativo se unem há um desprendimento de energia mais do que suficiente para atender à necessidade mencionada (147 kJ/mol) . O que determina, principalmente, a energia liberada quando há ligação entre os íons, é principalmente, a atração entre os íons de cargas opostas. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 41 O sinal negativo significa que há liberação de energia. Esta energia corresponde à energia de formação de um par iônico. Para exprimir a energia de formação de um mol de NaCl devemos multiplicar o valor encontrado pela Constante de Avogadro, 6,02 x 1023 mol-1. Obteremos – 493 kJ/mol, que equivale à energia liberada quando um mol de Na+ e um mol de Cl- se reúnem para formar um mol de NaCl (Fig., Etapa 2a). O valor desta energia é aproximado, devido à hipótese simplificada feita para o cálculo. 1 mol de NaCl(s) 1 mol de Na + 1 mol de Cl Etapa 1 147 kJ 1 mol de Na + 1 mol de Cl + energia líquida liberada = -639kJ etapa 2b -292 kJ etapa 2a - 493 kJ etapa 2 -786 kJ 1 mol de pares de íons Na Cl+ - FIG. Energias na ligação iônica. • A transferência de um elétron do átomo de Na para o átomo de Cl não é energeticamente favorável; se faz com 147 kJ/mol de energia (Etapa 1). • Porém, quando os íons com cargas opostas se reúnem, formando um par de íons, há a liberação de 493 kJ/mol de energia (Etapa 2a). Há ainda uma liberação extra de energia (293 kJ/mol) quando os pares de íons se organizam no cristal sólido (Etapa 2b). • A energia da rede é desprendida quando um mol de Na+ e um mol de Cl- reagem para dar NaCl(s); o desprendimento é de 786 kJ/mol. A formação de NaCl é energeticamente favorável, quando se considera o processo global, desprendendo 639 kJ/mol de energia, tendo-se inicialmente os átomos de Na e de Cl na fase gasosa. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 42 • A ligação dos pares de íons não cessa a atração entre íons com cargas opostas. A atração máxima entre estes íons, combinada com a repulsão mínima entre os íons de mesmo sinal, ocorre com a formação do sólido cristalino. Há então um desprendimento adicional de energia (Fig., Etapa 2b). • A energia liberada quando um sólido cristalino se forma a partir dos seus íons livres está relacionada à energia da rede do sólido. A energia da rede é a variação de energia que ocorre quando o sólido iônico é separado em íons isolados na fase gasosa. No caso do cloreto de sódio temos NaCllll(s) →→→→ Na+(g) + Cllll-(g) Essa análise de energia mostra que dois elementos se ligam através de ligação iônica, se a energia de ionização de um for bastante pequena e a afinidade eletrônica do outro for suficientemente grande e negativa. Esta situação é a que existe entre metal reativo (que tem energia de ionização baixa) e um não-metal reativo (que tem afinidade eletrônica muito grande e negativa). Em geral, a ligação entre um metal e um não-metal é iônica. LIGAÇÕES COVALENTES Até agora, analisamos as substâncias iônicas que são, nos casos típicos, sólidos com ponto de fusão elevado. Muitas substâncias, porém, são moleculares – gases, líquidos ou sólidos de ponto de fusão baixo – constituídas por moléculas bem definidas. A molécula é grupo de átomos, na maioria das vezes, de átomos de não-metais, fortemente unidos por ligações químicas. As forças que mantêm os átomos unidos nas substâncias moleculares, não podem ser explicadas com base na atração de íons. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 43 Exemplo óbvio é o da molécula de H2, na qual dois átomos de hidrogênio estão estreitamente unidos e não existem íons. Gilbert Newton Lewis, em 1916, propôs que as intensas forças atrativas entre os dois átomos de uma molécula eram o resultado de uma ligação covalente, ou seja, de uma ligação química formada pelo compartilhamento de um par de elétrons entre os átomos. Descrição das ligações covalentes Consideremos a formação da ligação covalente entre dois átomos de hidrogênio para dar as moléculas de H2. Quando os átomos se aproximam um do outro, os seus orbitais 1s começam a se superpor. Cada elétron pode então ocupar o espaço em torno de ambos os átomos. Em outras palavras, os dois elétrons podem ser compartilhados pelos dois átomos (Fig.). Os elétrons são atraídos, simultaneamente, pelas cargas positivas dos dois núcleos de hidrogênio. Esta atração que une os elétrons aos dois núcleos é a força que mantém unidos os dois átomos. Embora não existam íons na molécula de H2, a força que mantém unidos os dois átomos pode ser considerada proveniente da atração de partículas opostas: os núcleos e os elétrons. FIG. Distribuição de probabilidade dos elétrons para a molécula de H2. Os elétrons ocupam o espaço em torno dos dois átomos. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 44 Fórmulas de Lewis A formação da ligação covalente na molécula de H2 pode ser representada como se segue: H. + . H → H : H Utiliza-se a notação de Lewis para os átomos de hidrogênio e representa-se a ligação covalente por um par de pontos. Não nos esqueçamos de que os elétrons da ligação covalente passam parte do tempo na região de influência de cada átomo. Neste sentido, cada átomo na molécula do H2, tem a configuração eletrônica do hélio (1s2). A formação de uma ligação entre o H e o Cl para dar a molécula de HCl pode ser representada de maneira semelhante. H + Cl H Cl.. . . . . . . . . . . . . . . • Quando os dois átomos se aproximam um do outro, os elétrons desemparelhados de cada um deles emparelham-se mutuamente e formam a ligação covalente. • O par de elétrons é compartilhado pelos dois átomos. Cada átomo assume a configuração eletrônica de um gás nobre, tendo o átomo de hidrogênio dois elétrons na sua eletrosfera (como o He), e o átomo de Cllll oito elétrons na sua camada de valência (como o Ar). Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 45 A fórmula que usa a notação de Lewis para representar os elétrons de valência é uma fórmula de Lewis ou fórmula eletrônica. O par de elétrons, representado pelo par de pontos nas fórmulas, é um par ligante se o par de elétrons for compartilhado por dois átomos ou um par isolado ou não-ligante se o par de elétrons que fica ligado a um só átomo e que não é compartilhado. Na fórmula estrutural, ou fórmula de Cooper, cada par ligante é representado por um traço. Ligação Covalente Dativa ou Coordenada A ligação covalente dativa ou coordenada, é o compartilhamento de um par de elétrons entre dois átomos, sendo que este par é de apenas um dos átomos da ligação, o qual já completou seu octeto (camada de valência completa). A ligação covalente dativa ou coordenada não é essencialmente diferente de outras ligação covalentes; envolve também, o compartilhamento de um par elétrons entre dois átomos. Este tipo de ligação é muito comum nos oxiácidos (ácidos que contêm oxigênio), cuja fórmula geral é HxEOy, como por exemplo, H2SO4 (ácido sulfúrico), HNO3 (ácido nítrico), etc. Há uma regra geral, para se fazer às fórmulas estruturais dos oxiácidos, cujas etapas estão listadas abaixo: 1) Ligar ao elemento E (por ligação covalente), tantos –O – H , quantos forem os hidrogênios da fórmula do oxiácido;2) Ligar ao elemento E, os oxigênios remanescentes: a) Por dupla ligação, se o elemento E não tiver completado seu octeto, ou b) Por ligação dativa, se o elemento E tiver completado seu octeto. Vários exemplos da aplicação desta regra serão vistas em sala de aula. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 46 Regra do Octeto e Estrutura de Lewis Na medida do possível, a estrutura de Lewis deve mostrar que a regra do octeto é obedecida. Mas, em algumas moléculas a regra do octeto não é obedecida. Exemplo: PCl3 e PCl5 15P 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 17Cl 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 Estrutura de Lewis possui 3 elétrons desemparelhados possui 1 elétron desemparelhado • Para a formação do PCl3 cada átomo de cloro está compartilhando 1 elétron com cada elétrons desemparelhado do fósforo. • Para formação de PCl5 é preciso que o átomo de fósforo possua cinco elétrons desemparelhados. Para que isso ocorra os elétrons de valência do fósforo são excitados. 15P 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 3d0 • Nesta configuração, o fósforo pode acomodar cinco átomos de cloro ao seu redor. A expansão da camada de valência, como é chamada, somente é possível se o átomo possuir nd ou (n-1)d vazios, que podem ser usados além dos orbitais ns e np. P.. . . .. Cl ClCl .. .... . . . . .. .. .. .. .. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 47 Ligações Covalentes Polares, Eletronegatividade A ligação covalente envolve o compartilhamento de pelo menos um par de elétrons entre dois átomos. Quando os átomos são iguais, isto é, quando têm a mesma capacidade de atrair elétrons, ou a mesma eletronegatividade, como no caso da ligação H – H do H2, os elétrons da ligação são compartilhados igualmente pelos dois átomos, ou seja, os elétrons passam iguais intervalos de tempo nas vizinhanças de cada átomo, neste caso a ligação pode ser denominada ligação covalente apolar. Quando os dois átomos são de elementos químicos diferentes, os elétrons não são compartilhados por igual, pois os átomos têm necessariamente, diferentes atrações por elétrons, ou seja, diferentes eletronegatividades. Ligação covalente polar é a ligação covalente na qual os elétrons de ligação passam mais tempo nas proximidades de um átomo do que nas do outro. Os elétrons estarão mais próximos do átomo que possuir maior eletronegatividade (maior atração por elétron). Pode-se considerar a ligação covalente polar como a ligação intermediária entre a ligação covalente apolar, e a ligação iônica. Exemplos: . . . . H : H H : Cl : Na+ [:Cl- :] . . . . covalente apolar covalente polar iônica Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 48 Os pares de elétrons ligantes são igualmente compartilhados no H2, desigualmente compartilhados no HCl e essencialmente não compartilhados na NaCl. Assim, é possível ordenar as diferentes ligações numa transição gradual da ligação covalente apolar até a ligação iônica. Resumindo, quando não há diferença de eletronegatividade entre os dois átomos que se ligam, ou seja, quando são átomos do mesmo elemento químico, a ligação será covalente apolar. A ligação química será tanto mais polar (fortemente polar), quanto maior for a diferença de eletronegatividade entre os dois átomos que se ligam. Diferença de eletronegatividade tipo de ligação Zero a 0,4 --------------------------------- ligação covalente apolar Entre 0,4 e 1,7 ------------------------------- ligação covalente polar Maior que 1,7 --------------------------------- ligação iônica Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 49 BALANÇO DE CARGA A separação das cargas em um átomo possui relação direta com suas propriedades. Dois métodos aproximados são considerados úteis para a determinar a carga de cada átomo. 1- Método da Carga Formal Consiste em determinar a diferença entre a carga no átomo isolado e no átomo ligada. Esta diferença, positiva ou negativa, é a carga do átomo. 2- Metodo do Número de Oxidação – NOX Neste método, alguns átomos possuem carga fixa. A partir destes se determina a carga dos demais elementos. NOX fixo – Metais alcalinos (Li, Na, K, Rb, Cs, Fr) NOX +1 Metais alcalinos Terrosos (Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra) NOX +2 Alumínio NOX +3 Em uma substância simples o NOX do elemento é zero Alem dessas, o hidrogênio é geralmente +1 e o oxigênio é geralmente –2. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 50 A formação de uma ligação sempre ocorre com liberação de energia . Para se quebrar uma ligação covalente, é necessário fornecer uma quantidade de energia igual à liberada quando essa ligação é formada. H H H HC H Cl H O H Nem todos os elétrons de valência estão envolvidos nas ligações covalentes, aqueles elétrons que não tem participação na formação das ligações químicas são denominados não-ligantes. Fórmulas estruturais dos compostos são representados da seguinte forma: C H H H C H O H H O HH ClH Cl Cl H HC H H H H Os elementos mais comumente encontrados em compostos orgânicos e o número de ligações que eles normalmente fazem são: C (4), N (3), O e S (2), H, F, Cl, Br e I (1). Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 51 Os átomos podem também se unir por meio de ligações duplas e tríplices. As quatro ligações covalentes do carbono podem ser realizadas da seguinte forma: C H H C C H H C H H H H CH C HC H H C H H 4 simples 1 dupla e 2 simples 1 tríplice e 1 simples 2 duplas 1 dupla e 2 simples Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 52 HIBRIDIZAÇÀO DOS ORBITAIS E FORMA TRIDIMENSIONAL DAS MOLÉCULAS ORBITAIS HÍBRIDOS SP3 O composto orgânico mais simples é o gás metano CH4. Os hidrogênios devem ligar-se ao carbono por meio de ligações simples, denominadas ligações sigma ( σσσσ ). No estado fundamental, a configuração eletrônica do átomo de carbono é 1s2 2s2 2p2. Com essa distribuição eletrônica, o carbono não é capaz de se ligar a quatro átomos de hidrogênio, mas apenas a dois. Par melhor compreensão desse fato, basta representar os orbitais em formas de “ caixas ” , como mostrado a seguir: 2s 2px 2py 2pz estado fundamental 2s 2px 2py 2pz estado excitado No entanto, se um elétron do orbital 2s for transferido para o orbital 2p vazio, o carbono passará a Ter quatro elétrons desemparelhados ( estado excitado ),sendo, portanto, capaz de fazer quatro ligações. Ë assim, que se explica a tetravalência do átomo de carbono. O que acontece na verdade, é uma hibridização dos orbitais denominados híbridos sp3. Esses orbitais são todos iguais, e o ângulo entre eles é de 109,47°. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 53 z x y p p p s sp3 sp3 sp3 sp3 + 4 H H H H H Combinação de três orbitais p e um orbital s, para formar quatro orbitais híbridos sp3, e representação da interpenetração do orbital 1s de quatro átomos de hidrogênio com os orbitais sp3 do carbono, para formar o metano. A geometria da molécula de metano é, portanto, representada da seguinte forma: C H H H H Ligação no plano do papel Ligação atrás do plano Ligação na frente do plano O átomo de carbono ocupa o centro de um tetraedro, e os átomos de hidrogênio ocupam os seus vértices. O ângulo entre as ligações H-C-H é de 109,47°°°°, sendo denominado tetraédrico. Este é o arranjo espacial em que a distância entre os átomos de hidrogênio é máxima e conseqüentemente, a repulsão entre os elétrons das ligações C-H é minimizada. Assim, as ligações sigma entre o carbono e os hidrogênios na molécula do metano são formadas pela superposição dos orbitais 2sp3 do carbono com os orbitais 1s da cada hidrogênio. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 54 Todo carbono que se encontrar ligado a quatro outros átomos ou grupo de átomos apenas por meio de ligações σσσσ, terá hibridização sp3, e geometria tetraédrica. A distância da ligação em compostos saturados (sp3-sp3) é de 1,54 Å. Outros elementos como o oxigênio e o nitrogênio também podem ter hibridização sp3. A distribuição eletrônica antes e depois da hibridização dos orbitais são as seguintes: 1s O 2s 2px 2py 2pz 2s 2sp3 1s N 2s 2px 2py 2pz 2s 2sp3 4 O oxigênio contém dois elétrons desemparelhados, ele poderá fazer duas ligações σ. O ângulo observado entre as ligações H-O-H é de 104,5°, inferior ao ângulo tetráédrico de 109,47°. A redução do ângulo é explicada em razão da maior repulsão entre os elétrons não-ligantes. 4 Na molécula de amônia ( NH3), os ângulos entre as ligações H-N-H observados são de 107°, ou seja, também menores que 109,47°. A geometria da molécula de água é denominada angular e da amônia é piramidal. O HH 104,5o N H H H 107o Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 55 ORBITAIS HÍBRIDOS SP2 O Hidrocarboneto mais simples representativo de moléculas que apresentam átomos de carbono com hibridização do tipo sp2 é o eteno ( CH2=CH2 ). Os átomos de carbono encontram-se ligados por meio de uma ligação, sendo uma delas do tipo σσσσ e a outra do tipo pipipipi. A fórmula estrutural para este composto é a seguinte: C H H C H H 116,6o 121,7o 4444 Nesse caso, o orbital 2s e dois orbitais 2p de carbono são combinados para formar três orbitais híbridos sp2. Estes orbitais são direcionados para os vértices de um triângulo equilátero, o ângulo entre esses orbitais é de 120°, e o orbital 2p que não participou da hibridização permanece perpendicular ao plano ocupado pelos orbitais híbridos. Combinação de dois orbitais p e um orbital s para formar três orbitais híbridos sp2. z x y p p p s hibridização sp2 sp2 sp2 p p Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 56 A combinação dos orbitais sp2 e p de dois átomos de carbono e quatro átomos de hidrogênio ( orbital s ) para formar o eteno. Todo átomo de carbono que formar uma ligação dupla apresentará hibridização sp2. A energia da ligação C-C no ETANO é de 83 Kcal/mol; C=C no ETENO (acetileno) é apenas 143 Kcal/mol e o comprimento da ligação C=C é 1,33 Å. sp2 sp2 sp2 p p sp2 sp2 sp2 p pH H H H p p sp2 sp2 sp2 p p H H H H 2 átomos de carbono sp2 formam a ligação σ ( sp2-sp2) por meio da superposição frontal, enquanto a interpenetração lateral entre os orbitais 2p resulta na formação da ligação pi. Os orbitais 2sp2 restantes combinam-se com os orbitais 1s dos átomos de hidrogênio completando desta forma as valências dos átomos de carbono na mólecula de eteno. ORBITAIS HÍBRIDOS SP O átomo de carbono que se liga a outros átomos por meio de duas ligações σ e duas pi apresenta hibridização sp. Neste caso, um orbital 2s combina-se com um orbital 2p para formar dois orbitais híbridos sp, sendo o ângulo entre eles de 180°. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 57 Os outros dois orbitais 2p que não participam da hibridização encontram-se perpendiculares ao plano dos orbitais sp. O hidrocarboneto mais simples em que o carbono apresenta hibridização sp é o acetileno (HC≡CH). A ligação σ ( C-C) é formada pela superposição frontal dos orbitais híbridos sp de cada um dos átomos de carbono, enquanto as duas ligações pi (C-C) são formadas pela superposição lateral entre os orbitais 2p paralelos de cada carbono. A energia da ligação C≡C é de 194 Kcal /mol e o comprimento da ligação é de 1,20 Å. As ligações σ (C-H) são formadas pela combinação dos orbitais 1s dos hidrogênios com os orbitais sp dos carbonos. A hibridização sp para os átomos de carbono não se restringe à formação de ligação tríplice Carbono-Carbono. O átomo central do aleno ( CH2=C=CH2) também apresenta hibridização sp. C H H C C H H CH C H sp2 sp sp2 sp sp H C N sp sp GEOMETRIA MOLECULAR 1. Moléculas com 2 átomos são sempre lineares Ex.: H2, O2, HCl, HF...... 2. Moléculas com 3 átomos são lineares se não sobrarem elétrons no átomo central = apolares ≠≠≠≠ polares Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 58 Ex.: CO2, CS2 3. Moléculas com 3 átomos são angulares se sobrar elétrons no átomo central Ex.: H2O, SO2, H2S 4. Moléculas com 4 átomos são trigonais planas se não sobrarem elétrons no átomo central Ex.: SO3, BF3 5. Moléculas com 4 átomos são piramidais se sobrarem elétrons no átomo central Ex.: NH3, PCl3 6. Moléculas com 5 átomos sem sobrarem elétrons no átomo central são tetraédricas Ex.; CH4, CHCl3 FÓRMULAS ESTRUTURAIS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS E ISOMERIA CONSTITUCIONAL Existem várias maneiras de se representarem as fórmulas estruturais dos compostos orgânicos, no caso do composto de fórmula molecular C3H8. H H HH H H H C C H C H H CC H H C H H H H CH3CH2CH3 Estrutura dos pontos Fórmula de traços Fórmula condensada Fórmula de linhas Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 59 ISOMERIA CONSTITUCIONAL A fórmula molecular de um composto representa apenas os tipos e a quantidade de átomos que entram na sua constituição. Já a fórmula estrutural mostra, o arranjo dos átomos e a seqüência de ligações entre eles, informa como os átomos estão ligados entre si. Exemplo: C4H10 CH3CH2CH2CH3 CH3CHCH3 CH3 n-butano metilpropano Esses compostos têm a mesma fórmula molecular, mas por suasfórmulas estruturais, fica evidente que as seqüências com que os átomos estão ligados entre si são diferente, eles são denominados ISÔMEROS CONSTITUCIONAIS. Exemplo: C2H6O CH3CH2OH H3C O CH3 álcool etílico éter etílico POLARIDADE DAS LIGAÇÕES COVALENTES E DAS MOLÉCULAS Em moléculas como hidrogênio ( H2 ) ou cloro ( Cl2 ), formadas por átomos de um mesmo elemento químico, o compartilhamento pelo par de elétrons da ligação covalente ocorre de modo igual, não há diferença de eletronegatividade entre as espécies, a ligação é denominada COVALENTE APOLAR. No caso de ligações formadas por átomos que possuem eletronegatividades diferentes, o compartilhamento pelo par de elétrons da ligação covalente ocorrerá de modo desigual. O átomo de maior eletronegatividade exercerá maior atração sobre o Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 60 par de elétrons, desenvolvendo, uma carga parcial negativa ( δδδδ- ), o átomo menos eletronegativo uma carga parcial positiva ( δδδδ+ ), a ligação é COVALENTE POLAR. ELETRONEGATIVIDADE: F > O > Cl; N > Br > C , H δδδδ+ HCl δδδδ- Esta molécula tem caráter dipolar. A polaridade da ligação no H-Cl é medida pelo momento de dipolo. É possível expressar a polaridade das ligações por meio de uma representação vetorial, este vetor é direcionado da extremidade negativa da ligação para a positiva. H Cl C H HH H C Cl ClCl Cl C H HH Cl µ = 4,42x10-30 C m µ = 0 µ = 6,20x10-30 C m µ = 0 • As moléculas podem ser classificadas quanto à sua polaridade em polares ou apolares. Uma molécula é considerada polar quando se orienta na presença de um campo elétrico externo, e apolar quando não se orienta. A polaridade de uma molécula pode ser determinada teoricamente, através de seu vetor momento dipolar resultante, isto é, pela soma dos vetores de cada ligação polar da molécula.1 1 O caráter iônico, ou seja, a polarização da ligação, é caracterizada por uma grandeza denominada momento dipolar, ou dipolo elétrico, que normalmente é representada por um vetor orientado no sentido do elemento menos eletronegativo para o elemento mais eletronegativo. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 61 Uma maneira prática de se determinar a polaridade de moléculas é através da observação da simetria molecular, conforme esquema abaixo: Molécula simétrica ⇒⇒⇒⇒ Molécula apolar N.º de pares eletrônicos ao redor do átomo central é igual ao N.º de grupos iguais ligados ao átomo central. Molécula assimétrica ⇒⇒⇒⇒ Molécula polar N.º de pares eletrônicos ao redor do átomo central é diferente do n.º de grupos iguais ligados ao átomo central. EFEITO INDUTIVO: Numa ligação covalente simples, o par eletrônico que forma a ligação sigma nunca é repartido de maneira igual entre os dois átomos. ÁTOMOS ELETRONEGATIVOS : EXERCEM EFEITOS INDUTIVOS NEGATIVOS ⇐ RETIRAM ELÉTRONS GRUPOS ALQUILA: ( -CH3 ) EXERCEM EFEITO INDUTIVO POSITIVO ⇐ SÃO DOADORES DE ELÉTRONS EFEITO MESOMÉRICO: OCORREM SOMENTE EM SISTEMAS INSATURADOS, ESPECIALMENTE CONJUGADOS, VIA SEUS ORBITAIS pipipipi. EX.: GRUPOS CARBONILAS, COMPOSTOS AROMÁTICOS, E OUTROS. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 62 PROPRIEDADES FÍSICAS E FORÇAS INTERMOLECULARES Forças intermoleculares são as que resultam da interação entre moléculas, no estado líquido e no estado sólido. São essas forças que mantêm as moléculas unidas num líquido e num sólido. Quanto maior for a intensidade das forças intermoleculares, maior será a energia necessária para provocar mudança de estado físico e, consequentemente, maiores serão os pontos de fusão e de ebulição dos compostos moleculares.2 As forças intermoleculares são genericamente denominadas forças de van der Waals 3. As atrações existem tanto em substâncias formadas por moléculas polares como por moléculas apolares, mas nessas últimas a explicação foi dada por Fritz London apenas em 1930. As forças atrativas intermoleculares, ou seja, as ligações intermoleculares, podem ser classificadas em: • Interação dipolo permanente – dipolo permanente (ou dipolo – dipolo) • Interação dipolo induzido – dipolo – induzido ou forças de dispersão de London • Pontes de hidrogênio 2 Durante uma mudança de estado ocorre simplesmente afastamento das moléculas, ou seja, somente as forças intermoleculares são rompidas. 3 Este nome foi dado às forças intermoleculares em homenagem ao físico holandês Diderik van der Waals, que em 1873 reconheceu a existência de forças atrativas e repulsivas fracas no gás real. Há muita divergência entre os autores em relação ao uso da denominação forças de van der Waals. Alguns consideram somente as interações dipolo induzido- dipolo induzido como forças de van der Waals; outros incluem nessa denominação também as interações dipolo permanente – dipolo permanente: finalmente, há os que incluem também as pontes de hidrogênio nessa denominação. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 63 Forças dipolo permanente – dipolo permanente ou dipolo – dipolo Esse tipo de força intermolecular é característico de moléculas polares. É o que acontece, por exemplo, no HCl sólido. Essa interação é a mesma que ocorre entre os íons Na+ e Cl- no retículo do NaCl (ligação iônica), porém com menor intensidade. Alguns exemplos de substâncias polares em que suas moléculas interagem por dipolo – dipolo: HCl , HBr , H2S , CO , HCCl3 , SO2 - + + - + - Interações dipolo permanente – dipolo permanente Forças dipolo induzido – dipolo induzido Essas forças ocorrem em todos os tipos de moléculas, mas são as únicas que acontecem entre moléculas apolares. + - + -+ - molécula apolar isolada dipolos induzidos (instantâneos) Distorção da nuvem eletrônica das moléculas apolares. Formação de dipolos induzidos. Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral www.teleduc.univali.br/ materiais apoio 64 • Considerando uma molécula apolar isolada (estado gasoso), percebe-se que ela não apresenta pólos, mas, em uma substância formada por esse tipo de moléculas no estado sólido ou líquido, devido à sua maior proximidade, ocorrerá uma deformação momentânea nas nuvens eletrônicas, originando pólos negativo e positivo. Alguns exemplos de substâncias formadas por moléculas apolares que interagem por forças intermoleculares dipolo induzido – dipolo induzido: H2, O2 , F2, Cl2, CH4 , CO2. Pontes de Hidrogênio A ponte de hidrogênio, por ser muito mais intensa, é um exemplo extremo da interação dipolo – dipolo , e ocorre em moléculas que apresentam átomos de hidrogênio ligados a átomos de flúor, oxigênio e nitrogênio, que por serem altamente eletronegativos, originam dipolos muito acentuados. H F H F H F H F δ δ δ δ δ δ δ δ- + - - - + + + FIG. Pontes de hidrogênio no HF (liqüefeito ou sólido) Profa. Márcia Gilmara Marian Vieira Química Geral
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