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28/08/2017 1 Cirugia Bariátrica Profa. Ma. Luana Padilha Cirurgia Bariátrica 28/08/2017 2 Cirurgia Bariátrica • Indicada para indivíduos portadores da obesidade grau III • Objetivo: reduzir a ingestão alimentar e manter a saciedade • Procedimentos cirúrgicos com redução da capacidade do estômago e diminuição da passagem pelo intestino delgado Cirurgia Bariátrica Indicação da cirurgia (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCB) • Em relação ao índice de massa corpórea (IMC) • IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de comorbidades. • IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades. • IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença. É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista. 28/08/2017 3 Cirurgia Bariátrica Indicação da cirurgia (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCB) • Em relação à idade • Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por cirurgião e equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação. • Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar. • Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade. • Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento. Cirurgia Bariátrica Indicação da cirurgia (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCB) • Em relação ao tempo da doença • Apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos dois anos e ter realizado tratamentos convencionais prévios. Além disso, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente. 28/08/2017 4 Cirurgia Bariátrica Contraindicação da cirurgia (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCB) • limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado; • quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são contraindicativos à cirurgia; • doenças genéticas. Cirurgia Bariátrica Histórico da Cirurgia Bariátrica 1954 – Bypass jejunoileal de Kremer e Linnear 1956 – Bypass jejunólico de Payne e De Wind 1966 – Bypass gástrico em alça de Mason 1979 – Derivação biliopancreática de Scopinaro 1980 – Gastroplastia vertical com bandagem de Mason 1983 – Bypass gástrico em Y-de-Roux de Torres e Oca 1986 – Bypass gástrico em Y-de-Roux com anel de silicone de Fobi 28/08/2017 5 Cirurgia Bariátrica Histórico da Cirurgia Bariátrica 1988 – Duodenal switch de Hess 1991 – Bypass gástrico em Y-de-Roux com anel de silicone de Capella 1991 – Banda gástrica ajustável de Kuzmak 1994 – Bypass gástrico em Y-de-Roux laparoscópico de Wittgrove e Clark 2003 – Gastrectomia longitudinal em sleeve de Gagner Cirurgia Bariátrica Histórico da Cirurgia Bariátrica São aprovadas no Brasil: • Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”) • Banda gástrica ajustável • Gastrectomia vertical • Duodenal Switch 28/08/2017 6 Cirurgia Bariátrica • Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”) • Nesse procedimento misto, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome • Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial 28/08/2017 7 Cirurgia Bariátrica • Banda gástrica ajustável • Apesar de não promover mudanças na produção de hormônios como o bypass, essa técnica é bastante segura e eficaz na redução de peso (20% a 30% do peso inicial), o que também ajuda no tratamento do diabetes • Um anel de silicone inflável e ajustável é instalado ao redor do estômago, que aperta mais ou menos o órgão, tornando possível controlar o esvaziamento do estômago 28/08/2017 8 Cirurgia Bariátrica Banda gástrica ajustável laparoscópica Cirurgia Bariátrica • Gastrectomia vertical • Nesse procedimento, o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). • Essa intervenção provoca boa perda de peso, comparável à do bypass gástrico e maior que a proporcionada pela banda gástrica ajustável. • Tem boa eficácia sobre o controle da hipertensão e de doenças dos lípides (colesterol e triglicérides). 28/08/2017 9 Cirurgia Bariátrica • Duodenal Switch • É a associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal. Nessa cirurgia, 85% do estômago são retirados, porém a anatomia básica do órgão e sua fisiologia de esvaziamento são mantidas. • O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento • Leva à perda de 40% a 50% do peso inicial. 28/08/2017 10 Cirurgia Bariátrica Benefícios clínicos • Melhoria clínica entre 80 e 90% dos casos de SM, doenças cardiovascular, asma, DM-2, HAS... • Melhora entre 50 e 80% nos casos de depressão, cefaleia, dislipidemia, incontinência urinaria, artrose e gota • Mais de 90% relatam melhorias na qualidade de vida 28/08/2017 11 Terapia Nutricional na Cirurgia Bariátrica Objetivo • Preparar o paciente para o programa de alimentação no período pós-operatório • Diminuir o risco cirúrgico (com a perda ponderal) • Promover uma reeducação alimentar (com continuidade pós cirurgia) Terapia Nutricional no Pré-operatório 28/08/2017 12 Objetivo • Pacientes com IMC maior ou igual a 50kg/m² deveriam emagrecer 10% do peso antes da operação • Ou ainda para aqueles pacientes em que a redução do volume do fígado pode melhorar os aspectos técnicos da cirurgia Terapia Nutricional no Pré-operatório Consideram-se: • Progresso de volumes pequenos para volumes maiores • Progressão da consistência em fases da dieta Terapia Nutricional no Pós-operatório 28/08/2017 13 VOLUME • Fracionar as refeições ao longo do dia • Evitar períodos de jejum superiores a 3 horas • 50mL/refeição (Bypass Y-de-Roux) • 300 a 500mL (Derivações biliopancreáticas) • 200mL (Duodenal switch) • Introdução da consistência normal: pode-se aumentar o volume (200 a 250mL na Bypass Y-de- Roux) Terapia Nutricional no Pós-operatório EVOLUÇÃO DA DIETA • Primeira Fase – Dieta com Líquidos Claros – Dieta líquida restrita – Consumo de 1.500 a 1.800mL de líquidos por dia – 50mL a cada 2 horas – Duração: até uma semana após a cirurgia Terapia Nutricional no Pós-operatório 28/08/2017 14 EVOLUÇÃO DA DIETA • Segunda Fase – Dieta Líquida – Objetivo: manter o repouso gástrico e hidratação, além da adaptação a pequenos volumes – Fracionamento: 6 a 8 refeições/dia (50mL/refeição) – Duração: cerca de 15 dias Terapia Nutricional no Pós-operatório EVOLUÇÃO DA DIETA • Período de Transição para a Dieta Pastosa – Na quarta semana de pós-operatório – Alimentos usados: clara de ovo cozida ou ovos quentes moles, biscoito cream-cracker misturado ao leite, sopa defeijão bem cozido (amassado e peneirado), carne de peixe ou frango desfiada e umedecida (muito bem cozidas) Terapia Nutricional no Pós-operatório 28/08/2017 15 EVOLUÇÃO DA DIETA • Terceira Fase – Dieta Pastosa – Comer devagar, aumentando a mastigação de forma exaustiva – Iniciar a refeição com a ingestão dos alimentos fontes de proteína – Não ingerir líquidos durante as refeições – Ingerir uma colher de sopa por preparação – totalizando 4 a 6 colheres de sopa por refeição Terapia Nutricional no Pós-operatório EVOLUÇÃO DA DIETA • Terceira Fase – Dieta Pastosa – Fracionamento: 6 a 8 refeições/dia (50mL/refeição) – Duração: 15 dias a 1 mês (tolerância individual) Terapia Nutricional no Pós-operatório 28/08/2017 16 EVOLUÇÃO DA DIETA • Quarta Fase – Dieta Branda – Objetivo: evoluir para uma consistência próxima a normal – Seleção qualitativa: excluir alimentos muito fibrosos e consistentes – Fracionamento: 6 refeições/dia – Volume de 50mL por vez até o volume de 200mL Terapia Nutricional no Pós-operatório EVOLUÇÃO DA DIETA • Quarta Fase – Dieta Branda – 1º: Iniciar as refeições com alimentos proteicos (60g de ptn/dia) – 2º: Frutas, legumes e verduras – 3º: Alimentos menos tolerados (arroz em consistência normal, pães e massas) – Duração: cerca de 15 dias Terapia Nutricional no Pós-operatório 28/08/2017 17 EVOLUÇÃO DA DIETA • Quinta Fase – Dieta Normal – Seleção de alimentos ricos em proteínas, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina C e folato –Atentar para o controle do volume –Orientação: pratos e utensílios pequenos Terapia Nutricional no Pós-operatório INGESTÃO ALIMENTAR • Inicial: cerca de 300kcal/dia até atingir 700kcal na terceira semana • 1º mês: cerca de 500kcal podendo chegar no final do primeiro ano a aproximadamente 1.000kcal • Proteína: 0,5 a 0,6g/kg de peso/dia atingindo aproximadamente 35 a 40g/dia Obs.: Não existe cálculo energético para cirurgia bariátrica Terapia Nutricional no Pós-operatório 28/08/2017 18 VAMOS PRATICAR!!!!!!!! CASO CLÍNICO Obesidade • Profa. Msc. Isabela calado
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