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CARBOIDRATOS O que são? Para quê servem? 2 Macromoléculas mais abundantes na natureza Principal fonte energética dos organismos Formados por moléculas de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), normalmente na proporção de 1:2:1 Onde são encontrados: 3 • Todas as frutas e verduras contêm carboidratos, que também podem ser encontrados em alguns produtos derivados do leite. Na verdade, todo alimento à base de vegetais possui carboidratos. • Através do processo de fotossíntese, as plantas armazenam carboidratos como sua principal fonte de energia. Monossacarídeos São os carboidratos mais simples, dos quais derivam todas as outras classes. Consistem de uma única unidade de poliidroxialdeído ou cetona, com um ou mais grupos hidroxila na molécula O mais abundante é a D- glucose. 4 D-glucose Classificação Pode ser baseada no número de carbonos de suas moléculas. Exemplo: Trioses: 3 carbonos Tetroses: 4 carbonos Pentoses: 5 carbonos Hexoses: 6 carbonos 5 + Importantes Ribose Arabinose Xilose Gliceraldeído 6 Hexoses GalactoseGlicose Frutose Malose Exemplos de Aldose e Cetose 7 CHO | H−C−OH | HO−C−H | H−C−OH | H−C−OH | CH2OH CH2OH | C O | HO−C−H | H−C−OH | H−C−OH | CH2OH Glicose Frutose ESTRUTURAS D e L Monossacarídeos - Estereoisômeros • Estereoisômeros com imagens especulares são também chamados de enantiômeros (ex: L-gliceraldeído e D-gliceraldeído). • Esquemas de representação: Projeção de Fischer e Projeção de Haworth. 9 Possuem centro assimétricos ou centro de quiralidades; São opticamente ativos; 10 Estruturas D e L • Projeção de Fischer e Haworth: • Ligações horizontais são projetadas para a frente do plano do papel, e as verticais projetadas para trás do plano. • O carbono mais oxidado é designado C-1. Os demais átomos de C estão numerados a partir desse carbono (centro quiral será o mais distante do grupo carbonila) • Na configuração D, o grupo hidroxila está à direita do carbono quiral de maior número; • Na configuração L, o grupo hidroxila está à esquerda do carbono quiral de maior número. 11 Açúcares redutores • São aqueles capazes de reduzir íons metálicos, como a prata e o cobre em reações nas quais o açúcar se oxida formando ácidos carboxílicos. • Grupo carbonila é oxidado a carboxila com a concomitante redução, por exemplo, do íon cúprico 𝐶𝑢+2 a cuproso 𝐶𝑢+. 12 Açúcares redutores 13 Redução Carbonila Carboxila Ciclização dos Monossacarídeos • O grupo aldeído das aldoses, ou cetona das cetoses, reage com a hidroxila da própria molécula. • Isto ocorre porque os monossacarídeos são carboidratos que possuem em sua estrutura dois grupos orgânicos diferentes: álcool e cetona ou álcool e aldeído; pode acontecer do oxigênio da cetona ou do aldeído reagir com algum grupo hidroxila característico dos álcoois, ocorrendo uma interação intramolecular. 14 Ciclização dos Monossacarídeos • Acontece como resultado de interação entre carbonos distantes, tais como C-1 e C-5, para formar um hemiacetal. Uma outra possibilidade é a interação entre C-2 e C-5 para formar um hemicetal. • Carbono Anomérico: carbono no qual ocorre a formação do anel hemiacetal. Sua hidroxila pode assumir duas formas: • Alfa (α): quando fica para baixo do plano do anel. • Beta(β): quando fica para cima do plano do anel. 15 (6 átomos de C) C anomérico OH do C-1 para baixo = OH do C-1 para cima = 16 Ciclização da frutose (5 átomos de C) pirano Anel piranose 6 átomos (5C + 1O) Aldoses Anel furanose 5 átomos (4C + 1O) Cetoses furano C anomérico 17 Ciclização de monossacarídeos Conformação do anel: Reações de Oxidação • Os monossacarídeos são oxidados a ácidos carboxílicos. • Essas reações são resultam em: • Ácidos aldônicos; • Ácidos áricos; • Ácidos urônicos; • Os reagentes oxidantes mais importantes são: reagente de Benedict ou Tollens, reagente de Fehling, água de bromo, ácido nítrico e ácido periódico. 18 Figura 20 - Estrutura dos ácidos aldônico, urônico e aldárico. CAREY, F. A. Química Orgânica, v.2, 7ª. Ed, 2011, pg.1076. Ácidos Aldônicos • São aldoses e cetoses oxidadas pelo reagente de Tollens. 19 Figura 21 - Oxidação da D-glicose com água de bromo. Fonte: BRUICE, P. Y. Química Orgânica, v.2, 4ª. Ed., 2006, pg.342. Ácido Aldárico • Se usado um agente oxidante mais forte, como o 𝐻𝑁𝑂3 uma aldose é oxidada a um ácido dicarboxílico chamado de ácido aldárico. 20 Figura 22 - Oxidação da D-glicose com HNO3. Fonte: BRUICE, P. Y. Química Orgânica, v.2, 4ª. Ed., 2006, pg.343. Ácido Urônico • Se formam pela oxidação do grupo hidroxila terminal de uma aldose ou cetose em ácido carboxílico – COOH. 21 Água de Bromo • Oxida especificamente o anômero β; • Produtos • Composto inicial: δ-aldonolactona • Hidrólise 22 γ-aldonolactona Reações de Redução • O grupo carbonila das aldoses e cetoses pode ser reduzido por agentes redutores usuais do grupo carbonila como 𝑁𝑎𝐵𝐻4ou 𝐻2/Pt, levando a formação de um poliálcool chamado de alditol. 23 Figura 18 - Redução da D-glicose e da L-gulose para o alditol. Fonte: BRUICE, P. Y. Química Orgânica, v.2, 4ª. Ed., 2006, pg.341. Reações de Redução • A redução de cetoses leva à formação de dois alditois ao invés de um, pois é criado um novo carbono assimétrico. 24 Figura 19 - Redução da D-manose e da D-grutose. Fonte: BRUICE, P. Y. Química Orgânica, v.2, 4ª. Ed., 2006, pg.341. DISSACARÍDEOS Dissacarídeos O que são Dissacarídeos? São açucares formados pela união de duas unidades de monossacarídeos. São solúveis em água e possuem sabor adocicado. Para a formação de um dissacarídeo, ocorre reação entre dois monossacarídeos, havendo liberação de uma molécula de água (H2O), ou seja, a síntese ocorre por desidratação. São quebrados por Hidrólise. 27 SACAROSE HIDRÓLISE GLICOSE + FRUTOSE GLICOSE + FRUTOSE DESIDRATAÇÃO H2O SACAROSE Exemplo: C6H12O6 + C6H12O6 → C12H22O11 + H2O Principais Dissacarídeos Sacarose, Lactose e Maltose. ✓Sacarose = Glicose + Frutose ✓Lactose = Glicose + Galactose ✓Maltose = Glicose + Glicose 28 FUNÇÃO ENERGÉTICA A SACAROSE (C12H22O11), por exemplo, é um dissacarídeo formado por uma frutose (C6H12O6) e uma -glicose (C6H12O6) unidas por uma ligação glicosídica do tipo Alfa 1,2 podendo ser facilmente digerida no nosso organismo. Substrato para a produção do ETANOL. 29 Formação dos Dissacarídeos As ligações glicosídicas são ligações covalentes que se formam quando os monossacarídeos ou açúcares simples se ligam formando carboidratos mais complexos. A ligação entre duas a dez moléculas denomina-se oligossacarídeo. Quando constituída por dois açúcares simples, denomina-se dissacarídeo. O tipo de ligação glicosídica é definido pelos carbonos envolvidos e pelas configurações dos seus grupos hidroxilo. 30 Ligação Glicosídica 31 A CELOBIOSE é um dissacarídeo de fórmula [HOCH2CHO(CHOH)3]2O, composto por duas moléculas de glicose produto da hidrólise incompleta da celulose. 32 Ligação Glicosídica Ligação Glicosídica do tipo β Proveniente da quebra da Celulose Incapacidade digestiva pelos animais 33 Formaçãodos Dissacarídeos Quando duas moléculas de glicose (C6H12O6) se juntam. Estas tem afinidades entre si e propiciam a reação entre o carbono 1 de uma molécula e o 4 da outra glicose, produzindo então a MALTOSE. Quando uma molécula de glicose (C6H12O6) se une a uma molécula de galactose e produz a LACTOSE. 35 Formação dos Dissacarídeos POLISSACARÍDEOS Polissacarídeos • São os carboidratos complexos, macromoléculas formadas por milhares de unidades monossacarídicas ligadas entre si por ligações glicosídicas, unidas em longas cadeias lineares ou ramificadas. 37 Principais funções • Energética • Estrutural Os polissacarídeos mais importantes são os formados pela polimerização da glicose e os principais são o amido, o glicogênio e a celulose. Classificação • Homopolissacarídeos • Heteropolissacarídeos A hidrólise dos primeiros origina várias unidades do mesmo monossacarídeo, tal como por exemplo os polissacarídeos amido, glicogénio e celulose. Pelo contrário, a hidrólise dos heteropolissacarídeos produz diferentes tipos de monossacarídeos, tal como se verifica nos polissacarídeos ácido hialurónico, sulfato de condroitina e a heparina. 39 Amido • Função: É o polissacarídeo de reserva da célula vegetal • Como é formado? Por moléculas de glicose ligadas entre si através de numerosas ligações α (1,4) e poucas ligações (1,6), ou “pontos de ramificação” da cadeia • Onde se encontra? Nos plastídeos das células vegetais Sua molécula é muito linear, e forma hélice em solução aquosa 40 Glicogênio • Função: É o polissacarídeo de reserva da célula animal • Como é formado? Por moléculas de glicose ligadas entre si, que vieram de moléculas de amido. É, por isso, muito semelhante ao amido, mas possui um número bem maior de ligações α (1,6), o que confere um alto grau de ramificação à sua molécula, um importante impedimento à formação de hélices • Onde se encontra? Nas células animais, mais precisamente nas células musculares e do fígado 41 Como o Amido vira Glicogênio? • O início da digestão dos carboidratos acontece na boca. A enzima amilase salivar é secretada pelas glândulas salivares e quebra as ligações α- 1→4 entre as moléculas de glicose do amido e as hidrolisa até maltose. Como o alimento passa pouco tempo na boca, este processo é incompleto, pois a amilase não consegue quebrar as ligações α-1→6 que existem entre as moléculas de glicose. 42 Formação da Maltose e Isomaltose • A amilase salivar continua atuando até chegar no estômago, onde sua ação é inibida pelo pH ácido. • Já no intestino delgado, a enzima amilase pancreática forma maltose, alguns oligossacarídeos e isomaltose. 43 Isomaltose é um açúcar dissacarídeo de glucose, diferenciando-se da maltose apenas na forma de ligação das duas unidades de glicose. Enquanto a maltose apresenta a chamada ligação 1-4, a isomaltose apresenta a ligação do tipo 1-6. Amido Glicose Glicogênio • A maior parte da digestão de carboidratos acontece no intestino delgado, onde a enzima maltase transforma a maltose em duas glicoses. • A absorção é o transporte de moléculas do trato gastrointestinal para a corrente sanguínea. Após a absorção, o fígado libera uma parte da glicose para a corrente sanguínea e o restante é armazenado na forma de glicogênio. 44 Hormônio Glucagon • O hormônio glucagon e a adrenalina são ativados pela queda do índice glicêmico e são responsáveis por quebrar as ligações glicosídicas entre as glicoses do glicogênio, que serão mandadas para fora das células para serem utilizadas como fonte de energia. Celulose • Função: Estrutural (da célula vegetal), um importante componente da parede celular • Como é formado? Semelhante ao amido e ao glicogênio em composição, a celulose também é um polímero de glicose, mas formada por ligações tipo β (1,4). Este tipo de ligação glicosídica confere à molécula uma estrutura espacial muito linear, que forma fibras insolúveis em água e não digeríveis pelo ser humano • Onde se encontra? Nas paredes celulares dos vegetais 46 Sobre a Celulose • É o carboidrato mais abundante na natureza • As plantas produzem em média cem bilhões de toneladas deste polímero por ano 47 Digestão da Celulose • Se encontra nos alimentos como fibras insolúveis, servindo para aumentar a produção de muco no intestino • Como e quem digere a celulose? A vaca possui em seu rúmen bactérias que quebram a ligação glicosídica da celulose por meio de sua enzima, celulase. O cupim possui protozoários que quebram a celulose na madeira. 48 Outros Polissacarídeos • Ácido Hialurônico • Heparina • Quitina • Sulfato de Condroitina 49
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