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PEB GOVERNO LULA

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Governo Lula 
O Acumulado Histórico da Política Externa Brasileira e a Diplomacia de Lula
Linhas de Força:
Universalização da política externa
Diversificação das parcerias/Cooperação para a autonomia:
Cooperação Sul-Sul
Maior atenção à América Latina
Busca por equilíbrio entre parceiros desenvolvidos e em desenvolvimento
Multilateralismo
Democratizar a ordem da globalização
Relações com os EUA: Afirmação e Movimento Brando
Superou as desconfianças geradas a partir de sua eleição, e, a partir do segundo mandato, buscou afirmar o Brasil como uma potência emergente em um sistema internacional multipolar.
Optou pela manutenção do equilíbrio, reconhecendo a importância dos EUA como parceiro e o potencial brasileiro como imagem de liderança.
“Como sociedades multiétnicas, democráticas e de grande diversidade cultural, Estados Unidos e Brasil têm muitas semelhanças e propósitos comuns. Compartilho sua intenção de buscar soluções políticas para os grandes problemas que ameaçam a segurança coletiva no mundo de hoje desde uma perspectiva multilateral.[...]”
Mensagem do Presidente Lula ao Presidente dos EUA, Barack Obama. Brasília, 21 de janeiro de 2009
Declaração de Teerã:
1980-90: intensificação do programa nuclear iraniano
2002: investigação pela AIEA por suspeita quanto ao real objetivo do programa; relatórios apontavam para violações do TNP e programa secreto de enriquecimento de urânio, embora não tenham sido encontradas provas concretas
2004: Irã compromete-se a cooperar com a AIEA e firma acordos com GB, FR, AL
2006: Sanções impostas pelo CSNU
Os desentendimentos com o Irã levaram ao envolvimento do Brasil e da Turquia como mediadores, com a aquiescência estadunidense
Mediação turco-brasileira
Brasil e Turquia: maior legitimidade perante os olhos iranianos
O Brasil tem procurado corresponder ao que se espera de um membro do Conselho, mesmo não permanente, que é contribuir para a paz
Declaração de Teerã: objetivo de apresentar uma alternativa às tradicionais sanções econômicas
Reafirma o compromisso com o TNP, logo, Irã poderá desenvolver pesquisas, produzir e fazer usufruto da energia nuclear, para fins pacíficos
Pontos 5 e 6 da Declaração: depositar 1200 kg de urânio na Turquia e receber de volta, em um ano, 120 kg de combustível para o Reator Nuclear de Pesquisas de Teerã
Sabotagem aos avanços da mediação turco-brasileira
Brasil e Turquia, países emergentes, obtiveram sucesso nas negociações, o que mostrou um sinal de fraqueza do P5+1
Intenção de não chegar a nenhum acordo com o Irã e impor sanções econômicas e restrições energéticas
Washington acusou Teerã de assinar o acordo apenas para ganhar mais tempo de modo a evitar sanções; Brasil e Turquia considerados ingênuos
Desentendimento entre Brasil e EUA: Carta de Obama, de 2009, era a prova de que os dois países haviam firmado o acordo com Irã sob concordância da Casa Branca
G20 Financeiro e Comercial:
Coalizões de mercados emergentes em busca de maior voz nas negociações internacionais;
G20 Comercial: Surgiu com o objetivo de abrir espaço para as negociações sobre agricultura, e atingir resultados que refletissem as necessidades dos mercados emergentes;
Dentre seus componentes, destacam-se: Argentina, África do Sul, Brasil, China e Índia;
G20 Financeiro: Objetiva promover o diálogo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, sobre questões-chave da economia global;
Destacam-se as discussões sobre propriedade intelectual.
Fórum de Diálogo IBAS (Índia, Brasil e África do Sul):
Voltado para a cooperação setorial e coordenação política;
Surge como um dos resultados da ação assertiva da diplomacia brasileira, com o objetivo de intensificar a voz desses países no processo de construção de regras no sistema internacional;
Ocupou um papel de projetar seus membros na ordem mundial, abrindo um valioso espaço político para a atuação internacional , em especial, da África do Sul e do Brasil.
Relações com países em desenvolvimento:
A estratégia de diversificação das relações exteriores brasileiras ganhou maior ênfase na política externa de Lula, com destaque para os países em desenvolvimento:
Criação de 38 novas embaixadas, sendo 15 no continente africano;
Durante os oito anos de governo, Lula fez 245 visitas presidenciais a 85 países diferentes. Sendo 56,68% destinadas a países em desenvolvimento
África:
Lula: África é um vetor fundamental da política externa
Uma das maiores áreas de investimento em termos diplomáticos do governo
Brasil torna-se exportador de capital e tecnologia, além de exportador de produtos primários, serviços e manufaturas
Agenda:
combate à pobreza e às epidemias; apoio aos processos de pacificação e reconstrução; perdão de dívidas; concessão de créditos; educação (PEC); introdução e geração de tecnologias adaptadas aos problemas do Terceiro Mundo
Segundo mandato
Sétima viagem ao continente: Burkina Faso, República do Congo, África do Sul, Angola
além de acordos bilaterais e multilaterais, previu a participação na 2ª cúpula do IBAS
Burkina Faso (cotonicultura; educação; saúde); República do Congo (dendê; sucroalcoolaria)
O comércio com o continente africano aumentou de US$ 5 bilhões em 2002, para US$ 26 bilhões em 2008
Angola
2007: Revolução dos Biocombustíveis: Angola, 2º maior produtor africano de petróleo; Brasil, autossuficiente na produção de petróleo
2010: José Eduardo dos Santos vem ao Brasil
assinatura do acordo de parceria estratégica
apoio à candidatura do Brasil a membro permanente no CSNU
Projeto de reconstrução nacional angolano
2007 aumenta-se as linhas de crédito do país, US$ 2 bilhões; em 2010 aumenta-se novamente, desta vez, US$ 10 bilhões
CPLP:
Aproveita o momento em crise para reclamar um lugar como membro permanente no CSNU, aproveitando, ainda, a reformulação da ordem mundial e a ampliação do G-8;
Privilegia participação mais ativa em organizações internacionais;
CPLP complementa e fortalece a ação bilateral;
Atuação do Brasil na Comunidade: duas perspectivas
Instrumentalização da organização;
Alcança interesses globais que não seriam possíveis de se obter individualmente
Cimeira de 2008
3 aspectos definiram a agenda e discurso brasileiro quanto à Comunidade:
cultural: 2008 → acordo ortográfico
econômico: Petrobrás perde a concorrência para a Marathon Oil na exploração de petróleo na Angola
dificuldade de implementação de acordos: construção de fábrica de remédios contra AIDS em Moçambique, prometida desde 2003, ainda não estava em execução
Proposição de acordos com o Mercosul: favorecer intercâmbios econômicos
Instrumento para o desenvolvimento dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP);
Ampla participação da Agência Brasileira de Cooperação;
Cooperação bilateral:
Timor Leste e Angola; Guiné-Bissau; Moçambique
Brasil na presidência da CPLP desempenhou papel central nas gestões diplomáticas que contribuíram para a retomada da democracia em São Tomé e Príncipe;
Ásia:
Principal parceiro econômico brasileiro no que tange às exportações;
O comércio e o investimento brasileiros se expandiram pelo leste asiático;
Interesses asiático e brasileiro
Brasil: matéria-prima e insumos básicos
Ásia: área de investimentos e tecnologia de ponta
Japão
2004: visita do primeiro-ministro japonês, Jonichiro Koizumi
Apesar da diminuição da interdependência entre Brasil e Japão pela desaceleração do crescimento japonês, a parceria bilateral não sofreu gravemente devido à postura do governo Lula
2005: visita de Lula ao nordeste asiático
assinatura de três memorandos; projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo do Protocolo de Kyoto
Continuidade às relações tradicionais, mas com pouca profundidade e vontade de expandir o relacionamento
China
2004-2005: assinatura de acordos; aumento da cooperação industrial;
Visita de Hu Jintao ao Brasil
Memorando
China reconhecida como economia de mercado;
Cobrança de investimentos em infraestrutura
Venda de aeronaves da EMBRAER
O processo de aproximação
do Brasil com a China é visto com otimismo, uma vez que a China é considerada como uma das áreas mais dinâmicas do mundo na esfera econômica;
ASEAN
Exportações: 1989: US$ 1,03 bilhões; 2010: US$ 6,60 bilhões
Importações: 1989: US$ 135 bilhões; 2010: US$ 6,76 bilhões
Intercâmbio comercial cresceu 236,8% de 2003 a 2009
Acordos
Indonésia: comercial, educação, energia e agricultura; Vietnã: saúde e energia; Tailândia: saúde; Filipinas: agrícola e saúde
2008: Aproximação entre ASEAN e Mercosul → Econtro Ministerial ASEAN-Mercosul
objetivo: aumento das relações entre os blocos e a penetração de ambos no cenário internacional
Crise de 2008 e a diversificação de parceiros
Exemplo: comércio com a China sofreu impacto de redução de 1%, enquanto o intercâmbio Brasil-Mundo caiu 24.3%. As exportações para a China cresceram 23.9%, enquanto para o mundo houve retração de 22.7%;
América Latina:
UNASUL
Criada em 2008 a partir da Comunidade Sul-Americana de Nações (CASA);
Priorizou cooperação nos campos político, de infraestrutura e de defesa;
Objetivo brasileiro: criar uma esfera de influência, reduzindo a ingerência dos EUA no subcontinente americano;
América Latina:
Mercosul
Instrumento de projeção dos interesses nacionais na região;
Destino de investimentos de empresas brasileiras, durante o processo de internacionalização;
Administrava tensões e buscava criar convergências entre os países da região;
Implementação do Parlamento do Mercosul e do Fundo de Convergência Estrutural (Focem);
“Enquanto o objetivo estratégico das estruturas hegemônicas de poder é a sua própria preservação e expansão, os objetivos estratégicos finais dos grandes Estados periféricos seriam participar dessas estruturas hegemônicas - de forma soberana e não subordinada - ou promover a redução do seu grau de vulnerabilidade diante da ação dessas estruturas”.
Samuel Pinheiro Guimarães

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