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1 PEPTÍDIOS 2 PEPTÍDIOS Os peptídios são polímeros que contém 2, 3 ou mais resíduos de –aminoácidos ligados entre si por LIGAÇÕES PEPTÍCAS. Os polímeros, de acordo com o número de –aminoácidos, são: Dipeptídios: 2 resíduos de –aminoácidos; Tripeptídios: 3 resíduos de –aminoácidos; Oligopeptídios: geralmente entre 4 e 10 resíduos de –aminoácidos; Polipeptídios: mais de 10 resíduos de –aminoácidos. As PROTEÍNAS são moléculas que contêm uma ou mais cadeias de polipeptídios. Polipeptídios são polímeros lineares. Uma das extremidades da cadeia do polipeptídio termina com um resíduo de –aminoácido que tem um grupo – NH3+ livre; a outra termina com um resíduo de –aminoácido que tem um grupo – CO2¯ livre. Estes dois grupos são chamados de resíduo N-terminal e resíduo C-terminal, respectivamente. Exemplos: Ligação peptídica Resíduo C-terminal à direita Resíduo N-terminal à esquerda Resíduo N-terminal à esquerda Resíduo C-terminal à direita Resíduo C-terminal à direita Resíduo N-terminal à esquerda 3 Métodos para a determinação da composição dos peptídios: Espectrometria de massa Ultracentrifugação Difusão de luz Pressão osmótica Difração de raio X Métodos para a determinação da seqüência de aminoácidos: Análise dos resíduos terminais Hidrólise parcial ESTRUTURAS PRIMÁRIAS DE POLIPEPTÍDIOS E PROTEÍNAS OXITOCINA E VASOPRESSINA São polipeptídios muito semelhantes na estrutura de resíduos de aminoácidos. A diferença está em dois resíduos de aminoácidos: Onde a oxitocina tem leucina a vasopressina tem arginina; Onde a oxitocina tem isoleucina a vasopressina tem fenilalanina. A oxitocina ocorre somente nas fêmeas das espécies animais e estimula a contração do útero durante o parto. LIGAÇÃO DISSULFETO entre resíduos de cisteína 4 A vasopressina ocorre em machos e fêmeas e causa a contração dos vasos sanguíneos periféricos e o aumento da pressão sanguínea. INSULINA Insulina é um hormônio que regula o metabolismo da glicose. A deficiência da insulina nos humanos é o principal problema do diabetes melito. A insulina tem 51 aminoácidos em duas cadeias polipeptídicas, chamadas cadeias A e B. Estas duas cadeias estão unidas por duas ligações dissulfeto. A cadeia A contém uma ligação dissulfeto adicional entre os resíduos de cisteína nas posições 6 e 11. As insulinas dos mamíferos apresentam estruturas semelhantes. A insulina humana difere da insulina bovina em três resíduos: A treonina substitui a alanina uma vez na cadeia A (resíduo 8); A treonina substitui a alanina uma vez na cadeia B (resíduo 30); A isoleucina substitui a valina uma vez na cadeia A (resíduo 10). LIGAÇÃO DISSULFETO entre resíduos de cisteína LIGAÇÃO DISSULFETO entre resíduos de cisteína LIGAÇÃO DISSULFETO entre resíduos de cisteína LIGAÇÃO DISSUL- FETO entre resí- duos de cisteína 5 Outros Polipeptídios e Proteínas Análises seqüenciais bem-sucedidas foram alcançadas para centenas de outros polipeptídios e proteínas, incluindo os que se seguem: 1. Ribonuclease bovina. Esta enzima que catalisa a hidrólise do ácido ribonucléico, possui uma única cadeia, constituída por 124 resíduos de aminoácidos e quatro ligações dissulfeto no interior da cadeia. 2. Hemoglobina humana. Há quatro cadeias peptídicas nesta importante proteína carreadora de oxigênio. Duas cadeias idênticas, cada uma com 141 resíduos, e duas cadeias idênticas, cada uma com 146 resíduos. Obs.: Na hemoglobina normal há na posição 6 um resíduo de ÁCIDO GLUTÂMICO. Na hemoglobina da célula falciforme (anemia falciforme) essa posição é ocupada pela VALINA. 3. Tripsinogênio e quimotripsinogênio bovinos. Estes dois precursores enzimáticos possuem cadeias simples constituídas, respectivamente, por 229 e 245 resíduos de aminoácidos. 4. Gamaglobulina. Esta imunoproteína tem um total de 1.320 resíduos de aminoácidos em quatro cadeias, duas com 214 resíduos e duas com 446 resíduos. 5. p53, uma proteína anticâncer. A proteína chamada p53 (p de proteína), constituída por 393 resíduos de aminoácidos, possui várias funções celulares, mas as mais importantes envolvem o controle das etapas que levam ao crescimento das células. Atua como supressor de tumor, obstando o crescimento anormal de células normais e, desta maneira, previne o câncer. Descoberta em 1979, imaginou-se inicialmente que a proteína p53 fosse sintetizada por um oncógeno (gene que causa câncer). Pesquisas mais recentes, porém, mostraram que a forma da p53 que se pensava ter esta ação cancerígena era uma forma mutante da proteína normal. A forma sem mutação (ou tipo selvagem) da p53 aparentemente coordena um conjunto complexo de respostas a variações do DNA que, de outra maneira, poderiam levar ao câncer. Quando p53 sofre mutação, a proteína não mais atribui à célula sua função de prevenção contra o câncer; aparentemente faz o oposto, agindo para estimular o crescimento anormal. Mais da metade das pessoas diagnosticadas com câncer, a cada ano, possuem uma forma mutante da p53 no tumor. Formas diferentes de câncer foram mostradas como resultantes de mutações diferentes da proteína e a lista de tipos de câncer associados à p53 mutante inclui a maioria das partes do corpo: cérebro, seios, vesícula, colo do útero, cólon, fígado, pulmão, ovário, pâncreas, próstata, pele, estômago etc. 6. Proteínas Ras. São proteínas modificadas associadas ao crescimento celular e à resposta das células à insulina. Pertencem à classe de proteínas denominadas proteínas preniladas, nas quais os grupos lipídicos derivados da biossíntese de isoprenóide são apendiculados como tioéteres aos resíduos C-terminais da cisteína. Certas formas mutantes das proteínas ras causam modificações oncogênicas em vários tipos de células eucarióticas. Um efeito da prenilação e de outras modificações lipídicas das proteínas é prender estas proteínas nas membranas celulares. A prenilação pode também auxiliar o reconhecimento molecular de proteínas preniladas por outras proteínas.
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