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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

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Professora Camila Santos Furtado 
 
 FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
 
 
 
O quê são fontes do Direito Internacional Público? 
 
São de onde surgem as normas jurídicas 
internacionais, quais motivos levaram ao aparecimento da norma 
jurídica e os modos pelos quais essas normas se manifestam. 
 
A doutrina internacionalista costuma dividir as 
fontes do Direito Internacional Público em: fontes formais e 
materiais. 
 
 FONTES MATERIAIS E FORMAIS 
 
FONTES MATERIAIS: são os elementos que provocaram o 
aparecimento das normas jurídicas, o que influenciou a sua 
criação e o seu conteúdo. São fatos do mundo real que 
repercutiram tanto que demonstram a necessidade de criar normas 
jurídicas (por ex.: 2ª guerra mundial, cujas atrocidades 
cometidas, revelaram a necessidade de proteger a dignidade da 
pessoa humana). 
 
Mas, não só os fatos do mundo real, como também, os 
fundamentos sociológicos, filosóficos, políticos, morais, 
econômicos que influenciaram a construção das normas 
internacionais. 
 
FONTES FORMAIS: são o modo que as normas jurídicas 
se revelam e se exteriorizam e os valores que elas pretendem 
tutelar, no caso, as normas do Direito Positivo. 
 
 No que pertine às Fontes Formais, podem ser 
divididas em: ESTATUTÁRIAS e EXTRAESTATUTÁRIAS. 
 
São FONTES ESTATUTÁRIAS, assim compreendidas, 
aquelas inseridas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça 
e, por óbvio, são FONTES EXTRAESTATUTÁRIAS, as que estivem fora 
dele. 
 
As fontes formais surgiram ao longo da evolução 
histórica e foram se consolidando no Art. 38 do Estatuto da 
Corte Internacional de Justiça, mas o rol de fontes que consta 
neste Estatuto, não esgota o conjunto de fontes do Direito 
Internacional, já que, como disse, existem outras fontes que, 
nele não estão previstas, portanto, este rol é exemplificativo. 
 
 FONTES ESTATUTÁRIAS (Art. 38, ECIJ): 
 
1. Convenções Internacionais (gerais ou 
específicas), também chamadas de Tratados Internacionais. 
 
 Professora Camila Santos Furtado 
 
2. Costume Internacional, como prova de uma prática 
geral, reiterada e uniforme aceita como sendo direito 
juridicamente obrigatório. 
 
3. Princípios Gerais de Direito, reconhecidos pelas 
nações civilizadas. 
 
4. Decisões Judiciárias e a doutrina. 
 
As demais,portanto, são EXTRAESTATUTÁRIAS. 
 
O Estatuto da Corte Internacional de Justiça não 
determinou nenhuma hierarquia entre essas normas e a mera ordem 
como são apresentadas no Art.38, não define a primazia entre 
elas. 
 
Embora existam entendimentos de que tratado 
internacional, por ser formal, prevalece ao costume, esses 
entendimentos, não prevalecem diante da majoritária gama de 
publicistas que entendem não haver qualquer hierarquia entre as 
fontes. 
Quanto às fontes extraestatutárias, o ECIJ não 
excluiu a existência de outras fontes, que são fontes 
consideradas adicionais como: Princípios Gerais do Direito 
Internacional, os atos unilaterais dos Estados, as decisões das 
Organizações Internacionais e o soft law (em livre tradução: 
direito mole ou maleável) . 
 
Atenção! O contrato internacional e a lex 
mercatoria NÃO SÃO FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO, mas 
DO DIREITO PRIVADO! 
 
A doutrina também costuma classificar as fontes em 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS (OU AUXILIARES): 
 
1. PRINCIPAIS: são aquelas que, efetivamente 
revelam qual o Direito será aplicado à uma relação jurídica 
(ex.: Tratados, costumes, Princípios Gerais de Direito). 
 
2. ACESSÓRIAS (OU AUXILIARES): são aquelas que 
contribuem para elucidar o contéudo de uma norma (Ex.: para uma 
considerável gama de doutrinadores, jurisprudência e doutrina 
não são, tecnicamente, fontes do Direito Internacional Público, 
mas apenas meios auxiliares para determinação das regras de 
Direito). 
 
Outra classificação é considerar as FONTES 
CONVENCIONAIS E NÃO CONVENCIONAIS: 
 
1. CONVENCIONAIS: aquelas resultado do acordo das 
vontades dos sujeitos de Direito Internacional (ex.: Tratados). 
 
2. NÃO CONVENCIONAIS: compreendem todas as demais 
fontes e originam-se da evolução da realidade internacional 
 Professora Camila Santos Furtado 
 
(como o jus cogens, atos/decisões unilaterais dos sujeitos de 
Direito Internacional, Jurisprudência, atos unilaterais dos 
Estados, decisões das Organizações Internacionais). 
 
As Fontes Estatutárias, previstas no Art. 38 do 
ECIJ: 
 
1. CONVENÇÕES OU TRATADOS INTERNACIONAIS: São 
acordos escritos/formais de vontade, celebrados entre Estados 
e/ou Organizações Internacionais, objetivando regular assuntos 
de interesse comum. Apesar de existirem desde a antiguidade, foi 
a partir da Paz de Westfália (2ª fase do Direito Internacional 
Público) que os Tratados Internacionais se firmaram, 
substituindo, paulatinamente, o costume como fonte mais 
empregada no Direito Internacional Público, através da 
Codificação. 
 
2. COSTUME INTERNACIONAL: É a prática geral, 
uniforme, reiterada e reconhecida como juridicamente exigível 
aos sujeitos de Direito Internacional Público. 
 
Para que seja considerado costume, é necessária a 
conjunção de 02 (dois) elementos essenciais (cumulativos): um, 
de caráter material e objetivo ( que é a prática geral, 
reiterada, uniforme e constante de um ato na esfera das relações 
internacionais ou no âmbito interno que repercuta na esfera 
externa) e o outro, de caráter psicológico ou subjetivo (que é a 
convicção da obrigatoriedade jurídica daquela prática). 
 
Atenção! A mera reiteração de atos/condutas, sem a 
convicção da obrigatoriedade, configura apenas USO, não costume. 
 
Atenção²! A conduta não precisa ser unânime, e sim, 
generalizada, ou seja, que um grupo amplo e representativo 
reconheça a sua obrigatoriedade. E essa generalização não 
precisa ser global ou universal, basta ser regional ou empregada 
nas relações bilaterais. 
 
A parte que invoca uma norma costumeira é quem tem 
o ônus de provar a sua existência. 
 
Os costumes, por muito tempo, foram a principal 
fonte do DIP
1
, mas com o passar da evolução histórica, foram 
perdendo espaço para os Tratados Internacionais, que oferecem 
maior estabilidade às relações internacionais. 
 
Ex.: Atividade diplomática que, há séculos, era 
costume internacional, foi incorporada à Convenção de Viena 
sobre as Relações Diplomáticas de 1961. 
 
Aos poucos, os costumes vêm se integrando, sendo 
convertidos em Tratados, o que chamamos de CODIFICAÇÃO DO 
 
1
 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. 
 Professora Camila Santos Furtado 
 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO, que consiste em sistematizar as 
normas, princípios e regras em um único Código Internacional, 
diferentemente da Consolidação. 
 
Os Costumes podem ser extintos por: 
 
a) DESUSO: quando determinada prática deixa de ser 
reiterada, generalizada e uniforme dentro de um grupo social 
após um tempo ou quando se perde a convicção de sua 
obrigatoriedade; 
 
b) Pelo surgimento e afirmação de outro costume que 
substitua o anterior; 
 
c) Pela substituição do costume por outro Tratado 
Internacional que incorpore as normas costumeiras (que é a 
CODIFICAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL); 
 
 
Ao contrário dos Tratados, não é necessário 
incorporar ao ordenamento jurídico brasileiro para que ele (o 
costume) gere efeitos jurídicos dentro do Brasil. 
 
3. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO RECONHECIDOS PELO 
DIREITO INTERNACIONAL 
 
São normas de caráter mais genérico e abstrato que 
incorporam valoresque fundamentam a maioria dos sistemas 
jurídicos mundiais, orientam desde a elaboração, a 
interpretação, até a aplicação de seus preceitos, podendo ser 
aplicadas diretamente às relações sociais. 
 
Exs.: Princípios da proteção à dignidade humana, o 
pacta sunt servanda, a boa-fé, o devido processo legal, a 
reparação pela pessoa que causou dano a outrem. 
 
Não existe rol taxativo de Princípios Gerais de 
Direito válidos para o DIP dentro do ECIJ
2
, portanto, seu rol é 
exemplificativo. 
 
Com efeito, os Princípios Gerais de Direito, são 
normas estáveis que, incorporam valores reconhecidos na maior 
parte dos ordenamentos jurídicos mundiais. 
 
 JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL 
 
Ao conjunto de decisões judiciais reiteradas no 
mesmo sentido, em questões semelhantes, proferidas por órgãos 
internacionais de solução de controvérsias relativas ao Direito 
Internacional, nominamos JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL. 
 
 
2
 ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA 
 Professora Camila Santos Furtado 
 
Ex.: Corte Internacional de Justiça (CIJ), Tribunal 
Penal Internacional (TPI) e Corte Interamericana de Direitos 
Humanos(CIDH). 
 
O Art. 38 do ECIJ dispõe que as decisões judiciais 
são meios auxiliares para determinação das regras de Direito, 
portanto, a teor desse artigo, a jurisprudência seria 
considerada fonte estatutária e auxiliar do Direito 
Internacional. 
 
No entanto, em que pese a existência de dissenso 
doutrinário sobre aceitar ou não a Jurisprudência Internacional 
como fonte do DIP, o entendimento prevalecente é o que, embora 
conste no rol das fontes estatutárias, embora seja meio auxiliar 
de interpretação do Direito, a jurisprudência, assim como a 
doutrina (que veremos à seguir) não são fontes do DIP, na medida 
em que, não criam normas internacionais, seus precedentes não 
vinculam, apenas orientam, esclarecem e atestam o alcance e o 
sentido das normas
3
. 
 
 DOUTRINA 
 
É o conjunto de estudos, ensinamentos, 
entendimentos, teses e pareceres dos estudiosos do Direito 
Internacional, normalmente constantes em obras acadêmicas e 
trabalhos de instituições especializadas. 
 
Da mesma forma que a Jurisprudência Internacional, 
o Art. 38 do ECIJ menciona a doutrina como fonte, ainda que 
auxiliar do DIP. No entanto, assim como a Jurisprudência, o 
entendimento majoritário é o de que também não é fonte do DIP, 
eis que é apenas meio de auxiliar para interpretação das normas 
jurídicas internacionais. 
 
 FONTES EXTRAESTATUTÁRIAS 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO: São normas genéricas e abstratas que alicerçam e 
conferem coerência ao ordenamento jurídico internacional, 
orientando a elaboração e aplicação das normas internacionais e 
a ação de todos os sujeitos do DIP. 
 
Exs.: Soberania Nacional, Não-Intervenção, 
Igualdade entre os Estados, Autodeterminação dos Povos, 
Cooperação Internacional, Solução Pacífica de Controvérsias 
Internacionais. 
 
O principal Princípio Geral do Direito é o da 
Prevalência dos Direitos Humanos nas Relações Internacionais. 
 
 ANALOGIA: é a aplicação a determinada situação de 
fato de uma norma jurídica feita para ser aplicada a caso 
 
3
 Valério Mazuolli – Jurisprudência não é fonte, porque não cria direito, apenas o interpreta. 
 Paulo Henrique Gonçalves Portela: Jurisprudência cria direitos, ainda que apenas entre as partes em 
litígio, portanto, a considera como fonte do DIP. 
 Professora Camila Santos Furtado 
 
semelhante, sendo a resposta à lacuna da norma jurídica para 
regular o caso concreto. 
 
Não há consenso sobre analogia ser (ou não) fonte 
do DIP. Portanto, para uma parte da doutrina, analogia é fonte e 
para outra, não, sob o entendimento de que é apenas meio de 
integração do ordenamento jurídico. 
 
 EQUIDADE: É a aplicação de considerações de 
justiça a uma relação jurídica, quando não exista norma que 
regule ou quando o preceito cabível não é eficaz para 
solucionar, coerentemente, e de maneira equânime, um conflito. 
 
O Parágrafo
4
 2º do Art. 38 do ECIJ consagra a 
Equidade como ferramenta para solucionar conflitos 
internacionais, autorizando a Corte, ao examinar um litígio, 
afastar a aplicação de uma norma que incida sobre um caso 
concreto, decidindo o conflito com base, apenas, em 
considerações de justiça (que é a equidade). 
 
Atenção! A equidade só pode ser empregada com a 
expressa anuência das partes envolvidas no litígio. 
 
Também não há consenso em considerar (ou não) 
equidade como fonte do Direito. Há quem entenda que é e há os 
que não a admitem como fonte, sob o argumento de que é apenas 
elemento de integração das normas. Em todo caso, a equidade pode 
ser enquadrada como Princípio Geral de Direito e, portanto, por 
via reflexa, ser considerada como fonte do DIP. 
 
 ATOS UNILATERAIS DOS ESTADOS: São os atos cuja 
existência dependa, única e exclusivamente da manifestação de um 
Estado, influenciando as relações internacionais, gerando 
consequências jurídicas, independentemente da aceitação ou 
envolvimento de outros entes estatais. 
 
Os Atos Unilaterais podem ser: 
 
a) Expressos: quando os atos se aperfeiçoam por 
meio de declaração que adote a forma escrita ou oral. 
 
b) Tácitos: quando os Estados, implicitamente, 
aceitam determinada situação, normalmente pelo silêncio ou pela 
prática de ações compatíveis com o seu objeto ou não oferecendo 
objeção a esses atos. 
 
Exs. de Atos Unilaterais: 
 
1. PROTESTO: trata-se da manifestação expressa de 
discordância quanto à uma situação, destinada ao transgressor de 
uma norma internacional e voltada a evitar que a conduta objeto 
do protesto se torne norma (ex.: protestos contra golpes de 
 
4
 Fala-se PARÁGRAFO e não § no ECIJ. 
 Professora Camila Santos Furtado 
 
Estado que violam normas internacionais que determinam o 
respeito à democracia - Venezuela). 
 
2. NOTIFICAÇÃO: Quando um Estado leva oficialmente 
ao conhecimento e outro ente Estatal, fato ou situação que pode 
produzir efeitos jurídicos, dando-lhe certeza da informação 
(ex.: notificações de estados de guerra). 
 
3. RENÚNCIA: é a desistência de um direito, que se 
torna extinto. A renúncia deve ser sempre expressa, jamais 
tácita ou presumida, a partir do mero não exercício de um 
direito. 
 
4. DENÚNCIA: É quando um Estado se 
desvincula/desliga de um Tratado, manifestando a sua vontade de 
sair dele. 
 
5. RECONHECIMENTO: é o ato expresso ou tácito de 
constatação e admissão da existência de certa situação que 
acarrete consequências jurídicas (ex.: reconhecimento de Estado 
e de governo). 
 
6. PROMESSA: É um compromisso jurídico de adoção de 
certa conduta (Ex.: promessa de celebração de um tratado). 
 
7. RUPTURA DAS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS: É ato que 
suspende o diálogo oficial de um Estado com outro nas relações 
internacionais. 
 
 DECISÕES DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: São os 
atos que podem gerar efeitos jurídicos para o organismo que o 
praticou e para outros sujeitos de Direito Internacional (ex.: 
Decisões da ONU). 
 
Também são chamadas de ATOS UNILATERAIS DE 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS OU ATOS DAS ORGANIZAÇÕES 
INTERNACIONAIS. 
 
Podem ser INTERNOS (quando se restringem ao 
funcionamento da entidade) ou EXTERNOS (quando voltados a 
tutelar os direitos e obrigações de outros sujeitos de Direito 
Internacional). 
 
Podem ser resultadosdas decisões dos Estados 
membros da entidade ou dos órgãos das organizações, desde que 
sejam competentes para isso. 
 
Podem ou não obrigar os destinatários (ou seja, 
podem ou não se revestir de caráter vinculante). 
 
As Organizações Internacionais podem praticar os 
mesmos atos unilaterais que os Estados. 
 
 Professora Camila Santos Furtado 
 
As decisões tomadas pelas Organizações 
Internacionais são chamadas de RESOLUÇÕES que, podem ser 
obrigatórias/impositivas ou facultativas. 
 
As obrigatórias, são as que vinculam os sujeitos de 
Direito Internacional. 
 
Ex.: Recomendações da OIT que obrigam os Estados a 
legislar a respeito da matéria de que tratam no prazo de 1 ano e 
das decisões do Conselho de Segurança da ONU). 
 
Ex².: Resolução nº 1.874 de 12 de junho de 2009, 
incorporada no ordenamento jurídico do Brasil, mediante Decreto 
Presidencial nº 6.935 de 12 de agosto de 2009 – restrições 
nucleares, biológicas e químicas à Coreia do Norte (Recomenda-se 
leitura do Informativo 555, STF). 
 
Ex³: Resolução nº 1.373/2001 do Conselho de 
Segurança da ONU, que estabeleceu medidas para o combate ao 
terrorismo, cuja execução, no Brasil, ocorrera com o Decreto 
Presidencial nº 3.976 de 18 de outubro de 2001. 
 
As facultativas, têm caráter de recomendação, 
consistindo apenas em propostas de ação, possuindo força moral e 
política, mas não jurídica (ex.: Resoluções da Assembleia Geral 
da ONU). 
As resoluções das Organizações Internacionais são 
fontes do Direito Internacional? Somente se forem obrigatórias 
(vinculantes). Se forem facultativas, servem apenas de 
parâmetros interpretativos, como elementos de relevância 
política e moral e como orientações para futuras elaborações de 
normas jurídicas.

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