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Apostila de Biologia 2

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Capítulo VII- Vírus 
 
Os Vírus (vírions) 
 
Características Gerais: 
 
 Acelulares; 
 Parasitos intracelulares obrigatórios; 
 Apresentam um único tipo de material genético (DNA ou RNA);* 
 Têm capacidade de cristalizar em condições adversas. 
 Sub-microscópico (somente visualizado em microscópio eletrônico) 
 
* O Citomegalovírus é o único vírus conhecido que apresenta tanto DNA quanto RNA. 
 
Estrutura Básica de um vírus 
 
Vírus tipicamente consistem de uma cápsula de proteína chamada capsídeo, que 
armazena e protege o material genético viral 
 
 
Exemplos de vírus 
 
 
 
Reprodução viral 
 
Os vírus são incapazes de auto-reproduzir e, portanto, necessitam parasitar células para 
proliferarem. Quanto ao tipo de reprodução os vírus podem apresentar dois tipos de ciclos: o 
lítico e o lisogênico. Esses dois tipos de reprodução são mais bem estudados em bacteriófagos, 
sendo por isso o tipo viral escolhido para nosso estudo sobre proliferação. 
 
Ciclo lítico: 
 
No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético na bactéria, onde as funções 
normais desta são interrompidas pela presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). 
Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o 
capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico ocorrendo a 
formação de novos vírus. O grande número de vírus promove a lise, ou seja, a célula infectada 
rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se 
reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. 
 
 
Ciclo lisogênico 
No ciclo lisogênico, o vírus insere seu material genético na bactéria ou na célula 
hospedeira,onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral 
torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas 
operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o 
material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, 
sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, 
uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e 
todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz 
dessa forma, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas 
por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.Vale 
lembrar que a doença incorporada na celula pode se "despertar" por algum motivo como 
Radiação,quimioterapia, estresse, etc. 
 
Retrovírus 
Alguns vírus possuem uma enzima especial chamada transcriptase reversa. Essa 
enzima é responsável pelo processo de transcrição reversa (formação de DNA a partir do RNA 
viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o 
que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem 
DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só 
depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus. Como exemplo de 
retrovírus podem ser citados o HIV e o vírus causador da gripe suína. 
Gripe suína 
A gripe suína é causada pelo vírus influenza A H1N1. Os sinais e sintomas da gripe suína 
são semelhantes aos da gripe comum, tais como febre, tosse, dor de cabeça, dores 
musculares, dor na garganta e fraqueza. A contaminação ocorre de maneira semelhante a 
gripe comum: por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com 
objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. 
Desde que as mortes em decorrência da gripe suína foram identificadas, alguns grupos de 
risco foram observados. São eles: Idosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma 
situação especial pois os idosos tem sistema imunológico baixo; Crianças (menores de 2 
anos); doentes crônicos; asmáticos e imunossuprimidos. 
AIDS 
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou 
AIDS, mais comum no Brasil) é o conjunto de sintomas e infecções em seres humanos 
resultantes da queda imunológica ocasionada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH, ou 
HIV segundo a terminologia anglo-saxónica). Esses vírus destroem células de defesa 
chamadas linfócitos T CD4+, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. A 
queda do número destes linfócitos abre caminho para doenças oportunistas e tumores que 
podem matar o doente. Existem tratamentos para a SIDA/AIDS e o HIV que diminuem a 
progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida. Fármacos usados no tratamento da 
infecção por HIV interferem com funções da biologia do vírus que são suficientemente 
diferentes de funções de células humanas. Um desses fármacos atua inibindo a enzima 
transcriptase reversa que o vírus usa para se reproduzir e que não existem nas células 
humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo do HIV 
 
Doenças Virais 
DOENÇA CONTÁGIO CARACTERÍSTICAS 
AIDS 
Sangue, relação sexual, 
drogas injetáveis, placenta. 
Causa destruição do sistema imunológico 
Catapora 
(varicela) 
Contato direto, saliva e 
objetos contaminados. 
Sintomas: febre, anorexia (falta de apetite), náusea, exantema 
(pintinhas vermelhas). 
Caxumba 
(parotidite) 
Contato direto, saliva e 
objetos contaminados. 
Sintomas: cefaléia (dor de cabeça), calafrios, anorexia, mal-estar, 
febre, intumescimento das glândulas parótidas. 
Dengue 
Picada de mosquitos do 
gênero Aedes. 
Sintomas: febre, moleza, dores musculares, cefaléia, 
náusea, vômito, diarréia. 
Febre 
Amarela 
Picada do mosquito do 
gênero Aedes 
Sintomas: febre, infecções, cefaléia, vômitos, 
hemorragia. 
Gripe 
Gotículas de secreção 
expelidas pelas vias 
respiratórias. 
Sintomas: problemas respiratórios, febre, dores no 
corpo, cefaléia, anorexia, náusea, vômito. 
Hepatite A Gotículas de muco, saliva e Sintomas: mal-estar, fraqueza, anorexia, náusea, 
contaminação fecal de 
água e objetos. 
dores abdominais, urina escura, pele amarelada. 
Herpes 
Tipo 1 por contato direto e 
tipo 2 por contato sexual. 
Causa infecções e lesões na pele e infecções internas. 
Poliomielite 
 transmissão fecal-
oral,objetos contaminados 
por fezes. 
Provoca paralisia muscular nos casos mais graves. 
Raiva 
(hidrofobia) 
Saliva de animais 
infectados. 
Ataca primeiro o sistema nervoso periférico e progride 
ata atingir o sistema nervoso central; não há cura. 
Rubéola Contato direto e saliva Sintomas: exantema, febre, mal-estar, conjuntivite. 
Sarampo 
Contato direto e objetos 
contaminados. 
Sintomas: febre tosse seca, conjuntivite, fotofobia, 
exantema. 
Varíola 
Contato direto e objetos 
contaminados. 
Sintomas: exantema, febre alta e pápulas com pus 
Dengue 
Picada pelo mosquito 
Aedes aegypti 
Virose que provoca febres, dores musculares e 
hemorragias generalizas podendo ser fatal 
Hepatite B e 
C 
Sangue e relação sexual Inflamação do fígado, icterícia, febre e fadiga. 
Diarréia 
Causada pela ingestão de 
água e alimentos 
contaminados com o 
Rotavírus 
Diarréia e desidratação 
 
Capítulo VIII- Reino Monera, Protista e Fungi 
 
Reino Monera 
 
Características Gerais 
 
 Unicelulares; 
 Procariontes; 
 Visíveis ao microscópio óptico; 
 Isoladas ou coloniais; 
 Heterótrofas ou autótrofas; 
 Aeróbicas e anaeróbicas; 
 Parasitas e de vida livre. 
 Não apresentam organelas membranosas (apenas ribossomos). 
 
Divisão do Reino MoneraEsse reino é dividido atualmente em três grandes grupos: 
 
 Arqueobactérias: São bactérias primitivas encontradas em ambientes extremos (alta 
acidez, alta temperatura, salinidade elevada). 
 Eubactérias: São consideradas as bactérias verdadeiras. Apresentam diversas 
funções. 
 Cianobactérias: antigamente chamadas erroneamente de algas azuis ou cianofíceas. 
São fotossintetizantes, porém, sua clorofila encontra-se espalhada no citoplasma (não 
apresenta cloroplasto). 
 
Estrutura básica 
Apesar de sua menor complexidade em relação aos eucariotos, uma variedade de 
estruturas bacterianas podem ser caracterizadas. Lembrando que nem todas as bactérias 
possuem todos esses componentes. 
 
Plasmídios 
 
Estes são compostos por DNA extra-cromossômico, usualmente presentes em múltiplas 
cópias e freqüentemente codificam fatores de virulência e fatores de resistência a antibióticos. 
Algumas formas estão envolvidas na replicação bacteriana. 
 
Flagelos 
 
Algumas espécies bacterianas são móveis e possuem organelas de locomoção - 
flagelos. Os flagelos consistem de várias proteínas, dentre elas a flagelina. Eles movem a 
célula por meio de um movimento rotatório semelhante ao de uma hélice. 
 
Pili (sinônimo: fímbrias) 
 
Os tipos de pili (caso sejam produzidos) variam entre as espécies e dentro de uma 
mesma espécie. Os pili são filamentos de proteína que se projetam da célula. Alguns tipos 
estão envolvidos na conjugação bacteriana e outros tipos permitem a adesão às superfícies de 
células epiteliais do hospedeiro durante uma infecção. 
 
Parede celular 
 
Constituída de peptidioglicano (mistura de proteína e carboidrato). É utilizada para 
classificar as bactérias em Gram-positiva (na presença do corante gram coram-se de violeta) 
ou em Gram-negativa (coram-se de rosa avermelhado). Geralmente, as bactérias gram-
negativas são mais resistentes a antibióticos. 
 
Mesossomo 
 
É uma invaginação da membrana plasmática envolvida com a respiração e divisão 
celular. 
 
Nucleóide 
 
É a região do citoplasma onde localiza-se o único DNA circular. 
 
Morfologia bacteriana 
 
 
 
 
Respiração 
 
As bactérias podem ser divididas em: 
 
 Aeróbicas: vivem apenas na presença de oxigênio. 
 Aeróbicas facultativas: vivem na presença ou ausência do oxigênio. 
 Anaeróbicas: vivem na ausência de oxigênio. Podem ser encontradas na forma 
de esporos resistentes em ambientes oxigenados. Ex.: Clostridium tetani. 
 
 
Diversidade Metabólica 
 
As bactérias podem ser tanto autótrofas (produzem seu próprio alimento) ou heterótrofas 
(retiram seus alimentos do meio). 
 
 Autótrofas: 
◦ Fotossintetizantes: produzem seu alimento a partir da energia luminosa. 
Apresentam como pigmento a “bacterioclorofila” 
◦ Quimiossintetizantes: produzem seu alimento a partir da energia liberada de 
reações químicas inorgânicas. 
 Heterótrofas: 
◦ Saprófitas: Alimentam de matéria orgânica em decomposição 
◦ Simbiontes: relação mutuamente vantajosa entre a bactéria e outros 
organismos vivos. 
◦ Comensais: algumas bactérias se beneficiam dos restos da outra espécie 
anfitriã no entanto sem prejudicar este seu anfitrião. 
 
 
Reprodução bacteriana 
 
A reprodução bacteriana pode ser de maneira sexuada (ocorre troca de material 
genético) ou assexuada (não ocorre troca de material genético). 
 
Assexuada: 
 
É o principal tipo de reprodução das bactérias. Destaca-se a reprodução por divisão 
binária ou bipartição ou cissiparidade, na qual uma célula-mãe origina duas células-filhas 
idênticas. Baseando-se na Escherichia coli o tempo dessa reprodução é aproximadamente 20 
minutos. 
 
 
OBS.: As bactérias podem reproduzir por esporogonia formando, assim, esporos 
resistentes capazes de suportar condições adversas. 
 
Sexuada: 
 
 Conjugação: Ocorre troca de material genético por meio de uma ponte 
citoplasmática (pili sexual). 
 
 
 
 Transformação: Quando uma bactéria incorpora material genético presente no 
meio. Pode ser de forma natural ou artificial (técnicas de DNA recombinante). 
 
 
 Transdução: Quando um vírus infecta uma bactéria, durante sua reprodução ele 
pode “embalar” erroneamente o material genético da bactéria parasitada 
(doadora). Esse vírus pode, então, transferir esse material genético para outra 
bactéria (receptora). 
 
 
Importância das bactérias 
 
Industrial 
 
Existem várias espécies de bactérias usadas na preparação de comidas ou bebidas 
fermentadas, incluindo as láticas para queijos, iogurte, vinho, salsicha, frios, molho de soja, 
leite fermentado e as acéticas utilizadas para produzir vinagres. 
 
Na ecologia 
 
No solo existem muitos microorganismos que trabalham na transformação dos 
compostos de nitrogénio em formas que possam ser utilizadas pelas plantas e muitos são 
bactérias que vivem na rizosfera (a zona que inclui a superfície da raiz e o solo que a ela 
adere). Algumas destas bactérias – as nitrobactérias - podem usar o nitrogénio do ar e 
convertê-lo em compostos úteis para as plantas, um processo denominado fixação do 
nitrogénio. A capacidade das bactérias para degradar uma grande variedade de compostos 
orgânicos é muito importante e existem grupos especializados de microorganismos que 
trabalham na mineralização de classes específicas de compostos como, por exemplo, a 
decomposição da celulose, que é um dos mais abundantes constituintes das plantas. Nas 
plantas, as bactérias podem também causar doenças. As bactérias decompositoras atuam na 
decomposição do lixo, sendo essenciais para tal tarefa. 
 
 
 
Na indústria farmacêutica: produção de hormônio 
 
A insulina foi a primeira proteína humana produzida por engenharia genética em células 
de bactérias e aprovada para uso em pessoas. Até então, a fonte desse hormônio para 
tratamento de diabéticos eram os pâncreas de bois e porcos, obtidos em matadouros. Apesar 
de a insulina desses animais ser muito semelhante à humana, ela causa problemas alérgicos 
em algumas pessoas diabéticas que utilizavam o medicamento. A insulina produzida em 
bactérias transformadas, por outro lado, é idêntica à do pâncreas humano e não causa alergia. 
O hormônio do crescimento, a somatotrofina, foi produzido pela primeira vez em 
bactérias em 1979, mas a versão comercial só foi liberada em 1985, após ter sido submetida a 
inúmeros testes que mostraram sua eficiência. O hormônio de crescimento é produzido pela 
hipófise, na sua ausência ou em quantidades muito baixa, a criança não se desenvolve 
adequadamente. Até pouco tempo atrás, a única opção para crianças que nasciam com 
deficiência hipofisária somatotrofina era tratamento com hormônio extraído de cadáveres. 
Agora esse hormônio é produzido por técnicas de engenharia genética. 
 
Mecanismo de ação dos antibióticos 
 
O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar 
substâncias que atingem bactérias, ou seja, bactericidas. Essas substâncias podem agir de 
diferentes maneiras no metabolismo bacteriano. Exemplo: 
 Inibindo da formação da parede celular; 
 Alterando a permeabilidade da membrana plasmática; 
 Inibindo a síntese protéica (ribossomos). 
Algumas doenças causadas por bactérias 
 
Tuberculose 
 
Característica: afeta pulmões, rins, intestino e ossos. 
Transmissão: por tosse, fala, expectoração e leite de vaca contaminado. 
Tratamento: cura total com antibiótico. 
Prevenção: vacina BCG. 
 
Hanseníase (lepra) 
 
Características: afeta a pele (provocando lesões variáveis e alterações na 
sensibilidade) e órgãos viscerais. 
Transmissão: pode ser direta (contato com lesões, com muco nasal) e indireta (objetos 
contaminados). 
Tratamento: cura total com vários medicamentos. 
Prevenção: educação sanitária. 
 
Cólera 
 
Características: provocagraves infecções intestinais. 
Transmissão: por água, alimentos, moscas, contato com pessoas infectadas. 
Prevenção: saneamento básico. 
 
Meningite 
 
Características: afeta as meninges e provoca septicemia (infecção generalizada), 
manchas na pele, hemorragias digestivas e lesões encefálicas, com seqüelas graves. 
Transmissão: direta. 
Tratamento: antibióticos. 
Prevenção: vacinação. 
 
Leptospirose 
 
Características: afeta fígado, rins e provoca icterícia (amarelamento da pele); 
Transmissão: contato com a urina de rato contaminado. 
Tratamento: antibióticos e cuidados gerais. 
Prevenção: saneamento básico. 
 
Gonorréia (blenorragia) 
 
Características: causa infecção purulenta nas membranas mucosas em especial. 
Transmissão: contato sexual. 
Tratamento: antibióticos. 
Prevenção: preservativo; no caso de recém-nascidos, pingar nitrato de prata nos olhos 
da criança, logo após o nascimento. 
 
Sífilis 
 
Características: primeiramente, surge uma ferida – um cancro duro – nos genitais; 
depois lesões na pele, no sistema nervoso e no circulatório. 
Transmissão: contato sexual. 
Tratamento: antibióticos. 
Prevenção: preservativo, escolha do parceiro. 
 
Botulismo 
 
Características: afeta o sistema nervoso e a musculatura estriada, provocando 
relaxamento muscular. 
Transmissão: adquirida com por ingestão de alimento contaminado com toxina 
botulínica. 
Tratamento: soro antibotulínico. 
Prevenção: evitar consumir alimentos contidos em latas de conserva com odores 
suspeitos. 
 
OBS.: a toxina botulínica – o botox – é utilizada hoje para a correção das chamadas 
rugas de expressão. 
 
Tétano 
 
Características: afeta a musculatura estriada, produzindo contrações violentas e 
generalizadas, devido a toxina liberada pela bactéria, que é anaeróbica. 
Transmissão: contato da bactéria com ferimentos profundos. 
Tratamento: soro antitetânico. 
Prevenção: vacinação antitetânica. 
 
Cianobactérias 
Também fazem parte do reino monera. Caracteriza-se por apresentar uma rede de 
menbranas dispersas no citoplama onde encontram-se impregnados pigmentos acessórios. 
 
Cianobactéria Filamentosa 
Características Gerais: 
 Autótrofas fotossintetizantes; 
 Aeróbicas; 
 Encontradas em ambiente terrestre e aquático; 
 Armazenam amido. 
 
Estrutura básica 
 
As cianobactérias são procariontes que apresentam várias lamelas membranosas 
espalhadas por seu citoplasma. Nestas lamelas encontramos aderidos alguns pigmentos 
acessórios. O material genético encontra-se espalhado na região mais central da célula. 
 
 
 
Reprodução 
O único tipo de reprodução conhecido das cianobactérias é a assexuada. Essa 
reprodução pode ser de dois tipos: 
◦ Formação de esporos: formas resistentes que suportam condições adversas. 
◦ Hormogonia: pequenos fragmentos que se separam e formam um novo 
filamento. 
 
Importância das cianobactérias 
As cianobactérias são as principais produtoras primárias dos oceanos. Além disso, 
algumas espécies de cianobactérias filamentosas (Nostoc sp. e Anabaena sp.) são as 
principais provedoras de nitrogênio para as cadeias tróficas dos mares, sendo ainda de 
utilidade para a alimentação humana. 
Reino Protista (proctista) 
Nesse reino encontramos dois grandes grupos de seres: algas e protozoários 
Características gerais do Reino Protista 
 São eucariontes; 
 Uni- ou pluricelulares; 
 Autótrofos ou heterótrofos. 
 
Algas 
 
As algas são organismos eucariotas (possuem núcleo organizado), autótrofas 
fotossintetizantes (clorofila organizada em cloroplastos), apresentam parede celular de celulose 
e podem ser uni- ou pluricelulares. 
Classificação das algas 
 
Alga Estrutura 
Pigmento 
acessório 
Parede 
celular 
Reserva Importância 
Diatomáceas (algas 
douradas/crisófitas) 
Unicelular Fucoxantina Sílica clisolaminarina 
Usadas na 
produção de 
abrasivos, filtros, 
tijolos. 
Clorófitas (algas 
verdes) 
Uni- e 
pluricelular 
Clorofila Celulose Amido 
Ancestral comum 
das plantas 
Feófitas (algas 
pardas) 
Pluricelular Fucoxantina Algina Laminarina 
Gelatinas, filmes 
fotográficos, 
moldes dentários 
Rodófitas (algas 
vermelhas) 
Pluricelular Ficoeritrina Pectina Amido 
Rico em Vit. C, 
produção de 
meio Agar 
Euglenófita Unicelular Clorofila - Paramilo 
Nutrição 
mixotrófica 
(nutrição 
autotrófica e 
heterotrófica) 
Pirrófitas (algas 
bioluminescentes ou 
dinoflageladas) 
Unicelular 
flagelada 
Xantofila Celulose Amido 
“Responsável 
pelo fenômeno 
da maré-
vermelha” 
 
 
Ilustrações das algas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reprodução das algas 
As algas podem se reproduzir assexuadamente por divisão binária, fragmentação de 
partes do corpo ou zoosporia (células liberadas que fixadas ao substrato originam novos 
indivíduos). Já na reprodução sexuada pode ocorrer formação de gametas (pluricelulares), que 
realizam fecundação externa, originando um zigoto externo. Podem também reproduzir por 
conjugação de filamentos em algas pluricelulares ou por fusão em unicelulares. 
Observação: 
Maré-vermelha: É um fenômeno ocasionado pela superpopulação nos mares das algas 
pirrofíceas que produzem no seu metabolismo substânicas tóxicas que lançadas na àgua 
envenenam os peixes e outros animais marinhos provocando verdadeiras mortandades 
temporárias nos mares. 
Protozoários 
Características Gerais 
 Eucariontes; 
 Unicelulares; 
 Heterótrofos; 
 Vida livre ou parasitas. 
 
 
 
 
Classificação 
Rofofíceas Euglenofíceas Pirrofíceas 
Protozoários são microorganismos cuja classificação é feita com base nas estruturas de 
locomoção que eles apresentam. Eles são classificados em: 
 Filo Sarcodina: locomoção caracterizada pela emissão de pseudópodes (Entamoeba 
histolytica); 
 
 Filo Mastigophora ou flagelados: deslocamento por propulsão flagelar (Trypanosoma 
cruzi, Leishamania sp., Trichomonas vaginalis, Giardia lamblia); 
 
 Filo Ciliophora: movimentação mantida por curtas e numerosas estruturas ciliares 
(Paramecium caldatum); 
 
Filo Sporozoa → não possui apêndices locomotores, são parasitas (Plasmodium sp., 
causador da malária). 
 
 
Doenças causadas por protozoários 
 
Doença de Chagas 
 
 Agente Etiológico 
◦ Trypanosoma cruzi 
 Vetores (barbeiros) 
◦ Triatoma 
◦ Rhodnius 
◦ Panstrongylus 
 
Transmissão 
 
 Fezes do barbeiro contaminado; 
 Transfusão de sangue; 
 Congênita; 
 Alimentação 
 
Principais Sintomas 
 
 Fase aguda: 
 Taquicardia, febre e sinal de Romanã 
 Fase crônica: 
 Crescimento do coração (cardiomegalia) e/ou outros órgãos do sistema digestório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profilaxia 
 
 Controle biológico do vetor; 
 Uso de telas e mosquiteiros; 
 Casas de alvenaria; 
 Tapar frestas nas paredes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leishmaniose Tegumentar (Úlcera de Bauru) 
 
Agente Etiológico: 
 
 Leishmania braziliensis 
 
Vetor: 
 
 Flebótomo do gênero Lutzomya (mosquito palha ou birigui). 
 
Transmissão: 
 
 Picada da fêmea contaminada do flebotomíneo. 
 
Reservatórios 
 
 Cão e raposa 
 
 
 
Sintomas 
 
 Úlcera no local da picada (lesão inicial); 
 Lesões na região nasobucofaringeana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leishmaniose visceral ou Calazar 
 
Agente etiológico 
 
 Leishmania donovani 
 
Vetor: 
 
 Mosquito flebótomo do gênero LutzomyiaTransmissão: 
 
 Pela picada da fêmea do mosquito palha. 
 
Sintomas 
 
 Febre; 
 Ascite (barriga d`’agua); 
 Hepatomegalia; 
 Magreza intensa; 
 Complicações circulatórias e respiratórias. 
 
Profilaxia 
 
 Uso de inseticidas nos domicílios e peridomicílios; 
 Uso de telas; 
 Uso de repelentes; 
 Tratamento dos indivíduos doentes. 
 
Tricomoníase 
 
Agente etiológico: 
 
 Trichomonas vaginalis 
 
Transmissão: 
 
 Relação sexual; 
 Uso de sanitários e banheiras sem condições de higiene; 
 Uso de toalhas úmidas contaminadas 
 
Sintomas 
 
 Homem: 
◦ Mal cheiro, Uretrite e ardor ao urinar. 
 
 Mulher: 
◦ Vaginite, uretrite, leucorréia (corrimento vaginal, espumante, malcheiroso, branco 
amarelado). 
 
 
 
 
Profilaxia 
 
 Uso de preservativo durante o ato sexual; 
 Esterilização de aparelhos ginecológicos; 
 Cuidados em banheiros públicos; 
 Tratamento dos indivíduos portadores. 
 
Malária 
 
Agentes etiológicos: 
 Plasmodium vivax (terça benigna); 
 Plasmodium falciparum (terça maligna); 
 Plasmodium malariae (quartã). 
 
Contaminação: 
 Picada de fêmeas do mosquito Anopheles (mosquito prego); 
 Via placentária; 
 Transfusão sanguínea; 
 Seringas não esterilizadas. 
 
Sintomas 
 Febre; 
 Calafrio; 
 Sudorese; 
 Anemia; 
 Aumento do volume de baço e fígado; 
 Diminuição na capacidade de resposta imune. 
 
Profilaxia 
 
 Combate ao inseto vetor; 
 Introdução de peixes que alimentam de larvas nos açudes; 
 Uso de repelentes; 
 Instalação de telas em portas e janelas. 
 
Toxoplasmose 
 
Agente etiológico: 
 
 Toxoplasma gondii 
 
Hospedeiro definitivo (onde ocorre a reprodução sexuada): 
 
 Gato e outros felídeos 
 
Hospedeiro intermediário (ocorre apenas reprodução assexuada) 
 
 Homem e outros mamíferos. 
 
Contaminação 
 
 Ingestão de cistos do parasito presente nas fezes de animais contaminados; 
 Ingestão de carne crua ou mal cozida de animais infectados (de porco e carneiro, 
principalmente); 
 Transfusão de sangue; 
 Relação sexual; 
 Congênita. 
 
Profilaxia 
 
 Não ingerir carne crua ou mal passada; 
 Alimentação de gatos com ração; 
 Uso de areia sintética ou incineração das fezes de gato; 
 Uso de preservativos; 
 Seleção de doadores de sangue. 
 
Amebíase (disenteria amebiana) 
Agente etiológico: 
 
 Entamoeba hystolitica 
 
Transmissão: 
 
 Ingestão de água e alimentos contaminados com cisto do parasita. 
 
Sintomas: 
 
 Diarréia sanguinolenta; 
 Dores abdominais. 
 
Profilaxia 
 
 Saneamento básico; 
 Higienização; 
 Tratamento da água (filtração e fervura). 
 
Balantidiose 
Agente Etiológico 
 Balantidium coli 
Transmissão: 
 
 Ingestão de água e alimentos contaminados com cisto do parasita. 
 
Sintomas: 
 
 Diarréia sanguinolenta; 
 Dores abdominais. 
 
Profilaxia 
 
 Saneamento básico; 
 Higienização; 
 Tratamento da água (filtração e fervura). 
 
Giardíase 
 
Agente Etiológico 
 Giardia lamblia 
Transmissão: 
 
 Ingestão de água e alimentos contaminados. 
 
Sintomas: 
 
 Diarréia sanguinolenta; 
 Dores abdominais. 
 
Profilaxia 
 
 Saneamento básico; 
 Higienização; 
 Tratamento da água (filtração e fervura). 
 
Reino Fungi 
Características Gerais 
 Uni- ou Multicelulares; 
 Todos heterótrofos por absorção; 
 Digestão extracelular; 
 Apresentam parede celular de quitina (maioria); 
 Glicogênio como reserva energética; 
 São encontrados em ambientes úmidos e sombrios ricos em matéria orgânica. 
Estrutura corporal dos fungos pluricelulares (cogumelo) 
Os fungos apresentam estruturas filamentosas chamadas de hifas. Essas hifas enrolam-
se umas as outras formando o corpo vegetativo do fungo (porção exterior ao substrato). O 
conjunto de hifas é chamado de micélio. 
 
Tipos de hifas: 
As hifas são divididas em: 
 Asseptadas ou cenocíticas (sem septos) 
 Septadas (com septos) 
◦ Unicarióticas (haplóide); 
◦ Dicarióticas (diplóide). 
 
Classificação 
Filo Zygomycota 
Com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou parasita. 
Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução sexuada origina 
zigosporos no interior de um zigosporângio (que dá o nome ao táxon e pode permanecer 
dormente longos períodos). Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da fruta, uma séria 
ameaça a qualquer material armazenado úmido e rico em carboidratos. 
 
Filo Ascomycota 
Com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos familiares e com 
importância econômica, como as trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos. 
Apresentam hifas septadas dicarióticas ou parcialmente septadas. Parede celular com quitina. 
A designação do filo deriva da estrutura produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em 
forma de saco. Pertencem a este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não 
filamentosos. 
 
Filo Basidiomycota 
São incluídos neste filo mais de 16000 espécies, a maioria bem conhecida, como todos 
os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas. Muito importantes na 
decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3 da biomassa não animal dos solos. São 
fungos filamentosos, com hifas septadas perfuradas e dicarióticas e com parede quitinosa. A 
estrutura produtora de esporos sexuados, o basidiocarpo, é vulgarmente conhecido por 
cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios diferentes e irá produzir basídios, células em 
forma de clava e separadas do restante micélio por septos. Deles, formam-se os basidiósporos, 
grupos de 4 e presos por pequenos pedúnculos. 
 
Filo Deuteromycota 
Este filo inclui todos os fungos em que não seja conhecida a reprodução sexuada. Por 
este motivo este filo também é designado por fungos imperfeitos. Inclui mais de 17000 
espécies. Ex.: Candida albicans, causadora da candidíase. 
 
 
Importância dos fungos: 
 Decomposição: Juntamente com as bactérias promovem a ciclagem dos nutrientes em 
nosso ecossistema. 
 Patogenias 
o Micoses; 
o Frieiras; 
o Candidíase; 
 Micorrizas: alguns fungos associam-se a raízes de plantas promovendo uma maior 
retenção de água e nutrientes. Em troca a planta libera açúcares em torno da raiz que 
são utilizados na alimentação do fungo. 
 Produção de antibióticos: Muitos fungos são utilizados para produzir antibióticos. Ex.: 
penicilina. 
 Fermentação: Alguns fungos que realizam fermentação alcoólica são utilizados para a 
produção de bebidas alcoólicas e álcool combustível. 
Líquens 
É uma associação entre algas (ou cianobactérias) e fungos. São importantes 
bioindicadores de poluição. Além disso, os liquens são espécies pioneiras na sucessão 
ecológica e muito usados para a produção de corantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alga Fungo

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