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DIREITO CIVIL - DIREITO DE FAMILIA - PROFESSORA NALIM CUNHA

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FACULDADE EVANGÉLICA DE RUBIATABA
CURSO: DIREITO
TURMA: 7º PERÍODO
PROFESSORA: NALIM RODRIGUES RIBEIRO ALMEIDA DA CUNHA
AULA 02 
DO CASAMENTO
CASAMENTO
Casamento é a união legal
entre um homem e uma
mulher, com o objetivo de
constituírem a família
legítima – arts. 1511 e 1513
C.C
Obs.:
Resolução n. 175
Conceito
NATUREZA JURÍDICA
CONCEPÇÃO CLÁSSICA 
RELAÇÃO 
PURAMENTE 
CONTRATUAL
CONCEPÇÃO INSTITUCIONALISTA 
INSTITUIÇÃO SOCIAL
CONCEPÇÃO ECLÉTICA 
ATO COMPLEXO: UM 
CONTRATO ESPECIAL, 
DO DIREITO DE 
FAMÍLIA
A) ATO SOLENE;
B) NORMAS ORDEM PÚBLICA;
C) COMUNHÃO PLENA DE VIDA, COM BASE NA
IGUALDADE DE DIREITOS E DEVERES DOS
CÔNJUGES;
D) UNIÃO PERMANENTE;
E) EXIGE DIVERSIDADE DE SEXOS
OBS: - RESOLUÇÃO N. 175 CNJ
F)NÃO COMPORTA TERMO OU CONDIÇÃO -
NEGÓCIO JURÍDICO PURO E SIMPLES;
G) PERMITE LIBERDADE DE ESCOLHA DO NUBENTE
CARACTERES 
ESSENCIAIS
FINALIDADE
Procriação/educação 
da prole
Satisfação sexual/ 
mútua assistência
Afeto conjugal
MOMENTO EM 
QUE SE DÁ POR 
REALIZADO O 
CASAMENTO
Art. 1.514 C.C - No 
momento da 
declaração do 
consentimento 
CASAMENTO 
RELIGIOSO E 
CASAMENTO CIVIL
Art. 226, § 2.º, da 
Constituição 
Federal / art. 1.515 
C.C;
Termo religioso 
deve ser tido em 
sentido 
amplíssimo 
(qualquer 
religião);
Os requisitos do 
casamento 
religioso são os 
mesmos do 
casamento civil, 
conforme o art. 
1.516 C.C;
Precedido ou não 
de homologação;
Será nulo o 
registro civil do 
casamento 
religioso se, antes 
dele, qualquer 
dos consorciados 
houver contraído 
com outrem 
casamento civil –
art. 1.516, § 3.º ( 
Princípio da 
monogamia)
CAPACIDADE PARA O CASAMENTO
DEVE SER DEMONSTRADA 
NO PROCESSO DE 
HABILITAÇÃO.
A CAPACIDADE É 
TRATADA NOS ARTS. 1.517 
A 1.520
TEM REQUISITOS GERAIS 
E ESPECÍFICOS
REQUISITOS
GERAIS
IDADE MÍNIMA 
16 ANOS
Casamento 
anterior impede a 
nova união 
conjugal 
ESPECIFICOS 
Consentimento dos pais 
ou responsáveis para 
nubentes de 16 até 18 
anos completos – art. 
1.517 C.C -
Suprimento do 
consentimento houver 
denegação injusta 
(art. 1.519 C.C)
Prazo de dez meses de 
viuvez para novo 
casamento 
ART. 1.520 - SERÁ PERMITIDO O 
CASAMENTO DE QUEM AINDA 
NÃO ALCANÇOU A IDADE NÚBIL 
(ART. 1517), PARA EVITAR 
IMPOSIÇÃO OU CUMPRIMENTO 
DE PENA CRIMINAL OU EM CASO 
DE GRAVIDEZ.
NÃO SE ADMITE O 
SUPRIMENTO DE IDADE 
DO NOIVO MENOR DE 16 
ANOS QUANDO A NOIVA 
JÁ ATINGIU OU 
ULTRAPASSOU A IDADE DE 
18 ANOS
O SUPRIMENTO DA 
IDADE NÃO 
DISPENSA O 
CONSENTIMENTO 
DOS PAIS
A GRAVIDEZ CONSTITUI
FATO OBSTATIVO DA SUA
ANULAÇÃO POR MOTIVO
DE IDADE, COMO
PRECEITUA O ART. 1.551 DO
CÓDIGO CIVIL.
O CASAMENTO SERÁ 
REALIZADO NO REGIME 
DA SEPARAÇÃO DE BENS 
(CC, ART. 1.641, III)
SUPRIMENTO JUDICIAL DE IDADE
O art. 1.519 do C.C firma que a “denegação do
consentimento, quando injusta, pode ser suprida 
pelo juiz”.
•O Código não especifica os casos em que a denegação do
consentimento deve ser considerada injusta.
•Não são aceitas razões fundadas em preconceito racial ou
religioso, no ciúme despropositado ou em outra razão menos
nobre.
•Reputam-se justos e fundados, segundo os autores, os seguintes
motivos:
•a) existência de impedimento legal;
•b) grave risco à saúde do menor;
•c) costumes desregrados, como embriaguez habitual e paixão
imoderada pelo jogo;
•d) falta de recursos para sustentar a família;
•e) total recusa ou incapacidade para o trabalho;
•f) maus antecedentes criminais, tais como condenação em crime
grave (p. ex., estupro, roubo, estelionato etc.).
SUPRIMENTO JUDICIAL DO 
CONSENTIMENTO DOS REPRESENTANTES 
LEGAIS
AULA 03
3. Impedimentos matrimoniais. 3.1. Conceito. 3.2. Oposição. 3.3.
Prova do impedimento. 3.4. Rol de impedimentos. 4. Causas
suspensivas da celebração do casamento. 4.1. Definição. 4.2. Rol de
causas suspensivas. 4.3. Arguição das causas suspensivas.
3. IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS 
3.1. CONCEITO
• Impedimentos são circunstâncias que impossibilitam a
realização de determinado matrimônio.
• Visam os impedimentos, cujo número restringe-se a sete no
Código Civil de 2002, evitar uniões que possam, de algum
modo, ameaçar a ordem pública. A sua inobservância fulmina
de nulidade o ato.
Os impedimentos visam preservar a eugenia
(pureza da raça) e a moral familiar, obstando a
realização de casamentos entre parentes consanguíneos,
por afinidade e adoção (CC, art. 1.521, I a V), a
monogamia (art. 1.521, VI), não permitindo o casamento
de pessoas já casadas, e evitar uniões que tenham raízes no
crime (art. 1.521, VII).
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco
natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o
adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais,
até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
3.2. OPOSIÇÃO
• Art. 1.522 C.C. - A oposição de impedimento ao
casamento pode ser oposta por qualquer pessoa até a
celebração do casamento;
• A consequência será a suspensão da celebração, até
que o juiz decida da procedência ou não do
impedimento, salvo se ficar patenteada que a oposição
é graciosa ou sem qualquer evidência;
• O conhecimento pode ter sido obtido em virtude de
oposição formal de alguma pessoa ou por informações
de qualquer natureza;
• Configurando-se o impedimento para o casamento,
igualmente será estendido à união estável;
• Art. 236 trata do crime de induzimento a erro e
ocultação de impedimento, cominando pena de detenção
de seis meses a dois anos;
3.2.1 Pessoas legitimadas
A legitimidade para a oposição dos impedimentos
rege-se pelo disposto no art. 1.522 do Código Civil, que
assim dispõe:
“Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da
celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver
conhecimento da existência de algum impedimento, será
obrigado a declará-lo”.
• A oposição de impedimento, ou a sua declaração de
ofício, susta a realização do casamento até final decisão.
• Se realizado o casamento com impedimento, poderá ser
decretada a sua nulidade, a qualquer tempo, por
iniciativa de qualquer interessado ou do Ministério
Público (CC, art. 1.549).
3.2.2 Momento da oposição dos impedimentos
O art. 1.522 do Código Civil de 2002, retro transcrito,
simplificou o sistema de oposição de impedimentos ao declarar
que podem ser opostos por qualquer pessoa capaz, em qualquer
fase do processo de habilitação e “até o momento da celebração
do casamento”.
3.2.3. Forma da oposição
• Art. 1.529 do Código Civil que os impedimentos “serão
opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as
provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde
possam ser obtidas”.
• Art. 1.530 C.C - o oficial do registro civil “dará aos
nubentes ou a seus representantes nota da oposição,
indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a
ofereceu”.
• Procedimento para a oposição dos impedimentos é sumário e
complementado pelo art. 67, §5º, da Lei dos Registros
Públicos (Lei n. 6.015/73).
Apresentada a oposição em declaração escrita e assinada,
instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do
lugar onde possam ser obtidas:
 Os autos serão remetidos ao juízo competente;
 O juiz designará audiência, se houver necessidade de ouvir
testemunhas indicadas pelo impugnantee pelos nubentes;
 Oitiva dos interessados e do Ministério Público;
 Decidirá no prazo de cinco dias;
• Cabe a interposição de recurso de apelação tanto por parte dos
interessados como do representante do Ministério Público oficiante.
• Julgada improcedente a oposição, estará o oponente de má-fé
sujeito à responsabilização civil e criminal, nos termos do
parágrafo único do mencionado art. 1.530 do Código Civil. - A má-
fé, in casu, é a que resulta de comportamento doloso, malicioso, do
impugnante, mas que pode advir também da negligência e da
imprudência
3.3. ROL DE IMPEDIMENTOS
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco
natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado
com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até
o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio
ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
3.3.1 impedimentos resultantes do parentesco
(consanguinidade, afinidade e adoção)
3.3.1.1 . A consanguinidade
• 1.521 do Código Civil que não podem casar: “I - os
ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural
ou civil (...); IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e
demais colaterais, até o terceiro grau inclusive
• A proibição do casamento de ascendentes e descendentes
abrange todos os parentes em linha reta in infinitum, ou seja,
sem limitação de graus.
• No Código Civil o regime do casamento entre tios e
sobrinhos: haverá vedação legal somente se
comprovada a inconveniência as núpcias no que tange
à saúde de futura prole”.
• Perde o impedimento para o casamento entre
colaterais de terceiro grau o caráter absoluto, uma
vez que é válido o casamento entre tios e sobrinhos
que se submeterem a exame pré-nupcial, atestando o
laudo médico a ausência de riscos para a saúde da
futura descendência;
• Primos não são atingidos pela restrição e podem casar-se
sem nenhum problema, porque são colaterais de quarto
grau.
3.3.1.2. A afinidade
• Preceitua o art. 1.521, II, do Código Civil, que não
podem casar “os afins em linha reta”. (Ex: Sogra (o)
com ex Genro/Nora)
• o art. 1.595 do Código Civil de 2002 incluiu o
companheiro no rol dos parentes por afinidade, não pode
ele, dissolvida a união estável, casar-se com a filha de
sua ex-companheira. A afinidade não vai além da pessoa
do cônjuge: adfinitas non egreditur e persona, adfinitas
adfitatem non generat.
• Não mais prevalece o impedimento resultante do
chamado “parentesco espiritual” (cognatio spiritualis),
obstava o casamento do padrinho com a afilhada, e entre
os pais do batizado e os padrinhos.
3.3.1.3. A adoção
Art. 1.521 do Código Civil que não podem 
casar: “III - o adotante com quem foi cônjuge 
do adotado e o adotado com quem o foi do 
adotante (...); V - o adotado com o filho do 
adotante”.
• Proibição de ordem moral;
• A adoção, no Código Civil de 2002, é concedida por
sentença constitutiva, sendo, portanto, irretratável. O
impedimento, em consequência, é perpétuo.
3.3.2. Impedimento resultante de casamento anterior
• Não podem casar, ainda, “as pessoas casadas” (CC, art. 
1.521, VI). Procura-se, assim, combater a poligamia e 
prestigiar a monogamia.
3.3.3 Impedimento decorrente de crime
Art. 1.521 do Código Civil - não podem casar:
“VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado
por homicídio ou tentativa de homicídio contra
o seu consorte”.
• Trata-se de impedimentum criminis - abrange somente o
homicídio doloso;
• Exige-se, para a sua existência, que tenha havido
condenação. Se ocorreu absolvição ou o crime
prescreveu, extinguindo-se a punibilidade, não se
configura o impedimento;
• O impedimento obsta também que os impedidos de se
casar passem a viver, legalmente, em união estável, pois
o art. 1.723, § 1º, do Código Civil proclama que “a
união estável não se constituirá se ocorrerem os
impedimentos do art. 1.521.
4. CAUSAS SUSPENSIVAS DA 
CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
4.1. DEFINIÇÃO
• Causas suspensivas são determinadas circunstâncias ou
situações capazes de suspender a realização do casamento,
se arguidas tempestivamente pelas pessoas legitimadas a
fazê-lo, mas que não provocam, quando infringidas, a sua
nulidade ou anulabilidade;
• Se comprovadas as causas invocadas, o casamento não poderá
se realizar enquanto não forem afastadas;
• Se forem opostas apenas depois de celebrado o casamento,
este será válido, mas vigorará entre os cônjuges o regime da
separação de bens.
4.2. ROL DE CAUSAS SUSPENSIVAS
São causas suspensivas:
1) A confusão de patrimônios;
2) O divórcio;
3) Confusão de sangue (“turbatio sanguinis”)e
4) A tutela e curatela.
4.2.1 Confusão de patrimônios
Dispõe o art. 1.523 do Código Civil: “Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido,
enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha
aos herdeiros”.
• A lei exige que haja partilha julgada por sentença, pois é ela
que define claramente o direito de cada um;
• Se todos forem capazes e não houver testamento, a partilha
poderá ser feita administrativamente, por escritura pública, a
qual valerá por si, como título hábil para o registro
imobiliário, nos termos do art. 982 do Código de Processo
Civil.
4.2.2 . Divórcio
Causa suspensiva de casamento para “o divorciado,
enquanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal” (CC, art. 1.523, III).
• Tem o propósito de evitar confusão entre o patrimônio 
da antiga e da nova sociedade conjugal;
• Lei n. 11.441, de 4 de janeiro de 2007, acrescentou ao
Código de Processo Civil o art. 1.124-A, pelo qual a
separação consensual e o divórcio consensual, não
havendo filhos menores ou incapazes do casal,
poderão ser realizados por “escritura pública”, com
“partilha dos bens comuns”.
4. 2.3. Confusão de sangue (“turbatio sanguinis”)
• Dispõe o inciso II do art. 1.523 do Código Civil que
também não devem casar “a viúva, ou a mulher cujo
casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado,
até dez meses depois do começo da viuvez, ou da
dissolução da sociedade conjugal”.
• O objetivo é evitar dúvida sobre a paternidade (turbatio
sanguinis);
• Não subsiste a proibição se a nubente provar
“nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na
fluência do prazo”;
• A sanção ao infrator é a mesma prevista para todas as
causas suspensivas, qual seja, a imposição da
separação de bens no casamento
4.2.4. Tutela e curatela
• Não devem, por fim, casar “o tutor ou o curador e os
seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou
sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada,
enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não
estiverem saldadas as respectivas contas (CC, art.
1.523, IV).
• Destinada a afastar a coação moral que possa ser
exercida por pessoa que tem ascendência e autoridade
sobre o ânimo do incapaz;
• Tal restrição não é, entretanto, absoluta. Pode ser
afastada provando-se a inexistência de prejuízo para
a pessoa tutelada ou curatelada, como dispõe o
parágrafo único do art. 1.523 do Código Civil
4.3. ARGUIÇÃO DAS CAUSAS SUSPENSIVAS
Causas suspensivas são circunstâncias ou situações
capazes de suspender a realização do casamento, quando opostas
tempestivamente, mas que não provocam, quando infringidas,
a sua nulidade ou anulabilidade.
4.3.1 . Pessoas legitimadas
O art. 1.524 do Código Civil enumera as pessoas que podem arguir
as causas suspensivas, estabelecendo que podem ser opostas pelos
“parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou
afins, e pelos colateraisem segundo grau, sejam também
consanguíneos ou afins”.
• é restrito o elenco de pessoas que podem articular as causas
suspensivas;
• os impedimentos são previstos em normas de ordem pública,
cuja observância atende aos interesses da própria sociedade, ao
passo que as causas suspensivas interessam apenas à família e
eventualmente a terceiros;
4.3.2. Momento da oposição das causas suspensivas
• As causas suspensivas devem ser articuladas no curso do
processo de habilitação, até o decurso do prazo de quinze
dias da publicação dos proclamas.
4.3.3. Forma da arguição
• o art. 1.529 do Código Civil que as causas suspensivas serão
opostas “em declaração escrita e assinada, instruída com as
provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde
possam ser obtidas”.
• Incumbe ao oficial dar ciência da impugnação aos nubentes,
fornecendo inclusive o nome de quem a apresentou, a teor do
art. 1.530 C.C;
• o art. 1.531 do Código Civil que, cumpridas as formalidades
relativas à habilitação (arts. 1.526 e 1.527) e verificada a
inexistência de fato obstativo, “o oficial do registro extrairá o
certificado de habilitação”.
REFERÊNCIAS
• GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de família. 2014.
• LÔBO, Paulo. Direito civil : famílias / Paulo Lôbo. – 4. ed. – São Paulo : Saraiva, 2011.
• VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de Família. 13 ed. São Paulo: Atlas,
2013
• AGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil,
volume 6: As famílias em perspectica constitucional. 2 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2012.
• DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 9 ed. rev., atual. e ampl. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.
• FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil, volume
6: Direito das Famílias. 5 ed. rev., atual. e ampl. Salvador: Editora Juspodivm, 2013.
• TARTUCE, Flávio. Direito civil, v. 5 : direito de família .9. ed. rev., atual. e ampl. – Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
TRABALHO DE 
PESQUISA – 1ª V.A
TEMA: Da invalidade do casamento.
• Casamento inexistente
• Casamento nulo
• Casamento anulável
• Casamento putativo
Regras: Manuscrito, duplas, com uso de 02 doutrinas 
(de forma comparativa), duas jurisprudências sobre 
cada tópico, no mínimo 6 laudas.
Para: 18/03/2016 – 30 pontos.

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