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APOSTILA TRIBUTOS EM ESPÉCIE parte 2 2017

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
DIREITO TRIBUTÁRIO II
		PROFª. CRISTINA BARBOSA RODRIGUES
APOSTILA TRIBUTOS EM ESPÉCIE – SEGUNDA PARTE
Impostos de Competência dos Estados e do Distrito Federal
1 - Imposto Sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD - CF: Art. 155, I e § 1º
Tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, cujo fato gerador é a transmissão causa mortis de imóveis e a doação de quaisquer bens ou direitos. 
CTN:
Art. 35 - O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissões causa "mortis", ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Art. 36 - Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior:
I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito;
II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra.
Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporarão do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.
Art. 37 - O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
§ 1 - Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo.
§ 2 - Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior, levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3 - Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
§ 4 - O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
Art. 38 - A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
 Art. 39 - A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de Alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação.
Art. 40 - O montante do imposto é dedutível do devido à União, a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre o provento decorrente da mesma transmissão.
Art. 41 - O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro.
Art. 42 - Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
Representa tributação de dois modos de transmissão da propriedade: pela morte do titular do bem (causa mortis); e pela liberalidade do dono do bem que o transmite a outrem gratuitamente (doação).
O ITCMD possui as seguintes características:
Fato gerador: é a transmissão por morte ou por doação de quaisquer bens ou direitos;
Contribuinte: é o herdeiro ou o legatário, ou seja, quem recebe a herança ou o legado, no caso de transmissão causa mortis, e o donatário, no caso de doação;
Base de cálculo : é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos;
Alíquotas: variam de 2 a 4%.
É um imposto de finalidade/função fiscal – arrecadar recursos para os cofres públicos.
Conforme estabelece o Art. 155, § 1º e seus incisos:
om relação a bens imóveis e seus respectivos direitos, o imposto caberá ao Estado da situação do bem.
-relativamente a bens móveis, títulos e créditos, o imposto compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento ou, nos casos de doações no Estado em que tiver domicílio o doador.
Terá suas alíquotas máximas estabelecidas pelo Senado (Resolução nº 9/92)
2 - Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS - CF: Art. 155, II e C TN: Art. 68
Imposto incidente sobre as relações de consumo, sua principal característica é a não-cumulatividade (o contribuinte, ao final de cada período de apuração, deduz do imposto relativo às operações que praticou, o imposto já pago em operações ou prestações anteriores).
Tem por fatos geradores: a circulação de mercadorias e a prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação.
Possui as seguintes características:
fato gerador: é a circulação de mercadoria (inclui minerais, combustíveis e energia elétrica), a prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e a prestação de serviços de comunicação (somente quando a comunicação for onerosa), atingindo, inclusive a importação de produtos destinados a consumo ou para integrar o ativo fixo.
Contribuinte: é aquele que promover a operação ou a prestação objeto de incidência do imposto;
Base de cálculo: é o valor da operação de circulação de mercadoria ou da prestação de serviço;
Alíquotas: têm limites fixados pelo Senado Federal, variam conforme as regiões do país e de acordo com a natureza do produto;
Em se tratando de mercadoria importada, a competência para cobrar o tributo é do Estado em que está localizado o estabelecimento importador.
O ICMS tem função predominantemente fiscal, é fonte de receita bastante expressiva para os Estados e distrito Federal
É um imposto regido pelo princípio da não-cumulatividade: ao final de cada período de apuração, o contribuinte, por mecanismo de débito e crédito, deduz do imposto relativo às operações que praticou o imposto já pago em operações ou prestações anteriores - Art. 155, §2º, I da CF
Poderá ser seletivo (depende da vontade da lei estadual) , em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços – Art. 155§ 2º, III da CF – (neste caso, terá função extra fiscal)
Não incidirá ( outras hipótese de imunidade) Art. 155, § 2º, X da CF:
nas operações de exportação de mercadoria , nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior,
sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, lubrificantes, combustíveis e seus derivados e energia elétrica – exceto os combustíveis e lubrificantes mencionados no inciso III,h do Art. 155 da CF.
sobre o ouro nas hipóteses em que for definido como ativo financeiro ou instrumento cambial.
Nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
Operações relativas à circulação de mercadorias são quaisquer atos ou negócios, independentemente da natureza jurídica específica de cada um deles, que implicam circulação de mercadorias, vale dizer implicam mudança de propriedade das mercadorias, dentro da circulação econômica que as leva da fonte ao consumidor – Hugo de Brito Machado.
A jurisprudência considera não incidir ICMS nas transferências de mercadorias realizadas por estabelecimentos de uma mesma empresa.
Mercadorias são coisas móveis.
Todas as mercadorias são coisas, mas nem todas as coisas sãomercadorias.
O que caracteriza uma coisa como mercadoria é a sua destinação. Mercadorias são coisas destinadas ao comércio.
As prestações de serviços sujeitas ao ICMS são aquelas relativas a transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação exclusivamente.As prestações desses serviços que ensejam a incidência do imposto são somente aquelas de caráter oneroso. 
3 - Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores - PVA
Tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal (CF, Art. 155, III), consistindo num tributo patrimonial sobre veículos.
Incide sobre a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie (automóveis, caminhões, motocicletas, qualquer veículo cuja propulsão dependa de motorização).
Possui as seguintes características:
Fato gerador : é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie (automóveis, caminhões, motocicletas, enfim, qualquer veículo cuja propulsão dependa de motorização);
Contribuinte: é o proprietário do veículo;
Base de cálculo: é o valor venal do veículo;
Alíquotas: 
podem ser diferenciadas conforme o tipo e utilização do veículo. Art. 155 § 6º, II, da CF, acrescentado pela Emenda 42/2003 (Reforma Tributária)
terão alíquotas mínimas fixadas pelo senado Federal – Art. 155 § 6º, I, da CF, acrescentado pela Emenda 42/2003 (Reforma Tributária)
Impostos de Competência dos Municípios
1 - Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU- 
Tributo de competência dos municípios (instituição pelo Município: Art. 156, I, da CF e Arts. 32 a 34 do CTN.
Tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do município. 
O imposto incide sobre a propriedade, a posse e o domínio útil de bem imóvel, com ou sem edificação, situado na zona urbana do município. 
Poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel e progressivo no tempo de forma a assegurar a função social da propriedade. 
Possui as seguintes características:
Fato gerador: é a propriedade de imóvel situado na zona urbana do município;
Contribuinte: é o proprietário, possuidor ou detentor do domínio útil do imóvel do imóvel;
Base de cálculo: é o valor venal do imóvel;
Alíquotas: 
-são estabelecidas pela lei municipal;
-podem ser diferenciadas de acordo com a localização e uso do imóvel.
2 - Imposto sobre Transmissão Inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição -- ITBI – Art. 156, II da CF
O imposto incidirá exclusivamente sobre a transmissão onerosa inter vivos de bens imóveis e de direitos a eles relativos, exceto os de garantia. 
A instituição e cobrança do imposto cabem ao município em que estiver situado o bem. Art. 156, § 2º, II da CF.
Possui as seguintes características:
Fato gerador: é a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso;
Contribuinte: pode ser qualquer das partes na operação tributada;
Base de cálculo: é o valor venal do imóvel;
Alíquotas: são estabelecidas pela legislação de cada município.
Este imposto não incidirá (hipótese de imunidade específica) nas operações previstas no inciso I da §2º do Art. 156 da CF: 
- realização de capital as pessoas jurídicas,
- transmissão de bens e direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se o adquirente desses bens e direitos tiver como atividade preponderante a venda desses direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
3 - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) não compreendidos no campo de incidência do ICMS, definidos em lei complementar. - Art. 156, III, CF e Arts. 8º a 12, Lei Complementar 116/2003
Imposto de competência dos municípios cujo fato gerador é a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço. 
A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. 
Este imposto tem como fato gerador os serviços listados pela Lei Complementar n.º 116/2003.
Os municípios possuem autonomia para editarem lista de serviços de acordo com as especificidades de sua região, mediante lei municipal, observando as regras gerais da Lei Complementar 116/2003.
Quando o fornecimento de serviços ocorre juntamente com o fornecimento de mercadorias (conserto de veículos com o fornecimento de peças), a legislação federal estabelece a área de incidência do ISS e a do ICMS.
Possui as seguintes características:
Fato gerador: é a prestação de serviços que não estejam compreendidos na área de incidência do ICMS. 
Contribuinte: é o prestador do serviço (a lei municipal instituidora do ISS relacionará os serviços que serão tributados, nos termos da Lista Anexa à Lei 116/2003)
Base de cálculo: é o valor do serviço prestado;
Alíquotas: 
sSão fixadas pela legislação municipal.
pPossuem limites máximos e mínimos estabelecidos na Lei Complementar 116/2003:
 Alíquota mínima é de 2%
 Alíquota máxima é 5%.
REFERÊNCIAS
Machado, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, editora Malheiros.
Mazza, Alexandre. Manual de Direito Tributário, editora Saraiva.
Harada, Kioshi. Direito Financeiro e Tributário, editora Altas.
Amaro, Luiciano. Curso de Direito Tributário, editora Saraiva.
Constituição Federal.
Código Tributário Nacional.
Portal Tributário - www.portaltributario.com.br
Boa prova!
Professora Cristina

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