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CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 05 Olá futuros servidores do STM! Estamos chegando perto do fim do curso, esta é a penúltima aula, e o concurso se aproxima. Espero que o curso esteja sendo proveitoso e que possa ajudar vocês a se saírem bem na prova. Veremos nessa aula os seguintes itens do edital. 9. Gestão estratégica. 13. Planejamento estratégico. Antes, mais algumas correções das aulas anteriores. ERRATA: Aula 04: A questão 15 é certa e não errada. No enunciado das questões 10 a 14 desconsiderar o termo “não” em “Esses princípios não incluem”. O certo fica “esses princípios incluem”. Sumário 1 QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................. 2 2 LISTA DOS EXERCÍCIOS ................................................................................................................................ 42 3 GABARITO................................................................................................................................................... 51 CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 2 1 Questões Comentadas 1. (CESPE/INMETRO/2010) O planejamento estratégico diz respeito às ações que serão realizadas para alcançar os objetivos de curto e médio prazos e que afetam a organização como um todo. Vamos ver algumas definições de planejamento estratégico: Philip KOTLER: “O Planejamento Estratégico é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela Organização, visando maior grau de interação com o ambiente”. Mosimann e Fisch, “a finalidade do planejamento estratégico é estabelecer quais serão os caminhos a serem percorridos para atingir a situação desejada. É a arte da passagem do estágio onde estou para o estágio onde quero ir”. Maximiano caracteriza o planejamento estratégico como “o processo de elaborar uma estratégia (ou plano estratégico), com base na análise do ambiente e nos sistemas internos da organização”. As várias definições trazem em comum que a estratégia (1) estabelece os objetivos, (2) o caminho a ser seguido para alcançá-los, (3) levando em consideração o ambiente em que a organização está inserida. No site do STM temos a seguinte definição: O Planejamento Estratégico é um processo dinâmico, sistêmico, participativo e contínuo para determinação de objetivos, estratégias e ações da organização. É o processo de organizar ideias a respeito do futuro. Consiste no estudo e na escolha de alternativas para se alcançar os objetivos, a partir da situação atual. Estratégia é o caminho para chegar ao objetivo. Quem quiser dar uma olhada no planejamento estratégico do STM pode acessar em: http://www.stm.jus.br/assessoria-de-gestao-estrategica/planejamento- estrategico/Planejamento_Estrategico2.pdf. Vamos ver mais uma definição. Bateman e Snell argumentam que o planejamento estratégico CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 3 envolve a tomada de decisões sobre os objetivos e estratégias de longo prazo e que afetam a organização como um todo. Podemos ver que os autores falam em longo prazo e organização como um todo. Temos aqui as duas das três características mais importantes do planejamento estratégico: é para o longo prazo; abrange a organização como um todo; é de responsabilidade da alta cúpula. A questão fala em curto e médio prazos. É errada porque é para o longo prazo. Gabarito: E. 2. (CESPE/SGA-DF/2004) Quando a empresa Alfa utiliza um planejamento mensal para a compra de produtos e matérias-primas para revelação de filmes, é correto afirmar que esse tipo de planejamento é caracterizado como estratégico. Existem três níveis de planejamento: Estratégico; Tático; Operacional A diferença entre eles se refere ao nível hierárquico em que são elaborados, a abrangência em relação às unidades e o período para o qual se referem, como está resumido na tabela a seguir: Estratégico Tático Operacional Prazo Longo Médio Curto Amplitude Toda a organização Determinado Setor Determinada Atividade Nível Hierárquico Alta Cúpula Gerências Setoriais Operacional Já vimos as três características do planejamento estratégico: É responsabilidade da cúpula da organização; Envolve a organização como um todo; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 4 Planejamento de longo prazo. Já o Planejamento Tático será uma setorização do planejamento estratégico. Se este envolvia a organização como um todo, aquele vai fazer um planejamento para um setor da organização. Ele trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico e é desenvolvido em níveis organizacionais intermediários, como as gerências de recursos humanos, de marketing, financeira, etc. O planejamento tático tipicamente tem um horizonte de tempo mais curto do que o planejamento estratégico, focando no médio prazo. O Planejamento Operacional é o desdobramento do planejamento tático. Pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidos. É neste nível que são estabelecidos os objetivos e estratégias operacionais, que definem as ações específicas que permitem realizar os objetivos dos níveis anteriores. São planos desenvolvidos nos níveis mais baixos da organização para especificar as etapas de ação para realização das metas operacionais e para sustentar os planos táticos. O planejamento operacional é a ferramenta do gerente de departamento para as operações diárias. Seu horizonte de tempo é o curto prazo. A questão fala em planejamento mensal, portanto não pode ser estratégico; é curto prazo, só pode ser operacional. Além disso, planejamento para compras de produtos e matérias-primas é um planejamento de procedimentos, de atividades, também relacionado ao planejamento operacional, e não ao estratégico. Gabarito: E. 3. (CESPE/INMETRO/2007) O planejamento estratégico, que considera a organização como um todo e sua relação com o ambiente, relaciona-se à formulação de objetivos e à escolha da melhor forma de alcançá-los. O planejamento estratégico é feito pensando na organização como um todo, como ela inteira deve caminhar para alcançar os objetivos. Além disso, o planejamento estratégico também analisa o ambiente, a relação da empresa com o que acontece fora dela. Por fim, vimos que o conceito de planejamento estratégico abrange a definição de ONDE queremos chegar e COMO vamos chegar lá. Gabarito: C. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 5 4. (CESPE/SGAPROC/2004) O planejamento tático traduz os objetivos e planos estratégicos mais amplos em objetivos e planos específicos relevantes para uma parte definida da organização, geralmente uma área funcional, como a gerência de marketing ou a gerência de RH. Portanto, é correto afirmar que o planejamento tático ou gerencial é desenvolvido e aplicado nesse nível organizacional. O planejamento tático é a setorização do planejamento estratégico. Ele define os objetivos de determinado setor com base nos objetivos definidos no planejamento estratégico. Os planos estratégicose táticos não são verdadeiramente aplicados, eles funcionam como diretrizes para o planejamento operacional. É o planejamento operacional que define os procedimentos necessários para que os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico e tático sejam alcançados. Portanto, o planejamento tático não é aplicado no nível tático da organização, mas sim no operacional, por meio do planejamento operacional. A questão é errada apenas por causa do termo “aplicado”. Isso pode ser visto na questão seguinte. Gabarito: E. 5. (CESPE/SGA-AC/2008) O planejamento operacional engloba o detalhamento das atividades, recursos e formas de controle necessárias para a implantação das estratégias e táticas escolhidas. Como vimos na questão anterior, os planejamentos estratégico e tático são aplicados no nível operacional. Assim, é o planejamento operacional que estabelece os procedimentos necessários para implantar os planos estratégicos e táticos. Gabarito: C. 6. (CESPE/INMETRO/2007) O nível tático de planejamento compõe-se da formalização, principalmente por meio de documentos escritos, e do detalhamento das metodologias a serem operacionalizadas em uma unidade organizacional específica. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 6 A descrição que está nesta questão é a do planejamento operacional, ao qual cabe colocar no papel metodologias a serem operacionalizadas. Gabarito: E. 7. (CESPE/PETROBRAS/2007) Na elaboração do planejamento estratégico da PETROBRAS, o funcionário responsável por esse trabalho deverá considerar o princípio da precedência do planejamento, segundo o qual essa função administrativa deve vir antes das demais. O princípio da precedência determina que o planejamento deve vir antes das demais funções administrativas (organizar, dirigir, controlar). Por isso o gabarito preliminar desta questão foi dado como certo. Contudo, ela foi ANULADA com a seguinte justificativa: Anulado por possibilitar dupla interpretação. O emprego da expressão “o funcionário responsável” pode ter induzido a erro os candidatos, em razão de o processo de planejamento estratégico ser conduzido pela alta gerência e, especialmente em uma empresa da dimensão da Petrobras, por equipes capacitadas. Portanto, podemos ver como o CESPE leva a sério esta idéia de que o planejamento estratégico é feito pela alta cúpula. Ele não poderia ser feito por um “funcionário”. Gabarito: X (C). 8. (CESPE/UFT/2004) As fases fundamentais do planejamento estratégico são a determinação do diagnóstico estratégico, a definição da missão da organização, a definição de instrumentos prescritivos e quantitativos, o controle e a avaliação. Falei na aula demonstrativa do curso, na questão 33, que esse tipo de questão está quase sempre certo no CESPE. Nunca vi estar errado, pelo menos em administração pública. Quando eles falam em “as fases fundamentais”, “os tipos mais comuns”, “mais usuais”, não tem como dizer que está errado. Um dos grandes problemas de questões de concursos públicos, principalmente em administração, é que as bancas escolhem determinados autores e cobram seus CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 7 conceitos como se fossem a verdade, apesar de diversos outros autores trazerem formas diferentes de se conceituar as mesmas coisas. Quando falamos em fases do planejamento estratégico, teremos pela frente inúmeros autores estabelecendo inúmeras fases diferentes. Contudo, temos que saber aquelas que a banca considera como as corretas. O CESPE usa muito a metodologia do Djalma de Oliveira. Contudo, ele mesmo coloca que, quando se considera a metodologia para o desenvolvimento estratégico nas empresas, têm-se duas possibilidades: Primeiro se define onde se quer chegar e depois se estabelece como a empresa está para se chegar à situação desejada. Isto significa que primeiro se estabelece a missão para depois ser feito o diagnóstico estratégico. Primeiro verifica-se como se está para então se estabelecer onde quer chegar. O diagnóstico estratégico vem antes da definição da missão. A vantagem do primeiro método é a possibilidade de maior criatividade no processo pela não-existência de grandes restrições. Já a segundo metodologia apresenta a vantagem de colocar o executivo com o pé no chão, já que na anterior o processo pode ser muito mais ambicioso. Kotler afirma que esse é um debate sem solução na literatura administrativa. Ele mesmo coloca um modelo baseado na primeira metodologia. A primeira etapa desse modelo é a declaração da visão e missão (onde se quer chegar), para depois ser feita a análise do ambiente interno e do externo (como se está). Já CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 8 Djalma de Oliveira desenvolveu seu modelo com base na segunda metodologia, definindo as seguintes fases do planejamento estratégico: 1) Diagnóstico estratégico; 2) Missão da empresa; 3) Instrumentos prescritivos e quantitativos; 4) Controle e avaliação O CESPE adota quase sempre esta ordem, mas acaba se enrolando em algumas questões, como veremos a seguir. Gabarito: C. 9. (CESPE/PMVV/2008) A análise dos ambientes interno e externo é etapa inicial do processo de planejamento estratégico, integrando a fase de diagnóstico estratégico, também chamada de auditoria de posição. Aqui eles estão dizendo que o diagnóstico estratégico é a primeira fase. O gabarito foi certo. Gabarito: C. 10. (CESPE/TJDFT/2008) No processo de planejamento, a definição da nova missão da organização deve ocorrer após a etapa de diagnóstico estratégico. O gabarito preliminar desta questão era certa. Mas o CESPE percebeu a besteira que estava fazendo e ela foi ANULADA com a seguinte justificativa: Embora a seqüência apresentada no item seja sugerida por muitos autores, não é obrigatória, especialmente quanto à procedência da definição da missão organizacional. Além disso, deve-se considerar as peculiaridades de cada organização para a adequada definição das atividades do planejamento. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 9 Percebemos claramente a preferência do CESPE pelo início do planejamento estratégico pelo diagnóstico, já que eles colocam que a sequência apresentada na questão é a sugerida por muitos autores. Gabarito: X (C). 11. (CESPE/INSS/2008) A primeira fase na elaboração de um planejamento de longo prazo voltado para uma possível mudança no modelo de previdência social seria a fixação dos novos objetivos. Esta questão foi dada como errada, justamente porque o CESPE considerou que a primeira fase do planejamento estratégico é o diagnóstico estratégico, e não o estabelecimento dos objetivos. Os objetivos, como vamos ver a frente, são estabelecidos na fase dos instrumentos prescritivos e quantitativos. Gabarito: E. 12. (CESPE/SEBRAE03/2008) O primeiro passo para o processo de planejamento é desenvolver premissas quanto às condições futuras do mercado, para só então definir os objetivos da empresa Esta questão é errada. Aqui eles não usaram o Djalma de Oliveira, mas sim o Idalberto Chiavenato, segundo o qual há seis passos no processo de planejamento: 1. Definir os objetivos; 2. Verificar qual a situação atual em relação aos objetivos; 3. Desenvolver premissas quanto às condições futuras; 4. Analisar as alternativas de ação;5. Escolher a melhor entre as várias alternativas; 6. Implementar o plano e avaliar os resultados. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 10 Nesta ótica, a questão anterior estaria certa, pois a definição dos objetivos é a primeira fase e o diagnóstico a segunda. Gabarito: E. 13. (CESPE/ADEPARA/2004) O diagnóstico estratégico é uma das etapas da elaboração do planejamento estratégico. Nesse momento, busca-se analisar especialmente o ambiente interno da organização, com seus pontos fortes e fracos, assim como as estratégias que deverão ser seguidas para que a organização alcance seus objetivos. Fora as questões acima, ainda existem outras que cobram a noção de que o diagnóstico estratégico é feito antes. Vamos ver agora as fases mencionadas pelo Djalma de Oliveira. É no diagnóstico estratégico, chamado também pelo autor de auditoria de posição, que são feitas as análises do ambiente interno e externo. A questão fala em “especialmente o ambiente interno”. Na realidade não podemos fazer esta priorização, dizer que o interno é mais importante que o externo. Mas, geralmente quando o CESPE faz este tipo de priorização – com termos como especialmente, sobretudo, principalmente – a questão não está errada. Esta questão é errada, mas por outro motivo: não é no diagnóstico estratégico que são definidas as estratégias, mas sim na fase dos instrumentos prescritivos e quantitativos. Gabarito: E. 14. (CESPE/TJ-AP/2003) A identificação das oportunidades que possam surgir a partir do ambiente externo é um dos principais elementos do planejamento estratégico e deve ser realizada por meio do mapeamento das diversas dimensões sociais e econômicas presentes no ambiente externo. Essas oportunidades deverão ser identificadas logo após a definição das estratégias e antes da definição das metas específicas. Mas uma questão que cobra a ordem das fases. Ela é errada porque a identificação das oportunidades é feita no diagnóstico estratégico, que na visão do CESPE, é a primeira CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 11 fase do planejamento estratégico. Portanto, ele não será realizado depois da definição das estratégias, mas antes. Como vimos, o diagnóstico estratégico consiste na análise dos ambientes interno e externo. Essa análise é feita por meio da ferramenta SWOT. No ambiente interno estão as variáveis controláveis – forças e fraquezas – e no externo, as incontroláveis – oportunidades e ameaças. Segundo o Djalma de Oliveira: Ponto Forte: é a diferenciação conseguida pela empresa (variável controlável), que lhe proporciona uma vantagem operacional no ambiente empresaria; Ponto Fraco: é uma situação inadequada da empresa (variável controlável) que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial; Oportunidade: é a força ambiental incontrolável pela empresa, que pode favorecer a sua ação estratégica, desde que conhecida e aproveitada satisfatoriamente enquanto perdura; Ameaça: é a força ambiental incontrolável pela empresa, que cria obstáculo à sua ação estratégica, mas que poderá ou não ser evitada, desde que conhecida em tempo hábil. O CESPE usa também essa noção de que as variáveis internas são controláveis e as externas incontroláveis, até porque é o Djalma que coloca assim. Contudo, há certa polêmica aqui, que pode também aparecer nas questões. Por exemplo, o TCU usa o seguinte conceito: Os pontos fortes e fracos são decorrentes de variáveis internas e controláveis pelo órgão ou programa. As oportunidades e ameaças são decorrentes de variáveis externas, não diretamente controláveis pelo auditado, mas sobre as quais, por vezes, pode exercer influência. Assim, não seriam variáveis totalmente incontroláveis, mas sobre as quais o gestor pode exercer alguma influência. Vamos ver a próxima questão. Gabarito: E. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 12 15. (CESPE/SGAPROC/2004) Os gestores podem reduzir a incerteza ambiental adaptando a organização ao ambiente por meio de estratégias internas, também adjetivada como variáveis controláveis, como mudança de domínio, recrutamento e uniformização. Mas não conseguem alterar o ambiente por meio de estratégias externas, pois o ambiente externo é categorizado como composto de variáveis incontroláveis como, por exemplo, economia, política e religião. Essa questão é errada. Isto porque as organizações conseguem sim alterar o ambiente por meio de estratégias externas. Será que uma empresa como a Coca-Cola não consegue alterar hábitos, gostos das pessoas? As empresas não precisam esperar que as oportunidades caiam do céu, elas mesmas podem criar suas oportunidades. Prestem atenção nas questões. Se elas falarem que o ambiente interno é composto por variáveis controláveis e o externo por incontroláveis, provavelmente vai estar certo, pois estão usando o Djalma. Entretanto, se falarem que o gestor não consegue alterar o ambiente externo, prestem atenção, pois pode estar errado. Gabarito: E. 16. (CESPE/INMETRO/2007) A avaliação de Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (FOFA) é um método útil para o entendimento do ambiente externo às organizações que estão relacionados aos pontos fortes e fracos dessa avaliação e do ambiente organizacional que está associado aos conceitos de oportunidades e ameaças da FOFA, na elaboração de planos estratégicos. A SWOT (ou FOFA, como é chamada no Brasil) coloca no ambiente externo as oportunidades e ameaças, e no interno os pontos fortes e fracos. A questão inverteu. Gabarito: E. 17. (CESPE/INSS/2007) A análise SWOT aponta o envelhecimento da população brasileira como um dos exemplos de fraqueza do modelo de previdência social. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 13 Vimos que as variáveis internas são as controláveis e as externas as incontroláveis. O envelhecimento da população brasileira não é algo controlável pelo modelo de previdência social. Não é algo que esteja dentro dele, por isso não é uma fraqueza, mas sim uma ameaça. Gabarito: E. 18. (CESPE/PETROBRAS/2007) Na análise de pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças (SWOT), uma das etapas é a verificação das variáveis internas e controláveis da organização, que propiciam uma condição desfavorável da empresa em relação a seu ambiente. Esta questão teve seu gabarito alterado de certa para errada. A justificativa foi a seguinte: A assertiva contida no item dá a entender que todas as variáveis internas e controláveis da organização, ou seja, os pontos fortes e os pontos fracos, propiciam condição desfavorável para a empresa em relação ao seu ambiente. Na realidade, apenas os pontos fracos representam essa condição desfavorável. Os pontos fortes, ao contrário, proporcionam vantagem em relação ao ambiente. Realmente, na análise do ambiente interno, somente os pontos fracos que propiciam uma condição desfavorável para a empresa. Os pontos fortes propiciam uma situação favorável. Contudo, a questão deveria ter sido anulada e não dada como errada, pois ela está mal redigida. Gabarito: E. (CESPE/INMETRO/2010) Com relação à abordagem SWOT ۛ do acrônimo strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades), threats (ameaças) ۛ, julgue os itens abaixo. 19. No processo de elaboração de estratégias competitivas, as empresasdevem analisar, de forma secundária, os aspectos relativos ao ambiente externo. 20. Os stakeholders das organizações compõem uma categoria central na análise do ambiente interno. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 14 21. A oportunidade consiste em uma circunstância que, se bem explorada no ambiente organizacional, contribui para a redução da competitividade estratégica. 22. A capacidade de inovação no ambiente organizacional é considerada uma ameaça à estratégia competitiva de uma empresa, visto que desestabiliza as estratégias elaboradas. 23. Recursos tangíveis, tais como os financeiros, organizacionais, físicos e tecnológicos, são ativos que podem ser distinguidos e quantificados. A questão 19 é errada. Não dá para saber exatamente o que seja analisar de forma secundária, mas eles provavelmente quiseram dizer que tanto o ambiente interno quanto o externo são importantes. A questão 20 é errada. Stakeholder pode ser traduzido como “ator interessado”. Consiste em uma pessoa ou grupo que tem algum interesse sobre a organização. Por exemplo, no TCU, quando estamos avaliando um programa de governo, usamos a “Análise Stakeholder” para identificar que são os atores envolvidos, todos aqueles que têm algum interesse no programa, seja positivo ou negativo, como beneficiários, ONGs, órgãos governamentais, etc. Por exemplo, no controle de tráfego aéreo são stakeholders: os passageiros, as companhias aéreas, os controladores, o Ministério da Defesa, a ANAC, a Infraero, entre outros. Podemos observar que estes atores estão na sua maioria fora do programa, portanto estão mais na análise externa do que interna, apesar de existirem também atores internos. A questão 21 é errada. As oportunidades estão no ambiente externo, e não no organizacional, que é o interno. Nesse caso seria uma força. Além disso, ela aumenta a competitividade, ao invés de reduzir. A questão 22 é errada. As ameaças estão no ambiente externo, e não organizacional. Internamente temos fraquezas. Além disso, a capacidade de inovação é uma força, e não uma fraqueza, pois estratégias não são algo imutável. A questão 23 é certa. Existem recursos tangíveis e intangíveis. Tangível é tudo aquilo que pode ser tocado, que é palpável, concreto. Já intangíveis são as coisas abstratas, que não podemos tocar. Por exemplo, os móveis de um órgão são bens tangíveis; o conhecimento, intangível. Gabarito: E, E, E, E, C. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 15 24. (CESPE/ADEPARA/2004) Antes de se elaborar o planejamento estratégico de uma organização, é necessário que a missão e a visão de futuro dessa organização estejam bem definidas. O conceito de planejamento estratégico envolve dois aspectos: onde queremos chegar e como vamos chegar lá. Essa questão fala que a missão deve ser definida antes do planejamento estratégico. Vimos que o CESPE normalmente considera a primeira fase do planejamento estratégico o diagnóstico. Porém, mesmo que considerássemos que a definição da missão é a primeira fase, ainda assim ela estaria dentro do planejamento estratégico, seria uma de suas fases. Portanto, não é antes do planejamento estratégico que a missão e a visão são definidas, mas durante. Gabarito: E. 25. (CESPE/BOAVISTA/2004) A missão corresponde à razão de ser de uma empresa, devendo ser definida de modo realista e capaz de refletir as habilidades essenciais dessa empresa. Segundo Megginson: A missão define o propósito fundamental e único que a organização tenta seguir e identifica seus produtos ou serviços e clientes. Assim a missão identifica a razão-de-ser da organização, ou seja, o que ela representa. Essa definição de missão é a mais difundida. Missão é uma forma de se traduzir determinado sistema de valores em termos de crenças ou áreas básicas de atuação, considerando as tradições e filosofias da empresa. Ela exerce a função orientadora e delimitadora da ação empresarial, e isto dentro de um período longo de tempo, em que ficam comprometidos valores, crenças, expectativas, conceitos e recursos. Serve como uma bússola, orientando para onde a organização deve caminhar. A missão deve ser entendida como uma identificação a ser seguida, mas nunca algo específico a ser alcançado. Para facilitar o entendimento, pode-se comparar a determinação da missão de uma empresa à utilização de uma bússola. A bússola vai permitir que o navio faça a sua viagem de maneira planejada. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 16 Apesar de não precisar ser algo alcançável em um período de tempo pré-determinado, a missão da empresa deve ser realista. Segundo Djalma de Oliveira: A definição da missão da empresa é importante porque é nesse ponto que se procura descrever as habilidades essenciais da empresa. Assim, a missão deve servir de guia para que a organização identifique as competências que serão as mais importantes para que ela alcance seus objetivos. Gabarito: C. 26. (CESPE/ANATEL/2006) Um dos componentes do planejamento estratégico é a missão, que pode ser definida como as declarações qualitativas e quantitativas do que a empresa deseja alcançar em um futuro mensurável. A missão orienta a definição dos objetivos e das metas organizacionais. Como falamos na questão anterior, não há necessidade de que a missão seja algo a ser alcançado em um futuro mensurável. Ela funciona como um horizonte, uma bússola indicando o caminho que devemos seguir. Além disso, a missão não envolve declarações quantitativas, números. Envolve apenas declarações qualitativas, de objetivos. Gabarito: E. 27. (CESPE/SEBRAE/2008) Entende-se por estratégia uma série de objetivos finais em longo prazo que podem sofrer alterações, em função dos fatores externos e internos à região, enquanto a missão ou filosofia da instituição deve, dentro do possível, manter- se inalterada. A questão é certa. O CESPE foi um tanto vago nesta questão, ao usar a expressão “dentro do possível”. Não podemos dizer que está errado, já que a missão da empresa não deve ficar sendo alterada a todo momento. Contudo, temos que entender que ela não só pode como deve ser alterada quando preciso. Gabarito: C. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 17 28. (CESPE/SGA-DF/2004) A empresa Alfa foi criada para prestar serviços de revelação fotográfica e venda de produtos para fotografia e vídeo. Cinco anos se passaram e essa empresa teve um crescimento de 230% em relação ao primeiro ano de funcionamento e 40% a mais em relação à média de crescimento dos seus concorrentes, pois a qualidade de seus trabalhos abriu espaço para outros segmentos de mercado, a exemplo dos convênios firmados com diversos órgãos públicos locais. A missão de uma organização define o propósito fundamental e único que ela tenta seguir, identificando seus produtos ou serviços e clientes. Nesse contexto, é correto afirmar que a missão organizacional da empresa Alfa, tendo-se passados 5 anos de vida e aplicação, não deverá ser alterada, pois os índices de crescimento denotam a importância e a adequação da missão ao mercado. Esta questão é errada. Vocês podem observar que o CESPE praticamente copiou a definição de missão do Megginson, portanto o trecho que fala “a missão define o propósito fundamental e único que ela tenta seguir, identificando seus produtos ou serviçose clientes” não poderia estar errado. Quando a questão fala que a adequação da missão ao mercado é importante também não está errado. Segundo Chiavenato, “a missão da organização deve ser definida em termos de satisfazer alguma necessidade do ambiente externo”. Assim, só podemos entender que o erro esteja na parte que fala que a missão não deve ser alterada. E isso realmente é errado. Quando a empresa define sua missão, ela tem que olhar para frente, para o futuro, e não para o passado. Mesmo que a empresa esteja indo muito bem, o aparecimento de outras oportunidades ou ameaças podem exigir que a empresa altere sua missão. Uma das sugestões do Djalma de Oliveira é: Não estabelecer uma frase definitiva para a missão da empresa, pois esta não está isenta das mudanças no tempo e nas circunstâncias internas e externas à empresa. A finalidade não é apenas definir a missão, mas tornar-se capacitado a defini-la e redefini-la sempre que for necessário, dentro de um processo contínuo de observação e pensamento. Portanto, o importante é que se “tenha sempre” uma definição, e não ter uma definição “para sempre”. Como exemplo do dinamismo da missão, o autor cita o caso da IBM, que apresentou, de forma resumida, a seguinte evolução: Início da década de 50: “computadores”; Fim da década de 50: “processamento de dados”; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 18 Início da década de 60: “manipulação de informações”; Fim da década de 60: “solução de problemas”; Início da década de 70: “minimização de riscos”; Fim da década de 70: “desenvolvimento de alternativas”; Início dos anos 80: “otimização de negócios”; Início da década de 90: “desenvolvimento de novos negócios das empresas”; Gabarito: E. 29. (CESPE/PFADM/2004) A missão é a razão de ser da organização, a visão de futuro define quantitativamente onde a organização deve chegar. Quanto aos cenários, a organização deve defini-los a partir de uma abordagem projetiva, também conhecida por abordagem prospectiva. É importante não confundir a missão da organização com a sua visão. Esta consiste num macro-objetivo, não quantificável de longo prazo, que expressa onde e como a organização pretende estar no futuro. A visão atua como um elemento motivador, energizando a empresa e criando um ambiente propício ao surgimento de novas idéias. Já a missão de uma organização define o propósito fundamental que ela tenta seguir, identificando seus produtos ou serviços e clientes. A missão deve ser definida de modo a satisfazer alguma necessidade do ambiente externo e os propósitos da organização. O STM tem a seguinte Missão Institucional: Processar e julgar as causas de sua competência originária e recursal, salvaguardando os preceitos basilares das Forças Armadas, assegurando aos seus jurisdicionados o amplo direito de defesa e o contraditório, agilidade e probidade na aplicação da Lei Penal Militar. Já a Visão de Futuro: Ser reconhecida como uma instituição do Poder Judiciário, independente e de excelência na prestação jurisdicional de forma célere e efetiva. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 19 Sempre que vocês virem “ser reconhecida como”, podem entender que é uma visão de alguma organização, pois todas usam essa expressão, falta criatividade. Vimos acima que na definição da missão a organização deve olhar para frente, para o futuro. Para isso ela utiliza a elaboração de cenários. Os cenários representam critérios e medidas para a preparação do futuro da empresa. O executivo pode desenvolver cenários que retratem determinado momento no futuro ou que detalhem a evolução e a seqüência de eventos desde o momento atual até determinado momento no futuro. Os cenários são construídos para apoiar a tomada de decisões e a escolha de opções com a intenção de torná-las viáveis no futuro. Assim, a construção de cenários é uma metodologia para ordenar a percepção sobre ambientes alternativos futuros nos quais as decisões de hoje deverão ser cumpridas e terão o seu efeito continuado. Com referência às formas básicas de desenvolvimento de cenários, o executivo pode considerar duas abordagens: Projetiva; Prospectiva. A abordagem projetiva consiste em projetar no futuro o que aconteceu no passado, utilizando modelos deterministas e quantitativos. Assim, entende que as variáveis que fizeram o passado acontecer de determinada forma também explicarão o que vai acontecer no futuro. Ela é realizada por meio de análises estatísticas de dados históricos ou pesquisas, com o objetivo de indicar tendências. As variáveis são estatísticas, os dados objetivos, comprovados e existentes, e a continuidade de tendências atuais ou de uma cadeia esperada de desenvolvimentos determinarão uma única hipótese de futuro, por isso dizemos que é determinística. Por outro lado, a abordagem prospectiva consiste em prospectar o futuro usando uma visão global e holística, utilizando modelos de julgamento, probabilidades subjetivas, pareceres de profissionais e opinião de executivos. Em geral, essa abordagem trata do futuro múltiplo e incerto por meio de variações qualitativas, quantificáveis ou não, subjetivas ou não, conhecidas ou não. Essa abordagem entende que o futuro pode ser alterado por meio de ações no presente. Na elaboração de cenários prospectivos devemos definir quantos e quais modelos serão definidos: provável, tendência, ideal, otimista, pessimista, no mínimo três modelos. Os múltiplos cenários formulados estão baseados na idéia da possibilidade de elaboração de uma série de alternativas que abranjam o leque de incertezas. Os autores utilizam os seguintes diagramas para diferenciar as duas abordagens: CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 20 São metodologias diferentes, e não sinônimos, como a questão coloca, por isso ela está errada Gabarito: E. 30. (CESPE/SAMT/2004) No que diz respeito à elaboração de cenários, a abordagem projetiva explica o futuro pelo passado, sem a necessidade de utilização de modelos quantitativos. A questão está certa quando fala que a abordagem projetiva explica o futuro pelo passado. Porém, são usados modelos quantitativos para identificar em que medida as variáveis vão se comportar. Gabarito: E. 31. (CESPE/DFTRANS/2008) O processo de implantação do planejamento estratégico, com a aplicação dos instrumentos prescritivos e quantitativos selecionados, somente deve ocorrer após a definição da missão da empresa. A terceira fase é a Definição dos Instrumentos Prescritivos e Quantitativos. Nesta fase, a análise básica é a de “como chegar à situação que se deseja”. Para tanto, pode-se dividir esta fase em dois instrumentos perfeitamente interligados. Passado Presente Futuro Passado Presente Futuro mais provável Projetiva Prospectiva Futuro provável Futuro menos provável CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 21 Os instrumentos prescritivos vão proporcionar a explicação do que deve ser feito pela empresa para que se direcione ao alcance dos propósitos estabelecidos dentro de sua missão, de acordo com a sua postura estratégica, respeitando as macropolíticas bem como as ações estabelecidas pelas macroestratégias. Vejamos os instrumentos prescritivos: Objetivo é o alvo ou situação que se pretende atingir. Aqui sedetermina para onde a empresa deve dirigir seus esforços; Objetivo funcional é o objetivo intermediário, relacionado às áreas funcionais, que deve ser atingido com a finalidade de alcançar os objetivos da empresa; Desafio é uma realização que deve ser continuamente perseguida, perfeitamente quantificável e com prazo estabelecido, que exige um esforço extra e representa a modificação de uma situação; Meta corresponde aos passos ou etapas perfeitamente quantificados e com prazos para alcançar os desafios e objetivos. Estratégia é a ação ou caminho mais adequado a se executado para alcançar o objetivo, o desafio e a meta. Política é a definição dos níveis de delegação, faixas de valores e/ou quantidade limites e de abrangência das estratégias e ações para a consecução dos objetivos. A política fornece parâmetros ou orientações para a tomada de decisões. Diretrizes é o conjunto estruturado e interativo dos objetivos, estratégias e políticas da empresa. Já os instrumentos quantitativos consistem nas projeções econômico-financeiras do planejamento orçamentário, devidamente associadas à estrutura organizacional da empresa, necessárias ao desenvolvimento dos planos de ação, projetos e atividades previstas. Nesta etapa, deve-se analisar quais são os recursos necessários e quais as expectativas de retorno para atingir os objetivos, desafios e metas da empresa. É somente depois de definido onde queremos chegar que poderemos estabelecer como vamos chegar lá, ou seja, a definição dos instrumentos prescritivos e quantitativos ocorre depois da definição da missão. Gabarito: C. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 22 32. (CESPE/ADEPARA/2004) No contexto do planejamento estratégico, a função de controle e avaliação auxilia na disponibilização de informações gerenciais periódicas, para que seja rápida a intervenção no desempenho do processo. Por fim, a última fase é o Controle e Avaliação. Nesta fase, verifica-se “como a empresa está indo” para a situação desejada. O controle pode ser definido, em termos simples, como a ação necessária para assegurar a realização das estratégias, objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos. Essa função, em sentido amplo, envolve: processos de avaliação de desempenho; comparação do desempenho com os objetivos, desafios e metas; análise dos desvios dos objetivos; tomada de ação corretiva provocada pelas análises efetuadas. O controle e a avaliação podem ser exercidos em três estágios ou momentos: Controle preliminar ou prévio: refere-se às atividades de controle e avaliação efetuadas antes da ocorrência do evento ou fato que se pretende controlar. Portanto, procurar evitar que ocorram variações no plano, bem como minimização do surgimento de problemas; Controle corrente ou em tempo real: refere-se às atividades de controle e avaliação efetuadas ao mesmo tempo da ocorrência do evento ou fato que se pretende controlar. Portanto, procura corrigir o desempenho durante sua execução; Pós-controle: refere-se às atividades de controle e avaliação efetuadas após a ocorrência do evento ou fato que se pretende controlar. Portanto, avalia os desvios ocorridos, determina as causas dos mesmos, bem como corrige o desempenho programado. A fase do controle e avaliação busca verificar se a implementação da estratégia está ocorrendo da forma esperada. Se não, ela permite que sejam corrigidos desvios de rota, ou até mesmo que se mude a própria rota, caso seja verificada sua inviabilidade. Gabarito: C. 33. (CESPE/SESPA/2004) A avaliação de um plano pode ser realizada antes da ocorrência do evento que se pretende controlar. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 23 Vimos que a avaliação de um plano pode ocorrer em três momentos: antes, durante ou após a ocorrência do evento que se pretende controlar. Gabarito: C. 34. (CESPE/TST/2003) No planejamento estratégico, são definidos apenas dois mecanismos de controle e de avaliação, a serem empregados em momentos específicos: o controle preliminar, efetuado antes da ocorrência do evento que se pretende controlar, e o controle corrente, efetuado ao mesmo tempo da ocorrência do evento que se pretende controlar. Temos também um terceiro mecanismo, o controle posterior. Gabarito: E. 35. (CESPE/TJDFT/2007) A fase de controle e avaliação do planejamento estratégico é uma das atividades inseridas na análise de pontos fortes e fracos internos à organização. A análise dos pontos fortes e fracos faz parte do diagnóstico estratégico, e não do controle e avaliação. Gabarito: E. (CESPE/INMETRO/2010) Considerando que planejamento estratégico consiste no processo de elaboração das estratégias a serem seguidas por uma organização para o alcance de suas metas, julgue os itens a seguir. 36. No planejamento estratégico, compreende-se o diagnóstico do ambiente externo à organização e pretere-se o ambiente interno. 37. A despeito de serem passíveis de observação, as metas organizacionais não podem ser mensuradas, pois são indicadores qualitativos. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 24 38. O planejamento estratégico é um procedimento formal, por meio do qual se reproduzem resultados articulados, na forma de um sistema integrado de decisões. A questão 36 é errada, tanto o ambiente externo quanto o interno são importantes. A questão 37 é errada. As metas são justamente a tradução quantitativa dos objetivos. Estes são descrições qualitativas, enquanto as metas definem em termos de números e prazo. A questão 38 é certa. Definição bastante vaga, que poderia ser usada para muitas coisas na administração. Gabarito: E, E, C. 39. (CESPE/ANCINE/2006) Gestão estratégica compreende o modo de gerir uma organização com foco em resultados tangíveis, muito bem estruturados e predeterminados. Na prática, é planejar estrategicamente os passos da organização, definindo metas e objetivos, antevendo de certa forma o futuro, de modo a se prevenir e poder aplicar o quanto antes as ações corretivas necessárias. Muitos autores resumem a gestão estratégica com a frase: “colocar em prática o plano estratégico” Há uma diferença entre Gestão Estratégica e Planejamento Estratégico. O Planejamento Estratégico é um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Já a Gestão Estratégica é uma forma de acrescentar novos elementos de reflexão e ação sistemática e continuada, a fim de avaliar a situação, elaborar projetos de mudanças estratégicas e acompanhar e gerenciar os passos de implementação. Como o próprio nome diz, é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações estratégicas em todas as áreas. Segundo Enrique Saraiva: A gestão estratégica ocupou o lugar do planejamento estratégico. Este só faz sentido quando se limita a indicar metas, meios e estratégias CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 25 genéricas e a preparar a organização para superar as situações diversas e inesperadas que ela poderá encontrar. O planejamento estratégico representou um grande avanço sobre a planificação organizacional clássica na medida em que agregou a preocupação com as dimensões ambientas.No entanto, só tem utilidade prática quando fornece às organizações uma metodologia de ação que lhes permite reagir imediatamente aos riscos e oportunidades gerados pelas mudanças. Entende-se gestão estratégica como um processo integrado de ações que permite: a identificação de objetivos político-estratégicos; a antevisão dos prováveis cenários futuros; a elaboração das mais adequadas soluções estratégicas para sua conquista; o permanente monitoramento do ambiente, que envolve a conquista desses objetivos; e a coordenação, no nível estratégico, de todo esse processo. Gabarito: C. 40. (CESPE/MC/2008) A gestão estratégica surge como forma de solucionar os problemas de implementação do planejamento estratégico. Muitos autores também falam da gestão estratégica dessa forma como está na questão. Ela consiste em gerir, administrar a implementação do planejamento estratégico, solucionando seus problemas. Gabarito: C. 41. (CESPE/MSPS/2008) Além de constituir um processo mais amplo que o planejamento estratégico, a gestão estratégica é um processo sistemático, planejado, gerenciado e executado sob a liderança da alta administração, com o comprometimento e a colaboração dos demais gerentes e colaboradores da organização. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 26 A gestão estratégica abrange o planejamento estratégico, por isso é mais ampla que ele. Segundo Oliveira, a gestão estratégica seria composta de três fases. A primeira é o planejamento estratégico, que se divide nas fases que vimos acima: diagnóstico, definição da missão, instrumentos prescritivos e quantitativos e controle e avaliação. A segunda fase é a do desenvolvimento estratégico, esta relacionada com a implantação organizacional das determinações definidas na fase anterior. Esta fase consiste em converter as determinações em resultados e ações concretas, viabilizados através de planos táticos (planos dos níveis intermediários da empresas) e operacionais da estrutura organizacional. Nela se pressupõe uma mudança organizacional para incorporação de novos papéis, nova matriz hierárquica, o sistema de retro-alimentação organizacional e as peculiaridades da estrutura de pessoal. A terceira fase refere-se ao controle estratégico, e considera as definições no plano estratégico da organização e avalia periodicamente o grau de consecução e desvio obtidos, relativamente aos padrões determinados, de modo a corrigir distorções e aperfeiçoar os resultados alcançados. O controle estratégico possibilita a geração de informações úteis para as duas fases anteriores, permitindo o aprimoramento das ações prescritas e praticadas, viabilizando o melhoramento contínuo, por mudanças de processos, e de adaptação a diferentes situações surgidas ao longo do tempo. Gabarito: C. 42. (CESPE/INMETRO/2007) A gestão estratégica de uma organização consiste na definição dos caminhos e na implementação de ações para se atingir uma situação pretendida, incluindo-se os processos de planejamento, execução e avaliação da estratégia Para Maximiano, a administração estratégica compreende: o planejamento estratégico, a implementação da estratégia e a avaliação da estratégia. Pelo exposto, a gestão estratégica, diferentemente das confusões conceituais, apresenta características que transcendem o planejamento estratégico. Deste modo, o processo de administração estratégica procura se pautar em uma série de etapas que são repetidas ciclicamente constituindo assim um processo integral, contínuo, flexível e criativo que propicia um enquadramento que orienta os outros componentes da gestão (elaboração de planos táticos e operacionais, avaliação de recursos etc.). CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 27 Segundo Maximiano, como objetivos fundamentais da administração estratégica, destacam-se: A reorientação de recursos materiais, financeiros e humanos; O estabelecimento de padrões de excelência; Implantação do processo de melhoria contínua; A definição de valores comuns; As formas de lidar com a incerteza; O fornecimento de uma base para o controle de avaliação. Gabarito: C. (CESPE/MSPS/2008) Julgue os itens a seguir, que versam sobre a gestão estratégica organizacional. 43. A estratégia da organização deve orientar a definição de sua estrutura organizacional, na medida em que a estrutura constitui ferramenta essencial para a execução dos planos estratégicos. 44. A gestão estratégica consiste na escolha dos caminhos a serem seguidos para o alcance dos objetivos de curto e médio prazos estabelecidos na missão da organização. 45. A avaliação dos ambientes interno e externo da organização faz parte da etapa de diagnóstico estratégico, na qual são verificados os pontos fortes e as fraquezas do ambiente externo, bem como as oportunidades e ameaças existentes na estrutura interna da organização. 46. O balanced scorecard (BSC) é um método de avaliação estratégica que reúne informações obtidas no balanço patrimonial da organização e agrupadas em cartões magnéticos segundo pontuações preestabelecidas. 47. Em razão da própria definição de estratégia, a obtenção de vantagem competitiva é um dos objetivos básicos da gestão estratégica. 48. A implementação da estratégia é a etapa da administração estratégica relacionada ao processo de tomada de decisão quanto ao estabelecimento dos objetivos e metas para a organização como um todo. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 28 Já vimos na questão 69 da aula demonstrativa que o CESPE adota a posição de que a estrutura segue a estratégia, ou seja, a estrutura deve ser desenhada de acordo com a estratégia que foi traçada. A questão 43 é certa porque fala justamente isso. A questão 44 é errada porque, assim como o planejamento estratégico, a gestão estratégica olha para o longo prazo. A questão 45 é errada. Ela inverteu os ambientes interno e externo. A questão 46 é errada. Veremos melhor o BSC em questões mais adiante. Ele consiste numa ferramenta de avaliação, que busca verificar em que medida a implementação da estratégia está adequada. Ele foi criado porque as empresas se preocupavam demais com os aspectos financeiros, sem considerar o desempenho em termos mais globais. Por isso a ferramenta introduziu outras perspectivas além da financeira: clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. O BSC até usa informações obtidas no balanço patrimonial, mas ele vai além da perspectiva financeira, é muito mais do que isso. A questão 47 é certa. Na aula demonstrativa, a questão 60 trazia uma definição de estratégia do CESPE: (CESPE/SEGER/2007) A estratégia empresarial é plano de ação que estabelece a alocação de recursos e atividades para que a organização possa obter uma vantagem competitiva na relação com seu ambiente e para o alcance de suas metas. Por isso que eles falam que a obtenção de vantagem competitiva, em razão da própria definição de estratégia, é um dos objetivos básicos da gestão estratégica. A questão 48 é errada, a definição dos objetivos e metas é anterior à implementação da estratégia. Gabarito: C, E, E, E, C, E. (CESPE/INMETRO/2007) A respeito da administração estratégica, julgue os itens a seguir. 49. Como o objetivo da estratégia é garantir à organização uma vantagem competitiva, a adoção de estratégias de colaboração é inviável em qualquer aspecto ou situação organizacional.CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 29 50. A análise da situação estratégica é o processo de verificação dos pontos fortes e fracos existentes no ambiente externo da organização. 51. Segundo o modelo de Porter, a estratégia de diferenciação tem como objetivo garantir a oferta de produtos e serviços mais baratos. 52. A concentração das atividades em um nicho ou segmento de mercado é caracterizada por Porter como estratégia do foco. 53. As estratégias de inovação, internacionalização e expansão relacionam-se à adoção de uma postura estratégica de crescimento, recomendada quando o ambiente em que a organização opera apresenta predominância de oportunidades. 54. A medição do desempenho organizacional por meio de indicadores deve restringir-se ao período anterior ao da implantação da estratégia organizacional escolhida. A questão 49 é errada. As estratégias de colaboração são muito comuns atualmente. Na medida em que a competição tem se acirrado e as mudanças ambientais são mais rápidas, as empresas têm formado parcerias como forma de se fortalecerem, com cada uma aproveitando as forças que a outra possui. A questão 50 é errada, pois os pontos fortes e fracos são do ambiente interno. A questão 51 é errada. Porter identificou três estratégias que podem ser usadas individualmente ou em conjunto para se obter uma vantagem competitiva e criar uma posição sustentável no longo prazo: Estratégia competitiva de custo: a empresa centra seus esforços na busca de eficiência produtiva, na ampliação do volume de produção e na minimização de gastos com propaganda, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, e tem no preço um dos principais atrativos para o consumidor. Estratégia competitiva de diferenciação: faz com que a empresa invista mais pesado em imagem, tecnologia, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, pesquisa de mercado e qualidade, com a finalidade de criar diferenciais para o consumidor. Estratégia competitiva de foco: significa escolher um alvo restrito, no qual, por meio da diferenciação ou do custo, a empresa se especializará atendendo a segmentos ou nichos específicos. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 30 A questão é errada porque a estratégia de diferenciação não tem como objetivo garantir a oferta de produtos e serviços mais baratos. Este é um objetivo da estratégia de liderança em custo. A estratégia de diferenciação tem como objetivo de ser vista de forma diferente pelo consumidor, o que exigirá maiores investimentos, ou seja, produtos até mesmo mais caros. A questão 52 é certa. A estratégia de foco consiste em priorizar determinado segmento de mercado. A questão 53 é certa. Já vimos na questão 64 da aula demonstrativa os tipos de estratégia e que a estratégia de crescimento é adotada quando há predominância de pontos fracos no ambiente interno e de oportunidades no externo. Ela abrange as estratégias de inovação, internacionalização e expansão. A questão 54 é absurda, a avaliação pode ocorrer antes, durante e depois da implementação da estratégia. Gabarito: E, E, E, C, C, E. 55. (CESPE/SEGER/2007) Os sistemas tradicionais de controle e avaliação dos resultados de uma organização tendem a enfatizar o resultado financeiro final. A necessidade de sistemas que ofereçam uma visão de conjunto combina produtos e fatores, medidas financeiras e não-financeiras. Uma das ferramentas concebidas para CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 31 isso chama-se balanced scorecard, que focaliza várias dimensões do desempenho, desdobrando-se em medidas específicas. Na perspectiva do cliente, por exemplo, deve- se ter indicadores que respondam como ele enxerga a organização. Toda organização precisa acompanhar seu desempenho por meio de indicadores. Como vimos acima, uma das fases do planejamento estratégico é o controle e avaliação, que busca verificar “como a empresa está indo”. O objetivo é verificar se a execução está de acordo com o planejado, se as metas estão sendo alcançadas, permitindo que se tomem medidas corretivas. O problema é que a grande maioria das empresas só utilizava indicadores financeiros para medir o seu desempenho. Durante a era industrial, isso fazia sentido. O sucesso das empresas era determinado pela maneira como se aproveitavam dos benefícios das economias de escala. Contudo, o advento da era da informação nas últimas décadas do século XX tornou obsoletas muitas das premissas fundamentais da concorrência industrial. As empresas não conseguem mais obter vantagens competitivas sustentáveis apenas com a rápida alocação de novas tecnologias e ativos físicos, e com a excelência da gestão eficaz dos ativos e passivos financeiros. O ambiente da era da informação, tanto para as organizações do setor de produção quanto para as do setor de serviços, exige novas capacidades para assegurar o sucesso competitivo. A capacidade de mobilização e exploração dos ativos intangíveis ou invisíveis tornou-se muito mais decisiva do que investir e gerenciar ativos físicos tangíveis. No meio disso tudo, Robert Kaplan e David Norton criaram o Balanced Scorecard, uma ferramenta de acompanhamento do desempenho que se utiliza de indicadores operacionais, além dos financeiros. Segundo os autores: O Balanced Scorecard preserva as medidas financeiras tradicionais. Mas as medidas financeiras contam a história de acontecimentos passados. Elas são inadequadas para orientar e avaliar a trajetória que as empresas da era da informação devem seguir na geração de valor futuro investindo em clientes, fornecedores, funcionários, processos, tecnologia e inovação. O Balanced Scorecard contempla as medidas financeiras do desempenho passado com medidas dos vetores que impulsionam o desempenho futuro. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 32 Assim, o BSC surgiu porque as empresas se preocupavam quase que exclusivamente com indicadores financeiros na medição de seu desempenho. Kaplan e Norton desenvolveram um sistema balanceado porque abrange outras perspectivas, além da financeira. Gabarito: C. 56. (CESPE/TCU/2008) O BSC é uma ferramenta que traduz a missão e a estratégia das organizações em um conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica. Quando o BSC foi lançado, os autores pensaram nele como uma ferramenta a ser usada apenas no acompanhamento da implementação da estratégia. Segundo Kaplan e Norton: O Balanced Scorecard é basicamente um mecanismo para a implementação da estratégia, não para sua formulação [...] qualquer que seja a abordagem utilizada [...] para a formulação de sua estratégia, o Balanced Scorecard oferecerá um mecanismo valioso para a tradução dessa estratégia em objetivos, medidas e metas específicos. Outra função importante do BSC no início era estabelecer um sistema de comunicação, comunicando e esclarecendo a todos sobre as estratégias da organização. Por isso ele apresenta uma forma gráfica que busca demonstrar qual a missão e a estratégia da organização, traduzindo-as em termos de objetivos e medidas tangíveis. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 33 Contudo, com a disseminaçãoda ferramenta e o número crescente de empresas que passaram a utilizá-la, o BSC passou a ser utilizado como um sistema de gestão estratégica. As experiências revelaram que muitos executivos utilizavam o BSC não apenas para esclarecer e comunicar a estratégia, mas também para gerenciá-la. O BSC deixou de ser um sistema de medição para se transformar em um sistema gerencial. Ele tem sido usado para importantes processos gerenciais: estabelecimento de metas individuais e de equipe, remuneração, alocação de recursos, planejamento e orçamento, e feedback e aprendizado estratégicos. Gabarito: C. 57. (CESPE/TST/2008) O BSC é usado para avaliar vulnerabilidades e pontos fortes, ameaças e oportunidades de determinado empreendimento. Como o BSC é também uma ferramenta de gestão estratégica, ele pode ser usado como método de diagnóstico estratégico, como um SWOT. Essa técnica foi tão difundida que estão usando ela de todas as formas. Gabarito: C. Visão Estratégica Financeira Objetivos Indicadores Metas Iniciativas Clientes Objetivos Indicadores Metas Iniciativas Processos Internos Objetivos Indicadores Metas Iniciativas Aprendizado e Crescimento Objetivos Indicadores Metas Iniciativas CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 34 58. (CESPE/TCU/2008) O balanced scorecard é uma ferramenta de gestão por meio da qual uma organização identifica e equilibra metas associadas em diferentes perspectivas, harmonizando seus compromissos de curto prazo com os objetivos de longo prazo. O BSC deve estar enquadrado com a estratégia. Ele faz a avaliação de sua implementação. Ele harmoniza os compromissos, iniciativas de curto prazo para se alcançar os objetivos da estratégia de longo prazo. Gabarito: C. 59. (CESPE/TCU/2005) O BSC é um método de planejamento estratégico que agrega objetivos, medidas e iniciativas de desempenho com base em quatro perspectivas integradas e que podem ser hierarquizadas desde o nível organizacional até o nível dos indivíduos que atuam na organização. O BSC é balanceado porque busca analisar o desempenho da empresa sob diversos ângulos. Pensando nisso, Norton e Kaplan organizaram o BSC com base em quatro perspectivas diferentes: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. Segundo os autores, as quatro perspectivas têm-se revelado adequadas em diversas empresas e setores de mercado, mas elas devem ser consideradas um modelo, não uma camisa-de-força. Não existe teorema matemático segundo o qual as quatro perspectivas sejam necessárias e suficientes. Por exemplo, há quem expresse preocupação com o fato de que, embora reconhecendo explicitamente os interesses de acionistas e clientes, o BSC não incorpora explicitamente os interesses de outras partes interessadas, como fornecedores, funcionários e a comunidade. No setor público é comum a existência de outras perspectivas, como a orçamentária e resultados para a sociedade. Mas é importante conhecer essas quatro, pois são do modelo básico. Além disso, o BSC pode ser usado para a organização como um todo, ou até mesmo para avaliar o desempenho de um indivíduo. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 35 Gabarito: C. 60. (CESPE/TCU/2008) O BSC é organizado em torno de quatro perspectivas distintas — financeira; dos clientes; dos processos internos; do aprendizado e crescimento —, que são padronizadas, o que permite a mesma utilização em qualquer organização. As quatro perspectivas do BSC não são padronizadas nem obrigatórias. Podem ser incorporadas outras e retiradas algumas destas. Gabarito: E. 61. (CESPE/TCU/2007) O balanced scorecard estabelece um sistema de comunicação a partir de quatro perspectivas: a financeira, a dos processos internos, a do cliente e a de aprendizado. Essa estrutura, que possibilita a articulação dos resultados pretendidos pela organização, avalia o desempenho atual e as perspectivas futuras, podendo-se compatibilizar o desempenho esperado do indivíduo com aqueles estratégicos para a organização. Kaplan e Norton consideravam que os indicadores financeiros são de retardo, apresentam apenas o desempenho passado, o que já passou. São o resultado das ações anteriormente praticadas. O BSC complementa estes indicadores com os orientadores do desempenho econômico futuro, ou indicadores de comando. As quatro perspectivas não trabalham de forma isolada. Há toda uma cadeia de relações de causas e efeitos, que permeia todas as quatro perspectivas. Por exemplo, o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) é uma medida da perspectiva financeira. O vetor dessa medida, ou seja, aquilo que aumenta o lucro, poderia ser a ampliação das vendas aos clientes existentes, por meio de sua lealdade, uma medida da perspectiva clientes. Para conquistar a lealdade desses clientes, é preciso que a empresa descubra aquilo que eles prezam, como a pontualidade na entrega. Esta é resultado de um processo interno em que as diversas áreas trabalham de forma integrada. Estamos falando de uma medida da perspectiva processos internos. Para conquistar esta integração, é preciso capacitação dos funcionários, o que está dentro da perspectiva aprendizado e crescimento. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 36 Portanto, a perspectiva de aprendizado e crescimento fazem com que os processos internos sejam melhores, o que melhora a imagem da empresa junto aos clientes, resultando em maiores vendas e um resultado financeiro melhor. Considera-se, assim, que as perspectivas de aprendizado e crescimento e processos internos envolvem os indicadores de comando, ou seja, traduzem como vai ser o desempenho futuro, enquanto as perspectivas financeira e de clientes envolvem indicadores de retardo, ou seja, mostram o passado. Essa divisão entre futuro e passado recebeu uma nomenclatura específica, como veremos na próxima questão. Gabarito: C. 62. (CESPE/TCU-TI/2007) Em uma organização que faz prestação de serviços de TI, uma métrica que indica o grau de adesão a um treinamento básico e voluntário sobre segurança da informação seria mais adequadamente enquadrada como um indicador chave de desempenho (KPI) que como um indicador chave de metas (KGI). Os processos das perspectivas de processos internos e de aprendizado e crescimento impulsionam a estratégia; mostram como a organização implementará a estratégia. As perspectivas do cliente e financeira serão consequência do que é feito nas outras duas perspectivas, determinam o que deve ser feito, quais são os objetivos. Com base nisso, as quatro perspectivas são separadas em dois grupos, com dois tipos de indicadores. Por um lado, nas perspectivas financeira e dos clientes, temos os Key Goal Indicators (KGI) – Indicadores de Objetivo, Indicadores de Resultado. Eles indicam o que deve ser cumprido. São medidas que refletem se a meta foi atingida, ou seja, dizemos que são indicadores de passado por que são medidas após o fato ocorrido. Por exemplo, um indicador de Retorno Sobre o Capital Investido olha para trás, para o que aconteceu no passado. Por outro lado, nas perspectivas processos internos e aprendizado e crescimento temos os Key Performance Indicators (KPI) – ou indicadores de desempenho –, que são orientados ao processo, focam o como. São medidas que refletem as tendências em termos de atingir ou não a meta no futuro, são medidas antes do fato. Um indicador de qualidade do processo refletirá em melhor desempenho futuro,na conquista de mais clientes e mais lucratividade. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 37 Assim, os KPI são indicadores ligados às perspectivas do aprendizado e crescimento e processos internos. Como a adesão ao treinamento refere-se ao aprendizado e crescimento, realmente trata-se de um KPI e não de um KGI. Gabarito: C. 63. (CESPE/TRE-AP/2007) A mensuração da evolução do aprendizado e crescimento organizacional, no modelo BSC, depende do emprego de indicadores com visão de futuro, chamados key performance indicators, bem como de indicadores de passado, chamados de key goal indicadors. A descrição dos indicadores está certa. KPI são de futuro e KGI de passado. Contudo, a perspectiva de aprendizado e crescimento está relacionada aos indicadores de desempenho (KPI) e não aos de objetivo (KGI). Ela não depende do emprego dos dois tipos de indicadores, só dos KPI, por isso a questão é errada. Gabarito: E. 64. (CESPE/TCU/2008) A cadeia de causa e efeito deve permear todas as perspectivas de um BSC, garantindo encadeamento entre os objetivos das perspectivas, de modo a refletir as relações de causa e efeito assumidas na formulação das estratégias. Como vimos, as perspectivas do BSC não são isoladas umas das outras, há toda uma cadeia de relações de causa e efeito que passa por todas elas. Gabarito: C. 65. (CESPE/TCU/2008) Um mapa estratégico deve contemplar os objetivos estratégicos, que poderão estar desdobrados em todas as perspectivas e temas previstos. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 38 Para fazer uma representação gráfica das relações de causa efeito das perspectivas do BSC em conjunto com a estratégia é usado o mapa estratégico, que aponta, por meio de objetivos estratégicos, relações de causa e efeito e indicadores de desempenho, a forma pela qual ativos intangíveis da organização produzem resultados tangíveis. Os mapas estratégicos são “uma representação visual dos objetivos críticos da empresa e das relações cruciais entre eles, impulsionando o desempenho da organização”. O modelo básico para o mapa estratégico definido por Kaplan e Norton é o seguinte: No STM, o BSC possui três perspectivas: 1. Recursos 2. Processos Internos 3. Sociedade Como no setor público o objetivo não é o lucro, mas sim o resultado para a sociedade, a perspectiva financeira é retirada do topo do mapa estratégico e colocada na base, na forma de orçamento. No topo fica a sociedade. No BSC do STM, o orçamento está dentro da perspectiva de recursos, junto com a gestão de pessoas e infraestrutura e tecnologia. Foi estabelecido o seguinte mapa estratégico do STM: ESTRATÉGIA Financeira Clientes Aprendizado e Crescimento Processos Internos CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 39 Gabarito: C. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 40 66. (CESPE/TCU/2007) Do ponto de vista da dimensão dos processos internos, dois indicadores importantes das operações de balanced scorecard são o tempo de sua realização e a segurança do processo. Não há uma lista de indicadores importantes. Cada empresa terá os seus. O que esta questão queria saber é se estes seriam indicadores da perspectiva dos processos internos – e são. Gabarito: C. 67. (CESPE/TCU-TI/2007) Assumindo-se a implantação de um planejamento estratégico de TI embasado no método de balanced scorecard (BSC) em uma organização que faz prestação de serviços de TI, uma métrica que indica o tempo necessário para desenvolvimento e implantação de novos serviços de TI é mais adequadamente localizada na perspectiva de aprendizagem e crescimento que na perspectiva de processos de negócios internos. Kaplan e Norton reuniram os vários processos internos das organizações em quatro agrupamentos: Processos de gestão operacional; Processos de gestão de clientes; Processo de Inovação; Processos regulatórios e sociais. Os processos de gestão operacional são os processos básicos do dia-a-dia, através dos quais as empresas produzem os atuais produtos e serviços e os entregam aos clientes. Podemos citar alguns exemplos: adquirir materiais dos fornecedores, converter em produtos acabados, distribuir aos clientes, gerenciar o risco. Os processos de gestão de clientes ampliam e aprofundam os relacionamentos com os clientes-alvo, como: selecionar clientes-alvo, conquistá-los, reter clientes, aumentar os negócios com os clientes. A diferença para a perspectiva dos clientes é que aqui estamos olhando para os processos. Por exemplo, enquanto na perspectiva do cliente o indicador é o número de clientes conquistados, na perspectiva interna um indicador é tempo de resposta a novas demandas. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 41 Os processos de inovação desenvolvem novos produtos, processos e serviços, em geral criando condições para que a empresa penetre em novos mercados e segmentos de clientes. São processos como: identificar oportunidades para novos produtos; desenhar e desenvolver novos produtos e serviços; lançar novos produtos e mercados. Os processos regulatórios e sociais ajudam as organizações a reter continuamente o direito de operar nas comunidades e nos países em que produzem e vendem. A regulamentação nacional e local impõe normas e padrões às práticas das organizações. Muitas delas, contudo, procuram ir além das obrigações mínimas impostas por lei. São processos relacionados à conservação do meio-ambiente; segurança e saúde; práticas trabalhistas; investimentos na comunidade. Os indicadores desta perspectiva geralmente estão ligados a medidas de tempo, qualidade, produtividade e custo. São exemplos de indicadores: qualidade, produtividade, desenvolvimento de novos produtos, logística, comunicação interna e interfaces. O tempo necessário para o desenvolvimento de novos serviços estaria dentro do processo de inovação. Portanto, trata-se de uma métrica da perspectiva de processos internos e não do aprendizado e crescimento. Gabarito: E. 68. (CESPE/SEBRAE/2008) Competências, tecnologia e clima organizacional são variáveis da perspectiva interna vitais para fomentar processos de inovação eficazes, sob a ótica do BSC. Segundo Kaplan e Norton: Os objetivos de aprendizado e crescimento descrevem como pessoas, tecnologia e clima organizacional se conjugam para sustentar a estratégia. As melhorias nos resultados de aprendizado e crescimento são indicadores de tendência para os processos internos, clientes e desempenho financeiro. Esta perspectiva trata dos ativos intangíveis da organização e seu papel na estratégia. Os ativos intangíveis podem ser classificados em três categorias: Capital Humano: habilidades, talento e conhecimento dos empregados; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 42 Capital da Informação: banco de dados, sistemas de informação, redes e infra-estrutura tecnológica. Capital Organizacional: cultura, liderança, alinhamento dos empregados, trabalho em equipe e gestão do conhecimento. Quando esses três componentes da perspectiva de aprendizado e crescimento
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