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APS JOGO DAS CORES

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Universidade Paulista – UNIP
Curso de Psicologia
Tema: Relatório de resultados do jogo das cores proibidas
Disciplina: Psicologia Sócio Interacionista
Profa. Caroline Franscisca Eltik
Alunos (as): Amanda Magio – RA: C6818E6
Bárbara Mattioli– RA: D064HI0
Danyelle Pfeifer F. M. Gil– RA: T4580F0
Robert Andrade – RA: D0SCBC2
Ribeirão Preto- SP
09/2017
INTRODUÇÃO
O processo de aprendizagem é uma etapa muito importante no desenvolvimento da criança. É através dos símbolos culturais e interações sociais, que a linguagem e o pensamento se constitui. Pensando nos processos psicológicos de internalização que ocorrem durante a formação do aprendizado, Lev Vygotsky ao longo de sua carreira, realizou diversos experimentos com crianças na tentativa de investigar qual a melhor maneira de auxiliá-las nessa etapa do desenvolvimento. Em seus estudos, Vygotsky apresenta algumas teorias que se referem a linguagem como característica principal da formação do pensamento. A linguagem é adquirida através dos signos presentes no ambiente, e o significado deles no âmbito simbólico da cultura em que o sujeito vive. Portanto o ser humano se apropria dos signos para representar a realidade e usa essa mediação simbólica para auxiliá-lo nas tarefas que exigem memória e atenção. 
Um experimento europeu conduzido por Leontiev, chamado o jogo das cores, possibilitou um estudo mais detalhado da relação dos instrumentos de signos como mediadores no desenvolvimento da percepção, atenção e memória de crianças a partir dos 5 anos. Esse jogo se constitui de perguntas feitas através de um pesquisador acerca de algumas cores de objetos que estão ou não no campo visual da criança. As regras do jogo são duas: não falar as cores proibidas e não citar as cores repetidas. 
Com a finalidade de reproduzir os métodos qualitativos da pesquisa desses teóricos e analisar o dados obtidos nesse experimento, o presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados do Jogo das cores, aplicado em uma criança que apresenta os devidos critérios de seleção para a execução do jogo: não apresentar problemas de aprendizagem e conhecer as cores. Para a realização desse teste foi usado um questionário disponibilizado na disciplina de psicologia sócio-interacionista . 
Regras do jogo
O jogo consiste em pedir à criança que responda a um conjunto de questões relativas a cores, seguindo dois tipos de instruções: não mencionar duas cores estabelecidas no início como proibidas; não repetir cores que já tenham sido mencionadas no decorrer da tarefa. Vence o jogo quem obedecer rigorosamente as duas regras acima: responderas 18 questões sem falar as cores proibidas e sem repetir as cores já faladas. A criança deve ser orientada a responder “eu não posso falar essa cor” para as situações em que ela seja proibida ou repetida. As três tarefas devem ser aplicadas individualmente numa única vez. 
Etapas do jogo
Tarefa 1
Jogo sem cartões auxiliares e sem ajuda das pesquisadoras.
Responder a um total de 18 questões sem repetir cores e nem falar as duas cores proibidas.(Verde e amarelo).
Tarefa 2
Jogo com cartões auxiliares e sem ajuda das pesquisadoras.
As regras são as mesmas da tarefa 1; no entanto, fornecer à criança 8 cartões coloridos que pode ser utilizado da forma que desejar. Sinalizar para a criança que os cartões podem ajudá-la a ganhar o jogo. Cores proibidas(Azul e vermelho)
Tarefa 3
Jogo com cartões auxiliares e com ajuda das pesquisadoras
As pesquisadoras sugerem o uso dos cartões com o objetivo de ganhar o jogo e mostrar à criança, por exemplo, como virar o cartão da cor correspondente na medida em que cada uma é mencionada. Entre uma questão e outra, são feitas outras questões para não “cansar“ a criança. Cores proibidas (Marrom e laranja)
 O resultado do jogo se dá através da observação das freqüências de acertos e erros em relação as regras do jogo. É visto também de que maneira a criança utiliza os signos e instrumentos culturais, no caso os cartões, para auxiliar nas lembranças das instruções. O desempenho nas fases do jogo também leva em consideração a ajuda do pesquisador como mediador do conhecimento na zona de desenvolvimento proximal da criança. Além desses fatores é analisado se há existência da fala egocêntrica para organizar seu pensamento e conduzir suas ações durante o jogo. E por fim a construção da capacidade de memorizar as instruções.
Para exemplificar os resultados, serão utilizados tabelas e gráficos que demonstram a freqüência e porcentagem das respostas. Posteriormente será feita a análise dos dados assim como o desempenho da criança. 
MÉTODO 
Sujeitos
O estudo foi feito com D., uma criança de cinco anos, do sexo masculino, devidamente matriculado no Jardim de Infância de uma creche particular em Ribeirão preto no estado de São Paulo. Ele não apresenta dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento. O experimento foi realizado no domicílio da criança na presença dos respectivos pais. O tempo de duração do jogo foi de oito minutos. Danyelle foi a entrevistadora e Barbara fez as gravações em vídeo. 
Material utilizado
Oito cartões nas cores - azul, vermelho, verde, amarelo, alaranjado, marrom, branco, preto; roteiro de perguntas 
Regras do jogo
O jogo consiste em pedir à criança que responda a um conjunto de questões relativas a cores, seguindo dois tipos de instruções: não mencionar as cores estabelecidas como proibidas; não repetir cores que já tenham sido mencionadas no decorrer da tarefa. 
Vence o jogo quem obedecer rigorosamente as duas regras acima: responder as 18 questões sem falar as cores proibidas e sem repetir as cores já faladas. A criança deve ser orientada a responder “ não posso falar essa cor” para as situações em que ela seja proibida ou repetida. As três tarefas devem ser aplicadas uma única vez. 
Tarefa 1
Jogo sem cartões auxiliares e sem ajuda das pesquisadoras.
Responder a um total de 18 questões sem repetir cores e nem falar as duas cores proibidas.(Verde e amarelo).
Tarefa 2
Jogo com cartões auxiliares e sem ajuda das pesquisadoras.
As regras são as mesmas da tarefa 1; no entanto, fornecer à criança 8 cartões coloridos que pode ser utilizado da forma que desejar. Sinalizar para a criança que os cartões podem ajudá-la a ganhar o jogo. Cores proibidas(Azul e vermelho)
Tarefa 3
Jogo com cartões auxiliares e com ajuda das pesquisadoras
As pesquisadoras sugerem o uso dos cartões com o objetivo de ganhar o jogo e mostrar à criança, por exemplo, como virar o cartão da cor correspondente na medida em que cada uma é mencionada. Entre uma questão e outra, são feitas outras questões para não “cansar“ a criança. Cores proibidas (Marrom e laranja)
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os resultados da análise estatística mostraram a diferença de frequência das respostas certas nas três fases do jogo. Como pode se observar na tabela, os dados mostram que na primeira tarefa a criança apresentou um certo nível de dificuldade ao tentar se lembrar das cores repetidas e proibidas, apesar da maior porcentagem ser de respostas certas. Já na segunda tarefa, em que os cartões eram disponibilizados ao uso da criança, houve um aumento significado no número de acertos. 
Na primeira fase do jogo durante algumas perguntas como: qual é a cor da grama?; qual a cor da terra? Foi possível observar que D. permanecia em silêncio por um tempo, olhando para os lados a procura de uma pista. Porém não conseguiu se lembrar e “chutou” a cor azul. Na terceira tarefa, as mesmas perguntas foram feitas a ele, só que dessa vez D. diz o nome das cores corretas verde e marrom, apesar de serem repetidas. 
Apesar de não se lembrar da segunda regra do jogo, a criança se mostrou preocupada em acertar a primeira regra: não dizer o nome das cores proibidas pré-estabelecidas no jogo.
	Tarefas
	Categoria de respostas
	Frequência simples
	Porcentagem
	I
		A
	3
	16%
	B
	4
	22%
	C
	6
	33%
	D
	5
	27%
	TOTAL18
	100%
	II
		A
	1
	5%
	B
	1
	5%
	C
	13
	72%
	D
	3
	16%
	TOTAL
	18
	100%
	III
		A
	1
	5%
	B
	7
	38%
	C
	8
	44%
	D
	2
	11%
	TOTAL
	18
	100%
O gráfico exposto a seguir mostra a evolução da criança no jogo. Em alguns momentos D. olha para cima parecendo construir seu pensamento através das memórias dos signos que representam a cor. Na segunda e terceira tarefa, seu olhar se direcionava imediatamente ao cartão, que naquele momento servia como mediador para conseguir se lembrar. 
O jogo foi executado com sucesso e apresentou resultados satisfatórios para a análise do instrumento de pesquisa tendo com base as teorias Vygotskianas. Percebe-se que D. não usa os cartões diretamente (pegar o cartão), mas seu olhar se direciona diversas vezes a eles como forma de acertar a resposta certa. Sua maior preocupação durante as fases do jogo era acertar a cor.
Conclusão
A maior dificuldade da criança em relação a memória das instruções, foi diante a segunda regra do jogo sobre não falar as cores repetidas. Em todas as perguntas onde a resposta correta era não falar a cor repetida, o erro B aparecia. Apesar de não se mostrar capaz de seguir principalmente a segunda instrução, D. se mostrou preocupado em obedece-la e ganhar o jogo. Em algumas perguntas onde a resposta era uma cor que ele já havia falado, sua ação era “chutar” uma cor qualquer, mesmo que ela não correspondesse. Por exemplo: dizer que a cor da terra é azul. Como marrom era uma cor repetida, D. disse azul. Não podemos afirmar que ele desconhecia o significado da terra, pois na terceira tarefa a mesma pergunta foi feita e dessa vez a resposta foi correta. Nesses momentos, a criança olhava por alguns instantes para a pesquisadora com um sorriso, a espera de uma dica. Ao perceber que isso não aconteceria, a ação dela era de simular uma resposta mesmo sabendo que ela não era a correta. 
A principal motivação de D. durante o jogo era conseguir cumprir a primeira regra, sobre acertar cores proibidas pré-estabelecidas. Esse fato auxiliou na memorização dessa instrução. Pode-se dizer que ouve uma evolução no desempenho da criança em relação a memorização das instruções do jogo nas três fases. Na segunda tarefa, onde a criança pode utilizar os recursos externos (cartões coloridos), o número de acertos foi consideravelmente maior. As cores proibidas que estavam no campo visual de D. através dos cartões, auxiliaram na capacidade de memorização dele. Já na terceira fase onde a criança contou com a ajuda do adulto, seu desempenho de mostrou melhor ainda em relação as perguntas onde as cores eram de objetos um pouco mais sofisticados (Por exemplo: qual a cor do ouro?). Ao perceber que a criança desconhecia do símbolo do ouro, o pesquisador induz uma lembrança de um outro símbolo parecido que tivesse o mesmo significado, (Por exemplo: “sua mãe não tem nenhuma correntinha de ouro?”) isso faz com que imediatamente ele se lembrasse da cor dizendo amarelo. 
Em algumas perguntas ouve a presença da fala egocêntrica, a criança olhava para o alto e começava a repetir a pergunta feita pelo pesquisador. Olhando sobre a ótica da perspectiva de Vygotsky, a fala egocêntrica é um artifício verbal de organização do pensamento. O olhar direcionado para os cartões e sinais faciais da criança como o sorriso é uma maneira não verbal de descobrir a resposta correta. Mesmo não usando diretamente os cartões coloridos, o desempenho de D. se mostrou satisfatório em relação a sua idade, pois somente a partir dos oito anos de idade é que a criança começa a utilizar os mediadores simbólicos como auxílio no processo de aprendizagem. 
Referências bibliográficas
MALUF, M. R; MOZZER, G. N. S. Operações com signos em crianças de 5 a 7 anos. In: Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, vol. 16, n° 1, jan./abr. 2000. www.scielo.br/pdf/ptp/v16n1/4389.pdf
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4 Ed. São Paulo: Scipione, 1996.

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