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Residuos na Construção civil

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Rua Jorge Tibiriça, 451 – Centro – São José do Rio Pardo – SP 
CEP: 13720-000 – Tel.: (19) 3681 – 2655 
 
 
 
 
C4156I2 - Elaine Zuleide Borges 
C4305H6 - Rogerio Elias Da Silva 
C447BD8 - Tayna Da Silva Ferreira 
C44JAC9 - Ranieli Rosa De Lima Candido 
C47IDC0 - Isadora Lucio 
C5264I4 - Thiago Cassemiro Teixeira 
C526541 - Raphael Cassemiro Teixeira 
C653DE0 - Lucas Alberto Gonçalves 
C707201 - Jessica Naira Gobatti 
C762HC6 - Leonardo Minus Locatelli 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS – Atividades Práticas Supervisionadas 
Normas vigentes sobre a sustentabilidade e preservação ambiental do 
planeta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José do Rio Pardo - SP 
2015 
C4156I2 - Elaine Zuleide Borges 
C4305H6 - Rogerio Elias Da Silva 
C447BD8 - Tayna Da Silva Ferreira 
C44JAC9 - Ranieli Rosa De Lima Candido 
C47IDC0 - Isadora Lucio 
C5264I4 - Thiago Cassemiro Teixeira 
C526541 - Raphael Cassemiro Teixeira 
C653DE0 - Lucas Alberto Gonçalves 
C707201 - Jessica Naira Gobatti 
C762HC6 - Leonardo Minus Locatelli 
 
 
 
 
APS – Atividades Práticas Supervisionadas 
Normas vigentes sobre a sustentabilidade e preservação ambiental do 
planeta. 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado à UNIP – Campus 
São José do Rio Pardo referente a disciplina 
de Atividades Práticas Supervisionadas, 
como parte dos requisitos para avaliação 
bimestral, no Curso de Engenharia Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José do Rio Pardo – SP 
2015 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
CCME Conselho Canadense de Ministros para a Proteção do Meio 
Ambiente 
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente 
CWDCS Eliminação de Resíduos de Construção carregamento Scheme 
EPA Environmental Protection Agency 
EPR Plano de Ação Nacional do Canadá 
LEED Leadership in Energy and Environmental Design 
OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
ONU Organização das Nações Unidas 
RCC Resíduos da Construção Civil 
RCD Resíduos de Construção e Demolição 
RSU Resíduos Sólidos Urbanos 
USGBC United States Green Building Council 
 
RESUMO 
 
ABSTRACT 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 8 
CAPITULO I ......................................................................................................................................... 10 
1 - SUSTENTABILIDADE.............................................................................................................. 10 
1.1 - CONCEITOS: ..................................................................................................................... 10 
1.2 - AÇÕES ADOTADAS PARA QUE TENHA UMA POSTURA SUSTENTÁVEL: .... 10 
1.3 - SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................................... 11 
1.4 - SUSTENTABILIDADE ENTRE OS PAISES. ................................................................ 12 
1.4.1 - PRÓS E CONTRAS COM O REAPROVEITAMENTO AMBIENTAL................. 12 
CAPITULO II ....................................................................................................................................... 17 
2 – LEGISLAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................................................... 17 
2.1 - UNIÃO EUROPEIA ................................................................................................................. 18 
2.1.1 - ALEMANHA .................................................................................................................... 19 
2.1.2 - FRANÇA .......................................................................................................................... 20 
2.1.3 - ESPANHA ........................................................................................................................ 21 
2.2 - A LEGISLAÇÃO SOBRE RESÍDUOS NO CANADÁ. .............................................. 22 
2.3 - A LEGISLAÇÃO SOBRE RESÍDUOS NOS ESTADOS UNIDOS. ........................ 24 
2.4 - A LEGISLAÇÃO SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NO JAPÃO. .............................. 26 
2.5 - RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO EM HONG KONG. ............................................... 27 
2.6 - NACIONAL. .................................................................................................................... 28 
2.7 NORMAS PARA O MANEJO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC)
 ................................................................................................................................................... 34 
CAPÍTULO III ...................................................................................................................................... 36 
3 - AVANÇOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ................................................................................ 36 
3.1 - NOVOS MATERIAIS ......................................................................................................... 39 
3.2 USINAS DE RECICLAGEM DE RCC ............................................................................... 46 
3.2.1 USINAS FIXAS ............................................................................................................. 46 
3.2.2 - USINAS MÓVEIS ....................................................................................................... 47 
CAPÍTULO - IV ................................................................................................................................... 49 
4 - PILARES PARA A CONSTRUÇÃO DO FUTURO .............................................................. 49 
4.1 - UM OLHAR SOBRE A REALIDADE DA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................. 49 
4.2 - A SUSTENTABILIDADE TRAZENDO DIMENSÕES ÉTICAS E ESTÉTICAS NA 
CONSTRUÇÃO DOS AMBIENTES DE VIDA. ...................................................................... 52 
4.3 - A SUSTENTABILIDADE COMO NOVO PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO....... 54 
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 58 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 59 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Como já sabemos, o setor da construção civil dentre os campos do 
desenvolvimento da economia, é considerado um dos maiores geradores de impacto 
ambiental e um dos mais conservadores perante a implantação de novas 
tecnologias. Isso ocorre pelo fato de que o material sustentável mesmo que produza 
lucro igual ou até superior aos demais, dificilmente vence os “tradicionais”. 
Ao longo deste trabalho, nosso objetivo é de coletar dados que comprovem 
que técnicas sustentáveis são viáveis, economicamente e principalmente na parte 
ambiental, dando ênfase para a importância e benefícios de uma construção que 
gere harmonia com o entorno que é tão importante quanto o que ocorre nas 
dependências internas. 
Para entendermos melhor sobre a sustentabilidade e preservação ambiental 
no setor da construção civil podemos falar um pouco sobre alguns princípios 
fundamentais. 
O conceito de um Projeto Sustentável é um sistema que promove 
intervenções sobre o meio ambiente, sem esgotar os recursos naturais, 
preservando-os para as gerações futuras. Uma construção sustentável utiliza 
materiais e tecnologias biocompatíveis, que não agridem o meio ambiente, seja 
durante o processo de obtenção, fabricação, aplicação e durante a sua vidaútil. 
É importante ressaltar que os critérios de sustentabilidade ambiental para o 
espaço construído, algumas vezes representam um investimento inicial alto, mas 
que ao longo da vida útil do empreendimento vão sendo minimizados. 
Algumas soluções inteligentes são simples e de extrema importância. 
Após entendermos um pouco sobre sustentabilidade e preservação 
ambiental, é possível conhecer mais a fundo esse setor e suas normas. 
 
10 
 
CAPITULO I 
1 - SUSTENTABILIDADE 
 
 1.1 - CONCEITOS: 
Sustentabilidade é uma expressão denominada para definir ações e 
atividades humanas no presente que tem como seu principal objetivo suprir as 
necessidades atuais e reais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das 
próximas gerações. Onde a sustentabilidade está diretamente ligada ao 
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os 
recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. 
Adotando esta idéia a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável. [1] 
 1.2 - AÇÕES ADOTADAS PARA QUE TENHA UMA POSTURA 
SUSTENTÁVEL: 
1 - Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma 
controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. [1] 
2 - Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração 
econômica. [1] 
3 - Ações que visem o incentivo à produção e consumo de alimentos 
orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos 
seres humanos. [1] 
 4 - Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma 
controlada, racionalizada e com planejamento. [1] 
5 - Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e 
hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de 
preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar. [1] 
6 - Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de 
resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no 
solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo. [1] 
11 
 
7 - Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o 
desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de 
energia. [1] 
8 - Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao 
máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos 
hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou 
contaminados.[1] 
 
1.3 - SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Em relação às questões ambientais na engenharia civil o que têm ocupado a 
grande parte da preocupação dos problemas dos países desenvolvidos ou 
subdesenvolvidos, é a quantidade de resto de materiais deixados nas construções 
que é cerca de cinco vezes a mais do que de produtos utilizados, tornando-se assim 
o centro de discutições ambientais. [2] 
Alguns métodos são adotados: como o uso de tintas sem solvente e materiais 
menos agressivos ao meio ambiente, como o uso mais consciente dos ar 
condicionados, a utilização consciente dos elevadores e a implantação de energia 
solar, podem fazer uma grande diferença e vem sendo pouco a pouco implantadas. 
[2] 
Estudos recentes mostram aumento de 5% de gastos no processo de 
construção civil caso sejam feitos investimentos em sustentabilidade, tendo assim a 
economia a médio e longo prazo, que gira em torno de 30% nos gastos com água e 
energia, compensando os gastos extras. [2] 
Assim percebe-se que uma postura consciente nas etapas da construção civil, 
além de financeiramente viável, não só caracteriza uma empresa como preocupada 
com a situação do planeta, mas também passam esta imagem para o público. [2] 
A sustentabilidade na construção civil é um sistema que promove 
intervenções sobre o meio ambiente, sem esgotar os recursos naturais, 
preservando-os para as gerações futuras. Este modelo de construção utiliza 
materiais ecológicos e soluções tecnológicas inteligentes, que promovem a redução 
12 
 
da poluição, o bom uso e a economia de água e de energia e o conforto de seus 
usuários.[2] 
Para se ter uma obra sustentável deve-se aproveitar os passivos dos recursos 
naturais como a iluminação natural, ventilação própria, reduzir o uso de energia e 
criar sistema de capitação de água de chuva para lavagem de jardins e quintais. [2] 
 1.4 - SUSTENTABILIDADE ENTRE OS PAISES. 
No Brasil cerca de 50% de todo o material desperdiçado, o que é em media 
850 mil toneladas de entulho por mês é depositado sem controle em lixões ou 
aterros sanitários. O Reino Unido produz cerca de 53 mil toneladas ao ano e o 
Japão pode ser considerado uma referência em reaproveitamento, com apenas 6 mil 
toneladas ao ano. [3] 
A demolição seletiva ainda não é praticada comercialmente no Brasil, isso 
significa que temos que incentivar a reciclagem de forma sustentável a partir de uma 
nova cultura de sustentabilidade, de mão de obra especializada e da armazenagem 
correta dos materiais. [3] 
A prática de reuso e reciclagem pode ser encarada do ponto de vista da 
viabilidade econômica para revenda desses materiais. Outra destinação é servir de 
sub-base para pavimentos de vias de menor tráfego e em aterros sanitários para a 
conservação das estradas. Já existem iniciativas de usinas de reciclagem desses 
materiais até mesmo em cidades pequenas como é o caso na cidade de Mococa no 
interior de São Paulo. [3] 
 
1.4.1 - PRÓS E CONTRAS COM O REAPROVEITAMENTO AMBIENTAL 
As vantagens ambientais do reaproveitamento estão em reduzir as matérias-
primas bases dos materiais de construção, abater a quantidade de lixo em aterros 
sanitários e diminuir o volume de detritos e resíduos da construção. Estas ações, 
com certeza, diminuirão a poluição das cidades.[4] 
Os problemas enfrentados quando se fala em reuso de materiais de 
construção reside no fato de que esses produtos não foram concebidos para serem 
13 
 
desmontados. Considerando que desconstruir leva de duas a dez vezes mais tempo 
que demolir, isso reflete a falta de técnicas para essa prática no país. [4] 
1.4.2 - CONCEITOS NO PROCESSO DE REAPROVEITAMENTO. 
1.4.2.1 – REUSO 
 Significa reprocessar e reinstalar materiais sem remanufatura.[5] 
 
 1.4.2.2 – RECICLAGEM 
 É a completa remanufaturação onde se produz outro elemento 
construtivo a partir de uma peça já existente. [5] 
Figura 1 - Imagem de estímulo às Construções Verdes 
 
 
 
Diante do novo contexto global, que está exigindo das empresas e dos 
profissionais mais consideração pelos fatores ambientais como medida de equilíbrio 
para suas ações, algumas medidas foram criadas por organizações institucionais e 
pelo governo com o propósito de incentivar a prática sustentável em construções. [5] 
Fonte: Images.Google.com 
Disponível em: 
http://www.osetoreletrico.com.br/web/images/stories/Edicao82_Novembro20
12/ed82_suplemento_equilibrio.jpg. Acesso em outubro de 2015 
14 
 
Um exemplo disso é a certificação Leed para construção sustentável, que, 
criada pelo U.S. Green Building Council (USGBC), chegou ao Brasil em 2007. 
O gerente técnico do Green Building Brasil, Marcos Casado, explica em um 
de seus artigos que, para receber a certificação, o empreendimento deve atender 
pré-requisitos e recomendações que avaliam o tipo de terreno, a localização, a 
infraestrutura local, o uso racional de água, eficiência energética, qualidade do ar 
interno, reciclagem e diversas outras medidas que garantam eficiência operacional 
ao usuário e preservação do meio ambiente, antes, durante e após a obra. “Todos 
estes critérios começam a impulsionar ea transformar o mercado da construção civil 
e têm se tornado uma importante ferramenta educacional e de comunicação com o 
consumidor, além de criar parâmetros de qualidade para o mercado”, escreveu. [5] 
Há menos de 50 dias do fim do ano, o Green Building Council Brasil 
comemora o crescimento do setor que superou a meta projetada no ano passado. 
“Enquanto em 2011, 17 edifícios receberam a certificação LEED, esse ano o número 
já é de 32. Outros 620 estão registrados no sistema e receberão o selo se 
comprovarem o atendimento a critérios como: eficiência energética; uso racional de 
água; qualidade ambiental interna; uso de materiais, tecnologias e recursos 
ambientalmente corretas entre outras ações que minimizem os impactos ao meio 
ambiente”, informa a instituição. [5] 
Com esse avanço, o Brasil mantém a posição de quarta nação no ranking 
mundial de empreendimentos LEED, atrás apenas dos Estados Unidos, com um 
total de 40.262 construções sustentáveis, seguido pela China, com 869, e o 
Emirados Árabes Unidos, com 767. [5] 
Outro exemplo é o Programa Nacional de Eficiência Energética em 
Edificações instituído em 2003 pela Eletrobras/Procel, e que atua de forma conjunta 
com o Ministério de Minas e Energia, o Ministério das Cidades, as universidades, os 
centros de pesquisa e entidades das áreas governamental, tecnológica, econômica 
e de desenvolvimento, além do setor da construção civil. [5] 
A proposta do Procel Edifica é justamente ampliar as ações do Procel de 
maneira a incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, 
luz, ventilação etc.) nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre 
o meio ambiente. [5] 
Um dos grandes atrativos para a obtenção das certificações é a percepção de 
que o meio ambiente pode ser um parceiro dos empreendedores. Isso porque, 
15 
 
segundo o Sindicato da Habitação, os gastos com água são a segunda maior 
despesa dos condomínios, acompanhada de energia elétrica, a terceira maior. Nos 
empreendimentos que seguem o sistema de certificação, o consumo de energia é 
30% menor, há também redução de até 50% no consumo de água, de até 80% nos 
resíduos e uma valorização de 10% a 20% no preço de revenda, além de redução 
média de 9% no custo de operação do empreendimento durante toda a sua vida útil. 
[5] 
Na opinião de Eduardo Yamada, as metodologias irão sempre valorizar, no 
mínimo, o bom projeto, a boa compatibilização e integração dos sistemas e a boa 
operação predial dos empreendimentos. Ele explica que a metodologia LEED® é um 
exemplo claro de visão sistêmica da sustentabilidade na construção civil e mercado 
imobiliário, englobando avaliações, tanto para novos empreendimentos (edifícios 
corporativos, residências, áreas comerciais, bairros, hospitais, etc.) desde a fase de 
projetos e construção, como na preocupação do tema durante a operação predial. O 
Procel valoriza os projetos na questão da eficiência energética. E existem, também, 
outras metodologias já em implementação no Brasil, como o AQUA e BREEAM®, 
que são análogos ao LEED®. “De qualquer maneira, todas elas têm um objetivo e 
foco comum que é valorizar os melhores projetos, promovendo a eficiência e 
sustentabilidade durante toda a vida útil do empreendimento”, conclui. [5] 
As certificações também ajudam a criar demandas de mercado, que aceleram 
a adoção das boas práticas de sustentabilidade. “A gestão da imagem ligada à 
marca das empresas é algo muito sensível à opinião popular, e isto acelera o 
amadurecimento da sustentabilidade, como em um mecanismo de feed-back 
positivo”, lembra Paro. [5] 
Uma nova possibilidade que temos agora no Brasil é a da viabilização da 
autogeração de energia elétrica para atender ao seu próprio consumo ou exportar 
para a rede elétrica por meio de sistemas de micro (até 100 kW) e minigeração (de 
100 kW a 1 MW) de energia elétrica. Lembrada pelo professor Aquiles, a resolução 
482/2012 estabelece as condições gerais para o acesso da geração distribuída 
(próxima ao local de consumo) à rede elétrica convencional. As regras são válidas 
para geradores que utilizarem fontes incentivadas de energia: hídrica, solar, 
biomassa, eólica e cogeração qualificada. [5] 
Pelo sistema, a unidade geradora instalada em uma residência, por exemplo, 
produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da 
16 
 
distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses 
subseqüentes. A Aneel promoveu audiência pública para discutir o texto da 
Resolução para deixar mais claros os seguintes pontos: definição da natureza 
jurídica do sistema de compensação de energia elétrica; possibilidade de uso dos 
créditos em outras unidades consumidoras sob a mesma titularidade da unidade 
onde esteja instalada a micro ou minigeração distribuída; explicação da dispensa de 
assinatura de contratos de conexão e uso na qualidade de geração para as 
unidades consumidoras que aderirem ao sistema de compensação; esclarecimento 
quanto à definição do termo “tarifas de energia” e alterações textuais de modo a 
deixar mais clara a ordem de compensação dos créditos de energia ativa. Os 
resultados ainda não haviam sido publicados até o fechamento desta edição. [5] 
Com isso, chega-se à conclusão que, embora o século 20 tenha trazido 
grandes aparatos tecnológicos, esse desenvolvimento veio acompanhado por uma 
conseqüência ecológica desastrosa. O nosso desafio, nesse sentido, é conciliar o 
desenvolvimento tecnológico com a preservação dos recursos naturais, garantindo o 
progresso, mas com práticas sustentáveis. Fazendo mais com menos. [5] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
CAPITULO II 
 
2 – LEGISLAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL SOBRE RESÍDUOS 
SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 Com o aumento da demanda em recursos naturais para aprimoramento dos 
bens primários, a Terra, nossa fornecedora, está cada vez mais mostrando sinais de 
esgotamento em relação à oferta desses bens para nossa subsistência, conforme 
mostra um estudo da Millenium Ecosystem Assessment - EA, empresa que efetuou 
o estudo com concordância da ONU e assistido por 1360 especialistas, quase dois 
terços de nossos recursos estão à beira da falência, quase metade da população 
mundial vive em áreas urbanas, com o aumento da urbanização, temos o problema 
da deficiência estrutural e prestação de serviços causando uma maior degradação 
do meio ambiente e acumulo de resíduos produzidos pelo nosso desenvolvimento, 
principalmente da área da construção civil e indústria.[6] 
 Em vista destes problemas sociais que empilham pessoas nas zonas 
urbanas, devemos focar nossa atenção na qualidade ambiental e no 
desenvolvimento sustentável, nascendo uma preocupação na racionalização do 
descarte dos resíduos produzidos por esta massa urbana. [6] 
 Tal reconhecimento esteve presente na Conferência das Nações Unidas 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 1992. [6] 
 De acordo com a Millenium Ecosystem Assessment – EA, o manejo de 
resíduos é função importante nas sociedades humanas e, essencial para a 
promoção do bem-estar humano. O manejo incorreto de vários tipos de resíduos, ou 
sua falta, leva prejuízos a saúde humana, perdas econômicas, depreciação dos 
valores estéticos e danos à biodiversidade e aos ecossistemas. [6] 
 São vários os fatores que implicam no aumento da produção de resíduos 
sólidos, um deles é o aumento da população, consequentemente, o aumento da 
renda, levando ao consumismo desenfreado gerando mais resíduos. [6] 
 Vejamos em alguns países desenvolvidos quais são as providencias tomadas 
em relação ao resíduos da Construção Civil. [6] 
18 
 
 
 2.1 - UNIÃO EUROPEIACom base em regras rígidas para o tratamento dos resíduos sólidos, a União 
Européia editou a Diretiva 75/442/CEE (EUROPA. S.d. b), determinando que os 
estados membros adotassem as medidas necessárias para promover a prevenção, 
a reciclagem e a transformação dos resíduos sólidos, buscando em primeiro lugar os 
cuidados com a saúde humana e a não agressão ao meio ambiente como: 1) não 
criar risco para a água, o ar, a fauna e a flora; 2) não causar perturbações sonoras 
ou por cheiro; 3) não danificar os locais de interesse e a paisagem.[6] 
 Como a Diretiva 1975 dava o poder dos estados membros a elaborarem seus 
próprios planos de gestão de resíduos, ela também previa, de acordo com o 
princípio “poluidor-pagador”, que os custos da eliminação deveriam ser suportados 
pelo detentor que remeta os resíduos as empresas de coleta, [6] 
 Mais tarde com a diretiva de 1991, mais um quadro foi alterado, diziam que os 
Estados-Membros teriam a responsabilidade em primeiramente, o desenvolvimento 
de tecnologias limpas e mais econômicas em termos de recursos naturais e, em 
segundo lugar, promover a coleta para reciclagem, reutilização ou qualquer outra 
forma de destinação para o manuseio de materiais secundários. [6] 
 Também se exigiu a autorização de uma autoridade competente para as 
operações de eliminação do resíduo como: os tipos de quantidades de resíduos, as 
normas técnicas as precauções tomadas no manuseio para maior segurança e o 
método de tratamento. [6] 
 Em 2006 entrou em vigor uma norma que limitasse a produção de resíduos, 
tendo em mente que valorização do subproduto dos resíduos trouxesse empregos e 
oportunidades de mercado. Mas com isso ouve uma conscientização da menor 
produção de resíduo consequentemente a menor reciclagem e reutilização nesta 
última, dar valor ao produto final e valorização da força do trabalho nele empregado, 
incentivando assim, a comercialização e produção do subproduto dos resíduos 
gerando um mercado. Tendo a intenção de repartir os custos gerados pelo 
19 
 
aproveitamento e descarte dos resíduos, na Diretiva de 2008 ficou claro sobre o 
rateio dos custos entre seus produtores e seus distribuidores. [6] 
 Cabe mencionar, por fim, a Diretiva 1999/31/CE (EUROPA, s.d. j), cuja última 
alteração é de 2008, relativa à deposição de resíduos em aterros, que tem por 
objetivo prever medidas, processos e orientações que evitem ou reduzam tanto 
quanto possível os efeitos negativos sobre o meio ambiente, em especial a poluição 
das águas de superfície, das águas subterrâneas, do solo e da atmosfera, sobre o 
ambiente global, incluindo o efeito de estufa, A Diretiva determina a classificação do 
aterro em uma das seguintes classes: aterro para resíduos perigosos, aterro para 
resíduos não perigosos, aterro para resíduos inertes. [6] 
 
2.1.1 - ALEMANHA 
 
Foi o primeiro país a adotar medidas a respeito dos resíduos sólidos, passou a 
aplicar os princípios de evitar e valorizar os resíduos sólidos antes de sua 
eliminação. Editou em 1994 a Lei de Economia do Ciclo Integral e dos Resíduos, 
substituindo uma Lei de 1986. [6] 
nesta Lei, definiram como resíduos, toda a propriedade móvel que o detentor 
descarta, pretende descartar ou é demandado o descarte, considerando como 
produtor de resíduos, toda a pessoa física, jurídica. Os resíduos não evitáveis 
devem ser reciclados ou usados para obtenção de energia (recuperação energética, 
ou seja, uso do resíduo em substituição a um combustível). [6] 
 A disposição de resíduos deve ocorrer de forma a que não ocorram prejuízos 
ao interesse público, em especial: 
1. - Prejuízos à saúde humana; 
2. - Ameaça a animais e plantas; 
3. - Efeitos negativos ao solo e aos recursos hídricos; 
4. - Poluição do ar ou barulho; 
5. - Que os objetivos, princípios e outros requisitos do planejamento regional, da 
conservação da natureza, do manejo da paisagem e do desenvolvimento 
urbano não sejam considerados adequadamente; ou 
6. - Que a segurança e a ordem pública sejam ameaçadas ou perturbadas. [6] 
20 
 
Aspecto importante da lei alemã é a responsabilidade do fabricante a todo o ciclo 
de vida de seu produto, desde a fabricação, passando pela distribuição e uso, até 
sua eliminação. Conforme o art. 22, (1), “todo aquele que desenvolve, manufatura, 
processa e trata ou vende produtos tem a ‘responsabilidade pelo produto’ para o 
alcance dos objetivos do ciclo fechado da substância e manejo de resíduos”. [6] 
 
2.1.2 - FRANÇA 
 
 A legislação sobre resíduos prevê um plano nacional de prevenção de 
resíduos, além de planos regionais, interregionais, de departamento e 
interdepartamentais. O gerenciamento de resíduos está sob a responsabilidade das 
autoridades locais ou entidades por elas autorizadas. A eliminação dos resíduos 
domiciliares é de responsabilidade das autoridades locais, enquanto a eliminação 
dos resíduos industriais, de transporte e da construção civil é de responsabilidade do 
produtor dos resíduos. [6] 
 A política francesa de resíduos, estabelecida em 1975 (FRANÇA, s.d. a) e 
modificada em 2000, tinha como objetivos principais: 
1. - Prevenir ou reduzir a produção e a nocividade dos resíduos; 
2. - Organizar o transporte dos resíduos e limitá-lo em distância e volume; 
3. - Valorizar os resíduos pela reutilização, reciclagem ou qualquer outra ação 
visando a obter energia ou materiais a partir dos resíduos; 
4. - Não admitir, a partir de 1º de julho de 2002, nas instalações de disposição, 
resíduos que não os finais. [6] 
 Essa lei, contudo, foi praticamente revogada, sendo os dispositivos sobre 
resíduos incorporados ao Código de Meio Ambiente, Livro V: Prevenção da poluição, 
riscos e ruídos, Título IV: Resíduos (FRANÇA, s.d. b). Conforme o Código de Meio 
Ambiente francês, cuja última alteração data de 17 de maio de 2011, a prioridade é 
prevenir e reduzir a produção e a toxicidade dos resíduos, por meio de atuação na 
concepção, fabricação e distribuição de substâncias e produtos, de forma a 
promover a reutilização, reduzir o impacto global do uso de recursos e melhorar a 
eficácia da sua utilização. O Código estabelece a seguinte hierarquia de gestão de 
21 
 
resíduos: preparação para reutilização; reciclagem; outra forma de valorização, 
como a recuperação de energia; e, por último, eliminação. [6] 
 
2.1.3 - ESPANHA 
 
 Desenvolve ações e atualizou sua legislação com o objetivo de cumprir as 
regras emanadas da União Europeia. Assim, foi aprovada a Lei 10/98 relativa a 
resíduos de forma ampla (ESPANHA, s.d. a). Essa lei previa a elaboração de planos 
nacionais de resíduos e admitia a possibilidade de que as entidades locais 
pudessem elaborar seus próprios planos de gestão resíduos urbanos. [6] 
 Dessa forma, o produtor, importador, comerciante, agente ou intermediário ou 
qualquer pessoa responsável pela colocação no mercado de produtos que com seu 
uso se convertam em resíduos estão obrigados a: 
 
1. Elaborar produtos ou utilizar embalagens que, por suas características de 
desenho, fabricação, comercialização ou utilização, favoreçam a prevenção 
da geração de resíduos e facilitem sua reutilização, reciclagem ou valorização 
de seus resíduos, ou permitam sua eliminação da forma menos prejudicial à 
saúde humana e ao meio ambiente[6] 
 
2. Assumir diretamente a gestão dos resíduos derivados de seus produtos, 
participar de um sistema organizado de gestão desses resíduos ou contribuir 
economicamente com os sistemas públicos de gestão de resíduos, de forma 
a cobrir os custos atribuíveis à gestão desses resíduos; aceitar, caso não se 
aplique o disposto no item anterior, um sistema de depósito, devolução e 
retornodos resíduos derivados de seus produtos, assim como dos próprios 
produtos fora de uso; [6] 
 
3. Informar anualmente aos órgãos competentes os resíduos produzidos no 
processo de fabricação e o resultado qualitativo e quantitativo das operações 
efetuadas. [6] 
22 
 
4. Esta Lei foi revogada pela Lei 22/2011, ela explicita a seguinte ordem de 
prioridade na gestão de resíduos: prevenção (da geração de resíduos), 
preparação para a reutilização, reciclagem e outros tipos de valorização 
(incluída a energética) e, por último, a eliminação dos resíduos. Conforme o 
princípio do poluidor-pagador, a lei prevê que os custos da gestão dos 
resíduos recaiam sobre o gerador dos resíduos ou sobre o fabricante do 
produto após o uso pelo consumidor, nos casos em que se aplique a 
responsabilidade ampliada do fabricante do produto. [6] 
5. A Lei 22/2011 estabeleceu, ainda, que, antes de 2015, deverá estar 
estabelecida a coleta seletiva para papel, metais, plástico e vidro, pelo 
menos, e as seguintes metas, a serem atingidas antes de 2020.[6] 
6. A quantidade de resíduos não perigosos de construção e demolição 
destinados à preparação para reutilização e reciclagem ou outra valorização 
de materiais, deverá alcançar o mínimo de 70% em peso dos produzidos. [6] 
 
2.2 - A LEGISLAÇÃO SOBRE RESÍDUOS NO CANADÁ. 
 
A responsabilidade pelos resíduos sólidos municipais no Canadá é 
compartilhada entre o governo federal e o das províncias, territórios e municípios. 
Resíduos sólidos municipais referem-se aos materiais recicláveis e comportáveis, 
por exemplo: lixo de domicílios, comércio, instituições e de construção civil e 
demolição. As operações de coleta, reciclagem, compostagem e disposição dos 
resíduos sólidos municipais são de responsabilidade dos governos municipais, 
enquanto as autoridades das províncias e territórios são responsáveis pela 
aprovação, licenciamento e monitoramento das operações de manejo de resíduos. O 
governo do Canadá, está engajado nas questões de manejo de resíduos sólidos 
relacionadas a desenvolvimento sustentável, substâncias tóxicas, movimentos 
internacionais, terras e operações federais e emissões atmosféricas, incluindo 
emissões de gases de efeito estufa, e por meio de programas federais de 
financiamento. [6] 
Ano após ano, vem crescendo a consciência pública em relação aos 
problemas do gerenciamento de resíduos sólidos no Canadá, refletida na legislação. 
Em 1989, o Conselho Canadense de Ministros para a Proteção do Meio Ambiente 
23 
 
(CCME) aprovou o Protocolo Nacional de Embalagens, um acordo voluntário com a 
indústria para reduzir a quantidade de resíduos de embalagens que iam para 
disposição final em 50% no ano 2000). Essa meta foi obtida em 1996, portanto, 
quatro anos antes. [6] 
Várias iniciativas voltadas à redução da geração de resíduos sólidos foram 
adotadas em outros níveis de governo, incluindo programas de “responsabilidade 
estendida do produtor” e de “administração do produto”. No programa 
“responsabilidade do produtor”, o manejo de produtos em fim de vida útil é de total 
responsabilidade dos produtores, sejam eles, fabricantes ou importadores, já no 
programa de “administração do produto”, a diferença entre eles, responsabilidade é 
direcionada ao governo do munícipio. A maior diferença entre eles, é a questão do 
financiamento do programa, um está a cargo dos produtores e o outro não. Os 
custos podem ser internalizados como custo de produção e repassados aos 
consumidores, em um programa de “administração do produto”, a base financeira é 
constituída por fundos públicos ou por taxas ambientais. [6] 
Houveram diversas campanhas de educação, para gerar o incentivo da 
população em aderir aos programas de coleta seletiva, reciclagem e compostagem. 
Em alguns estados, a compostagem é obrigatória para cidades com mais de 
cinquenta mil habitantes e em várias outras, foi terminantemente proibido o 
recebimento de resíduos orgânicos nos locais de disposição de resíduos. Para 
alguns tipos de resíduos, foi instituído sistema de retorno e/ou depósito, como por 
exemplo: bebidas, baterias, pneus, etc. Veículos ultrapassados e eletrodomésticos 
não-portáteis são recolhidos por companhias privadas provindo de acordos com as 
autoridades locais. [6] 
Ainda com todas as medidas tomadas, uma avaliação feita em 2006, concluiu 
que os avanços em termos de redução efetiva de resíduos não eram satisfatórios, 
ao menos do percentual de resíduos que deixavam de ser destinados a aterros ou a 
incineração, mantido em 22% desde 2004. Considerou-se então, necessário adotar 
práticas realizadas por países da Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE), ou seja, o conceito da responsabilidade dos 
produtores pela gestão dos produtos em fim de vida útil. [6] 
24 
 
Então, em 2009 o CCME, aprovou o Plano de Ação Nacional do Canadá para 
a responsabilidade estendida do produtor (EPR). Parecido com o conceito adotado 
pela OCDE, o CCME definiu o EPR como “uma abordagem da política ambiental na 
qual a responsabilidade do produtor é estendida ao estágio pós-consumo do ciclo de 
vida de um produto”. [6] 
O Plano EPR, tem como objetivo incentivar os produtores a se importar com o 
ciclo de vida útil completo no cálculo dos custos de seus produtos, ou seja, os custos 
da gestão de produtos em fim de vida útil seriam tratados de maneira similar aos 
outros custos de produção e adicionados ao custo final dos produtos. [6] 
 
2.3 - A LEGISLAÇÃO SOBRE RESÍDUOS NOS ESTADOS UNIDOS. 
 
Nos Estados Unidos, a legislação federal sobre o tema tem diferente foco, 
embora também esteja difundido o princípio do poluidor-pagador e da 
responsabilidade pelos resíduos gerados. [6] 
A lei de Resíduos Sólidos, editada em 1965, respondeu pelo financiamento de 
inventários estaduais de aterros sanitários e lixões. A lei sofreu aditamentos em 
1976 e foi completada em pontos importantes por meio da Lei de Conservação e 
Recuperação, de forma a lidar com o enorme volume de resíduos sólidos municipais 
e industriais que eram gerados naqueles país. Está lei tinha como objetivos: proteger 
a saúde humana e o meio ambiente dos perigos potenciais da disposição de 
resíduos; conservação de energia e recursos naturais; reduzir a quantidade de 
resíduos gerada; e garantir que que o manejo dos resíduos seja feita de forma 
ambientalmente correta. [6] 
Emendas à Lei de Conservação e Recuperação relativas a resíduos sólidos 
resíduos perigosos foram aprovados em 1984, em resposta à preocupação da 
sociedade de que os métodos de disposição de resíduos perigosos em uso à época, 
particularmente a disposição no solo, não eram seguros. [6] 
Em relação aos resíduos perigosos, foi estabelecido pela lei, um rigoroso 
programa de manejo, desde o processo de concepção ao processo de descarte dos 
resíduos. Foram estabelecidos critérios para determinar que resíduos eram 
25 
 
perigosos e, então, os vários requisitos para as três categorias de manuseadores de 
resíduos: geradores, transportadores e as instalações de tratamento, 
armazenamento e disposição. [6] 
Após a lei ser consolidada ao longo desses anos, pode-se dizer que o 
conteúdo principal da Lei de Resíduos Sólidos o disciplinamento de uma política 
nacional, definindo as competências da EPA (environmental Protection Agency, 
inglês) e outros agentes em termos de regulação e fiscalização, e estabelecendo 
diretrizes nacionais mínimas a serem respeitadas, notadamente no que se refere 
aos resíduos perigosos. No que tange aos resíduos não perigosos, há apenas 
recomendações às municipalidades por parte da EPA. Esse é um aspecto diferencial 
importante em relação, por exemplo, à legislaçãoalemã. [6] 
Em 1980, passou a vigorar a Lei da Responsabilidade, Compensação e 
Resposta Ambienta, criadora de um vigoroso programa de descontaminação de 
sítios contaminados químicamente. Foi criado um superfundo com recursos inicias 
de 1,6 bilhão de dólares, apenas para o financiamento do programa, esse fundo foi 
aumentado para 8,5 bilhões de dólares em 1986. Como fontes de recursos, a partir 
do princípio do poluidor-pagador, incluíram-se uma série de taxas, assim como a 
recuperação dos custos da descontaminação dos responsáveis pela contaminação. 
Nos seus mais de trinta anos de aplicação, o programa já respondeu pela 
descontaminação de mais de mil sítios contaminados com resíduos perigosos. Em 
2010, a EPA havia assegurado o compromisso de mais de US$ 32,6 bilhões das 
partes privadas, sendo US$ 27,1 bilhões em trabalhos de recuperação futuros e US$ 
5,5 bilhões como reembolso à EPA por custos já efetuados. [6] 
Mais tarde, em 1990 entrou em vigor a Lei de Prevenção da Poluição, 
segundo a qual a poluição deve ser evitada ou reduzida ainda na fonte, sempre que 
possível; a poluição que não pode ser evitada e nem reciclada, deve ser tratada de 
maneira mais ambientalmente segura, sempre que possível; e a disposição final ou 
outra liberação no meio ambiente deve ser empregada apenas como última opção e 
deve ser realizada de forma ambientalmente segura. [6] 
A responsabilidade estendida do produtor não é encontrada na legislação 
federal. No entanto, alguns estados e cidades têm leis próprias adotando a 
responsabilidade estendida do produtor para alguns produtos. Em relação a 
26 
 
eletrônicos, por exemplo, há 24 estados com leis nesse sentido; para baterias, a 
regra vigora em 9 estados e, para mercúrio, em 17 estados. Quanto a embalagens, 
11 estados instituíram o sistema de depósito-retorno, com vistas a aumentar a 
reciclagem. [6] 
 
2.4 - A LEGISLAÇÃO SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NO JAPÃO. 
 
Não foi possível obter as leis sobre resíduos sólidos do Japão que não 
estivesse em japonês. No entanto, encontraram-se algumas referências às principais 
leis japonesas sobre o tema em inglês das quais foi possível extrair as informações 
a seguir. [6] 
Aprovada em 1970, a Lei da Gestão de Resíduos, que contém as definições e 
classificação de resíduos e os padrões para tratamento, estabelece a política 
nacional e programas regionais e municipais de gestão de resíduos prevê 
autorização para o transporte e as instalações de tratamento e disposição final de 
resíduos, estabelece um sistema para os resíduos industriais e, por fim, dispõe 
sobre a fiscalização e as sanções. [6] 
Aprovada em 1991 e emendada em 2000, surgiu a Lei para a efetiva 
utilização dos recursos, que determina que os fabricantes de determinados produtos 
promovam, de acordo com padrões estabelecidos pelo ministro do meio ambiente: 
1 A redução de produtos secundários – Como por exemplo, indústrias químicas, de 
aço, etc.); 
2 A Utilização de materiais reciclados – Como por exemplo, indústrias de papel e 
da construção.); 
3 A redução de resíduos pelo fim da vida útil dos produtos, ou seja, a fabricação de 
produtos que utilizem menos recursos, que sejam duráveis, facilmente 
reparáveis, etc – Como por exemplo, automóveis, computadores, mobiliários, 
equipamentos elétricos, etc.); 
4 A fabricação de produtos que sejam facilmente reciclados ou sua fabricação a 
partir da reutilização de partes dos produtos; [6] 
5 a rotulagem de produtos para promover a reciclagem (latas, garrafas PET, etc.); 
27 
 
6 a coleta de produtos em fim de vida útil, como por exemplo, computadores, 
baterias recarregáveis, etc. [6] 
Em 2000, foi aprovada uma lei para implementar uma sociedade que 
considere o ciclo da matéria, que prevê um programa nacional para criar a 
sociedade que considere o ciclo da matéria; estabelece a seguinte ordem de 
prioridade, sempre que ambientalmente adequado e economicamente viável: 
redução na fonte ou não geração de resíduos, reutilização, reciclagem, recuperação 
de energia, disposição final adequada. A lei também estabelece o princípio da 
responsabilidade estendida do produtor. [6] 
Existem leis específicas para determinados tipos de resíduos e produtos, 
como por exemplo resíduos da construção civil, de alimento, equipamentos elétricos, 
veículos e também embalagens. [6] 
A lei destinada a construção civil, por exemplo, determina que, para construir 
ou demolir edificações: o proprietário deve apresentar à prefeitura, previamente, 
plano relativo à separação e reciclagem dos resíduos; o construtor deve separar os 
resíduos e reciclar materiais específicos (madeira, concreto e asfalto), e informar ao 
proprietário. A lei também exige que as empresas de demolição sejam registradas 
junto à prefeitura. [6] 
 
2.5 - RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO EM HONG KONG. 
 
 Para resolver a questão, uma série de políticas de gestão de resíduos de 
construção foi introduzida pelo governo de Hong Kong. Com base no princípio do 
poluidor-pagador, o governo de Hong Kong implantou uma Eliminação de Resíduos 
de Construção carregamento Scheme (CWDCS) em 2006. Em linha com o CWDCS, 
uma taxa de HK $ 125 (US $ 16) é imposta por cada tonelada de resíduos de 
construção um empreiteiro dispõe em aterro. No entanto, a taxa será HK $ 100 (US 
$ 13) por tonelada, se os resíduos primeiro foram processados em instalações fora 
do local de classificação. Além disso, os resíduos serão cobrados apenas HK $ 27 ($ 
3,5) por tonelada, se ele é composto de materiais inertes que são aceitos pelo 
preenchimento instalações públicas de recepção. Prevê-se que isso vai alterar o 
comportamento dos contratantes. [6] 
28 
 
2.6 - NACIONAL. 
 
 De acordo com estimativas internacionais, os resíduos sólidos produzidos na 
construção e demolições das construções civis varia entre 130 e 3.000 kg/hab/ano. 
Já no Brasil, as estimativas podem variar entre 230 kg/hab/ano até 760kg/ano. Na 
grande São Paulo, a produção de resíduos alcança uma margem aproximada 280 
kg/hab/ano. A geração de RCD nos países desenvolvidos varia bastante. No Reino 
Unido produz 880 a 1.120 kg/ano, a Suécia 136 a 680kg/ano e os Estados Unidos 
varia entre 463 a 584kg/ano.[9] 
De acordo com a Resolução no 307 do Conselho Nacional do Meio ambiente 
(CONAMA) de 05 de julho de 2002, que estabelece as diretrizes, critérios e 
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil amenizando os 
impactos ambientais causados. [9] 
De acordo com o Art 2º da Resolução no 307 e inciso I: “I - Resíduos da 
construção cívil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e 
demolições de obras de construções civis, e os resultantes da preparação e da 
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, todos tipos de 
concretos, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, 
forros, argamassa, gesso, telhas, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., 
geralmente conhecidos como entulhos de obras, caliça ou metralha;” [9] 
 Vários fatores influenciam na geração dos resíduos de construção e 
demolição ; dentre eles, podem-se citar as práticas adotadas na construção e 
demolição , os fatores de mercado e econômicos, a estrutura reguladora que fornece 
incentivos para diminuir a geração desses resíduos nos canteiros de obra e os 
desestímulos para dispor os resíduos nos aterros, entre outros fatores, as 
composições do RCD podem variar conforme a região geográfica, da época do ano, 
do tipo de obra, dentre outros fatores. É estimado que em média, 65% do material 
descartado seja de origem mineral, 13% oriundos da madeira, 8% plásticos e 14% 
compostos por outros materiais. Todas construtorassão responsáveis pela geração 
de 20 a 25% desse entulho, sendo que os restantes são gerados pelas reformas e 
obras de autoconstrução. De acordo com o Art 3º da Resolução no 307 do 
CONAMA, os resíduos da construção civil são classificados em categorias: [7] 
29 
 
 Resíduos (Classe A): Temos nessa classe resíduos reutilizáveis e 
recicláveis. Nesse grupo temos: Agregados provenientes de construção, demolição, 
reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive 
solos provenientes de terraplanagem, tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, 
argamassa e concreto e ainda oriundos de processo de fabricação e/ou demolição 
de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos 
canteiros de obras. [7] 
 Resíduos (Classe B): São os resíduos recicláveis, tais como, plásticos, 
papel/papelão, metais e outros. [7] 
 Resíduos (Classe C): Englobam os resíduos para os quais não foram 
desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a 
sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso. [7] 
 Resíduos (Classe D): São os resíduos perigosos oriundos do processo de 
construção, tais como: tintas, solventes e outros, ou aqueles contaminados oriundos 
de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e 
outros. Ainda não existe estatísticas de todo o país, o entulho gerado nos canteiros 
de obras no Brasil tem aproximadamente a seguinte composição: 64% de 
argamassa, 30% de produtos de vedação (tijolos), 6% de outros materiais (concreto, 
areia, etc.). É possível triturar 90% do entulho gerado na construção civil para a 
produção de componentes de argamassa e de construção civil. [7] 
 Na Malásia, os resíduos da construção civil e os resíduos industriais 
correspondem a 28% do total dos Resíduos Sólidos Urbanos, enquanto que os 
resíduos domésticos totalizam 37% do total. Na Austrália, resíduos gerados na 
construção civil correspondem a aproximadamente 37% do total de resíduos sólidos 
produzidos no país. Em Hong Kong, Kuwait e Reino Unido, esses tipos resíduos 
chegam a corresponde cerca de 38, 58 e 60%, respectivamente. Nos Estados 
Unidos, estima-se que os resíduos de construção e demolição correspondam a 
cerca de 10 a 30% do total de resíduos gerados no país.[8] 
No Brasil a um crescimento na participação dos RCD no total dos Resíduos 
Sólidos Urbanos (RSU) das cidades brasileiras. Muitas pesquisas apontam que os 
RCD já representam, uma média, 50% dos RSU produzidos em cidades brasileiras, 
30 
 
com uma média de geração em torno de 0,52 tonelada/hab. Programas adotados de 
reciclagem geram benefícios para toda a sociedade e para o meio-ambiente. 
Gerando uma redução do número de áreas proibidas para o descarte desses 
materiais, os gastos públicos serão diminuídos com gerenciamento desse entulho. 
[8] 
Por outro lado, A vida útil de aterros e jazidas de matéria-prima aumentarão 
devido à disposição organizada dos resíduos e pela substituição por materiais 
reciclados. Produzir materiais reciclados gera uma economia para o setor da 
construção civil não comprometendo a qualidade das edificações. Segundo 
OLIVEIRA (2011), aproximados 78% dos municípios brasileiros destinam menos de 
5% dos recursos do seu orçamento para a gestão dos RSU .Custa-se para se 
recolher 1 m³ de RCD na cidade de São José do Rio Preto (SP) era cerca de R$4,90 
no ano de 1999, passando para até R$27,00 em 2009 tendo um aumento de 450% 
em dez anos. Por outro lado, o descarte dos resíduos de construção na malha 
urbana, de forma descontrolada, acarreta a impactos ambientais e prejuízos para a 
saúde pública incalculáveis. Os lugares que se tem muitos entulhos costumam 
agregar muitos lixos fazendo morada para de vetores transmissores de doenças 
(ratos, baratas, moscas, mosquitos) e de animais peçonhentos (cobras, escorpiões). 
[9] 
 Por outro lado, os entulhos acumulados em vias públicas além de 
comprometer a paisagem urbana geram a obstrução de córregos e rios. Além de 
gerar uma grande redução da vida útil dos locais adequados para a deposição dos 
resíduos não renováveis. Além de ter-se custos ambientais, tem-se referentes ao 
gerenciamento da deposição clandestina, e ao não aproveitamento desses dejetos 
que podem ser reciclados e utilizados em obras públicas gerando menores custos. 
Dá-se início a um processo de transferência de custos, a irracionalidade da 
construção se transforma em custo social. Reciclando de tem-se, como principal 
objetivo, transformar os custos sociais em custos públicos ou privados, intervindo em 
todos os agentes no processo de geração dos resíduos de construção. Assim, pode 
se começar a inverter o processo, extraindo do próprio problema, soluções para 
outras demandas, pela geração de materiais de baixo custo e boas 
características.[9] 
31 
 
 Os Conceitos a destinação dos RCD está determinada no Art. 10 da 
Resolução n° 448 de 21 de janeiro de 2012, que diz: "Art. 10. Os resíduos da 
construção civil, deverão ser destinados das seguintes formas: [9] 
I - Classe A: deverão ser reutilizados na forma de agregados ou 
encaminhados a aterro de resíduos classe A de preservação de material para usos 
futuros; [8] 
II - Classe B: deverão ser reutilizados ou encaminhados a áreas de 
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo que permita a sua utilização 
ou reciclagem futura; [9] 
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados de 
acordo com as normas técnicas específicas. [9] 
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e 
destinados de acordo com as normas técnicas específicas. Ressaltando que em 
conformidade com a Resolução, os conceitos de reutilização, reciclagem e 
beneficiamento são distintos entre si. A reutilização consiste em um processo de 
reutilização de um resíduo, sem transformação dele. A reciclagem por sua vez, 
consiste em um processo de reaproveitamento de um certo resíduo, após ter sido 
feita a transformação. O beneficiamento por outo lado, submete o resíduo à 
operações ou processos que permita a utilização como matéria-prima ou produto. [9] 
 Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): tratamento dado aos RCD de acordo com a 
Resolução no 448, de 18 de janeiro de 2012, Municípios e o Distrito Federal tem um 
prazo de até 12 (doze) meses a partir da publicação desta resolução elaborar seus 
Planos Municipais de Gestão de Resíduos de Construção Civil. Em conformidade 
com a Resolução supracitada: 8 “Parágrafo único. Os Planos Municipais de Gestão 
de Resíduos de Construção Civil poderão ser elaborados de forma conjunta com 
outros municípios, em consonância com o art. 14 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto 
de 2010."Resolução no 307, o tratamento dado aos RSU. [9] 
 De início, Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo, recolhe até 50kg/dia 
em domicilio de RCD desde que este esteja devidamente adicionados em 
embalagens que possibilite o transporte. Outra opção do morador da cidade de São 
Paulo, consiste no encaminhamento de até 1m³ de RCD aos Ecopontosunidades de 
32 
 
descarte gratuito diário. Os volumes gerados acima de 1m³ devem ser removidos 
pelo agente responsável. Deve-se contratar empresas que removam esse RCD. 
Algumas empresas operam com caçambas e devem estar cadastradas junto à 
Prefeitura Municipal de São Paulo. Os agregados produzidos são empregados em 
obras de pavimentação embora sem desenvolvimento técnico adequado, na 
produção de pequenos componentes de concreto, como blocos de pavimentação. 
Atualmente estão em operação as centrais de reciclagem em Belo Horizonte, com 
duas centrais com capacidade total de 300 ton./dia, em processode 
desenvolvimento, Ribeirão Pretas e Piracicaba. Em São José dos Campos, São 
Paulo e Londrina as centrais foram desativadas. A utilização de um sistema de 
coleta de RCD é interessante do ponto de vista financeiro para as prefeituras, uma 
vez que permite a redução dos custos, além dos ganhos ambientais. Os custos com 
a implantação e operação do sistema de gestão do RCD são compensados pela 
redução da necessidade de coleta e deposição do resíduo depositado ilegalmente e 
pela substituição de agregados naturais adquiridos de terceiros utilizados em obras 
da municipalidade pelo agregado reciclado. O sistema será cada vez mais atrativo 
quanto maior o custo do agregado natural e do sistema de coleta da deposição 
ilegal.[8] 
 Um dos principais erros deficiências das políticas de reciclagem RCD 
baseadas no modelo de centrais de reciclagem operadas pelas prefeituras é o risco 
de interrupção do funcionamento, dada à descontinuidade que caracterizam as 
ações das administrações públicas e com isso não existe garantia de continuidade. 
Municípios como São José do Rio Preto, Tocantins e Santo André estão analisando 
o problema. Santo André operou durante alguns meses uma pequena central de 
reciclagem experimental. Em São José dos Campos, recentemente, experimentou a 
interrupção total da operação de sua central. Com a pouca atividade que 
caracterizou a operação da central de São Paulo culminou em seu fechamento. A 
principal vantagem deste modelo é que há garantia do mercado para o produto 
reciclado.[8] 
 A execução do estudo baseou-se no modelo ANVI500, cuja tecnologia 
permite a reutilização do RCD por meio da moagem dos resíduos. [9] 
33 
 
Moinho para reciclagem o ANVI500 é um instrumento utilizados para misturar 
argamassas, que são utilizadas na alvenaria, revestimentos e enchimento de 
pisos.[9] 
Figura 2 - Moinho Misturador ANVI500 
 
 
 
 A economia proporcionada pelo uso do ANVI500 é de cerca de 30% da mão 
de obra, 50% do cimento, 40% da areia, 80% da cal e 97% das despesas do "bota 
fora" de entulho. Os materiais utilizados para a produção da argamassa são: 
cimento, entulho como blocos cerâmicos e de concreto quebrados, tijolos e restos de 
argamassa, areia e água. Na fabricação de blocos de concreto, o material quebrado 
e desagregado pela ANVI500, utiliza-se um dispositivo especial. Recupera-se a 
areia e o pedrisco originais, para somente acrescentar o cimento e água para moldar 
novos blocos. A economia de cimento é no mínimo 10% conforme testes práticos 
realizados. [9] 
As características técnicas dentro de uma caçamba de piso horizontal, dois 
rolos para misturar, giram em torno de um eixo central vertical, puxados por 
manivelas de eixo duplo que permitem elevar-se por cima do entulho. Obtém-se 
assim um material excelente, transformando em argamassa. Duas pás raspadeira de 
altura regulável empurram os materiais para baixo dos rolos moedores. A descarga 
da argamassa pronta para usar dá-se por uma comporta no piso da caçamba, com o 
Fonte: www.anvi.com.br 
Disponível em: https://i.ytimg.com/vi/PbJ6peQprSo/maxresdefault.jpg. 
Acesso em Novembro de 2015; 
34 
 
moinho em funcionamento. O equipamento é fornecido com o motor elétrico 
instalado com polias, correias e protetores. A trituração do entulho é realizada pela 
ação dos rolos de 600 kg cada um. A argamassa obtida tem muita plasticidade, 
maciez e liga. Assim obtendo as características:[9] 
1. Produção de finos durante a moagem, os quais geram a liga entre os grãos 
de areia, e preenchendo os vazios, aumentam a impermeabilidade. 
2. Mistura perfeitamente homogênea. O cimento reveste cada grão de areia por 
igual. Ao moer o entulho, obtêm-se: [9] 
3. Areia, pó de cimento e pó de cal, que ainda têm parte da atividade 
aglomerante. [9] 
4. Argila calcinada que é, blocos e tijolos cerâmico, areia e cimento blocos de 
concreto. Por isso, trocando 30% da areia por entulho, a argamassa obtida é 
30% mais resistente à compressão, conforme experimentos realizados por 
vários laboratórios.[9] 
 A utilização do moinho proporciona a produção de uma massa fina, utilizando 
cal e areia sem peneirar, pois as pedrinhas desta são esmagadas pelos rolos 
moedores. Pode-se também sem se utilizar entulho, com um traço de 1 de cimento, 
2 de cal e 10m de areia, obtêm-se ótimas argamassas para assentamento e 
revestimento.[9] 
2.7 NORMAS PARA O MANEJO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
(RCC) 
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), criada pela lei n°12.305, de 
2010, define os Resíduos da Construção Civil (RCC) em seu Artigo 13, como sendo 
os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de 
construção civil, incluindo os resultantes da preparação e escavação de terrenos 
para obras civis.[10] 
A Resolução n°307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de 5 
de Julho de 2002, define em seu artigo 2, que os resíduos da construção civil são os 
provenientes de construção, reformas, reparos e demolição de obras de construção 
civil, e resultantes da preparação e da escavação de terrenos , tais como: blocos 
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras 
e compensados, forros, argamassas, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, 
35 
 
plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc., comumente chamados de entulhos de 
obras, caliça ou metralha. [10] 
NBR 15.112 - Resíduos da construção civil e resíduos volumosos. Áreas de 
Transbordo e Triagem. Diretrizes para projeto, implantação e operação. Possibilita 
procedimentos para o manejo na triagem dos resíduos das diversas classes, 
inclusive quanto à proteção ambiental e controles diversos. [10] 
NBR 15.113 - Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes. Aterros. 
Diretrizes para projeto, implantação e operação. Procedimentos para o preparo da 
área e disposição dos resíduos de Classe A, proteção das águas e proteção 
ambiental, planos de controle e monitoramento. [10] 
NBR 15.114 - Resíduos sólidos da construção civil. Áreas de Reciclagem. 
Diretrizes para projeto, implantação e operação. São os procedimentos para o 
isolamento da área e para o recebimento, triagem e processamento dos resíduos de 
Classe A. [10] 
 As seguintes normas são para o uso dos resíduos de construção e 
demolição: 
NBR 15.115 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. 
Execução de camadas de pavimentação. [10] 
NBR 15.116 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. 
Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural. [10] 
 
 
36 
 
CAPÍTULO III 
3 - AVANÇOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
Nos últimos anos, o foco principal em todos os projetos civis é o de reverter a 
situação atual das construções que muitas vezes extrai 2/3 da madeira natural, e 
utiliza mais de 50% dos recursos naturais do planeta que em sua maioria não são 
renováveis. Para reverter esse grande impacto ambiental, ao longo do tempo foram 
desenvolvidas técnicas adaptativas para cada processo da construção.[14] 
Externo: 
 Alguns anos atrás para se projetar a planta de uma casa não se pensava na 
preservação da vegetação natural daquele local, apenas era feito a limpeza do 
terreno, eliminando tudo que “atrapalhasse” a construção. Hoje em dia com os 
avanços pensando em sustentabilidade, já conhecemos varias formas de respeito ao 
meio ambiente.[14] 
Na área de planejamento, conhecemos formas “educadoras” com uma visão 
de futuro sustentável , promovendo ações ambientalmente corretas para motivar a 
retomada de harmonia entre o Homem e a Natureza. Dentro desse contexto, 
podemos conhecer as plantas adaptadas que respeitamo espaço natural dos seres 
ali presentes visando também o futuro da construção. Como por exemplo, respeitar 
uma arvore com muitos anos, elaborando a planta de sua casa nos arredores de seu 
tronco visando além do respeito ambiental, a influência no clima pois influenciam na 
umidade, na diminuição de ruídos externos, melhoram na visão estética e 
contribuem para o equilíbrio psicológico, transmitindo sensação de calma e conforto 
às pessoas.[14] 
Também podemos projetar as janelas de acordo com a luz solar para 
reaproveitamento da claridade natural e o não aquecimento excessivo em casos de 
ambientes quentes.[14] 
 Em lugares com quantidade considerável de chuva, é viável a coleta para 
aproveitamento de funções domésticas e muitas outras atitudes simples de serem 
tomadas e que contribuem muito para uma construção sem agressão ao meio 
ambiente.[14] 
 
37 
 
Construção: Utilização de eco materiais 
 Para uma obra ser levantada é necessário materiais que muitas vezes são de 
grande impacto negativo para o ambiente. Antigamente, com a tecnologia pouco 
desenvolvida isso não era levado em conta, os materiais eram produzidos de uma 
forma unicamente pensando na construção. Hoje em dia essa questão evoluiu 
muito, e já foram desenvolvidos materiais sustentáveis, conhecidos como eco 
materiais, que substituem os convencionais e sua produção não gera danos ao 
ambiente.[13] 
 Como por exemplo, os tijolos ecológicos que são compostos de areia e 
resíduos de construção. Isso é bom para o meio ambiente, pois o processo de 
produção não necessita de fornos, eliminando a utilização de lenha e sem lenha 
também não há fumaça e, por consequência, elimina a emissão de gases. [13] 
Conhecendo esse material observamos muitas outras vantagens ecológicas e 
também econômicas, pois esse tipo de tijolo tem sua vantagem no preço e chegam 
a representar uma economia de 30 a 60% no custo total da obra em relação ao 
modo tradicional.[13] 
Podemos citar também o cimento, que é parte fundamental para o 
levantamento da obra, porém é responsável por quase 5% das emissões mundiais 
de gás carbônico. Os cimentos convencionais são extremamente prejudiciais em 
questões ambientais e sociais, tais como: contaminação de solo, lençóis freáticos e 
do ar. Pensando nisso já foram desenvolvidos tipos de cimentos sustentáveis, um 
deles é o CP III, um tipo de cimento que substitui parte do clínquer por escórias de 
siderúrgicas, material nobre que sobra da fusão de minério de ferro, coque e 
calcário. Além de vantagens ambientais este tipo de cimento também tem maior 
resistência que o comum.[13] 
 
Acabamento: 
 Após a construção ser levantada podemos começar a pensar em seu 
acabamento não se esquecendo de levar em conta o meio ambiente e a qualidade 
de vida para quem irá usufruir desta construção. [13] 
38 
 
 Quando falamos em acabamento logo pensamos nas tintas e cores para se 
obter um ambiente bonito e agradável, porem, existem tintas que contem grande 
quantidade de compostos orgânicos voláteis (COVs) que liberam hidrocarbonetos 
aromáticos e são altamente agressivas para a camada de ozônio e para a saúde de 
quem estiver no ambiente onde são aplicadas .Mas hoje em dia já existem soluções 
fáceis para não causar esses problemas quando for pintar sua casa, como por 
exemplo, utilizar tipos de tintas ecológicas que são formuladas com matérias-primas 
naturais, sem componentes sintéticos ou insumos derivados de petróleo. [13] 
 
Acabamento interno: 
O acabamento interno são aqueles materiais essenciais para o nosso dia a 
dia, como por exemplo as lâmpadas e torneiras que são de extremo uso.[11] 
As torneiras em uma casa, por exemplo, são de uso constante. Usamos para 
lavar as mãos, lavar louças e muitas outras utilidades. Com isso, se não usadas com 
cautela, causamos um gasto excessivo de água, o que representa a perda do maior 
bem natural do planeta. [11] 
Para combater esse desperdício, muitas medidas já foram tomadas, como por 
exemplo a criação dos redutores de vazão de água que tem um valor acessível, e 
funcionam da seguinte forma: Os redutores são pequenos anéis que controlam a 
quantidade de água na saída das torneiras de banheiros, cozinhas e tanques. Por 
exemplo: ao ligar a torneira do banheiro para lavar as mãos ela só irá liberar a 
quantidade necessária de agua para aquela função de acordo com os movimentos 
feitos, evitando assim o uso excessivo e desperdício. [12] 
Podemos citar também as descargas que são grandes vilãs quando o assunto 
é desperdício de água. Na descarga comum o volume de agua despejado é 
controlado pela pessoa, oque provoca grande desperdício. [11] 
 Mas, hoje em dia, esse problema já pode ser resolvido facilmente com o uso 
das novas tecnologias. [11] 
Uma delas, muito eficiente, é a válvula de descarga com duas teclas de 
acionamento que funcionam de tal modo, que cada tecla despeja um diferente 
volume de água na bacia sanitária. Uma serve para o escoamento de líquidos. A 
39 
 
outra para o escoamento de sólidos Com as teclas de acionamento parcial (para 
líquidos) e de acionamento total (para sólidos) a economia é de até 30% em relação 
ao modelo tradicional. [11] 
Com todos esses exemplos citados acima podemos perceber o quão grande 
foi o avanço da construção civil pensando em soluções que não agridam o meio 
ambiente, e que todas elas são de grande contribuição para as questões 
sustentáveis do planeta. [11] 
 
3.1 - NOVOS MATERIAIS 
 
Ecovative: material isolante a base de fungos que substitui a utilização de 
espumas plásticas.[15] 
Figura 3 - Ecovative 
 
 
 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c1f8619f2a7.93657630.jpg 
Acesso em Novembro de 2015. 
40 
 
Bellwether Materials: outra opção de isolante feito com lã de ovelha, que 
utiliza pouca energia na produção e é seguro para pessoas, ambiente e animais. A 
lã ainda absorve poluentes do ar e é de difícil combustão em caso de incêndio. [15] 
 
Figura 4 - Bellwether Materials 
 
 
 
 
Tintas Ecodomus Matte: derivadas de minerais naturais, não contém toxinas 
e são hipoalergênicas, além de impedir o surgimento de bactérias do mofo e 
absorver CO2.[15] 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c2006d3b1a4.59775914.png
Acesso em Novembro de 2015. 
41 
 
Figura 5- Tintas Ecodomus Matte 
 
 
 
Painéis StormWall: sistema de paredes, piso e forro estruturais que 
substituem o uso de drywall. Absorvem mais de três vezes a quantidade de CO2 
emitida em sua cadeia de produção. [15] 
 
 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c20574133b5.29248620.png 
Acesso em Novembro de 2015. 
42 
 
Figura 6 - Painéis StormWall 
 
 
 
Cobertura GR Green: restos de pedra calcária e plástico reciclado (garrafas 
de leite e sacolinhas plásticas) compõem o produto que custa menos que os 
concorrentes, tem longa duração (pelo menos 50 anos) e pode ser reciclado. [15] 
Figura 7 - Cobertura GR Green 
 
 
 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c20fd6cf3c4.52010877.jpg 
Acesso em Novembro de 2015. 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c21d3444235.87917769.png 
Acesso em Novembro de 2015. 
43 
 
Biobrick: bactérias produzem materiais de uma espécie de cimento natural, 
que possuem custo e desempenho semelhantes à alvenaria tradicional. [15] 
Figura 8 - BiobrickEcococon: painéis de palha para construções pré-fabricadas de custo 
acessível e bom isolamento. [15] 
Figura 9 - Ecococon 
 
 
 
 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c2c02597492.15938520.png
Acesso em Novembro de 2015. 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c29778fcae1.67697453.jpg
Acesso em Novembro de 2015. 
44 
 
HaploBuilt: materiais biodegradáveis ou recicláveis também utilizados em 
construções pré-montadas. Dispensam o uso de água e podem ser desmontados e 
reutilizados em uma nova construção. [15] 
Figura 10 - HaploBuilt 
 
 
 
 
Painéis ECOR: feitos de fibra de celulose são fabricados em um ciclo que 
reutiliza 99,5% da água necessária para a produção. [15] 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c2c903f6173.61030491.jpg
Acesso em Novembro de 2015. 
45 
 
Figura 11 - Painéis ECOR 
 
 
 
 Dutch Design Initiative: painel reforçado de cimento, madeira e lã, são 
resistentes ao fogo, à água, a insetos, não apodrece e ainda por cima é um isolante 
térmico e acústico. [15] 
Figura 12 - Dutch Design Initiative: 
 
 
 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c2cb2a40658.18103758.jp
g Acesso em Novembro de 2015. 
Fonte: http://asboasnovas.com/ 
Disponível em: 
http://asboasnovas.com.br/arquivos/ckeditor/525c2933f41158.77446099.jpg 
Acesso em Novembro de 2015. 
46 
 
3.2 USINAS DE RECICLAGEM DE RCC 
As Usinas de reciclagem de RCC podem ser divididas em 2 categorias de 
acordo com a sua mobilidade. Vejamos:[16] 
3.2.1 USINAS FIXAS 
Usinas Fixas são construídas em um terreno com uma área que varia em 
função da capacidade de processamento da usina, ou seja, quanto maior a 
capacidade, maior será a área necessária para se construir. [16] 
 
Figura 13 - Usina Fixa de reciclagem de RCC 
 
 
 
 
Precisam da preparação de um fundamento onde serão instaladas. Sua instalação 
até o momento de operação leva em torno de 30 dias. São as versões 
economicamente mais acessíveis do mercado, contudo as mais limitadas em se 
tratando de competitividade comercial.[16] 
 
Fonte: http://www.portalresiduossolidos.com/ 
Disponível em: http://www.portalresiduossolidos.com/wp-
content/uploads/2014/01/UR-RSCC.jpg 
Acesso em Outubro de 2015 
47 
 
 3.2.2 - USINAS MÓVEIS 
 
Uma Usina de Reciclagem Móvel de Resíduos da Construção Civil – URM-
RCC é composta basicamente por 3 componentes: Um caminhão do tipo Roll On 
Roll Off, uma Britadeira Móvel e uma Peneira Rotatória Móvel normalmente atracada 
como reboque no caminhão. A definicao do Modelo de Negócio é fundamental para 
se garantir uma lucratividade. Entenda melhor lendo o artigo Modelos de Negócio 
com usina de reciclagem móvel de entulhos praticado em países desenvolvidos com 
um mercado altamente competitivo.[16] 
As britadeiras móveis são construídas em um único bloco normalmente com o 
tamanho variando entre 1 container de 20” e 40” de acordo com sua capacidade de 
processamento. Podem ser utilizadas em um empreendimento fixo ou mesmo ser 
alugada para obras em diferentes locais. De acordo com o fabricante, essas usinas 
podem ser facilmente transportadas em caminhões do tipo Roll On Roll Off.[16] 
Figura 14 - Usina móvel de Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil completa. 
 
 
 
 
 
Composta basicamente de 3 componentes: O caminhão do tipo Roll On Roll 
Off, a Britadeira Móvel de Mandíbula modelo BMD RA 700/6 e uma Peneira 
Rotatória Móvel.[16] 
A grande vantagem deste modelo é que o empreendedor poderá levar todo o 
empreendimento para regiões onde seu serviço se faça necessário. Se aproveitado 
Fonte: http://www.portalresiduossolidos.com/ 
Disponível em: http://www.portalresiduossolidos.com/wp-
content/uploads/2014/04/ms1600-2-pequena.jpg 
Acesso em Outubro de 2015 
48 
 
da maneira correta, o empreendimento pode ser altamente lucrativo e extremamente 
versátil.[16] 
Entre as vantagens das usinas móveis, podemos citar: 
1- Sua mobilidade torna o empreendimento extremamente competitivo;[16] 
2- Pode atuar em um ponto fixo ou atender grandes obras diretamente no 
local;[16] 
3- Diminui custos de logística e construção de fundamento de base;[16] 
4- Alta capacidade de adaptação geográfica do mercado;[16] 
5- Versões a diesel ou energia elétrica;[16] 
6- Pode ser locada completamente por empresas do setor;[16] 
7- Alta capacidade de processamento;[16] 
 
 
 
 
 
 
49 
 
CAPÍTULO - IV 
4 - PILARES PARA A CONSTRUÇÃO DO FUTURO 
4.1 - UM OLHAR SOBRE A REALIDADE DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Ao vermos a realidade da Construção Civil nos deparamos com seus efeitos 
na construção/destruição do âmbito de vida da sociedade, e diante de estudos 
realizados podemos ver a opinião dos engenheiros sobre assunto.[17] 
Apesar de muitos engenheiros serem contra a destruição, não há uma 
maneira de não prejudicar o “outro”. Não tem porque não fazer se a lei dá o direito 
de construir o quanto for necessário. [17] 
O que a gente nota na Construção Civil é que todos querem levar benefícios, 
se eu posso construir um prédio de doze pavimentos e tem uma transferência de 
índice podendo colocar mais dois pavimentos, não importa se tem o prédio do lado 
com dez, vai fazer de quatorze, porque a lei permite. [17] 
Será que a Construção Civil precisa ser um “mau”? Será que uma mudança 
na visão dos profissionais da área não seria o caminho para amenizar esse “mau”? 
[17] 
Afinal, é impossível eliminar impactos na realização de uma construção, seja 
qual for, mas é possível reduzir a sua interferência tomando alguns cuidados. A obra 
de engenharia civil, por exemplo, uma barragem ou uma ponte, é impactante. Então 
o que o engenheiro hoje tem que fazer é não deixar de construir, mas racionalizar da 
melhor forma possível para diminuir os impactos causados; procurar utilizar matérias 
mais próximas do itinerário mais adequado para ferir menos a vegetação e o rio. [17] 
Isso tudo nos faz pensar nas transformações que a construção civil provoca 
ao nosso redor, tanto na execução, como depois dela. No ponto de vista da 
sustentabilidade, essas transformações, são na maioria das vezes, negativas, 
trazendo então um problema que intensifica, agressivamente, o crescimento urbano 
da atualidade. Ao ampliarmos nosso olhar, podemos ver que esse setor de trabalho 
possui uma grande diversidade de atividades para a sociedade, sendo assim, exerce 
grande influência na sua organização. Podemos notar essa relação entre a 
construção civil e a sociedade, olhando para a rede de transportes de um país e a 
interferência que ela proporciona nos mais diversos aspectos envolvidos. [17] 
50 
 
A construção de uma estrada, por exemplo, interfere amplamente no 
ambiente por causa de sua alteração direta que sua existência provocará em 
qualquer que seja o território. Isso tudo pelo movimento de terras e de materiais 
produzidos nestes locais. E ainda mais porque a construção de uma estrada implica 
na reorganização urbana e relocação de contingentes populacionais. Se 
observarmos também o setor de edificações, veremos que este também muda com 
o passar do tempo, devido aos diferentes estilos arquitetônicos que vão surgindo. 
Notemos que para o processo histórico dessa transformação, fazendo um paralelo 
entre as antigas construções, em cujo demorado processo de construção sofriam 
alterações de estilo arquitetônico, de materiais, e utilizações,