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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO I 
 
1 A VISÃO GERAL DO MESTRE DE OBRAS 
1.1 LEITURA DE PROJETOS 
1.2 O ORÇAMENTO 
1.3 ORGANOGRAMA DE UMA OBRA 
1.4 FLUXOGRAMA DE UMA OBRA 
1.5 CÓDIGO DE OBRAS E LEGISLAÇÕES 
1.6 INSTALAÇÕES 
1.6.1 Instalações Elétricas 
1.6.2 Instalações Hidrossanitárias 
1.6.3 Instalações de Gás 
1.6.4 Instalações Especiais 
 
MÓDULO II 
 
2 O CANTEIRO DE OBRAS 
2.1 IMPLANTAÇÃO 
2.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
2.3 GABARITO E LOCAÇÃO 
2.4 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS 
2.5 FUNDAÇÕES 
2.5.1 Sapatas 
2.5.2 Estacas 
2.5.3 Radier 
2.6 EQUIPAMENTOS 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
 
MÓDULO III 
 
3 ESTRUTURA 
3.1 SISTEMA ESTRUTURAL 
3.1.1 Pilares 
3.1.2 Lajes 
3.1.3 Vigas 
3.2 CONCRETO ARMADO 
3.3 ARMADURA 
3.4 FORMAS 
 
MÓDULO IV 
 
4 SISTEMA EXECUTIVO 
4.1 ALVENARIAS 
4.1.1 Cerâmica e Vidro 
4.1.2 Concreto Celular 
4.1.3 Placas Cimentícias 
4.1.4 Sistemas Especiais 
4.2 REVESTIMENTOS 
4.2.1 Elementos dos Revestimentos de Argamassa de Cimento 
4.3 IMPERMEABILIZAÇÕES 
4.4 INSTALAÇÕES – MATERIAIS 
4.4.1 Elétrica 
4.4.2 Hidrossanitárias 
4.4.3 Gás 
4.4.4 Especiais 
 
MÓDULO V 
 
5 ACABAMENTOS 
5.1 PISOS 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
5.2 PAREDES 
5.3 MADEIRA 
5.4 REVESTIMENTOS ESPECIAIS 
5.5 TINTAS E VERNIZES 
5.6 LOUÇAS E METAIS 
5.7 ILUMINAÇÃO 
5.8 ESQUADRIAS 
5.9 PAISAGISMO E URBANIZAÇÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 A VISÃO GERAL DO MESTRE DE OBRAS 
 
 
1.1 LEITURA DE PROJETOS 
 
 
Para o bom entendimento da leitura e interpretação de projetos, é 
necessário obter o conhecimento de alguns instrumentos utilizados para a leitura 
dos desenhos e as noções técnicas relacionadas com os projetos de construção 
civil. 
A parte mais importante no que diz respeito aos projetos relacionados à 
construção civil é a representação gráfica. A representação gráfica é o meio que o 
projetista utiliza para expressar suas ideias e cálculos. Atualmente, o computador é 
uma ferramenta indispensável para a realização da representação gráfica de 
projetos, por meio da utilização de programas específicos, como o AutoCAD. 
Segundo BRABO (2009), um projeto é um conjunto de passos normativos, 
voltados para o planejamento formal de uma obra, regulamentado por um conjunto 
de normas técnicas e por um código de obras. 
As fases de um projeto são: 
• Estudo preliminar; 
• Estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetônico a ser 
adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente; 
• Anteprojeto; 
• Definição dos elementos construtivos, considerando os projetos 
complementares (estrutura, instalações, etc.). Nesta etapa, o projeto deve receber 
aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e possibilitar a 
contratação da obra. 
• Projeto executivo. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
• Apresenta, de forma clara e organizada, com todas as informações 
necessárias à execução da obra e todos os serviços inerentes. 
 
 
Materiais e Instrumentos 
 
Escalímetro 
É uma espécie de régua graduada em formato triangular, trazendo seis 
escalas de medição diferentes. No mercado existem vários padrões de escalímetro, 
variando de acordo com o tipo de escala. 
O escalímetro traz as escalas de 1:20 (lê-se: "um para vinte"); 1:25; 1:50; 
1:75; 1:100 e 1:125 (também pode ser representada da seguinte forma: 1/20; 1/25; 
1/50; 1/75; 1/100 e 1/125). Outro tipo existente é o escalímetro de bolso, que possui 
cinco lâminas, contendo dez escalas de 1:15; 1:20; 1:25; 1:30; 1:33; 1:40; 1:50; 
1:100; 1:125 e 1:175, com dimensões de 18,5 x 2,0 cm. 
 
 
FIGURA 1 - FESCALÍMETRO TRADICIONAL E DE BOLSO 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.trident.com.br>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
 
 
Escala Numérica 
O termo escala pode ser entendido como sendo a relação entre cada medida 
do desenho e a sua dimensão real no objeto. Ou seja, é uma relação de 
proporcionalidade encontrada entre ambos, podendo ser de redução ou ampliação. 
Na construção civil as escalas sempre serão de redução, devido às 
características das edificações serem de grande porte. Quanto à escala de 
ampliação, é mais comum nas áreas da mecânica e microeletrônica, em que 
algumas peças são minúsculas e precisam ser desenhadas de maneira ampla para 
facilitar a compreensão de seus detalhes. 
As escalas podem ser classificadas como numérica ou gráfica. A numérica é 
representada por números. Já a gráfica é a representação da numérica por meio de 
um gráfico, normalmente utilizada em mapas geográficos. 
 
 
FIGURA 2 - EXEMPLO DE ESCALA GRÁFICA 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
Uma forma de obter a escala (BRABO, 2009), pode ser realizada por fórmula: 
 
1/M = D/R 
 
onde: 
1/M: módulo da escala 
D: comprimento de linha no desenho 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
R: comprimento de linha no terreno (real) 
 
Exemplo de como representar algumas medidas em escala utilizando uma 
régua comum, por meio da fórmula que corresponde a uma regra de três simples. 
 
Um terreno tem 10 m de frente, qual a medida pode representar essa 
dimensão no papel, na escala de 1:50? 
 
Representar em escala uma grandeza de 10 metros na escala 1:50, é 
desenhar essa medida cinquenta vezes menor do que sua medida real. 
Estabelecer a seguinte relação: 1/50 = D/R. 
onde; 
D= uma medida no desenho a ser calculada. 
R= a mesma medida feita no terreno (a medida real) = 10 m. 
1/M = D/R 
1/50 = D/10 
 D = 10/50 
 D = 0,2 m 
Só para lembrar: 1 m = 100 cm, logo; 0,2 m = 20 cm. 
Conclusão: 
Um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 1:50 no 
papel, com 20 cm. 
Observe que a resposta foi dada na mesma unidade de medida da pergunta 
do problema, em metros. Sendo que para a utilização da régua normal, deve 
transformar essa unidade para centímetros. 
 
Cotas 
São os números que representam às dimensões do que está sendo 
representado pelo desenho. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas 
significam a verdadeira grandeza das dimensões. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
 
Regras básicas: 
 As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que 
permita a leitura com o desenho na posição normal e o observador a sua direita; 
 Os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota, quando 
esta for contínua; 
 Todas as cotas de um desenho devem estar na mesma unidade de 
medida; 
 Uma cota não deve ser cruzada por umalinha do desenho; 
 As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida; 
 Passar as linhas de cota de preferência fora da área do desenho; 
 Evitar a repetição de cotas; 
 O valor das cotas prevalece sobre as medidas calculadas, tendo como 
base o desenho. 
 
 
FIGURA 3 - ILUSTRAÇÃO QUE EXEMPLIFICA ALGUMAS FORMAS DE COTAS 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
 
 
Projeção Ortogonal 
A projeção ortogonal é o meio ou técnica, que possibilita a representação 
gráfica (ou desenho) dos vários lados de um elemento. No caso da construção, 
utilizada para representação de fachadas externas de uma edificação. 
 
 
FIGURA 4 - ILUSTRAÇÃO DO REBATIMENTO DAS VISTAS DE UMA CASA NUM 
PLANO 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978). 
 
FIGURA 5 - ILUSTRAÇÃO DAS VISTAS DE UMA CASA 
 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
 
O conhecimento das projeções ortogonais auxilia a compreensão do projetista 
na elaboração dos desenhos, auxiliando-o na construção do projeto. 
 
Tipologia de Traços 
A compreensão de um projeto (ou desenho) está relacionada intimamente aos 
traços que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor que o 
auxilia na correta interpretação do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo 
de linha é uma atividade indispensável ao profissional da construção civil, pois ela 
trará informações importantes para execução de um projeto. 
Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e 
os tipos de traços. 
Esses devem ser: 
 Linha contínua e traço grosso: Devem ser utilizados nas partes interceptadas 
pelos planos de corte (planta baixa, cortes transversais e longitudinais), nas 
partes que se encontram mais próximas do observador. 
 Linha contínua e traço mais suave: Nas partes mais distantes do primeiro 
plano. Nas linhas paralelas e pouco afastadas entre si. 
 Linha tracejada e traço suave: Nas projeções das coberturas, no contorno das 
paredes quando oculto pela cobertura ou quando o plano representado está 
acima ou abaixo do plano de corte que deu origem a planta baixa. 
 Linha traço e ponto e traço suave: Na projeção da caixa dágua, quando 
representada na planta baixa e nas linhas utilizadas como eixos. 
 Linha de ruptura ou zig-zag e traço suave: Secciona parte de um projeto, 
limitando sua área de representação. Seja para mostrar detalhadamente ou 
restringir uma área predeterminada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
 
 
FIGURA 6 - ILUSTRAÇÃO DOS TIPOS DE LINHAS UTILIZADOS EM PROJETOS 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
FIGURA 7 - EXEMPLO DE LINHA EM PROJETO 
 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
O Projeto 
O projeto pode ser entendido como sendo o elemento de registro gráfico e 
comunicação das características de uma obra. O projeto deve ser constituído por 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
algumas representações gráficas, tais como: planta de situação, planta de locação, 
planta de cobertura, planta baixa, cortes (transversal e longitudinal), fachadas, 
detalhes técnicos e perspectivas. 
 
Planta de Situação 
É a representação gráfica do projeto que indica as dimensões do terreno 
(lote), a quadra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de 
acesso e opcionalmente pontos de referência. Essa representação vai localizar o 
terreno dentro de um perímetro urbano ou até mesmo rural, facilitando sua 
identificação junto aos órgãos públicos competentes na regularização e fiscalização 
da obra. 
Os dados fornecidos em uma planta de situação devem necessariamente 
estar em acordo com a escritura pública do terreno, oficializando junto aos órgãos 
públicos o título de propriedade daquela área. 
A Planta de Situação abrange uma área relativamente grande, por isso, 
normalmente é desenhado em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750, 1/1000, etc. 
 
 
FIGURA 8 - ILUSTRAÇÃO DE UMA PLANTA DE SITUAÇÃO, COM TODOS OS 
DADOS NECESSÁRIOS A PERFEITA IDENTIFICAÇÃO DO TERRENO 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010) 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 
 
Planta de Locação 
É a representação gráfica do projeto que indica a posição da construção no 
terreno. Podendo ser indicado também muros, portões, vegetação existente, 
orientação magnética (norte geográfico), passeio público e opcionalmente 
construções vizinhas. 
Nesse tipo de representação, por se tratar de um tipo de vista superior, o 
observador identifica em primeiro plano a cobertura, tendo a representação das 
paredes externas da construção, abaixo da cobertura desenhada com linha 
tracejada e traço suave (MONTENEGRO, 1978). 
A Planta de locação é o ponto de partida para o início de uma obra. Porque 
representa graficamente a sua marcação no terreno. Normalmente é desenhado em 
escalas médias, ex.: 1/200, 1/250, 1/500. 
Na planta de locação identificamos as dimensões do terreno conforme o 
registro de imóveis, os afastamentos da construção em relação aos limites laterais, 
frontal e de fundos, a presença de calçadas, piscinas etc. 
 
 
FIGURA 9 - ILUSTRAÇÃO DE UMA PLANTA DE LOCAÇÃO 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
 
Planta Baixa 
Desenho que representa graficamente a projeção horizontal de uma 
edificação ou partes dela. Pode-se entender como sendo a seção horizontal 
resultante da intersecção de um plano de nível acima e paralelo do piso 
(normalmente a 1,50 m) em uma edificação, representando consigo portas, janelas, 
peças sanitárias, chuveiro e opcionalmente mobiliário de ambientação interna. 
As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. Para entender com clareza esta 
importante representação gráfica, basta imaginar uma superfície plana, cortando 
uma casa ao meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o 
contorno das paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa 
dessa casa. 
 
 
FIGURA 10 - Ilustração do plano cortando uma casa ao meio. 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itens que compõem a planta baixa: 
 Paredes; 
 Janelas; 
 Portas; 
 Cotas; 
 Cotas de nível; 
 Projeções; 
 Indicação dos cortes; 
 Indicação do norte; 
 Escada; 
 Rampas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
 
FIGURA 11 - ILUSTRAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO EM PLANTA BAIXA DA CASA, 
DESTACANDO AS SEÇÕES DAS PAREDES, PORTAS E JANELAS 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
FIGURA 12 - EXEMPLO DE PLANTA BAIXA DE CASA PARA VENDA 
 
FONTE: Disponível em: <www.ricardoregueira.com>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
 
 
Cortes 
Desenhos que representam graficamente a projeção de uma seção vertical 
(ou plano) de uma edificação. Utilizado para representar detalhes que não aparece 
em planta baixa, indica seu pé-direito, altura de elementos construtivos, vistas de 
elementos estruturais, altura de portas e janelas, cobertura, bancadas etc. 
Seu objetivo é esclarecer o observador do projeto por meio de planos de 
interseção longitudinal e transversal, dando uma terceira dimensão a leitura e 
interpretação do projeto. 
Sua indicação vem representada em planta baixa por uma linha do tipo traço 
e ponto ou tracejada. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. 
Recomenda-se que a identificação dos cortes em uma planta, seja feita por 
letras consecutivas, evitando assim, equívocos que poderiam acontecer em 
indicações do tipo AA’ e BB’ (MONTENEGRO, 1978). 
A escolhada seção de corte em uma planta baixa pode ser influenciada por 
uma série de fatores, dependendo do grau de detalhes que se pretenda demonstrar. 
Porém, recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro, 
visualizando o sanitário, lavatório e chuveiro. Existindo pavimento superior, a 
posição do corte deve passar pela escada, mostrando detalhes dos degraus e as 
alturas de seus espelhos (face vertical). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
 
 
FIGURA 13 - A REPRESENTAÇÃO DE UMA INTERSEÇÃO, CORTANDO UMA 
CASA NO SENTIDO TRANSVERSAL, DESTACANDO AS SEÇÕES DAS 
PAREDES, PORTAS E JANELAS 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978). 
 
 
FIGURA 14 - CORTE LONGITUDINAL QUE PASSA PELA ESCADA E BANHEIRO 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
 
 
FIGURA 15 - CORTE LONGITUDINAL QUE PASSA PELA ÁREA DE SERVIÇO E 
BANHEIROS 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
Fachadas 
Desenho que representa graficamente as faces externas do edifício (frontal e 
lateral). As fachadas podem ser interpretadas como a representação daquilo que se 
almeja construir. 
Em geral, nas fachadas especificam os materiais de revestimentos externos, 
funcionamento de esquadrias, paginação de cores, indicação de detalhes técnicos, 
etc. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
 
 
FIGURA 16 - ILUSTRAÇÃO DE UMA FACHADA FRONTAL 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
FIGURA 17 - FACHADA LATERAL 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
Detalhes Técnicos 
Desenho que representa graficamente detalhes construtivos de um elemento 
específico ou estrutural do edifício, para detalhe com precisão nas plantas e cortes. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
Pode ser detalhe interno ou externo ao prédio. 
 
 
FIGURA 18 - DETALHE TÉCNICO DA INSTALAÇÃO DE UM APARELHO 
SANITÁRIO ADAPTADO A PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010) 
 
 
Convenções e Símbolos 
No Brasil, a representação gráfica do projeto, corresponde às normas 
editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as 
principais: 
• NBR 6492 - Representação de projetos; 
• NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico. 
 
Elementos do Projeto 
Os elementos do projeto são diferenciados em dois pontos: 
- O próprio projeto (o objeto representado); 
- O conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam. 
 
As principais categorias do desenho são: as plantas, os cortes, as seções e 
as elevações. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
 
Paredes 
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 
cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes 
externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não 
obrigatório. É, no entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura 
quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais, etc.). 
 
Portas 
 
Portas de correr 
 
 
FIGURA 19 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE PORTAS DE CORRER 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há 
diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma 
cota. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
 
 
FIGURA 20 - ILUSTRAÇÃO DE PORTAS INTERNAS 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) 
possuem cotas diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a 
água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois 
inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm 
pelo menos. Por essa razão as portas de sanitários desenham-se como as externas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
 
 
FIGURA 21 - ILUSTRAÇÃO DE PORTAS EXTERNAS 
 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
Portas de Abrir 
 
FIGURA 22 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE PORTAS DE ABRIR 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
 
 
Janelas 
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 
1,50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a 
primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para 
janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas 
invisíveis. 
 
 
FIGURA 23 - ESQUEMA DE JANELAS 
 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
 
 
FIGURA 24 - ESQUEMA DE JANELA 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
Representação de janelas acima ou abaixo do plano de corte (h=1,50 m) 
 
 
FIGURA 25 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE JANELAS ACIMA OU ABAIXO 
DO PLANO DE CORTE 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
 
 
Níveis 
São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada 
referência de nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero. 
Regras principais para as cotas altimétricas: 
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível; 
• Indicar sempre em metros, na horizontal; 
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de 
desníveis iguais (escada). 
 
 
FIGURA 26 - EXEMPLO DE COTAS DE NÍVEIS 
 
FONTE: (BRABO, 2010). 
 
 
Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em comuns ou impermeáveis. 
Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas úmidas”, ou seja, 
áreas dotadas de equipamentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc. O tamanho do 
reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o 
tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
Comum Impermeável 
 
 
 
 
 
Legenda 
Usada para a informação, indicação e identificação do desenho: 
 Designação da empresa; 
 Projetista; 
 Local; 
 Data; 
 Assinatura; 
 Conteúdo do desenho; 
 Escala; 
 Número do desenho; 
 Símbolo de projeção; 
 Logotipo da empresa; 
 Unidade empregada. 
 
 
FIGURA 27 - EXEMPLO DE LEGENDA DE PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
 
 
Outras informações do projeto 
 Legenda de Esquadrias: P (portas); J (janelas); Quadro de áreas: 
legenda que apresenta área do terreno, área construída e áreas de permeabilidade 
(jardim). 
 Especificações de materiais de acabamento: piso, parede e forro. 
 
 
FIGURA 28 
 
Exemplo de quadro de janelas, portas e àreas do projeto, FONTE: (BRABO, 2009). 
 
Escadas 
As escadas são constituídas por: 
 Degraus: pisos + espelhos; 
 Pisos: pequenos planos horizontais que constituem a escada; 
 Espelhos: planos verticais que unem os pisos; 
 Patamares: pisos de maior largura que sucedem os pisos normais da 
escada, geralmente ao meio do desnível do pé direito, com o objetivo de facilitar a 
subida e o repouso temporário do usuário da escada; 
 Lances: sucessão de degraus entre planos a vencer, entre um plano e 
um patamar, entre um patamar e um plano e entre dois patamares; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 Guarda-corpo e corrimão:proteção em alvenaria, balaústre, grades, 
cabos de aço etc., na extremidade lateral dos degraus para a proteção das pessoas 
que utilizam a escada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 
 
FIGURA 29 - EXEMPLO DE DETALHAMENTO DE ESCADAS EM PROJETO 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 
 
1.2 O ORÇAMENTO 
 
 
Elaborar um orçamento exige um processo ao qual se denomina 
orçamentação. A técnica orçamentária exige identificação clara do produto e ou 
serviço, descrição correta, quantificação, análise e valorização de uma série de 
itens, requerendo técnica, atenção e, principalmente, conhecimento de como se 
executa uma determinada obra e/ou serviço. 
O conhecimento detalhado do serviço, a interpretação detalhada dos 
desenhos, planos e especificações da obra lhes permite a melhor maneira de 
realizar cada tarefa de uma obra, bem como identificar a dificuldade de cada serviço 
e consequentemente seus custos. 
Além dos serviços identificados e extraídos do projeto, existem outros 
parâmetros que devem ser identificados, como é o caso das chuvas, condições do 
solo, acesso, dificuldades de abastecimento de materiais, flutuações na 
produtividade dos operários e despesas indiretas, tais como: água, luz, telefone, 
refeições, combustíveis, manutenção do canteiro, etc. 
A elaboração de um orçamento pode determinar o sucesso ou fracasso de 
uma empresa construtora e/ou construtor, um erro no orçamento acarreta 
imperfeições, frustrações, falta de credibilidade e prejuízos a curto e médio prazo. 
O orçamento é à base de fixação do preço de um determinado projeto ou 
empreendimento, é uma das mais importantes áreas no negócio da construção civil. 
Executar um orçamento, não pode ser considerado um jogo de adivinhação, 
deve ser um trabalho bem executado com critérios, normas, regras e utilização de 
informações confiáveis; para que o verdadeiro custo de um empreendimento se 
aproxime ao máximo da estimativa de custo realizado, ou seja; nenhum orçamento 
fixa de antemão o valor exato dos custos, o que um bom orçamento realmente 
consegue é uma estimativa de custos bem precisa em função da qual a empresa 
construtora irá atribuir o seu melhor Preço de Venda. 
Em geral, um orçamento é elaborado considerando-se: 
• Custos diretos: mão de obra de operários, materiais e equipamentos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
Aqueles diretamente relacionados com os serviços a serem feitos na obra; 
• Custos indiretos: equipes de supervisão e apoio, despesas gerais com 
o canteiro de obras, taxas, etc. 
Aqueles que não estão diretamente relacionados com os serviços, mas 
fazem parte da estrutura organizacional da empresa construtora e da administração 
da obra. 
Em relação aos custos indiretos, são as despesas reletivas às instalações do 
escritório, aluguel, condomínio, luz, telefone, etc; despesas com pessoal 
administrativo (diretor, gerente, contador, secretária e outros), com comercialização 
(montagem de propostas, visitas a clientes, marketing, brindes, etc.), despesas com 
apoio técnico de escritório com obras e horas ociosas (pessoal parado por falta de 
serviço). 
 
• Preço de venda: Incluindo custos diretos e indiretos, adicionando-se os 
impostos e lucro da operação. 
O preço final de um orçamento em uma planilha de vendas, proposta por 
uma construtora ou construtor não deve ser tão baixo a ponto de não permitir lucro, 
e também não deve ser tão alto a ponto de não ser competitivo com outras 
empresas na disputa da realização de determinado serviço ou empreendimento. 
Na elaboração de um orçamento, duas empresas construtoras chegarão 
sempre a orçamentos bem distintos e diferentes para uma determinada 
concorrência; porque diferentes são os critérios utilizados, a metodologia de 
levantamento de quantidade, as técnicas e métodos utilizados para a execução de 
obra, os preços coletados, o BDI (Bonificação de Despesas Indiretas) adotado pelas 
empresas, dentre outros fatores. 
Em resumo, pode-se afirmar que o orçamento reflete a ideologia e as 
premissas de uma construtora, constituindo-se em um produto que define a 
qualidade e competência da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
 
 
1.3 ORGANOGRAMA DE UMA OBRA 
 
 
Um organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma obra 
em um determinado momento, deve ser usado como instrumento de trabalho, tendo 
os requisitos: 
• Fácil leitura; 
• Permitir boa interpretação dos componentes da organização; 
• Fazer parte de um processo organizacional de representação estrutural; 
• Ser flexível. 
 
O objetivo do organograma é demonstrar a divisão do trabalho, dividindo a 
organização em frações organizacionais (partes menores), destacando a relação 
superior-subordinado e a delegação de autoridade e responsabilidade. Também 
procura evidenciar o trabalho desenvolvido em cada unidade, detalhando: 
• O tipo de trabalho desenvolvido; 
• Os cargos existentes; 
• Os nomes dos titulares; 
• Quantidade de pessoas por unidade; 
• A relação funcional além da relação hierárquica; 
• Facilitar a análise organizacional. 
Permite detectar: 
• Funções importantes negligenciadas e funções secundárias com 
demasiada importância; 
• Funções duplicadas ou mal distribuídas; 
• Auxilia a graduar trabalhos e tarefas e uniformizar cargos; 
• Auxilia a visualizar o todo organizacional, as necessidades de 
mudanças e o crescimento da empresa. 
Limitações: 
• Exibe apenas uma dimensão dos relacionamentos existentes entre indivíduos 
e as frações organizacionais; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
• Mostra as relações que devem existir e não a realidade existente. 
 
 
Regras gerais: 
• Deve conter nome da obra, autor, data e número; 
• Deve ser mostrada a referência de outros gráficos; 
• Para análise, deve apresentar a estrutura existente. 
• Cada função pode ser representada por um retângulo: 
• Os retângulos devem conter os títulos dos cargos; 
• Se há necessidade do nome do ocupante, este deve aparecer fora do 
retângulo (ou dentro com letra de tipo diferente); 
• Se o gráfico mostrar apenas parte da organização, deve haver linhas 
abertas para demonstrar continuidade. 
 
 
FIGURA 30 - EXEMPLO DE ORGANIZAÇÃO DE ORGANOGRAMA 
 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
• Além dos retângulos, podem ser usados círculos e outras simbologias. 
• Devem ser evitadas siglas e abreviações. 
• A linha de coordenação não deve ligar unidades diretamente. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
• O uso de nomes dos ocupantes dos cargos exige constante 
atualização. 
 
 
FIGURA 31 - EXEMPLO TRADICIONAL DE ORGANOGRAMA DE UMA OBRA DE 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
A importância de conhecer o organograma de uma obra está ligada a 
identificação e descrição do cargo profissional e respectivas responsabilidades de 
cada interveniente de uma obra, sendo uma ferramenta simples de fácil 
visualização. 
 
 
 
Engenheiro Civil 
Eng.º Gomes Pereira 
Mestre de Obras 
José Antônio 
Almoxarifado 
Luis Araújo 
Encarregado 
Inst. Hidráulicas 
João Pedro 
Encarregado 
Inst. Elétricas 
Joel Peixoto 
Pedreiros 
 
Luis Mendes 
César Maia 
Carlos Leal 
José Silas 
 
Armadores 
 
Airton Costa 
Pedro Sá 
Carpinteiros 
 
José Bento 
Luis Sousa 
Azulejistas 
 
Sousa Otto 
Sérgio Sá 
Cláudio TitoServentes 
 
Luis Medeiros 
João Silva 
 
 
Serventes 
 
Pedro Costa 
Romeu Sales Serventes 
 
Luis Silva 
Carlos Cesar 
Pedro Silva 
 
Serventes 
 
Pedro Trofa 
Carlos Medim 
Serventes 
 
Carlos José 
Luis Sérgio 
Serventes 
 
Carlos Rojas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
 
 
1.4 FLUXOGRAMA DE UMA OBRA 
 
 
O fluxograma representa uma sequência de trabalho qualquer, de forma 
detalhada (pode ser também sintética), em que as operações ou os responsáveis e 
os departamentos envolvidos são visualizados no processo. 
É conhecido também com os nomes de Flow-chart, carta de fluxo do 
processo, gráfico de sequência, gráfico de processamento entre outros. 
 
Principais objetivos: 
• Padronização na representação dos métodos e nos procedimentos 
administrativos; 
• Podem-se descrever com maior rapidez os métodos administrativos; 
• Pode facilitar a leitura e o entendimento das rotinas administrativas; 
• Podem-se identificar os pontos mais importantes das atividades visualizadas; 
• Permite uma maior flexibilização e um melhor grau de análise. 
 
O fluxograma visa o melhor entendimento de determinadas rotinas 
administrativas, por meio da demonstração gráfica. (Existem estudos que 
comprovam que o ser humano consegue gravar melhor uma mensagem, quando 
esta é acompanhada de imagens.). “É importante ressaltar que os fluxogramas 
procuram mostrar o modo pelo qual as coisas são feitas, e não o modo pelo qual o 
chefe diz aos funcionários que a façam; não a maneira, conforme o chefe pensa que 
são feitas, mas a forma pela qual o manual de normas e procedimentos manda que 
sejam feitas.” Eles são, portanto, uma fotografia real de uma situação estudada.” 
MOTTA (2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
 
 
FIGURA 32 - ALGUNS SÍMBOLOS BÁSICOS PARA FLUXOGRAMAS 
 
FONTE: MOTTA (2009). 
 
Obs.: 
• Estes não são os únicos símbolos existentes; 
• Você pode criar seus próprios símbolos (usa-se muito em peças de 
divulgação ou apresentações); 
• Sempre coloque a legenda com o significado dos símbolos usados 
(nem todos sabem o que significam); 
• Você pode identificar com letras ou números os passos no seu 
fluxograma. 
 
 
Dessa forma há como relacioná-los a uma explicação textual e detalhada de 
cada passo. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
 
 
FIGURA 33 - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA AÇO EM BARRAS 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
FIGURA 34 - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA AÇO CORTADO E DOBRADO 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
 
 
FIGURA 35 - EXEMPLO DE CONCRETO USINADO 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
1.5 CÓDIGO DE OBRAS E LEGISLAÇÕES 
 
 
A providência inicial para a execução de um projeto de edificação é a consulta 
junto aos Orgãos Públicos, particularmente junto às Prefeituras Municipais, sobre as 
exigências a serem observadas para a aprovação de tal projeto. Tais exigências, de 
uma maneira geral, estão contidas no Código de Obras e legislação específica de 
cada Município. 
 
Esses códigos têm por objetivos, entre outros: 
• Coordenar o crescimento urbano; 
• Regular o uso do solo; 
• Controlar a densidade do ambiente edificado; 
• Proteger o meio ambiente; 
• Garantir espaços abertos destinados a preservar a ventilação e iluminação 
naturais adequadas a todos os edifícios; 
• Eliminar barreiras arquitetônicas que impedem ou limitam a possibilidade de 
deslocamento de pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de 
locomoção. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
 
 
Assim, os Códigos de obras definem os seguintes itens: 
• Tipo de ocupação permitido para um determinado lote; se residencial, 
comercial, industrial ou de uso misto; 
• A projeção máxima do edifício sobre o terreno (taxa de ocupação); 
• Área máxima permitida para a construção (coeficiente de utilização); 
• Recuos a serem observados com relação às divisas; 
• Dimensões mínimas e detalhes construtivos de corredores, escadas e 
rampas. 
 
 
Por exemplo: 
Alguns dos elementos mais solicitados em nível da legislação brasileira 
quanto ao código de obras: 
 
• Legislação e/ou uso do solo; 
• Alvarás de construção; 
• Alvará de Reforma e ampliação; 
• Alvará de Alteração de um Projeto; 
• Alteração Parcial de um Projeto; 
• Certidão de Aprovação de Projetos; 
• Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras. 
 
Legislação e uso do solo 
 
Esta legislação está na Lei n.º 10.257, de 10 de Julho de 2001, que 
regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, onde estabelecem diretrizes 
gerais da política urbana em nível da Legislação urbana e uso do solo. 
 
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: 
 
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados 
em relação à infraestrutura urbana; 
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar 
como polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; 
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua 
subutilização ou não utilização; 
f) a deterioração das áreas urbanizadas. 
 
 
Alvará de Construção 
Licença expedida pela Prefeitura Municipal (Câmara Municipal de Curitiba, 
2012), autorizando a execução de obra de construção. Para construções e 
determinadas reformas de edificações, é necessário um alvará emitido pela 
prefeitura da cidade na qual o imóvel está inscrito. 
Diante de recentes acidentes, alguns com vítimas fatais, tornaram esse 
procedimento de maior importância, pois os técnicos da Prefeitura devem analisar o 
projeto proposto e verificar sua conformidade com o código de Edificações e com as 
boas práticas de Engenharia para só então emitir o alvará de construção ou reforma. 
A expedição de um alvará é obrigatória para todo e qualquer tipo de 
construção, já para reformas, existem algumas distinções. 
Pequenas reformas como pintura, substituições e consertos, reparos em 
instalações elétricas e hidráulicas não necessitam do alvará, ao contrário de 
reformas que incluem a alteração da estrutura original do imóvel, como a derrubada 
de paredes de sustentação da edificação, em que a emissão do alvará se demonstra 
extremamente importante, e obrigatória. 
Para obter o alvará de construção o procedimento é simples: 
• Antes de se iniciar uma construção ou reforma é necessária a criação 
de um projeto. Com o auxílio de engenheiro ou arquiteto, a fase de análise do que 
será ou não viável à construção ou reforma já pode ser antecipada, o que garante 
maior facilidade na emissão do alvará da prefeitura. 
• Com o projeto pronto, anexar os seguintes documentos: 
• Cópia do último carnê do IPTU ou Incra (não precisa estar quitado); 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
• Cópia de um título de propriedade (escritura, formal de partilha ou 
contrato particular de compra e venda registrado em cartório); 
• Duas cópias do projeto; 
• Duas cópias da carteira que comprove o registro do engenheiro 
responsável no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA); 
• Cópia do RG e CPF do proprietário do imóvel; 
• Comprovante de regularidade da construção existente (caso não 
possua, é possível conseguir as cópias originais das plantas aprovadas do imóvel 
com a própria prefeitura). 
Independente da cidade onde está situada a sua construção ou reforma, os 
procedimentos burocráticos e documentosexigidos são basicamente os mesmos 
para o processo de requerimento do alvará. 
 
Alvará de Reforma e/ou Ampliação 
Edificações já existentes onde se pretende realizar reformas ou ampliações 
(Câmara Municipal de Curitiba, 2012) para os casos em que: 
• Houver Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – CVCO 
(equivale ao habite-se) ou; 
• As edificações encontram-se averbadas em registro de imóveis 
anteriores a 1965 ou; 
• As edificações encontram-se cadastradas no Município em data 
anterior a 1965. 
 
Alvará de Alteração de um Projeto 
Destina-se a aprovação de alterações em edificação anteriormente 
licenciadas e que não possuem Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – 
CVCO (Câmara Municipal de Curitiba, 2012), observando que: 
• O responsável técnico deverá ser o mesmo do constante no alvará de 
construção anteriormente emitido, exceto nos casos em que tenha sido 
transferida a responsabilidade técnica; 
• O autor do projeto deverá ser o mesmo do constante no alvará de construção 
anteriormente emitido, ou deverá apresentar autorização para alteração do 
projeto. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 45 
 
Alteração Parcial de um Projeto 
Destina-se a aprovação de alterações em edificações que possuem vistoria 
parcial de conclusão de obras, no qual o restante da obra não será executado de 
acordo com o inicialmente aprovado, bem como, também utilizado no caso de 
alteração parcial de unidade residencial aprovada em alvará de construção para 
residência em série (condomínios horizontais) (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
 
Certidão de Aprovação de Projetos 
Destina-se somente a aprovação de projeto arquitetônico, sem o direito a 
execução da obra. Geralmente utilizado para os casos em que o proprietário ainda 
não definiu o responsável técnico pela execução e/ou a firma construtora ou trate-se 
de obra que dependam de licitação (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
 
Certificado de Vistoria de Conclusão Parcial de Obras - CVCO Parcial 
Poderá ser concedido, a juízo do órgão competente, Certificado de Vistoria 
de Conclusão Parcial (Câmara Municipal de Curitiba, 2012) nos seguintes casos: 
• Quando se tratar de edifício composto de parte comercial e parte 
residencial e puder, cada uma, ser utilizada independente da outra; 
• Quando se tratar de apartamentos, caso em que poderá, a juízo do 
órgão competente, ser concedido o certificado para cada pavimento que estiver 
completamente concluído e desde que o acesso não sofra interferência dos serviços 
até a conclusão total da obra; 
• Quando se tratar de 02 (duas), ou mais, edificações construídas no 
mesmo lote e desde que o acesso não sofra interferência dos serviços até a 
conclusão total da obra. 
 
Em todos os casos deverão ser atendidas as exigências da legislação 
específica proporcionalmente à área liberada. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
 
Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras - CVCO 
Documento certificando que a edificação anteriormente licenciada pelo 
Alvará de Construção, Reforma e/ou Ampliação, Reforma Simplificada ou Alteração 
encontra-se concluída (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
Para solicitação do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras - CVCO a 
edificação deverá encontrar-se totalmente concluída, em conformidade com o 
projeto aprovado pelo Alvará de Construção e conforme relação de itens obrigatórios 
para solicitação do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – CVCO, bem 
como, oferecer condições de higiene e habitabilidade. 
Para tanto é necessário que antes de solicitar a vistoria de conclusão de 
uma obra, o responsável técnico e o proprietário verifiquem se todos os itens 
indicados no projeto estão concluídos de acordo com o aprovado e se há o 
atendimento dos itens mínimos obrigatórios constantes na Declaração para 
solicitação do CVCO. 
 
Observações importantes: 
Efetuada a vistoria e constatada que a obra não se encontra concluída ou 
possua itens em desacordo com o projeto aprovado, serão cobradas taxas 
adicionais referentes às novas vistorias que porventura sejam necessárias para a 
comprovação da conclusão da obra de acordo com o projeto aprovado (ver valor 
especificado no requerimento) (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
 
Documentos Necessários: 
• Requerimento próprio assinado pelo Resp. Técnico e Proprietário do 
imóvel; 
• Fotocópia do alvará de construção; 
• Declaração quanto ao atendimento dos itens mínimos obrigatórios para 
solicitação do CVCO; 
• Documentos condicionados na folha do Alvará de Construção. 
• Posteriormente poderão ser solicitados documentos adicionais que 
porventura sejam necessários para atendimento à legislação vigente na época da 
vistoria. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 
 
1.6 INSTALAÇÕES 
 
 
1.6.1 Instalações Elétricas 
 
 
A energia elétrica consiste do movimento de elétrons (pequenas partículas 
com carga negativa), no interior de um condutor. Pode ser gerada por meio da 
energia potencial da água (geração hidroelétrica) ou da energia dos combustíveis 
(geração termoelétrica). 
O processo de geração de eletricidade em uma usina hidroelétrica consiste no 
represamento de rios por meio da construção de barragens, formando um lago com 
grande volume de água que, mediante uma queda muito forte e por meio de 
tubulações, faz movimentar turbinas, com aparência semelhante a uma roda d´água. 
As turbinas em funcionamento movimentam geradores que convertem a força 
da água em energia elétrica. 
Outra forma de obter energia elétrica é por meio das usinas nucleares. 
Nessas usinas o calor gerado pela combustão do carvão, do óleo ou do gás, 
vaporiza a água em uma caldeira. O vapor aciona uma turbina, à qual está acoplado 
um gerador que produz a energia elétrica. 
Para ser utilizada nos diversos locais de consumo, a eletricidade é 
transportada por linhas de transmissão, cruzando rios, montanhas e cidades, até 
chegar a determinados pontos, denominados subestações. A partir desse ponto, por 
meio do sistema de distribuição da concessionária, composto por postes, fios, 
transformadores, a energia é fornecida nos níveis de tensão (voltagem) adequados à 
especificação de cada equipamento e ferramenta. 
Para que a energia elétrica chegue até o ponto de consumo, como uma 
tomada, em que será ligado um eletrodoméstico. De tal modo é necessário que ela 
percorra “caminhos”, os quais são denominados circuitos elétricos e cujo elemento 
principal denomina-se condutor, conhecido por fio. O isolante é o único elemento 
que protege o homem das partes energizadas contra choques elétricos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
O Mestre-de-obras deve acompanhar a execução da instalação elétrica 
seguindo rigorosamente o projeto, que deve estar de acordo com a NBR 5410/97 – 
Instalações elétricas de baixa tensão, e a norma regulamentadora NR 10 – 
Instalações e serviços de eletricidade, memórias e especificações técnicas. 
Segundo estimativas anuais do Corpo de Bombeiros das grandes cidades, as 
instalações elétricas projetadas e executadas inadequadamente constituem a 
terceira causa de incêndio. 
 
QUADRO RESUMO DE SIMBOLOGIA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (NBR 5444) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 49 
 
 
QUADRO RESUMO COMPARATIVO DE SIMBOLOGIA USUAL E NBR 
 
FONTE: (Autor) 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 50 
No Módulo IV, capítulo 4.4 será apresentado os principais componentes de 
uma instalação elétrica. 
 
Proteção Contra Descarga Atmosférica 
A proteção contra os raios consiste em dirigir a descarga dos raios para a 
Terra, em segurançae no menor percurso possível, sem risco de contato com os 
condutores. 
 
Fontes de choque elétrico 
Choque elétrico é um estímulo rápido e acidental do sistema nervoso do 
corpo humano, pela passagem de uma corrente elétrica. Atividades musculares, 
como a respiração e os batimentos cardíacos, são controladas por correntes 
elétricas muito pequenas, conduzidas pelo sistema nervoso. 
Se você tocar na carcaça do motor, tomará um choque. Servirá, portanto, de 
caminho para a corrente de fuga. Essa situação está totalmente fora das previsões, 
devido ao alto grau de perigo que a envolve; pode, inclusive, ser fatal. 
São efeitos indiretos de um choque elétrico: 
• quedas; 
• ferimentos; 
• manifestações nervosas. 
 
Os efeitos que se chamam indiretos são: 
• formigamento; 
• contração muscular; 
• queimaduras; 
• parada respiratória; 
• parada cardíaca. 
 
Resistência elétrica do corpo humano 
Dados experimentais revelam que: 
• o corpo humano tem uma resistência média de 1300Ω; 
• uma corrente de 50mA pode ser fatal. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 51 
 
Tensões de toque e passo 
Se uma pessoa toca um equipamento aterrado ou o próprio condutor, pode 
ser que se estabeleça – dependendo das condições de isolamento – uma diferença 
de potencial entre a mão e os pés. Consequentemente, teremos a passagem de 
uma corrente pelo braço, tronco e pernas; dependendo da duração e intensidade da 
corrente, pode ocorrer fibrilação no coração, com graves riscos. Essa é a chamada 
tensão de toque, e é particularmente perigosa nas regiões externas de uma malha 
de subestação, principalmente nos cantos. 
 
Tensões de passo e toque 
Caso, mesmo não estando encostando-se a nada, a pessoa estiver colocada 
lateralmente ao gradiente de potencial, estará sujeita a um diferencial de tensão de 
uma corrente por meio das duas pernas, que geralmente é de menor valor e não é 
tão perigosa quanto a tensão de toque, porém ainda pode causar problemas, 
dependendo do local e da intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 52 
 
TABELA DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE 
 
FONTE: (BERTONCEL, 2008). 
 
 
Regras para o trabalho com energia elétrica: 
 
• Todo circuito sob tensão é perigoso; 
• Use os equipamentos e isolações adequados; 
• Só utilize ajuste ou repare equipamentos e instalações elétricas, quando 
autorizado; 
• Sempre que possível, desligue os circuitos antes do trabalho – use avisos e 
trancas; 
• Antes de religar, verifique se outra pessoa não está trabalhando com o 
mesmo circuito; 
• Use sinais de advertência e delimite as áreas com a sinalização adequada; 
• Não improvise na montagem de instalações/ equipamentos; 
• Observe rigorosamente as instruções para montagem, manutenção ou troca 
de ligações; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 53 
• Faça inspeção visual antes de usar equipamentos ou instalações; 
• Não faça reparo temporário de forma incorreta: gatos, quebra-galhos causam 
acidentes; 
• Não trabalhe em manutenção de equipamentos/instalações elétricas sob 
tensão sem conhecimento/supervisão; 
• Não use escadas metálicas em trabalho com energia; 
• Use exclusivamente extintores de CO2 ou pó químico, quando houver 
incêndio em equipamentos ou instalações elétricas; 
• Fios, barramentos, transformadores devem ficar fora da área de trânsito de 
pessoas; 
• Não use anéis, pulseiras ou outros adornos metálicos em serviços com 
energia; 
• Não use ferramentas elétricas na presença de gases ou vapores; 
• Não trabalhe sob tensão em áreas sujeitas à explosão; 
• Lembre-se de que a corrente elétrica pode ser fatal. 
 
 
Normas 
A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na 
norma internacional IEC 60364, é a norma aplicada a todas as instalações cuja 
tensão nominal é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC. 
 
Outras normas complementares à NBR 5410 são: 
 
• NBR 5456 – Eletrotécnica e eletrônica - Eletricidade geral – 
Terminologia; 
• NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais; 
• NBR 13570 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público; 
• NBR 13534 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistenciais 
de Saúde. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 54 
1.6.2 Instalações Hidrossanitárias 
 
 
As instalações hidrossanitárias, nomeadamente água e esgoto, têm como 
finalidade fazer a distribuição da água, em quantidade suficiente e promover o 
afastamento adequado das águas servidas, criando desta forma, condições 
favoráveis ao conforto e segurança dos usuários. 
 
Normas 
• NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria; 
• NBR 7198/1993 – Instalações Prediais de Água Quente; 
• NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de 
tanques sépticos; 
• NBR 8160/1983 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários; 
• NBR 13969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento 
complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e 
operação. 
 
 
Instalações de Água Fria NBR 5626 
 
As instalações de água fria correspondem ao conjunto de tubulações, 
conexões e acessórios que permitem levar a água da rede pública até os pontos de 
consumo ou utilização dentro da habitação. 
 
A distribuição de água poderá ser feita pelos seguintes sistemas: 
• Distribuição direta; 
• Distribuição indireta; 
• Distribuição mista. 
 
 
Distribuição direta: todos os aparelhos e torneiras são alimentados 
diretamente pela rede pública. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 55 
 
Distribuição indireta - todos os aparelhos e torneiras são alimentados por um 
reservatório superior alimentado diretamente pela rede pública. 
• Distribuição indireta sem recalque. 
• A água potável vem diretamente da rede pública, quando houver 
pressão suficiente até o reservatório superior, que alimenta por gravidade os pontos 
de água. 
• Distribuição indireta com recalque. 
• Quando a pressão da rede pública não for suficiente para alimentar o 
reservatório superior, utiliza-se outro de cota reduzida, geralmente localizado no 
pavimento térreo, denominado de reservatório inferior (ou subterrâneo) de onde a 
água é recalcada, por meio de bombas, para o reservatório superior (ou elevado) e a 
partir deste é feita a distribuição por gravidade para o interior da edificação. 
• Distribuição indireta hidropneumática. 
• Esse processo dispensa o reservatório superior e a distribuição é 
ascendente, a partir de um reservatório de aço onde a água fria pressurizada. Esses 
equipamentos requerem manunteção preventiva periódica. 
• Distribuição mista – associação dos sistemas direto e indireto, parte 
pela rede pública e parte pelo reservatório superior. 
 
Instalações prediais de água quente NBR 7198/82 
 
As instalações de água quente são realizadas pelos seguintes sistemas: 
Individual 
O sistema de aquecimento é individual quando alimenta uma única peça de 
utilização. Ex.: chuveiros, torneiras. 
 
Central Privado 
O sistema de aquecimento é central privado, quando alimenta várias peças 
de utilização de um único domicílio. Ex.: aquecedor de acumulação e reservatório de 
água quente. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 56 
 
Central Coletivo 
O sistema de aquecimento é central coletivo, quando alimenta peças de 
utilização de vários domicílios ou várias unidades. Ex.: edifício de apartamentos, 
hotéis, motéis, hospitais etc. 
 
 
FIGURA 36 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO DIRETA 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
FIGURA 37 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETASEM RECALQUE 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 57 
 
 
FIGURA 38 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA COM RECALQUE 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
FIGURA 39 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA HIDROPNEUMÁTICA 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 58 
 
 
FIGURA 40 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO MISTA 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
Instalações prediais de esgoto sanitário NBR 8160/83 
 
O despejo de esgoto sanitário poderá ser feito por meio das seguintes 
formas: 
Direto 
O esgoto é lançado diretamente do coletor predial ao coletor público, quando 
a profundidade do mesmo não exceder à do coletor público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 59 
 
 
FIGURA 41 - EXEMPLO DE ESGOTO SANITÁRIO DIRETO 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
Indireto 
O esgoto é recolhido em uma elevatória, quando a profundidade do coletor 
predial exceder à do coletor público e em seguida é recalcado para o mesmo. 
 
 
FIGURA 42 - EXEMPLO DE ESGOTO SANITÁRIO INDIRETO 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 60 
 
 
Instalações prediais de Águas Pluviais NBR 611/81 
 
 
O esgotamento poderá ser direto ou indireto (como o esgoto sanitário) para 
os coletores públicos de águas pluviais ou sarjetas dos logradouros. O mesmo 
deverá ser projetado pelo menor percurso e consequentemente ser feito no menor 
tempo possível. 
O esgotamento das águas pluviais deverá ser independente do seu esgoto 
sanitário, eliminando assim a possibilidade de penetração de gases ao interior das 
edificações. 
Além da NBR 611/81, as instalações prediais de águas pluviais são regidas 
também pelos códigos de obras municipais, que normalmente proíbem a queda livre 
das águas dos telhados das edificações, bem como em terrenos vizinhos. 
 
Instalações prediais de prevenção e auxílio ao combate a incêndios NBR 
24/65. 
A distribuição da água para combate a incêndios poderá ser feita por meio 
de reservatório elevado ou reservatório subterrâneo. 
No caso do reservatório ser elevado, a adução será por gravidade e quando 
o reservatório for subterrâneo, por recalque de acionamento automático. 
 
 
1.6.3 Instalações de Gás 
 
 
Aspectos gerais 
 
Características do gás 
O GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) é obtido a partir da destilação do petróleo, 
sendo formado basicamente pela mistura de propano e butano, em proporções 
variáveis (BERTONCEL, 2008). Apresenta as seguintes propriedades: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 61 
 
• Densidade 2 em relação ao ar, na forma de gás 0,55 em relação a água, na 
{forma líquida; 
• Facilidade e rapidez de operação; 
• Não produz resíduos após a queima; 
• Poder calorífico médio 12 000 Kcal/kg. 
 
O emprego do GLP nos domicílios é cada dia maior, visto que poucas cidades 
no Brasil dispõem de gás combustível canalizado nas ruas, sendo necessária a 
instalação domiciliar com recipientes que armazenam o GLP. 
 
Recipientes 
As empresas que fazem a distribuição do gás liquefeito de petróleo utilizam 
recipientes de aço, que podem ser transportáveis (butijões ou cilindros) ou fixos, 
dependendo de suas capacidades. 
Há um grande número de normas da ABNT que regulamentam as dimensões, 
os testes para o controle de qualidade dos recipientes para GLP, bem como as 
mangueiras flexíveis utilizadas e as válvulas para os recipientes. 
Os recipientes transportáveis de aço para GLP têm as seguintes capacidades, 
regulamentadas pelas normas: 
• kg - NBR 8470/84; 
• 5kg - NBR 8471/84; 
• 13 kg - NBR 8462/84; 
• 45 kg - NBR 8463/84; 
• 90 kg - NBR 8472/84. 
 
Os butijões de 2 e 5 kg são utilizados em lampiões para iluminação, 
laboratórios, camping, etc., os de 13 e 45 kg são utilizados em casas e prédios 
residenciais: os cilindros de 90 kg são empregados nas instalações de maior 
consumo. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 62 
 
 
Pressões de utilização 
O GLP é fornecido em recipientes de aço, no estado líquido, com pressões da 
ordem de 50 a 150 psi (35 a 105m H2O). Na saída dos recipientes, por meio do 
regulador de alta ou de 1º estágio, ocorre uma redução para 15 psi (10 m H2O) e, 
posteriormente, pelo regulador de baixa ou de 2º estágio, a pressão chega a 0,4 psi 
(0,28 m H20), valor indicado para o consumo nos aparelhos. A figura abaixo ilustra 
um regulador de 2º estágio. 
 
 
FIGURA 43 - REGULADOR DE PRESSÃO 2º ESTÁGIO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.temseguranca.com/2011_03_01_archive.html>. Acesso em: 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Exemplos de Utilização do GLP 
A instalação predial do GLP pode ser individual, onde cada domicílio possui 
seus recipientes ou por distribuição central, com um medidor de consumo para cada 
domicílio. Em residências, o recipiente de GLP (botijão ou cilindro de gás) deve ficar 
localizado em áreas externas, reservadas para este fim, sendo o gás levado aos 
pontos de consumo por meio de canalizações próprias, às quais denominamos 
instalações prediais de gás (ou de GLP). No esquema abaixo é indicada as 
distâncias mínimas a serem observadas para instalar a central de gás. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 63 
 
 
FIGURA 44 - ESQUEMA DE INSTALAÇÃO PREDIAL DE GLP 
 
 
FONTE: (BERTONCEL, 2008). 
 
 
1.6.4 Instalações Especiais 
 
 
Ar-Condicionado 
 
São sistemas que visam à obtenção de condições específicas do ar nos 
diversos tipos de ambientes, de modo a proporcionar conforto térmico aos 
ocupantes ou proporcionar condições especiais exigidas por equipamentos e/ou 
processos (ARAÚJO, 2011). 
Condicionamento de ar, segundo a definição técnica de aplicação, é um 
processo de tratamento de ar destinado a controlar simultaneamente: temperatura 
do ar, umidade relativa do ar (obtida pela retirada ou pela colocação de vapor de 
água no ar), pureza (filtros), distribuição de ar (ventilador, difusor, duto) de um 
ambiente. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 64 
Durante muito tempo, o homem pensou em maneiras de amenizar os efeitos 
do calor. Invenções mais antigas, como ventiladores, abanadores e até mesmo o 
uso do gelo em larga escala faziam parte dos métodos para amenizar a temperatura 
em um ambiente. 
Em 1902, o engenheiro Willis Carrier inventou um processo mecânico para 
condicionar o ar, tornando realidade o almejado controle climático de ambientes 
fechados. Essa tecnologia teve início, na época, a partir de um problema pelo qual 
uma empresa de Nova York passava (BERTONCEL, 2008). 
Ao realizar impressões em papel, o clima muito quente de verão e a grande 
umidade do ar faziam com que o papel absorvesse essa umidade de forma que as 
impressões saíam borradas e fora de foco. Ele criou um processo que resfriava o ar, 
fazendo circular por dutos resfriados artificialmente, o que também era capaz de 
reduzir a umidade do ar. Este foi o primeiro ar-condicionado contínuo por processo 
mecânico da história. 
A partir desta experiência, o sistema foi adotado por muitas indústrias de 
diversos segmentos, como têxtil, indústrias de papel, farmacêuticos, tabaco e alguns 
estabelecimentos comerciais. 
Em 1914, Carrier desenvolveu um aparelho para aplicação residencial, que 
era muito maior e mais simples do que os ares-condicionados de hoje, e também 
desenhou o primeiro condicionador de ar para hospitais, que foi desenvolvido com o 
objetivo de aumentar a umidade de um berçário (para bebês nascidos de forma 
prematura), no Allegheny Hospital de Pittsburg. 
Foi a partir da década de 1920 que o ar-condicionadocomeçou a se 
popularizar nos Estados Unidos, foi colocado em diversos prédios públicos, tais 
como a Câmara dos Deputados, o Senado Americano, os escritórios da Casa 
Branca (BERTONCEL, 2009). 
Além disso, foi de grande utilidade para ajudar a indústria cinematográfica, 
pois antes de serem instalados os aparelhos de a-condicionado, as salas de cinema 
ficavam vazias devido ao clima muito quente, nas temporadas de verão americano. 
Na década de 1930, foi desenvolvido também por Willis Carrier um sistema 
de condicionadores de ar para arranha-céus com distribuição de ar em alta 
velocidade, que economizava mais espaço, em relação aos produtos utilizados na 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 65 
época. A distribuição do ar em alta velocidade por meio de dutos "Weathermaster", 
criada em 1939, economizava mais espaço do que os sistemas utilizados na época. 
Em meados de 1950, os modelos residenciais de ar-condicionado 
começaram a ser produzidos em massa, ano em que Willis Carrier faleceu. A 
demanda foi muito grande, acabando com os estoques em apenas duas semanas. 
Na década seguinte, esses produtos já não eram mais novidade. A partir disso, se 
inicia um mercado de amplitude mundial em constante expansão, com muito espaço 
para desenvolvimento tecnológico e novidades em produtos, até os dias de hoje. 
 
Função e princípio do equipamento 
O ar-condicionado é um equipamento destinado a climatizar o ar em um 
recinto fechado, mantendo sua temperatura e umidade do ar controlada, para deixar 
os ambientes em temperaturas agradáveis, criando uma sensação de conforto 
térmico (aquecendo ou refrigerando) ou até mesmo em determinados ambientes em 
que o seu uso é indispensável como, por exemplo, CPD, Laboratórios, Unidades de 
Hospitais, Radiologia, No Break e outros. 
O princípio de funcionamento dos condicionadores de ar, nada mais é do 
que a troca de temperatura do ar do ambiente, pela passagem do ar pela serpentina 
do evaporador que, por contato, tem queda ou aumento de temperatura do ar, 
dependendo do ciclo utilizado, baixando a umidade relativa do ar. 
O ar do ambiente é sugado por um ventilador e atravessa um evaporador, 
passando em volta de uma serpentina cheia de R-22, substância refrigeradora à 
temperatura de 7° C e em estado líquido. Em contato com uma serpentina gelada, o 
ar se resfria e volta para o ambiente. 
Ao absorver o calor do ar, o R-22 muda de estado dentro da serpentina e 
vira gás, entrando depois em um compressor elétrico. Essa peça, que produz o 
barulho do aparelho, comprime o R-22 até que, sob alta pressão, ele vire um gás 
quente, a 52° C. 
Esse gás entra em outra serpentina, do lado de fora do aparelho, chamado 
condensador. Mais quente que o ambiente externo, o R-22 se resfria um pouco. 
Com isso, ele vira líquido de novo mesmo antes de chegar aos 7°C, pois está sob 
alta pressão. Outro ventilador sopra o ar quente que sobrou para a rua. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 66 
O R-22 (em estado líquido por causa da alta pressão) entra em uma válvula 
de expansão, espécie de orifício onde o líquido perde pressão rapidamente e se 
esfria até 7° C, transformando-se em estado líquido. A partir daí, o ciclo recomeça 
novamente. 
 
 
FIGURA 45 - SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR-CONDICIONADO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.arbrisaclimatizadores.com.br/pages.php?pageid=3>. 
Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Os Sistemas de condicionamento de ar possuem quatro componentes 
básicos: 
• Compressor; 
• Condensador; 
• Evaporador; 
• Motor ventilador. 
 
Vantagens do equipamento: 
• Longevidade dos eletrodomésticos é prolongada; 
• Uma atmosfera mais confortável; 
• Utilizados tanto no inverno como no verão. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 67 
 
 Desvantagens do equipamento: 
 Resseca o ar causando irritação aos olhos; 
 Recirculação do ar (não renovação do ar); 
 Alto consumo de energia elétrica; 
 Uso de gases prejudiciais à camada de ozônio e efeito estufa; 
 Manutenção periódica; 
 Interfere na arquitetura de interiores (espaços necessários); 
 O mau uso do ar-condicionado compromete a saúde. 
 
 
O que os mais diversos modelos de ar-condicionado ainda não conseguiram 
eliminar é um incômodo efeito colateral: o ressecamento do ar. "Em contato com o 
frio, a umidade do ar se condensa em gotinhas dentro do aparelho, como acontece 
em uma garrafa fechada e gelada”. 
 
Instalações de Incêndio 
 
O projeto de proteção contra incêndios deve nascer juntamente com o 
projeto de arquitetura, levando em conta as distâncias para serem alcançadas as 
saídas, as escadas (largura, dimensionamento dos degraus, controle de fumaça, 
corrimãos, resistência ao fogo etc), a combustibilidade e a resistência ao fogo das 
estruturas e materiais de acabamento, a vedação de aberturas entre pavimentos 
adjacentes, as barreiras para evitar propagação de um compartimento a outro, o 
controle da carga incêndio e a localização dos demais sistemas contra incêndios. 
O primeiro passo a ser dado é a classificação das ocupações. Ele determina 
os tipos de sistemas e equipamentos a serem executados na edificação; a partir daí 
devem ser pesquisadas as Normas Técnicas Brasileiras Oficiais para complemento 
do referido Decreto. É importante, também a consulta à Prefeitura Municipal, pois 
podem existir exigências locais. 
 
Sistema de iluminação de emergência - NBR 10898: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 68 
Iluminação que deve clarear áreas escuras de passagem, horizontais e 
verticais, incluindo áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços 
essenciais e normais, na falta de iluminação normal. Este sistema deve: 
•permitir o controle visual das áreas abandonadas; 
•manter a segurança patrimonial; 
•sinalizar as rotas de fuga; 
•sinalizar o topo do prédio para aviação. 
 
 
 
 Iluminação de ambiente ou aclaramento: 
 
 
FIGURA 46 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.equipel.com.br/NoticiaLer.asp?IntCdNoticia=16>. Acesso em: 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Iluminação com intensidade suficiente para garantir a saída segura de todas 
as pessoas do local em caso de emergência. 
 
 
 Iluminação de balizamento ou de sinalização: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 69 
 
 
FIGURA 47 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.technomaster.com.br/ILUMINACAOEMERGENCIA/ILUMINACAO%20DE%20EMERGEN
CIA.html>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Sinalização com símbolos e letras que indicam a rota de saída que pode ser 
utilizada. 
A função da “Iluminação de Emergência” é iluminar as áreas escuras de 
passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de 
controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de 
iluminação normal. A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar 
acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível 
penetração de fumo nas áreas. 
 
Características do Sistema de Iluminação de Emergência: 
 
• A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e 
garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumo 
nas áreas; 
• A iluminação deve permitir o controle visual das áreas abandonadas 
para localizar pessoas impedidas de locomover-se; 
• Manter a segurança patrimonial para facilitar a localização de 
estranhos nas áreas de segurança pelo pessoal da intervenção; 
• Sinalizar inconfundivelmente as rotas de fuga utilizáveis no momento 
do abandono do local; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
• O tempo de funcionamento do sistemade iluminação de emergência 
deve garantir a segurança pessoal e patrimonial de todas as pessoas na área, até o 
restabelecimento da iluminação normal, ou até que outras medidas de segurança 
sejam tomadas; 
• No caso do abandono total do edifício, o tempo da iluminação deve 
incluir além do tempo previsto para a evacuação, o tempo que o pessoal da 
intervenção e de segurança necessita para localizar pessoas perdidas ou para 
terminar o resgate em caso de incêndio. Este tempo deve ser apoiado na 
documentação de segurança do edifício e aprovado pelos órgãos competentes; 
• Devem ser respeitadas as limitações da visão humana, tendo como 
base as condições fisiológicas da visão diurna e noturna e o tempo de adaptação 
para cada estado; 
 
Obs.: A central de iluminação de emergência com baterias não pode ser 
utilizada para alimentar quaisquer outros circuitos ou equipamentos. Esta exigência 
baseia-se no cálculo de tempo limitado da autonomia da iluminação de emergência 
definida para abandono do prédio e não para a autonomia definida para outros tipos 
de serviço. 
A iluminação de emergência pode ser realizada com um sistema autônomo 
ou por um sistema centralizado: 
• Sistema autônomo: Cada bloco autônomo, ponto de luz e placa de 
saída possuem as suas próprias baterias e os seus próprios carregadores de 
bateria. Uma das vantagens é o lado prático deste sistema, pois basta fixar e ligar o 
equipamento à rede elétrica. Uma desvantagem é o custo de manutenção destes 
equipamentos, pois de cada dois a três anos é necessária à substituição de todas as 
baterias. Essas possuem uma vida útil e perdem o tempo de autonomia exigido 
pelas normas, o que geralmente corresponde a 50% do valor do equipamento novo 
mais a mão de obra. 
 
• Sistema centralizado: Neste caso, a utilização de uma central de 
iluminação de emergência e um banco de baterias que alimenta todos os aparelhos 
de iluminação e placas de saídas. Cada circuito pode alimentar no máximo 20 
aparelhos de iluminação. Este sistema também exige um cuidado especial quanto 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
ao cálculo de autonomia e da fiabilidade para utilização e geralmente tem um custo 
um pouco mais alto do que o sistema autônomo. A vantagem é que ao chegar ao fim 
da vida útil das baterias, basta substituir as mesmas que ficam localizadas no banco 
de baterias próxima da central. 
 
Sistema de detecção e alarme de incêndio - NBR 9441 
Um sistema de detecção e alarme de incêndio é um conjunto de elementos 
planejadamente dispostos e adequadamente interligados para detectar 
precocemente princípios de incêndio, fornecer sinalizações audiovisuais e comandar 
dispositivos de segurança e/ou extinção. 
Os parâmetros definidos na norma refletem os resultados de testes e 
ensaios laboratoriais e de campo e visam garantir a detecção precoce de incêndio e 
a rápida intervenção das forças de extinção. 
Fatores que estimulam a instalação de detecção: 
• Necessidade de proteger vidas, patrimônio e garantir a continuidade 
das atividades; 
• Exigência de seguradoras; 
• Exigências dos bombeiros, Prefeituras, etc. 
 
Definição: 
• Fase de projeto – consultar segurança, seguradora, bombeiros, 
instaladores e manutenção; 
• Identificar as razões da proteção (vida, propriedade, etc.); 
• Análise de risco nas áreas a proteger; 
• Extensão da proteção (parcial ou total); 
• Avaliar os recursos disponíveis (humanos, financeiros, etc.). 
 
Principais normas: 
• NBR 9441 - Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio; 
• NBR 11836 - Detectores Automáticos de Fumaça; 
• NBR 13848 - Acionadores Manuais. 
 
FIM DO MÓDULO I 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 72 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a DistânciaPortal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 74 
 
 
MÓDULO II 
 
 
2 O CANTEIRO DE OBRAS 
 
 
2.1 IMPLANTAÇÃO 
 
 
O canteiro de obras deve conter as instalações necessárias de maneira 
planejada e organizada, no sentido de ordenar a produção correta dos trabalhos 
conforme definido no projeto de execução. 
Sua definição segundo a NR-18 (Norma Regulamentadora) canteiro de 
obras é a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de 
apoio e execução de uma obra. 
Essa norma tem a função de normatizar procedimentos e foi elaborada em 
conjunto com construtoras, trabalhadores e governo, para estabelecer diretrizes e 
exigências diversas, esse inter-relacionamento e fluxo de recursos visa evitar 
desperdícios de materiais, mão de obra, tempo, defeitos e de equipamentos dadas a 
sua relação direta com a produtividade e qualidade durante a execução da obra. 
Além disso, deve ser de forma econômica com flexibilidade de modo a aperfeiçoar o 
espaço disponível. 
Na implantação de um canteiro de obras, busca-se em primeiro lugar evitar 
ao máximo, o deslocamento das instalações durante a execução da obra, evitando 
gastos de tempo e material para esta operação. 
Em terrenos com pouca àrea, em geral nas àreas urbanas das cidades, 
deve-se acondiconar as instalações do canteiro em local o mais protegido possível, 
sendo necessária em outras fases da obra a mudança das instalações provisórias. 
A organização do canteiro consiste, no uso racional do terreno não ocupado 
pela edificação para instalação provisória do canteiro de obras, seguindo um 
planejamento específico. 
 
 
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São fatores condicionantes do planejamento e organização do canteiro: 
• O tipo, natureza e complexidade da obra; 
• Topografia e condições ambientais; 
• As características dos materiais empregados; 
• Os processos e métodos construtivos empregados; 
• Os tipos de equipamentos empregados; 
• Os prazos de execução de cada etapa e da obra total; 
• A quantificação e tipificação da mão de obra a ser utilizada em cada 
etapa. 
 
A fase de implantação divide-se em três etapas: 
• Inicial; 
• Intermediária; 
• Final. 
 
A fase inicial compreende os serviços de: 
• Demolições; 
• Movimentos de terra; 
• Obras de contenção; 
• Obras de drenagem; 
• Fundações. 
 
A fase intermediária, caracterizada pelo grande volume de serviços, 
compreende: 
• Estrutura; 
• Vedação; 
• Cobertura; 
• Instalações; 
• Pavimentos. 
 
A fase final, caracterizada pela diversidade de serviços, compreende: 
• Revestimentos; 
 
 
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• Esquadrias; 
• Acabamentos. 
 
 
2.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
 
 
Esse levantamento é de suma importância, pois é a partir deste que teremos 
um retrato do terreno onde a obra será executada. 
 
Para informação daremos algumas definições: 
Topografia: 
• Deriva das palavras gregas topos e graphen; 
• Significa: descrição exata e minuciosa de um lugar; 
• Estudo de parte da superfície terrestre e sua representação gráfica. 
 
 
Descrição minuciosa de uma localidade; topologia. - Arte de representar

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