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Objetivo Verificar se as amostras de mel em teste estão dentro do padrão de qualidade estabelecido. Metodologia Materiais Procedimento Testes Físico-químicos Resultados e Discussão Teste Físico - Químicos Determinação da umidade. Para determinar a umidade fez-se a leitura do índice de refração e da temperatura: Índice de refração = 1,495 Temperatura = 24 ºC Para corrigir a temperatura utiliza-se a tabela de Chataway. Para cada grau acima de 20ºC, adiciona-se 0,00023 do valor encontrado: 24ºC = 4x0,00023 = 0,00092 Índice de refração = 1,495 + 0,00092 = 1,49592 O valor correspondente a umidade encontrado na tabela Chataway foi de 16,2%. O mel apresenta características químicas que favorecem um longo período de conservação, como alta concentração em açúcares, baixo pH e baixo teor de umidade. A sua vida de prateleira é assegurada por um prazo de dois anos. Mas, o teor de umidade pode afetar a sua qualidade e, consequentemente, o prazo de validade. A umidade pode adulterar as características, como viscosidade, cor, peso específico, palatabilidade, cristalização e afins. O conteúdo de água no mel, depende também de clima, origem floral e as condições em que cada abelha é submetida. O valor máximo de umidade é 20%, e o seu estado ótimo de maturação é de 18,5%. O mel analisado não está em seu estado ótimo de maturação com 16,2%, mas está abaixo do valor máximo, no qual não são tolerados valores acima de 20% para o mel puro, devido à facilidade de desenvolvimento de certos microrganismos responsáveis pela fermentação, para manter um baixo teor de umidade deve-se adotar boas práticas de produção Determinação da concentração de açúcares redutores Para determinar a concentração de açúcares redutores realiza-se uma titulação que irá reduzir soluções alcalinas de CuSO4, em presença de tartarato de sódio e potássio formando um precipitado de cor vermelho “tijolo” de Cu2O. Os monossacarídeos, glicose e frutose são açúcares redutores pois possuem grupo carbonílico e cetônico livres, e estes são capazes de se oxidarem na presença de agentes oxidantes em soluções alcalinas (solução de Fehling). O monossacarídeo é oxidado e isto resulta em um sal sódico. Para determinar a porcentagem de açúcares redutores utiliza-se a seguinte equação: % de açúcares redutores Onde: A=Volume em mL de diluição da amostra. f = fator das soluções de Fehling. P = massa da amostra em gramas. V = volume em mL da amostra diluída gasto na titulação. O volume gasto na titulação foi de 1,95 mL. E o fator das soluções de Fehling A e B foram 0,04104 e 0,04104 respectivamente. Assim temos: O valor mínimo de açúcares redutores do mel de néctar é de 65%, sendo assim o valor obtido na análise está abaixo do valor mínimo especificado pela legislação. Isso poderá afetar a sua viscosidade, densidade, higroscopicidade, cristalização, valores calóricos e doçura. 3.1.3 Acidez Titulável A acidez titulável irá indicar o estado de conservação do mel. Indica as condições de armazenamento e o processo de fermentação. O valor de acidez do mel no Brasil tem como maior valor em torno de 40 meq/ Kg, segundo a sua PIQ (Padrão de Identidade e Qualidade). Para determinar essa acidez é feito um cálculo através da equação abaixo: Onde: V= volume em mL do hidróxido de sódio gasto na titulação. f= fator de correção da solução de hidróxido de sódio. M= molaridade da solução de hidróxido de sódio. P = massa da amostra em gramas. O resultado encontrado foi de: Segundo a legislação de PIQ do mel, o valor máximo de acidez livre miliequivalente por Kg é de 40 m.e.q./Kg. Sendo assim, o mel está de acordo com os padrões estabelecidos sobre a acidez. 3.1.4 Reação de Lugol Não apresentou nenhuma alteração na coloração, ou seja, não houve adulteração por amido e dextrinas no mel. Conclusão Os resultados obtidos nas análises da amostra de mel néctar floral para Umidade, Acidez titulável e Reação de Lugol, encontraram-se dentro do valores estipulados pela PIQ do mel. Já o teor de açúcares redutores encontraram-se abaixo do valor mínimo especificado pela PIQ do mel, tornando o produto impróprio para a comercialização e consumo. Referências ARAÚJO, D. R.; SILVA, R. H. D.; SOUSA, J. S. Avaliação da qualidade físico-química do mel comercializado na cidade do Crato-CE. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 6, n. 1, p. 51-55, 2006. Disponível em: < http://www.redalyc.org/pdf/500/50060108.pdf >. Acesso em: 10/11/17. BRASIL. Instrução Normativa n. 11, de 20de outubro de 2000. Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Mel. Diário Oficial da União,Brasília, DF, 23 out 2000. Seção 1, n. 204, 23 p. CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. Campinas: Unicamp. 1999.
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