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PROTOZOÁRIOS EM RUMINANTES Eimeria spp 1 oocisto -> 2 Esporozoitos -> 4 esporocistos -> 4 merozoítos **Hospedeiro: Ruminante **Patogenia: depende da espécie de Eimeria, do número de oocistos ingeridos, da idade do hospedeiro, do estado nutricional e da presença e severidade de outras doenças. Nos ruminantes causam doença típica em filhotes com diarréia acentuada. Fezes contém sangue, muco e forte odor. O trofozoíto entra na cripta e invade uma célula intestinal, se transforma, passa para o seu estado adulto e lesa a célula ao sair causando diarreia sanguinolenta, baixa na resistência orgânica, redução do peristaltismo, perda de peso e infecções secundárias. **Diferencial • Colibacilose – diarréia esbranquiçada, até 3 semanas de vida; • Salmonelose – esverdeada ou acinzentada, até 12 semanas; • Clostridiose – fezes hemorrágicas, primeira semana de vida; • Coronavírus – fezes mucóides, 1 a 3 semanas; • Rotavírus – diarréia aquosa amarelada, menos de 10 dias. ->Principal diagnóstico diferencial é a idade, depois de 4 meses pensar em eiméria **Profilaxia: Comedouros e bebedouros sempre trocados e camas secas; Manter animais separados de acordo com a idade; Evitar grandes concentrações em pequenas áreas por longos períodos; Tratamento dos animais doentes e uso preventivo de drogas anticoccídicas. **Tratamento: Sintomático - hidratação e a reposição dos eletrólitos; • Sulfas (*30mg/Kg) • Antibióticos ionóforos (monensina, salinomicina, lasalocida) - 200 mg/cabeça/dia em 450 g conc. -> Na metade do período pré patente é quando começa a destruir as células do intestino, mas ainda são poucas as células, não ocorrendo sinais clínicos, é melhor fazer o tratamento durante o período pré patente. Cryptosporidium **Hospedeiro definitivo: Animais domésticos (ZOONOSE mais importante da atualidade) **Epidemiologia: Oocistos por serem muito leves dispersam no meio ambiente através do ar, insetos, vestuário, fezes, contaminando água e alimentos e se manter viáveis por semanas sendo os bovinos jovens a principal fonte de eliminação. **Modo de transmissão: Ingestão ou inalação de oocistos sendo que a transmissão é feita por 3 vias: Pessoa a pessoa (alta densidade populacional), Animal a pessoa (animais jovens com diarreia), Pessoa a animal (Indivíduos infectados manipulam animais). **PATOGENIA: Destruição de vilosidades intestinais, Diminuição da área de absorção, Diminuição da atividade enzimática (dissacaridases), Diminuição da absorção de nutrientes (diarreia). **SINAIS CLÍNICOS: Diarréia aquosa profusa (amarelada e fétida), Desidratação, febre, anorexia, perda de peso, fraqueza, Arrepiamento do dorso, depressão, Recuperação espontânea em 1 a 2 semanas, Mortalidade em animais muito jovens. **Diagnóstico Presença de oocistos nas Fezes, Material de biópsia intestinal ou Material obtido de raspado de mucosa.Ou diagnóstico sorológico por Imunofluorescência ou ELISA. Pode-se obter diagnóstico por microscopia com contraste de fases ou Ziehl-Neelsen modificado. **Tratamento: Ineficaz, somente sintomático com cura espontânea em imunocompetentes. **Profilaxia: Água limpa, bebedouros com altura que impeça dos animais nele defecarem, Comedouros que não sejam infectados pela cama, Higiene dos estábulos, remoção e incineração das camas, Tratamento dos animais parasitados, Eliminação dos animais positivos. Neospora caninum **Ciclo biológico: Seu hospedeiro definitivo é o cão, elimina nas fezes o oocito por um período de 5 a 21 dias, mas pode ser eliminado gradualmente um grande número de oocistos intermitentemente (varia, um dia põe, outro não). Seu HI é o bovino, cão, animais silvestres, cabra e ovelha. Vão ingerir o oocisto que vai pro intestino que faz seu ciclo, se transforma em esquizonte, indo parar em outros tecidos como SNC, medula, baço, rim, onde ficam sem desenvolver a doença. Quando este animal infectado morre, o cão ingere sua carne com os cistos e se infecta. No bovino ainda pode levar ao aborto por alterar muito a célula, nascimento de animais soropositivos, sadios ou enfermos. Vacas assintomáticas podem transmitir o agente em sucessivas gestações (mãe +, 95% chances de filho +), Imunidade insuficiente para prevenir reinfecções ou há a permanência do agente nesses animais **Transmissão: transplacentária por gestações subsequentes, ingestão de oocistos (HI), ingestão de cistos teciduais (HD). **Patogenia: Bovinos abortam fetos mumificados ou autolisados a partir dos 3 meses. Em bezerros recém nascidos: Sinais neuromusculares (3 a 5 a 20 dias), Membros anteriores e/ou posteriores em extensão. Podem nascer infectados e clinicamente sadios. **Diagnóstico: Ante-mortem: Sintomatologia e histórico da doença, ELISA; Pós-mortem: Cortes histológicos, cistos bem desenvolvidos. **Tratamento: Não há tratamento eficaz, previne com vacinação. **Profilaxia: Medidas sobre o HD: evitar alimentar cães domésticos com carnes cruas, enterrar ou cremar os abortos e natimortos. Medidas sobre os HI: evitar ingestão de oocistos protegendo os alimentos, matriz infectada deve ser eliminada (doador de esperma pode ser positivo, receptor obrigatoriamente negativo). Transmissão vertical (mais importante), Não há transmissão bovino a bovino, Não há evidências de transmissão venérea. Trichomonas foetus **Hospedeiro definitivo: Bovinos **Local: Prepúcio dos machos e vagina das fêmeas. **Trofozoíto de formato piriforme Sem simetria bilateral. **Ciclo biológico: A transmissão mecânica se dá através do coito. O macho infectado é agente transmissor. Contaminação por fômites e inseminação artificial. As vacas adquirem resistência, podendo dar origem a terneiros sãos por inseminação artificial. **Sintomas: taxa de natalidade menor que a esperada, estação de nascimentos prolongada, retorno ao cio meses mais tarde, vaginite, cervicite, endometrite, piometra, morte embrionária ou fetal, feto macerado e aborto. **Importância: Leva ao aborto ou absorção fetal. Trichomonose genital das vacas. Infecções oportunistas por retenção de placenta. Inviabiliza o macho para reprodução (tratamento não é seguro) **Diagnóstico: LABORATORIAL, pela observação do parasito em secreções vaginais, placenta, líquido abomasal de fetos abortados, líquidos de piometra e principalmente em esmegma prepucial de touros. **Profilaxia: Descarte de touros velhos e substituição (testados), Evitar touros “arrendados”ou utilizados em parceria assim como não deve comprar touros com problema de Tricomonose. Testar os touros antes da estação de monta, repouso das fêmeas por 3 ciclos consecutivos. Touros + e fêmeas que falham na concepção, abortam, tem piometra ou + devem ser descartados. Não adquirir fêmeas que falharam na prenhes, escolher sempre novilhas. Não usar pastagens comuns a vacas e touros. Manejo exclusivo com IA. Manejo dos infectados (+ com +) e novilha só com touro virgem comprovadamente negativo. Animais introduzidos no rebalho devem ter 3 resultados negativos, antes da estação de monta examinar touros e descartar +. **Tratamento SOMENTE PARA TOUROS DE ELEVADO VALOR ZOOTÉCNICO: Dimetridazole, P.O. 15g/100Kg por 5 dias, Penicilina procaína (7000 UI/Kg de peso corporal) associada ao ipronidazole (30 g por animal), I.M., em dose única. Tripaflavina em solução a 1%, aquecida a 40ºC. Vacinação
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