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Direito Penal VI – Prova I CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO Patrimônio: Complexo das relações jurídicas de uma pessoa, que tiver valor econômico. Compreende: Propriedade material (coisas físicas) e os direitos reais em geral. Posse Direitos de crédito e obrigacionais Propriedade imaterial DO FURTO (art. 155, CP) SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa, sendo um crime comum, não incluindo o dono da própria coisa (aplica-se a punibilidade do art. 346, CP) - Crime monosubjetivo, pode ser cometido por uma pessoa só, mas admite o concurso eventual de pessoas nas duas modalidades (coautoria e participação). SUJEITO PASSIVO: titular da posse ou propriedade, seja pessoa física ou jurídica. CONDUTA - Comissivo: Conduta positiva, mandamento negativo. - Comissivo por Omissão - Instantâneo: Crime de consuma quando a vítima perde a disponibilidade da coisa Admite a TENTATIVA, a DESISTÊNCIA e o ARREPENDIMENTO POSTERIOR. Crime com elemento subjetivo DOLOSO, não existindo a modalidade CULPOSA. COISA ALHEIA Res Nullius: sem dono; Res Delictae: abandonada – não há furto quando a coisa é abandonada; Res Desperdita: perdida – apropriar-se de coisa perdida = crime do art. 169, $ único. MODALIDADES: - Noturno: $1 - Diurno: $4 OBJETO MATERIAL: Coisa Material - CONCEITO: Toda substância corpórea, material, suscetível de apreensão e que tem um valor qualquer. - ATIPICIDADE MATERIAL: Corresponde formalmente ao tipo penal, mas não materialmente, por sua insignificância. - INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: Art. 155, $2º c/c Art. 61 – Lei 9.099/95 (transação com art. 76 – por analogia = à favor do réu) OBSERVAÇÕES DO FURTO QUALIFICADO ($4°) Qualquer das ações deve recair sobre um OBSTÁCULO. Compreende-se como tudo o que obsta a subtração, dificultando-a. O obstáculo pode existir naturalmente ou ser pré-disposto pelo homem para impedir ou dificultar a subtração (ex: muros, cercas, etc). Não configura a qualificadora a violência empreendida contra a própria coisa que se pretende subtrair. Ex: o rompimento da porta ou vidro de um carro, para subtrair coisa de dentro do carro, configura a qualificadora. Se, para subtração do próprio veiculo, não. Abuso de Confiança: Natureza subjetiva, reveladora de maior periculosidade do agente que não apenas subtrai a coisa, mas viola a confiança nele depositada pela vítima. Crimes praticado pelo empregado: Furto com abuso de confiança, sendo o caso de famulato: O empregado que subtrai objeto do local de trabalho, e o agente que se vale da hospitalidade ou coabitação. A qualificadora exige um especial vínculo de lealdade entre o patrão e o empregado. É necessário que exista entre sujeito ativo e sujeito passivo um real traço subjetivo capaz de gerar confiança, e, por isso, um possível abuso. A simples relação de domesticidade leva ao furto simples, mas não qualificado. ESPÉCIES DE FURTO QUALIFICADO MEDIANTE FRAUDE: Fraude é o artíficio destinado a iludir a vigilância do ofendido e permitir maior facilidade na subtração do objeto material. É praticada para induzir/manter a vitima em erro. - No furto, a vigilância ou a tensão da vitima é iludida, de modo que ela não percebe que o objeto material está saindo de sua disponibilidade. MEDIANTE ESCALADA: É o ingresso em edifício ou recinto fechado, ou na saída dele, por vias não utilizadas normalmente pelas pessoas, utilizando o agente de sua agilidade. Ex: túnel de esgoto, fosso, MEDIANTE DESTREZA: Habilidade física ou manual empregada pelo agente na subtração, sem que a vitima perceba seu ato. Não importa se o ladrão empregue os dedos ou outro dispositivo, como uma pinça ou pedaço de arame. - Se o ladrão é surpreendido pela vítima na execução, não há destreza. - Se a vitima estiver dormindo, embriagada ou em estado de inconsciência, exclui-se a destreza, uma vez que a vitima não pode oferecer resistência ao furtador. COM EMPREGO DE CHAVE FALSA: Todo instrumento que o agente se utilize para fazer funcionar, em lugar da chave verdadeira, uma fechadura, possibilitando ou facilitando a execução do furto. Compreende: Chave imitada, Chave diversa, mas alterada para abrir a fechadura; A gazua, ou seja, qualquer dispositivo (grampo, gancho, etc) empregado para abrir a fechadura. - Não se reconhece a qualificadora quando a chave for verdadeira ou o dono a perdeu. Em tal caso, se reconhece a qualificadora por FRAUDE; - O STF já decidiu que a qualificadora da chave falsa deve ser reconhecida na conduta do agente que apanhou na portaria do hotel, a chave deixada pelo hospede do quarto.
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