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SISTEMA DIGESTÓRIO - ANATOMIA DO ESTÔMAGO, DUODENO E PÂNCREAS

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Taciana Valente
ANATOMIA DO ESTÔMAGO, DUODENO E PÂNCREAS
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ANATOMIA DO ESTÔMAGO, DUODENO E PÂNCREAS
ESÔFAGO
Esfíncter inferior do esôfago (a nível de diafragma): presente no hiato esofágico do diafragma
A válvula de galbaroff é composta por 5 fatores:
	2 pilares diafragmáticos – pinçamento
	pressão intrabdominal ≠ intertorácica – faz com que o esôfago não colabe
	ângulo de his – de 35º a 55º graus
	veias na parede do esôfago
OBS: Pode haver herniais hiatais nessa região
	2 tipos: por deslizamento (quando a junção gastro-esofágica é no tórax) ou por rolamento (paraesofágica, quando o fundo do estômago está no tórax)
	
Mucosa do esôfago é mais clara que a do estômago (visível linha Z, na endoscopia)
Disfagia: dificuldade da passagem do alimento
Odinofagia: deglutição dolorosa no esôfago 
ESTÔMAGO
A transição esofagogástrica ocorre, geralmente, a esquerda de T11. 
Órgão oco, impar e a porção mais dilatada do tubo digestivo. 
Está na região epigástrica e hipocôndrio esquerdo, algumas vezes na região umbilical também. 
É um órgão peritonizado.
Possui a forma da letra J, mas em indivíduos baixo e atacarrado, pode adquirir a forma de chifre de novilho, considerado estomago transverso. 
Possui duas aberturas: 
	superior: cárdica
	inferior: abertura pilórica 
Faces: anterior e posterior
Duas curvaturas: a menor e a maior
Duas porções: vertical e transversa
	
CINCO PARTES ANATÔMICAS:
		CÁRDIA – Transição gastroesofágica. Internamente: óstio cárdico
		FUNDO – Parte mais alta. Sempre tem ar (na radiografia, sempre uma área escura). Está à esquerda da incisura cárdica (ângulo de hiss)
		CORPO – Parte maior, descendente.
		ANTRO – Parte em forma de funil (internamente é canal pilórico).
		PILORO – Parte final, transição entre o estômago e o duodeno. Possui um esfíncter anatômico.
CAMADAS:
	Serosa - peritônio visceral
	Muscular - 3 tipos de fibras: longitudinal, circular e oblíqua – responsáveis pelos movimentos peristálticos
	Submucosa - contém vasos e nervos
	Mucosa - em contato com o conteúdo do estomago, faz a absorção
Pregas gástricas: estrias longitudinais na curvatura maior
Canal gástrico: porção lisa na curvatura menor, geralmente por onde passa líquidos ou pequenas quantidades de comida
FUNÇÕES:
	Reservatório 
	Produz suco gástrico 
	Transforma bolo alimentar em quimo
	Absorção (principalmente água e álcool)
Ligamentos:
	Hepatogástrico – do fígado para o estômago;
	Gastrocólico – do estômago para o cólon transverso;
	Gastrolienal / gastroesplênico – do estômago para o baço;
Relações:
	anteriormente – diafragma + lobo hepático esquerdo + parede anterolateral do abdome;
	posteriormente – bolsa omental + pâncreas;
	superiormente – diafragma;
	inferiormente – cólon transverso;
	à direita – fígado;
	à esquerda – baço;
IRRIGAÇÃO ARTERIAL:
	Da AORTA ABDOMINAL TRONCO CELÍACO ARTÉRIA GÁSTRICA ESQ. (irriga curvatura menor do est.) + ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM + ARTÉRIA ESPLÊNICA
	a ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM forma ramo ARTÉRIA GASTRODUODENAL e após, se transforma em ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA e ramifica a ARTÉRIA GÁSTRICA DIREITA – irriga curvatura menor.
	a ARTÉRIA GASTRODUODENAL se ramifica em ÁRTERIA GASTROMENTAL DIREITA – irriga parte direita da curvatura maior.
	a ARTÉRIA ESPLÊNICA quando chega próx. ao baço se ramifica em duas ARTÉRIA POLAR SUPERIOR + ARTÉRIA POLAR INFERIOR
	a ARTÉRIA POLAR SUPERIOR dá 3 a 4 ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS – irriga esôfago abdominal e fundo do estômago;
	a ARTÉRIA POLAR INFERIOR dá a ARTÉRIA GASTROMENTAL ESQUERDA – irriga a parte esquerda da curvatura maior.
DRENAGEM VENOSA:
			 
	As veias são homonímias das artérias
	Toda drenagem diretamente ou indiretamente vai para a VEIA PORTA – formada pela V. MESENTÉRICA SUPERIOR e V. ESPLÊNICA
	a V. MESENTÉRICA SUPERIOR recebe as V. GÁSTRICAS (DIREITA E ESQUERDA – drenam a menor curvatura) e a V. GASTROMENTAL DIREITA – drena a parte direita da maior curvatura
	a V. ESPLÊNICA recebe a V. GASTROMENTAL ESQUERDA – drena a parte esquerda da maior curvatura e as V. GÁSTRICAS CURTAS – drena o fundo do estômago				
DRENAGEM LINFÁTICA: os linfonodos estão situados ao longo das artérias da menor e maior curvatura.
 			
INERVAÇÃO: pelos dois NERVOS VAGOS (anterior – esquerdo e posterior – direito)
DUODENO
É a primeira parte do intestino delgado.
Ocupa o andar supramesocólico e também o andar inframesocólico.
Peritônio: a primeira parte do duodeno é peritonizado e o outro restante é retroperitonial.
Função – intestino delgado: faz a principal parte da digestão, sofrendo ação enzimática.
DIVIDIDO EM 4 PARTES:
	1ª PORÇÃO – BULBO OU AMPOLA – inicia-se logo após o piloro. 
	Próximo ao rim direito forma uma curvatura e muda de direção, continuado pela parte descendente.
	 Tem relação com pâncreas, colédoco e veia porta.
	2ª PORÇÃO – PARTE DESCENDENTE – desce por 7cm até a flexura inferior do duodeno. 
	É a porção mais importante porque é nela que desemboca o DUCTO PANCREÁTICO e o DUCTO COLÉDOCO, formando a PAPILA DE VATER OU MAIOR. Também pode desembocar o DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO na PAPILA DE SANTORINI OU MENOR.
	Tem relação com fígado, vesícula biliar, cólon transverso e pâncreas.
	3ª PORÇÃO – PARTE HORIZONTAL – vai para a esquerda transversalmente e depois assume uma posição oblíqua perto da nova porção.
	4ª PORÇÃO – PARTE ASCENDENTE – sobe até a flexura duodenojejuonal – mantida pelo m. flexor do duodeno.
	
IRRIGAÇÃO ARTERIAL:
	pela ARTÉRIA GASTRODUODENAL que dá origem a ÁRTERIA PANCREATODUODENAL SUPERIOR
	pela ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR que dá origem a ÁRTERIA PANCREATODUODENAL INFERIOR
DRENAGEM VENOSA: as VEIAS PANCREATODUODENAIS (SUPERIOR E INFERIOR) drenam para VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR
PÂNCREAS
Órgão ímpar, maciço, retroperitonial, com forma de peixe.
Função: anfícrina, produz hormônios e suco pancreático. Produz LIPASE, TRIPSINA E AMILASE em 1500 ml de suco pancreático, drenado pelos DUCTOS PANCREÁTICOS (normal e acessório).
É DIVIDIDO EM 4 PARTES:
	CABEÇA – se expande para esquerda, formando o processo uncinado. Se relaciona com duodeno, veia cava inferior, vasos renais direito e veia renal esquerda.
	OBS: é importante saber dessa relação no caso de tumor da cabeça do pâncreas, porque o indíviduo fica com icterícia, já que a bile não chega no duodeno.
	COLO – parte estreita, esquerdamente à cabeça. Por trás dele inicia a veia porta. Se relaciona com os vasos mesentéricos e o início da veia porta.
	CORPO – maior parte. Se relaciona com os com a aorta e com o corpo da segunda vértebra lombar.
	CAUDA – última parte. Se relaciona com o baço, com o rim esquerdo e com a flexura cólica esquerda.
	
IRRIGAÇÃO ARTERIAL:
	a ÁRTERIA GASTRODUODENAL se ramifica em ÁRTERIA PANCREATODUODENAL SUPERIOR – irriga a cabeça e o colo.
	a ÁRTERIA MESENTÉRICA SUPERIOR se ramifica em ÁRTERIA PANCREATODUODENAL INFERIOR – irriga a cabeça e o colo.
	a ÁRTERIA ESPLÊNICA emite vários ramos (ÁRTERIA PANCREÁTICA DORSAL, MAGNA E CAUDAL – irriga corpo e cauda).
	
DRENAGEM VENOSA:
	a VEIA PANCREATODUODENAL SUPERIOR E INFERIOR drenam para a VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR
	as VEIAS PANCREÁTICAS DORSAL, MAGNA E CAUDAL drenam para VEIA ESPLÊNICA.
O ducto colédoco pode adentrar o pâncreas ou passar superiormente.

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