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Brucelose alergiaeimunologiavet.blogspot.com Introdução Brucelose Caracterização Ocorrência Susceptibilidade Agente etiológico Brucelose Dentro do gênero Brucella, são descritas seis espécies independentes, cada uma com seu hospedeiro preferencial: Brucella abortus (bovinos e bubalinos), Brucella melitensis (caprinos e ovinos), Brucella suis (suínos), Brucella ovis (ovinos), Brucella canis (cães) e Brucella neotomae (rato do deserto). Duas novas espécies, recentemente isoladas de mamíferos marinhos estão sendo estudadas. Brucelose As três espécies principais, também denominadas clássicas, são subdivididas em biovariedades ou biovares: - B. abortus – 7 biovares - B. melitensis – 3 biovares - B. suis – 5 biovares. As bactérias do gênero Brucella são parasitas intracelulares facultativos, com morfologia de cocobacilar Gram-negativos e imóveis Número de Micro- organismos Virulência do Micro- organismo Suscetibilidade do Hospedeiro Patogenicidade Brucelose Mecanismos de virulência relacionados a patogenicidade Infectividade Brucelose Brucelose Embora os bovinos e bubalinos sejam suscetíveis à B. suis e B. melitensis, inequivocamente a espécie mais importante é a B. abortus, responsável pela grande maioria das infecções. Brucelose Fonte de infecção Hospedeiros vertebrados que albergam as brucelas e as eliminam no ambiente: animais doentes ou portadores sãos. As diferentes espécies, apesar de ter predileção por determinada espécie, podem acometer diversas outras espécies. Via de eliminação - produtos do abortamento (feto, placenta, líquido amniótico) - corrimento vaginal e urina (por 15 a 30 dias após aborto ou parto normal) - sêmen - leite Brucelose Porta de entrada - mucosa digestiva - conjuntiva - pele lesada - mucosa genital Via de transmissão contato direto: transmissão venérea (monta natural), pessoas que lidam diretamente com os animais (doença ocupacional). contato indireto: ingestão de pastagens, alimentos e/ou água contaminados por restos de aborto, secreções vaginais que contenham brucela (30 dias após o parto). Brucelose Uma vez atravessando a porta de entrada, as brucelas serão drenadas para os gânglios linfáticos regionais e a partir destes, via linfa ou sangue, disseminam-se por todo o organismo, indo colonizar os órgãos ou tecidos ricos em células do sistema mononuclear fagocitário, tais como gânglios linfáticos, medula óssea, fígado, baço e articulações (imunocomplexos). Além destes, as brucelas se disseminam para órgão reprodutivos como útero gravídico das fêmeas e os testículos, epidídimo e vesícula seminal dos machos. Brucelose A predileção para útero gravídico se deve à produção, pelo mesmo, do hormônio chamado eritritol. O eritritol atrai as brucelas e funciona como fator estimulante para o seu crescimento. Brucelose Imunidade Brucelose As bactérias do gênero Brucella são parasitas intracelulares facultativos, com capacidade de se multiplicar e sobreviver dentro de macrófagos. Em razão dessa habilidade, a proteção contra a infecção e a eliminação da bactéria do organismo hospedeiro dependem primariamente da resposta imune mediada por células. Tal resposta dá-se pela interação de células fagocitárias – neutrófilos e macrófagos – e de células específicas, linfócitos T auxiliares e citotóxicos. Apesar de existirem metodologias para se medir a intensidade dessa resposta imune celular, essas técnicas, por serem complexas e de difícil execução, não são utilizadas na rotina de diagnóstico da infecção por Brucella sp. Brucelose Além da resposta imune celular, anticorpos específicos (imunidade humoral) contra a cadeia “O” também são produzidos durante a infecção. Os anticorpos dirigidos contra o lipopolissacarídeo (LPS) de Brucella sp têm sido bastante estudados, de modo especial por serem detectados com facilidade em provas sorológicas Resposta Vacinal Brucelose A resposta humoral de bovinos infectados por B. abortus ou vacinados com B19, caracteriza- se pela síntese dos quatro isotipos principais de imunoglobulinas. A resposta sorológica pós- infecção ou vacinação produz-se a partir da primeira semana, aparecendo, em primeiro lugar, o isótipo IgM e, logo após, o IgG1. As respostas de IgG2 e IgA aparecem mais tarde, aumentam gradativamente, mas permanecem em níveis baixos Brucelose Exame laboratorial: é essencial pra um diagnóstico definitivo. Diagnóstico direto: o diagnóstico do agente, quando identificado, possui especificidade de 100%, mas a sensibilidade é muito baixa (resultado negativo não implica em indivíduos livres de infecção brucélica). É viável apenas para o diagnóstico individual de brucelose, já que sua complexidade e altos custos não compensam sua realização em rebanhos. O isolamento é feito a partir de feto abortado, placenta, leite, líquido sinovial de articulações comprometidas e sêmen. O material deve ser colhido com o máximo de assepsia e enviado imediatamente, sob refrigeração, ao laboratório. PCR e Imunohistoquímica Brucelose Diagnóstico indireto: a pesquisa de anticorpos anti-brucela é o principal recurso empregado no diagnóstico da doença. A técnica recomendada oficialmente pelo Ministério da Agricultura é a prova do antígeno acidificado tamponado (rosa-bengal, card test), que é muito sensível e de fácil execução. Entretanto, ela só pode ser realizada por veterinários que tenham se submetido a um curso de credenciamento reconhecido formalmente pelo Ministério. 30 μL 0,03ml 30 μL A placa deve ser agitada continuamente por 4 min INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: - Presença de grumos - REAGENTE - Ausência de grumos - NÃO-REAGENTE Brucelose No Brasil, o PNCEBT definiu como oficiais os seguintes testes: Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), Anel em Leite (TAL), 2-Mercaptoetanol (2-ME) e Fixação de Complemento (FC). Os dois primeiros como testes de triagem; os dois últimos como confirmatórios. Células inteiras da amostra de B. abortus 1119-3 são utilizadas na preparação dos antígenos. Tratamento Brucelose Tratamento Em rebanhos comerciais o tratamento não deve ser realizado, sendo que por questões epidemiológicas é recomendado o sacrifício dos animais. Em animais de estimação, porém, o tratamento é baseado em antibioticoterapia (oxitetraciclina - 20 mg/kg, estreptomicina - 25 mg/kg, cloranfenicol - 10 mg/kg). Deve-se considerar, porém, que o agente é um parasita intracelular e o tratamento auxilia no alívio dos sintomas, mas é comum que ele não elimine totalmente o agente do organismo. Controle Brucelose Controle O controle da doença é objeto do PNCEBT, lançado pelo Ministério da Agricultura em janeiro de 2001. O programa baseia-se nos seguintes pontos: Vacinação obrigatória: passa a ser compulsória (a partir de dezembro de 2003) a vacinação de bezerras com idade entre 3 e 8 meses de idade. Brucelose Certificação de propriedades livres - Testes em todos os animais e sacrifício dos reagentes positivos. - Certificado de livre: três testes sem um único animal reagente positivo, ao longo de um período mínimo de nove meses. - As propriedades certificadas ficam obrigadas a repetir os testes anualmente, em todos os animais. - Exigência de dois testes negativos parao ingresso de animais na propriedade, se os animais não forem provenientes de outra propriedade livre. - Os testes de diagnóstico para brucelose são realizados exclusivamente em fêmeas de idade igual ou superior a 24 meses, desde que vacinadas entre 3 e 8 meses, e em machos e fêmeas não vacinadas, a partir de 8 meses de idade. - Supervisão técnica de médico veterinário credenciado. Brucelose Certificação de propriedades monitoradas - De adesão voluntária, atribuída exclusivamente a fazendas de gado de corte. - Testes de diagnóstico serão realizados por amostragem apenas em fêmeas com mais de 24 meses e em machos reprodutores, com periodicidade anual: conceito de gestão de risco. - Quando forem encontrados animais reagentes positivos, todos os animais serão submetidos a testes de diagnóstico. - Só poderão ingressar na propriedade animais com dois testes negativos ou provenientes de propriedades de condição sanitária igual ou superior. - Supervisão técnica de médico veterinário credenciado. Brucelose Normas diversas - Controle do trânsito de reprodutores e normas sanitárias para participação em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais. - Credenciamento e capacitação de médicos veterinários - Diagnóstico e apoio laboratorial - Fluxo sistemático de informações entre o serviço de inspeção e o serviço de defesa sanitária. - Educação sanitária Brucelose Vacinas contra Brucelose As vacinas vivas atenuadas são aquelas que efetivamente foram e ainda são utilizadas nos programas de controle da brucelose. Duas delas, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), são as mais empregadas: a B19 e RB51. Ambas são boas indutoras de imunidade celular. Brucelose Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25
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