Buscar

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA 
GRUPO MINISTRO JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2015 
i 
IRMA APARECIDA DE SOUZA 
ALINE RAFAELA SILVÉRIO DA SILVA 
ONI DE FREITAS GOMES 
PATRICIA APARECIDA TOMAZ DA SILVA KAWAKAMA 
BRUNO FELIPE RODRIGUES KAZAMA 
GIUSEPPE GUARDIA RUIZ 
RODRIGO APARECIDO BARBOSA PIRES 
WOLFGANG GUARDIA RUIZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL 
 
 
Trabalho da disciplina Atividades Práticas 
Supervisionadas (APS) do 4º semestre do Curso 
de Direito apresentado à Universidade Paulista 
– UNIP 
 
 
 
Orientador: Prof. Ms. Fernando Peixoto de 
Araújo Neto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2015 
ii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
Princípios constitucionais do processo civil. 
 Irma Aparecida de Souza, Aline Rafaela 
Silveira, Oni de Freitas Gomes, Patrícia 
Aparecida Tomaz da Silva Kawakama, Bruno 
Felipe Rodrigues Kazama, Giuseppe Guardia 
Ruiz, Rodrigo Aparecido Barbosa Pires, 
Wolfgang Guardia Ruiz. ─ 2015 
35p. : il. color. 
 
 1. DIREITO PROCESSUAL. 2. PRINCIPIOS 
CONSTITUCIONAIS. 3. PROCESSO CIVIL. 1. UNIP 
iii 
IRMA APARECIDA DE SOUZA 
ALINE RAFAELA SILVÉRIO DA SILVA 
ONI DE FREITAS GOMES 
PATRICIA APARECIDA TOMAZ DA SILVA KAWAKAMA 
BRUNO FELIPE RODRIGUES KAZAMA 
GIUSEPPE GUARDIA RUIZ 
RODRIGO APARECIDO BARBOSA PIRES 
WOLFGANG GUARDIA RUIZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL 
 
 
Trabalho da disciplina Atividades Práticas 
Supervisionadas (APS) do 4º semestre do Curso 
de Direito apresentado à Universidade Paulista 
– UNIP 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
________________________________________________ ____ /_____ /_____ 
 Professor: Prof. Ms. Fernando Peixoto de Araújo Neto 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 
iv 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedicamos este trabalho, por mais singelo e simples que seja, por ser executado por 
estudantes de quarto semestre do curso de Direito, ao Esmo Sr Ex-ministro do Supremo 
Tribunal Federal Dr. Joaquim Benedito Barbosa Gomes, que teve a coragem de aplicar 
verdadeiro senso de dever do Magistrado, julgando políticos poderosos, que detinham o poder, 
abrindo de fato o caminho para outros que lhe sucedem neste importante “onda” de moralização 
do poder, mostrando que o justiça é igual para todos, um dos mais importantes princípios 
constitucionais. 
 
v 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Este grupo, na pessoa de sua líder, aluna Irma Aparecida de Souza, agradece ao Instituto 
de Estudos Avançados, onde a mesma é bolsista do CNPq, por ceder a infraestrutura 
computacional e horas de trabalho, necessárias à execução deste trabalho. 
Ao Professor Mestre Fernando Peixoto de Araújo Neto, pela orientação constante, 
paciente e segura. 
 
 
vi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Que ingenuidade a minha, pedir que 
reformulem o poder àqueles que detêm o poder”. 
(Frase atribuída a Giordano Bruno) 
 
vii 
RESUMO 
 
 
No atual Estado Democrático de Direito que alicerça a sociedade brasileira, os processos 
judiciais não são somente regidos pelas leis processuais propriamente ditas, havendo toda uma 
sistemática normativa dentro da Constituição Federal de 1988 que incorpora o acesso à justiça 
e os mecanismos do devido processo legal no capitulo dos direitos e garantias individuais. O 
Direito Processual Civil, assim como os demais ramos do Direito, como ciência, assenta-se em 
princípios, ou premissas básicas, consideradas verdades ou princípios fundamentais. Dentre tais 
princípios, no Direito Civil, são fundamentais e, por isso, de observância obrigatória como 
normas do direito objetivo que devem nortear a condução dos processos, os princípios que 
advém das normas constitucionais, que denominamos de princípios constitucionais do processo 
civil. Neste trabalho abordam-se os seguintes princípios: da inafastabilidade da jurisdição, do 
juiz natural, do contraditório e da ampla defesa, da inadmissibilidade de provas ilícitas, da 
publicidade, da fundamentação das decisões, da lealdade processual, da isonomia ou igualdade, 
da celeridade processual e do duplo grau de jurisdição. A metodologia empregada é a pesquisa 
bibliográfica e o objetivo geral do trabalho é a produção de um texto conciso e claro, destinado 
aos estudantes iniciantes no campo do direito. 
 
Palavras chave: Direito processual. Processo civil. Princípios constitucionais. 
 
 
viii 
ABSTRACT 
 
 
In the current Democratic Rule of Law that underpins the Brazilian society, judicial processes 
are not only governed by proper processual laws, there are, moreover, objective systematic rules 
within the Federal Constitution of 1988 that incorporate the right of access to justice and the 
mechanisms of due legal process in chapter of individual rights and guarantees. The Civil 
Process, as well as other areas of justice, as a social science, is based on principles or basic 
assumptions, considered truths or fundamental principles. Among such principles, in Civil 
Justice, are fundamental and, therefore, of mandatory compliance as the norms of objective law 
that must guide the conduct of the proper legal process, the principles that derive from the 
constitutional rules, that we call Constitutional Principles of Civil Process. In this paper, we 
briefly approach the following principles: of the non exclusion of the jurisdiction, of the natural 
judge, of the contradictory and the full defense, of the admissibility of illegal evidence, of on 
advertising, of the reasons for decisions, of processual loyalty, of isonomy or equality, of the 
procedural celerity and of the two levels of jurisdiction. The methodology is the literature 
review and the overall objective is to produce a clear and concise text, intended for beginning 
students in the field of law. 
 
Key-words: Civil Right. Civil Process Code. Constitutional principles 
ix 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................
. 
7 
 
2 CONCEITO E FUNÇÕES DOS PRINCIPIOS PROCESSUAIS........................ 9 
 
3 PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL........................... 1
1 
 
3.1 Principio da inafastabilidade da jurisdição.......................................................... 1
1 
 
3.2 Principio do Juiz natural........................................................................................ 1
3 
 
3.3 Principio do contraditório e da ampla defesa,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.............................. 1
6 
 
3.4 Principio da inadmissibilidade das provas ilícitas.............................................. 1
7 
 
3.5 Principio da publicidade....................................................................................... 2
0 
 
3.6 Principio da fundamentação das decisões............................................................ 2
2 
 
3.7 Principio do devido processo legal.......................................................................... 2
3 
 
3.8 Principio da isonomia ou da igualdade................................................................ 2
4 
 
3.9 Principio da celeridade processual e da efetividade do processo......................2
6 
 
3.1
0 
Principio do duplo grau de jurisdição.................................................................. 2
7 
 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO..................................................................................... 3
1 
 
5 CONCLUSÃO........................................................................................................... 3
3 
 
 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 3
4 
x 
 
 
 
 
 
7 
1 INTRODUÇÃO 
 
No atual Estado Democrático de Direito que alicerça a sociedade brasileira, os 
processos judiciais não são somente regidos pelas leis processuais propriamente 
ditas, havendo toda uma sistemática normativa dentro da Constituição Federal de 
1988 que incorpora o acesso à justiça e os mecanismos do devido processo legal no 
capitulo dos direitos e garantias individuais. 
O Direito Processual Civil, assim como os demais ramos do Direito, como 
ciência, assenta-se em princípios, ou premissas básicas, consideradas verdades ou 
princípios fundamentais. Dentre tais princípios, no Direito Civil, são fundamentais e, 
por isso, de observância obrigatória como normas do direito objetivo que devem 
nortear a condução dos processos, os princípios que advém das normas 
constitucionais, que denominamos de princípios constitucionais do processo civil. 
A metodologia empregada é a pesquisa bibliográfica e o objetivo geral do 
trabalho é a produção de um texto conciso e claro, destinado aos estudantes iniciantes 
no campo do direito. 
A pesquisa bibliográfica básica foi realizada nos livros texto de Direito 
Processual Civil, como: Nunes (2013), Montenegro Filho (2008), Moraes (2015), 
Lenza (2015), Santos (2012) e Theodoro Junior (2015) e foi complementada e 
atualizada com artigos recentes publicados em sítios confiáveis da internet. Ao elencar 
os princípios constitucionais do processo civil, há algumas diferenças, entre os autores 
pesquisados, em terminologia e na própria “lista” dos princípios fundamentais. 
Elencou-se, neste trabalho, dez princípios, entendidos com tendo como base 
fundamental a Constituição Federal de 1988, os quais permeavam a maior parte da 
literatura consultada. São eles, os princípios da inafastabilidade da jurisdição, do juiz 
natural, do contraditório e da ampla defesa, da inadmissibilidade de provas ilícitas, da 
publicidade, da fundamentação das decisões, da lealdade processual, da isonomia ou 
igualdade, da celeridade processual e do duplo grau de jurisdição. 
O presente trabalho foi estruturado em cinco partes, sendo a primeira a 
presente seção, onde se definiu o objetivo do trabalho e a metodologia empregada na 
pesquisa. Na segunda parte discute-se muito sucintamente o conceito de princípios e 
as funções dos princípios processuais. Na terceira parte, os dez princípios 
constitucionais elencados neste trabalho são apresentados um a um e é brevemente 
discutida a sua relação direta ou indireta com as disposições constitucionais. Na 
8 
quarta secção é feita uma breve sinopse dos resultados do presente trabalho e na 
quinta seção feito o texto de conclusão do manuscrito. 
9 
2 CONCEITO E FUNÇÕES DOS PRINCIPIOS PROCESSUAIS 
 
E de extrema importância o estudo dos princípios que constituem as fontes 
basilares para qualquer ramo do direito, influindo tanto em sua formação como em 
sua aplicação. Em relação ao Direito do Processual Civil não poderia ser diferente, já 
que os princípios estão presentes, em sua formação e na aplicação de suas normas. 
O ordenamento jurídico não é composto somente pelas leis, costumes e 
decisões jurisprudenciais, mas se alimenta de princípios diversos, que se mostram, 
muitas vezes, essenciais à perpetuação e andamento da ciência jurídica. Dessa 
forma, os princípios passam a atuar como verdadeiros sustentáculos às normas 
jurídicas. 
Os princípios são as bases de estruturação de um sistema jurídico e o 
referencial que direcionará as demais normas, para que sejam regulamentadas de 
acordo com tais parâmetros fundamentais, subordinando-se a eles, já que expressam 
valores supremos de nossa justiça. Os princípios, pois, se configuram, como o próprio 
nome diz, no ponto de partida do direito, abrangendo regras e preceitos que deverão 
ser os pressupostos exigidos ao se traçar qualquer tipo de norma no âmbito jurídico. 
O termo “princípios” é empregado pelos doutrinadores do Direito em três 
sentidos diferentes. 
Primeiro sentido, como normas gerais ou generalíssimas, as quais traduzem 
valores, sendo, portanto, um ponto de referência para as regras que as desdobram. 
O segundo sentido seria como disposições que deveriam ser observadas para 
estabelecimento de normas específicas. 
E o terceiro e último sentido seria generalizações, abstraídas da inferência das 
normas vigentes sobre determinadas leis. 
O Estado Democrático de Direito está assentado em pilares que chamamos de 
princípios constitucionais. Tais princípios foram introduzidos na Magna Carta de 1988, 
no momento em que as relações sociais passaram a ser inseridas e regulamentadas 
pela ordem jurídica, visando assegurar a garantia dos direitos fundamentais dos 
cidadãos, dando a estes, maior segurança quando se sentirem lesados. 
Nessa mesma ótica, com a finalidade de se buscar um Processo eficaz, 
competente para conduzir a decisões adequadas e fundadas no ideal de justiça, 
socialmente orientado e democraticamente desenvolvido, foram introduzidos na 
Constituição Federal de 1988, os princípios constitucionais do processo. 
10 
Considerando que é através do processo que o Estado, após assumir para si a 
força da prestação jurisdicional, proibindo o exercício privado desta, excetuadas as 
hipóteses legalmente previstas, atende aos seus objetivos maiores de garantidor da 
paz social e das relações jurídicas, resulta inequívoco ser o processo o depositário de 
um sem número de princípios, ou pressupostos lógicos ou normas, buscando cumprir 
seus compromissos com a moral e a ética, valendo como algo anterior e externo ao 
sistema processual e, sobretudo, como bússola na aplicação das regras processuais 
em busca dos objetivos sociais e políticos do próprio sistema jurídico. 
Conclui-se, portanto, que a importância de se conhecer os princípios 
constitucionais do processo se dá pelo fato de, na prática jurídica, os operadores do 
Direito possam se encontrar em situações de colisão entre princípios e normas, os 
quais os primeiros deverão prevalecer. Isso porque, os princípios não devem ser 
usados apenas para integralizar o Direito, quando houver lacunas e omissões. Devem 
ser usados para tornar as decisões do Poder Judiciário mais justas, pois esse é o 
objetivo fim dos princípios no Direito. 
Na seção subsequente do presente trabalho, busca-se tecer uma breve análise 
sobre os princípios presentes nos processos civis e garantidos constitucionalmente, 
suas principais características, seus usos e sua importância para o estudo da teoria 
geral do processo civil. Os princípios processuais constitucionais diretos, 
genericamente estão presentes no artigo 5 da Constituição Federal de 1988, dentro 
do Título: “Dos Direitos e Garantias Fundamentais e outros de forma mais indireta, 
nas disposições sobre a organização do Poder Judiciário. 
 
 
11 
3 PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL 
 
Nesta seção abordam-se os seguintes princípios: da inafastabilidade da 
jurisdição, do juiz natural, do contraditório e da ampla defesa, da inadmissibilidade de 
provas ilícitas, da publicidade, da fundamentação das decisões, da lealdade 
processual, da isonomia ou igualdade, da celeridade processual e do duplo grau de 
jurisdição. As suas correlações diretas e indiretas com os princípios constitucionais 
são apresentadas e sucintamente discutidas.3.1 Princípio da inafastabilidade da jurisdição 
 
O princípio da inafastabilidade da jurisdição, que muitos autores chamam de 
cláusula do livre acesso, do acesso à justiça, ou do direito constitucional de ação, é 
garantido pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XXXV1, portanto, tal 
principio é visualizado como garantia fundamental e direito básico. 
O acesso à justiça pode, portanto, ser encarado como o requisito fundamental 
– o mais básico dos direitos humanos – de um sistema jurídico moderno e igualitário, 
que pretenda garantir, e não apenas proclamar direitos de todos. O “acesso” não é 
apenas um direito social fundamental, crescentemente reconhecido, ele é, também, 
necessariamente, o ponto central da moderna processualística (CAPPELLETTI; 
GARTH, 1988, p.12-13). 
Primeiramente, o princípio assegura a utilização de ações para se ressarcirem 
as lesões já sofridas por cidadão ou para inibir a ocorrência da lesão, quando ainda 
somente existe ameaça (Exemplos dessas ações inibitórias são aquelas para se 
impuser obrigações de não fazer utilizando as técnicas do artigo 461 do Código de 
Processo Civil2), conforme Nunes et al (2013, p. 95). 
Os obstáculos encontrados, são referentes à custas judiciais, às possibilidades 
das partes, a problemas especiais dos interesses difusos, entre outros, sendo que, 
 
1 Artigo 5, Inciso XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
2 Art. 461. O juiz pode ordenar de ofício ou a requerimento da parte: 
I - a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das testemunhas; 
II - a acareação de 2 (duas) ou mais testemunhas ou de alguma delas com a parte, quando, sobre fato 
determinado que possa influir na decisão da causa, divergirem as suas declarações. 
§ 1o Os acareados serão reperguntados para que expliquem os pontos de divergência, reduzindo-se a termo o ato 
de acareação. 
§ 2o A acareação pode ser realizada por videoconferência ou por outro recurso tecnológico de transmissão de 
sons e imagens em tempo real. 
12 
tais obstáculos enfatizam-se nas pequenas causas e autores individuais, em especial 
os pobres, pertencentes aos litigantes organizacionais, sendo que as maiores 
barreiras do acesso estão nos casos em que o litigante individual reivindica direitos 
por danos pequenos em face de litigantes habituais. 
Assim o processo civil, buscou saídas para combater tais obstáculos e garantir 
o acesso à justiça, sem que os poderes bloqueassem o acesso à justiça. Entretanto, 
fala-se, também, da representação dos interesses difusos, a abordagem desse tema, 
trás uma reflexão sobre os institutos básicos de direito, processo civil e sobre as 
funções dos tribunais, que se precisava ser revistos os conceitos sobre a legitimidade 
ativa, citação, direito de ser ouvida, coisa julgada, conceitos que, por exemplo, a visão 
individual do processo deveria ceder espaço à visão ampla social. 
Após os estudos no Projeto de Florença (MESQUITA, 2015), o direito à 
inafastabilidade do Poder Judiciário não mais se resume a provocar o aparato 
jurisdicional. Além disso, passou a ser entendido também como o direito à tutela 
jurisdicional efetiva: complexo de direitos, deveres e ônus que estende durante todo o 
processo, concebido como instrumento para proteção do direito material e individual. 
Fazendo um breve resumo deste principio, olhando os fatores sociais e 
históricos e, com aplicabilidade no direito atual, tal principio tutelado pela Constituição 
Federal e pelo novo Código de Processo Civil, segundo Mesquita (2015), a 
inafastabilidade da jurisdição, garante o fácil acesso ao Poder Judiciário, para 
quaisquer das partes resolverem suas Lides. Tal principio, garante que o Poder 
Publico ou Poder Judiciário não negue o acesso a justiça, garantindo que todo 
magistrado seja capaz e tenha como obrigação julgar as lides ou conflitos existentes 
na sociedade, impossibilitando que o Juiz Natural se declare incompetente (salvo em 
casos previstos por lei). Assim, o Poder Publica auxilia o cidadão menos favorecido 
monetariamente fornecendo o direito de postulação através do defensor publica, 
direito à ampla defesa e ao contraditório, todos estes pressupostos do Processo Civil, 
que estão sendo abordados em outras partes deste trabalho. 
Porém o livre aceso à justiça, por sua vez, deveria cumprir, ainda, certo 
requisitos, a fim de não se tornar excessivamente generalista. Conforme discute 
Mesquita (2015, p. 2): 
 
Há quem diferencie os conceitos de Acesso ao Judiciário, Acesso à 
Jurisdição, e Acesso à Justiça, nos seguintes termos: 
13 
Cláusula do Acesso à Justiça - Insere o indivíduo em uma sociedade em que 
ele pode ter acesso a proteger os seus direitos. Proteção dos direitos 
subjetivos e, caso precise, mediante a atuação/intervenção do Estado. Trata-
se do conceito mais amplo. 
Acesso à Jurisdição (direito fundamental à tutela jurídica efetiva) – direito ao 
devido processo, a que a tutela jurisdicional seja efetiva, que o processo seja 
equânime, em prazo razoável, com o cumprimento da decisão. Conceito 
ligado ao processo justo e às garantias processuais, fenômeno 
endoprocessual. 
Acesso ao Judiciário – Acesso ao Poder Judiciário; criação de órgãos 
jurisdicionais, aproximar a população, justiça itinerante. 
 
 
3.2 Princípio do Juiz natural 
 
A imparcialidade do Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal 
encontram-se amparados no princípio do juiz natural, proclamado nos incisos XXXVII3 
e LIII4 do art. 5º da Constituição Federal, uma de suas garantias indispensáveis, uma 
vez que, contrariamente a isto, a instituição de um tribunal de exceção implicaria numa 
ferida mortal ao Estado de Direito, visto que sua proibição revela o status conferido ao 
Poder Judiciário na democracia. 
O juiz natural é somente aquele integrado no Poder Judiciário, com todas as 
garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal (MONTENEGRO 
FILHO, 2008, p. 31 a 34; NUNES et al, 2013, p. 86 a 95). Assim, afirma o Ministro do 
Supremo Tribunal Federal, José Celso de Mello Filho, que somente os juízes, tribunais 
e órgãos jurisdicionais previstos na Constituição se identificam ao juiz natural, 
princípio que se estende ao poder de julgar, também previsto em outros órgãos, como 
o Senado, nos casos de impedimento de agentes do Poder Executivo (LOUREIRA 
2015). 
O referido princípio deve ser interpretado em sua plenitude, de forma a não só 
proibir-se a criação de Tribunais ou juízos de exceção, como também exigir-se 
respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência, para que não 
seja afetada a independência e a imparcialidade do órgão julgador. 
Desde a Constituição Política do Império do Brasil, jurada a 25/03/1824, o 
Direito Constitucional brasileiro previa em seu Título VIII – Das disposições gerais, e 
garantias dos direitos civis e políticos dos cidadãos brasileiros – extenso rol de direitos 
humanos fundamentais, entre eles o princípio do juiz natural, repetido, igualmente, por 
 
3 XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
4 LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
14 
nossa 1ª Constituição republicana, de 24/02/1891, que em seu Título III – Seção II, 
previa a Declaração de Direitos e nas demais Cartas Republicanas (LOUREIRA 
2015). 
O direito a um juiz imparcial constitui, portanto, garantia fundamental na 
administração da Justiça em um Estado de Direito e serve de substrato para a 
previsão ordinária de hipóteses de impedimento e suspeição do órgão julgador. 
Sempre, repita-se, no intuito de garantir a imparcialidade do órgão julgador. 
A imparcialidade do juiz, mais do que simples atributo da função jurisdicional, é 
vistanos dias atuais como seu caráter essencial. Não por outra razão que tem sido 
eleita por parte da doutrina como a pedra de toque do ato jurisdicional, servindo para 
diferenciá-lo dos demais atos estatais. Para assegurar a imparcialidade (e a 
independência) do juiz é que a maioria das Constituições contemporâneas consagra 
o Princípio do Juiz Natural, exigindo que a designação do julgador se dê anteriormente 
à ocorrência dos fatos levados a julgamento e feita de forma desvinculada de qualquer 
acontecimento concreto ocorrido ou que venha a ocorrer (LOUREIRA 2015). 
 Juiz Natural, assim, é aquele que está previamente encarregado como 
competente para o julgamento de determinadas causas abstratamente previstas. Na 
atual Constituição o princípio é extraído da interpretação do inciso XXXVII5, do art. 5º 
e, também, da exegese do inciso LIII6 deste mesmo artigo. Completa o arcabouço de 
consagração do princípio as garantias outorgadas aos juízes de vitaliciedade, 
inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios, previstas no caput do art. 957 da 
Constituição Federal. Costuma-se dizer, considerando o texto dado pela Carta, que 
juiz natural é somente aquele integrado de forma legítima ao Poder Judiciário e com 
todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal. Por 
outro lado, somente são efetivamente Juízos e Tribunais, aqueles constitucionalmente 
previstos, ou, então, os que estejam previstos a partir e com raiz no Texto 
Constitucional. Não se pode olvidar, contudo, que a própria Constituição excepciona 
a regra de que juiz natural é tão somente aquele integrante do Judiciário ao atribuir ao 
 
5 Inciso XXXVII, do art. 5º da CF - não haverá juízo ou tribunal de exceção. 
6 Inciso LIII do art. 5º da CF - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. 
7 Caput do art. 95 da CF - Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do 
cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença 
judicial transitada em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37 X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). 
15 
Senado competência para julgar o Presidente e o Vice-presidente da República nos 
crimes de responsabilidade. As Constituições brasileiras tradicionalmente acolheram 
o princípio do juiz natural por meio da proibição de tribunais extraordinários e da 
exigência de julgamento por autoridade competente (LOUREIRA 2015). Por outro 
lado, a Constituição Federal traz, tradicionalmente, foros especiais para algumas 
autoridades em função da dignidade dos cargos ocupados, o que parece ferir 
princípios republicanos e democráticos segundo os quais todos deveriam ser julgados 
pelo mesmo juiz. Não fere o princípio do juiz natural, pois a própria carta magna 
estabelece previamente juízes naturais especiais. Só existirá foro especial no caso de 
crimes, lato sensu: crime e contravenção penal. 
O princípio do juiz natural pode ser encontrado na doutrina sob as mais diversas 
denominações, dentre as quais, pode-se mencionar o princípio do juízo legal, o 
princípio do juiz constitucional e o princípio da naturalidade do juiz. O inciso XXXVII8, 
do artigo 5º da Constituição Federal, onde há a primeira tratativa acerca do princípio 
do juiz natural, prevê a vedação à criação de tribunais de exceção. Na expressão 
tribunais de exceção, compreende-se tanto a impossibilidade de criação de tribunais 
extraordinários após a ocorrência de fato objeto de julgamento, como a consagração 
constitucional de que só é juízo órgão investido de jurisdição. 
Tribunal de exceção é aquele designado ou criado por deliberação legislativa 
ou não, para julgar determinado caso, tenha ele já ocorrido ou não, irrelevante a já 
existência do tribunal. O princípio do juiz natural, especialmente no que tange a este 
primeiro aspecto, visa coibir a criação de tribunais de exceção ou de juízos ad hoc, ou 
seja, a vedação de constituir juízes para julgar casos específicos, sendo que, 
provavelmente, terão a incumbência de julgar, com discriminação, indivíduos ou 
coletividades (LOUREIRA 2015). 
O cidadão tem o direito a julgamento por um juízo ou tribunal pré-constituído, 
legitimamente investido no exercício da jurisdição e com todas as prerrogativas ínsitas 
ao normal desempenho da função (inamovibilidade, vitaliciedade, independência 
jurídica e política, e irredutibilidade de vencimentos). As justiças especializadas, 
constitucionalmente previstas, não ofendem a garantia, uma vez, que são pré-
constituídas (ou seja, constituídas anteriormente ao fato a ser julgado), em caráter 
 
8 Inciso XXXVII do artigo 5 da CF - XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção (já citado na página 
anterior) 
16 
abstrato e geral, para julgar matérias especificas. A garantia do juiz natural se 
desdobra em três conceitos: 
a) só são órgãos jurisdicionais os instituídos pela constituição; 
b) ninguém pode ser julgado por órgão constituído após a ocorrência do fato; 
c) entre os juízes pré-constituídos vigora uma ordem taxativa de competências 
inalterável a arbítrio de quem quer que seja. 
O Princípio do juiz natural, insculpido na atual Magna Carta, por se tratar de 
uma norma de eficácia contida e de aplicabilidade imediata, sofre regulamentação 
pela legislação infraconstitucional, in casu, pelo vigente Código de Processo Civil, o 
qual delimita a matéria de competência do juízo e do juiz (BRASIL, 2015b; 
THEODORO JUNIOR, 2015). Em resumo, a imparcialidade exigida pelo princípio do 
juiz natural deve ser entendida como aquela apta a possibilitar que o magistrado julgue 
conforme a sua livre convicção legal, independentemente de qual seja a parte litigante 
ou o objeto do litígio, motivo pelo qual o juiz precisa estar atento aos institutos da 
suspeição e impedimento. 
 
3.3 Princípio do contraditório e da ampla defesa 
 
Previsto no art. 5º, inciso LV9, da Constituição Federal, o principio do 
contraditório e da ampla defesa remete à exigência para o exercício democrático de 
um poder, em que as partes na dinâmica processual, sob prisma de igualdade, têm o 
direito de produzir as provas que, para sua concepção, sejam necessárias para o 
convencimento do magistrado, assegurando, durante o decurso processual, o pleno 
direito de defesa e de pronunciamento. 
Assim, esse principio dá a oportunidade de uma parte falar sobre as alegações 
da parte contrária, e de fazer prova contrária. 
O órgão julgador não pode punir o individuo e negar a manifestação sobre os 
fundamentos da punição, como as provas, que pode ser obtida por meio de 
depoimento pessoal, prova pericial, prova documental, confissão, etc. Assegura às 
partes a regra da isonomia no exercício das faculdades processuais. 
Ensina Humberto Theodoro Júnior (2004, p. 25) que: 
 
 
9 LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
17 
Decorrem três consequências básicas desse principio: 
a) A sentença só afeta as pessoas que foram parte no processo, ou seus 
sucessores; 
b) Só há relação processual completa após regular citação do 
demandado; 
c) Toda decisão só é proferida depois de ouvidas ambas as partes. 
 
Ainda, ensina Di Pietro (2007, p. 367) que: 
 
O princípio do contraditório, que é inerente ao direito de defesa, é decorrente 
da bilateralidadedo processo: quando uma das partes alega alguma coisa, 
há de ser ouvida também a outra, dando-se-lhe oportunidade de resposta. 
Ele supõe o conhecimento dos atos processuais pelo acusado e o seu direito 
de resposta ou de reação. Exige: 
1- Notificação dos atos processuais à parte interessada; 
2- Possibilidade de exame das provas constantes do processo; 
3- Direito de assistir à inquirição de testemunhas; 
4- Direito de apresentar defesa escrita. 
 
Assim, da doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, que diz que a parte 
interessada deve também ser notificada dos atos processuais, a fim de se cumprir a 
isonomia processual (DI PIETRO, 2007). 
 
3.4 Princípios da inadmissibilidade das provas ilícitas 
 
Com a Carta Magna de 1988 o princípio da inadmissibilidade de provas ilícitas 
assumiu nova dimensão no sistema judiciário brasileiro, sendo que, antes a posição 
jurisprudencial era totalmente contraria, adotando o sistema legalista, em que admitia 
a prova ilícita e a considerava válida (GERRA, 2015). 
O princípio da inadmissibilidade da prova obtida por meios ilícitos está previsto 
no artigo 5º, inciso LVI10, da Constituição brasileira de 1988, ao dispor que “são 
inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”, como sendo um 
direito fundamental da pessoa humana, bem como, no artigo 33211 do antigo código 
de processo civil (Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973), que afirma que: “todos os 
meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que especificado neste 
código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a 
defesa”. Na busca da “verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa” (artigo 
 
10 LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
11 Artigo 332 da Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973 afirma que: “todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que especificado neste código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que 
se funda a ação ou a defesa”. 
18 
332, do antigo CPC, citado), todo o meio de prova deve ser submetido às fases da 
proposição, da admissão, da produção e da avaliação. Após a produção das provas 
pelas partes, o magistrado, ao adentrar no juízo de valoração, trabalha com limitações 
sistemáticas e subjetivas. No primeiro campo, temos como limitadores os seguintes 
sistemas: prova legal, livre convencimento e persuasão racional. 
Entretanto, o capítulo VI do atual Código de Processo Civil inicia a 
regulamentação sobre as provas no sistema processual brasileiro. Os artigos 332 a 
341, por sua vez, dispõem genericamente sobre a produção, o ônus, a forma, o 
momento e os meios de prova admitidos no processo civil brasileiro, entre outros 
pontos, mas não se refere explicitamente a provas ilícitas. Mas, sendo o Art. 1 do novo 
Código de Processo Civil12, ao estabelecer que o processo civil seja ordenado, 
disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais 
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as 
demais disposições deste Código, uma vez exarado tal princípio, entende-se não se 
fazer necessária a sua repetição nas demais partes do referido diploma legal. 
Com a vigência da Constituição de 1988 pode-se afirmar que são inadmissíveis 
no processo tanto as provas ilegítimas, proibidas pelas normas de direito processual, 
como as provas ilícitas, colhidas com violação as normas de direito material. As provas 
ilícitas não podem ser utilizadas no ordenamento jurídico brasileiro, salvo as exceções 
atribuídas pela doutrina e pela jurisprudência. 
Destacasse que com a consolidação do princípio o debate jurisprudencial e 
doutrinário ganhou novo contorno, não se discutia mais se as provas ilícitas eram ou 
não admitidas, pois sua inadmissibilidade passou a ser norma taxativa no rol dos 
direitos fundamentais. A discussão evoluiu para outra dimensão buscando-se saber 
qual o alcance normativo deste princípio, considerando como premissa a ausência de 
direito absoluto em nosso sistema jurídico (GERRA, 2015). 
Logo, o debate fomentado até os dias atuais é no sentido de que, se não há 
direito fundamentais absolutos, o princípio em algum momento poderá ser 
relativizado, surgindo então às exceções à aplicabilidade do mesmo. A finalidade 
principal da não admissão das provas ilícitas está consolidada no fato de que sua 
vedação é inerente ao Estado Democrático de Direito, consiste num mecanismo de 
 
12 Art. 1 do novo Código de Processo civil (Lei 13.105 de 16/03/2015): O processo civil será ordenado, 
disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da 
República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código”. 
19 
limitação ao Estado, uma garantia de que o cidadão não será desprezado, nem os 
seus direitos fundamentais. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal compreende que 
a prova com violação a direitos fundamentais do réu ou de terceiros pode ser utilizada 
quando for aplicada para favorecer o réu, e que se justifique na teoria da 
proporcionalidade (GERRA, 2015). 
Excepcionalmente, a teoria da proporcionalidade tem aceitado as provas ilícitas 
quando ocorrer fatos de extrema gravidade, que justifiquem o equilíbrio entre os 
valores fundamentais oponentes, visando favorecer ao réu, tendo em vista o princípio 
da inocência. Importante dizer que a teoria da proporcionalidade encontra limites, haja 
vista que não pode transgredir o princípio da inadmissibilidade das provas colhidas 
por meios ilícitos (GERRA, 2015). 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 não afasta 
bruscamente nenhuma corrente jurisprudencial e doutrinária, pois os direitos e 
garantias fundamentais não podem ser tolhidos de modo a serem absolutos. Mas não 
se pode esquecer que a regra é o princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas. 
Existem duas exceções ao princípio da inadmissibilidade de provas ilícitas 
como já mencionados em alguns trechos anteriores desta seção, são elas: 
Provas ilícitas a favor do réu: são aquela que, sem embargo, da sua ilicitude e, 
com base no princípio da proporcionalidade, sua admissão e valoração são aceitas 
com a finalidade de que um inocente não seja erroneamente condenado. 
Provas ilícitas em favor da sociedade: A admissibilidade das provas ilícitas em 
favor da sociedade, como defendem os seus seguidores, se faz necessária na defesa 
do interesse público, ou seja, um interesse maior composto por todos os membros da 
sociedade, que sofrem com as consequências que advém da impunidade de 
determinados crimes e organizações criminosas. Sem esquecer ainda que, assim 
como na admissão das provas ilícitas em favor do acusado, nesta hipótese também 
há conflito de interesses fundamentais. 
O princípio da inadmissibilidade de provas ilícitas foi o meio encontrado pelo 
legislador nacional para estabelecer limites à produção de provas, contudo, cabe-nos 
esclarecer que a finalidade de tais limitações não é e nem pode ser a de impedir a 
produção de provas no processo, sem a qual seria ineficaz a prestação jurisdicional 
por parte do Estado. Trata-se, apenas, de deixar claro àquele que vai buscar auxílio 
do Estado para solucionar o litígio ocasionador da demandada, que o mesmo terá sim 
20 
a oportunidade e a garantia da produção de provas, todavia, não será toda prova que 
será admitida como válida no processo. 
Na área penal, esta situação já é mais, clara, pois, segundo Lenza (2015, p. 
1227), “As provas obtidas por meio de meios ilícitos são inadmissíveis no processo.” 
Desse princípio decorre, também, o de que as provas derivadas de provas obtidas por 
meios ilícitos também estarão maculadas pelo vício da ilicitude, sendo, portanto, 
inadmissíveis(Teoria dos frutos da árvore envenenada). 
 
3.5 Princípio da publicidade 
 
O princípio da publicidade encontra-se presente implícita ou explicitamente em 
quatro dispositivos constitucionais, que são: 
a) Inciso LIV13 do artigo 5, como uma norma de processo; 
b) Inciso LX14 do artigo 5, como uma norma de processo; 
c) Inciso IX15 do artigo 93, como uma norma de processo; e 
d) Caput do artigo 3716, como uma norma da administração. 
Assegura a Constituição, aos cidadãos contribuintes o conhecimento e 
acompanhamento de todos os atos públicos, praticado pelos três poderes. Este 
princípio, no sistema democrático é o mais fundamental de todos os princípios 
constitucionais. 
O princípio da publicidade traz em seu núcleo a ideia de que todos os atos e 
negócios em que a Administração Pública tomar parte devam ser de conhecimento de 
toda a sociedade, face ao agir do Estado, tanto em nível político, quanto no 
administrativo, sempre ser motivado por razões de interesse público. Portanto, tais 
atos e negócios devem ser cometidos com a maior transparência possível. Em razão 
disso, dito princípio é empregado com grande intensidade na seara administrativa, 
 
13 Art.5º, Inc. LIV, da Constituição Federal de 1988: Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal; 
14 Art.5º, Inc. LX, da Constituição Federal de 1988: A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
15 Art. 93, inc. IX, da Constituição Federal de 1988: Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal 
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observada os seguintes princípios: Inc. IX - todos os 
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de 
nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir limitar a presença, em determinados atos, às próprias 
partes e a seus advogados, ou somente a estes; 
16 Art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988: A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte. 
21 
traduzindo-se, em termos filosóficos, em fator de garantia por parte do particular, no 
que tange ao cabal desempenho das ações da administração pública em prol do bem 
comum. 
Na área jurídica, este princípio visa tornar transparente os atos processuais 
praticados pelo juiz durante a persecução civil ou penal. Desta forma, este princípio 
impõe que os atos processuais devem ser públicos como garantia democrática da 
liberdade no que concerne ao controle dos atos de autoridade. 
Este princípio constitui uma preciosa garantia do indivíduo no tocante ao 
exercício da jurisdição. A presença do público nas audiências e a possibilidade do 
exame dos autos por qualquer pessoa, representam o mais seguro instrumento de 
fiscalização popular sobre a obra dos magistrados, promotores públicos e advogados. 
Esse princípio também é corolário do princípio do devido processo legal e da 
ampla defesa. Ele apresenta duas nuances: a primeira e dar conhecimento dos atos 
processuais aos litigantes e o segundo aspecto refere-se a dar o conhecimento à 
sociedade da atuação do Judiciário e aqueles que, por ventura, tenham interesse na 
causa em litígio possam se manifestar. 
O ordenamento jurídico brasileiro adota o princípio da publicidade dos atos 
processual restrita, por que apesar de todo o interesse de que os maiores números de 
pessoas venham a conhecer os processos, existem alguns casos em que o interesse 
público exige que sejam resguardadas as partes e os atos processuais naquele 
processo específico, correndo o processo em segredo de justiça, de acordo com 
Montenegro Filho (2008, p. 38 a 40) e Nunes et al (2013, p. 99 a 101). 
Além do objetivo principal que é dar conhecimento público dos atos praticados 
pelo agente público, o princípio da publicidade produz outros efeitos, a saber: 
a) Condição de eficácia para os atos administrativos, marcando o início de 
produção de seus efeitos externos; 
b) Termo inicial para contagem de prazos; e. 
c) Viabiliza o controle, a fiscalização dos atos praticados pelo Poder Público, seja 
pelos interessados diretos ou pelo povo em geral. 
Então como vimos nesta seção o princípio da publicidade é um importante 
mecanismo de fiscalização da atividade estatal, assegurando a existência da 
democracia e o exercício da cidadania. Além disso, é através da publicidade de seus 
22 
atos que o Estado adquire maior credibilidade nas suas decisões e no exercício dos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
É assim, que o princípio da publicidade deve ser observado em todas as 
espécies de processos e não apenas no processo judicial. Contudo, verificamos que 
esse princípio não é absoluto e há casos em que o interesse público, a intimidade das 
partes e a ordem pública exigem a decretação do segredo de justiça. 
Percebemos que a amplitude do princípio da publicidade dos atos processuais 
é assegurada de forma semelhante em todos os ramos do processo: civil, penal, do 
trabalho, coletivo e administrativo. 
Ocorre que há casos em que a própria efetividade do processo encontra-se 
intrinsecamente ligada ao princípio da publicidade como no processo coletivo. 
Em outras hipóteses, nos parece que haverá maior necessidade de decretação 
do segredo de justiça para que sejam assegurados os direitos dos indivíduos, é o que 
ocorre no processo do trabalho e no processo penal. 
Ficou, portanto, clara a importância do princípio da publicidade no nosso 
ordenamento jurídico e na existência de todo Estado Democrático de Direito. 
 
3.6 Princípio da fundamentação das decisões 
 
O princípio da fundamentação das decisões judiciais é tão importante dentro 
da esfera do Direito Brasileiro que está não somente garantido em dispositivo legal 
especifico (Código de Processo Civil), mas também em nossa lei constitucional, 
disposto no artigo 93 inciso IX17 da Constituição Federal de 1988. Assim, estão sob 
pena de nulidade todos os atos praticados pelo Poder Judiciário sem a estrita 
observância deste princípio. Portanto, este princípio é imprescindível no âmbito das 
decisões judiciais. 
Derivado dessa lei maior que é a nossa Constituição Federal, temos uma lei 
mais especifica que aborda com mais clareza e abrangência requisitos fundamentais 
para se tornar valido todas as decisões judiciais (sentenças e também acórdãos) que 
 
17 IX - “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentados todas as decisões, 
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo 
não prejudique o interesse público à informação”. 
23 
é o artigo 45818 do Código de Processo Civil. Ainda, o artigo 16519 estabelece 
claramente a obrigatoriedade da fundamentação das decisões judiciais. 
Segundo Montenegro Filho (2008), toda a decisão judicial deve ser 
fundamentada dando às partes envolvidas a oportunidade de entender os motivos 
daquela decisão e poder, se for o caso impugnar através de recurso para cada caso. 
Se isso não for respeitado, a parte poderá oferecer embargos declaratórios para que 
o juiz se manifeste sobre sua omissão. Deve, pois, ser fundamentada a decisão 
judicial, que é gênero, do qual são espécies a sentença, o acórdão e as decisões 
interlocutórias, estas mesmo que de maneira concisa. 
Todo magistrado, seja de qualquer instancia do Poder Judiciário, tem a 
prerrogativa de manifestar qualquer tipo dedecisão judicial, contanto que a 
fundamente usando de lei, jurisprudência, doutrina, sendo que essa liberdade atinente 
as suas decisões não são autoritárias, dessa forma garantindo que em todos conflitos 
de interesses no qual cabe o juiz dizer a lei, ele faça a vontade do Estado, e não a sua 
própria vontade. 
 
3.7 Principio do devido processo legal 
 
Alguns autores chamam este principio de principio da boa fé e da lealdade 
processual. O nome mais usado nos livros texto de direito é “Principio do devido 
processo legal”. Nos livros texto de Montenegro Filho (2008, p. 25 a 26) e de Nunes 
et al (2013, p. 80 a 86) encontramos uma explanação mais extensa daquela 
apresentada a seguir, mas didática, sobre este princípio. 
O principio da lealdade processual são deveres das partes de todo aquele que 
de qualquer forma participarem com lealdade e boa fé. Explicitamente, a garantia do 
devido processo legal, aparece no artigo 3620, do CPC, com respeito ao procedimento 
da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça. 
 
18 Artigo 458 do CPC: São requisitos essenciais da sentença: 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das 
principais ocorrências havidas no andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
“III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.” 
19 Artigo 165 do CPC: As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as 
demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso. 
20 Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa 
e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. 
24 
No principio da lealdade processual, sujeitos da relação processual, da qual 
são as partes, são aquelas que possuem o conflito de interesses em que se 
encontram. 
As partes devem dirigir-se ao juiz tanto para suas afirmações, ou em suas 
atividades, e têm por finalidade a composição da lide com justiça. As partes devem 
proceder de boa fé tanto nas relações recíprocas como em relações ao órgão 
jurisdicional. 
A verdade e essencial de parte assim como a atividade do processo precisa ser 
exercida com moralidade e probidade não podendo nunca deixada de ser dirigido por 
um espírito colaborador de um juiz na justa composição da lide. 
Enfim na essência, o princípio da lealdade processual nada mais é do que um 
comportamento irrepreensível no processo que alcance um grau de lealdade e 
probidade ou moralidade tanto das partes como de seus advogados. 
O novo CPC define o litigante de má fé, caracteriza as ações de má fé e 
estabelece punições, em seus artigos 79 a 8121. Assim, desrespeito ao dever de 
lealdade processual é o que integra ou que se traduz no ilícito processual, abrangendo 
do dolo e fraude processuais. Correspondem severas sanções, não só processuais 
como também pecuniárias, respondem por perdas e danos aquele que pleitear de má-
fé como autor, réu ou interveniente. 
Sem prejuízo das sanções aplicáveis à parte que representar, se a temeridade 
ou a malicia for imputável ao procurado, o juiz levará o caso ao conhecimento do 
conselho da ordem dos advogados do Brasil. 
 
3.8 Princípio da isonomia ou da igualdade 
 
 
21 Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser 
superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos 
prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 
25 
O principio da isonomia é chamado por alguns autores de principio da igualdade 
de tratamento, como, por exemplo, por Montenegro Filho (2008, p. 27 a 30), ou 
simplesmente de princípio da igualdade. 
O direito de igualdade consiste em afirmar que todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, de acordo com a Constituição Federal, art. 5°, 
caput22. Não se admite discriminação de qualquer natureza em relação aos seres 
humanos. 
A busca da igualdade se dá nas mais diferentes esferas do direito sejam por 
razão processual, ou social, ou qualquer outra, sempre no intuito de que no futuro haja 
não discriminações de qualquer forma, tornando o país mais justo. 
O fundamento do direito de igualdade encontra-se no princípio de que todos 
devem ser tratados de forma igual perante a lei. Todos nascem e vivem com os 
mesmos direitos e obrigações perante o Estado. A igualdade foi um dos ideais da 
Revolução Francesa atingidos com a abolição dos antigos privilégios da nobreza e do 
clero e, teoricamente, todos passaram a ter o mesmo tratamento perante a lei. 
(PINHO, 2002, p. 95) 
O princípio da igualdade interdita tratamento desuniforme às pessoas. Sem 
embargo, pode-se observar, a função precípua da lei, que significa exatamente 
dispensar tratamentos desiguais, ou seja, as normas legais nada mais fazem que 
discriminar situações, de forma que as pessoas compreendias em uma ou em outra 
vêm a ser colhidas por regimes diferentes. De onde, a algumas são deferidos 
determinados direitos e obrigações que não assistem a outras, por abrigadas em 
diversa categoria, reguladas por diferente plexo de obrigações e direitos. (MELLO, 
2013) 
A Constituição Federal vigente adotou o princípio da isonomia ou igualdade de 
direitos, antecipando a igualdade de aptidão, uma igualdade de tratamento idêntico 
pela lei, de acordo com os critérios albergados pelo ordenamento jurídico. (MORAES, 
2013) 
A isonomia funciona de modo que toda situação de desigualdade que 
permaneça mesmo com a entrada em vigor da norma constitucional não deve ser 
 
22 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: [...]. 
26 
recepcionada, visto que não é compatível com os valores que a Constituição de 1988 
proclama. 
Garante-se desta forma que tanto o legislador seja incapaz de criar regra que 
não promova a isonomia, ou seja, dê tratamento desigual à situação igual, quanto o 
aplicador do direito que não pode aplicar a lei em beneficio de uns e detrimentos de 
outros em situações idênticas. 
Normas com diferenciação abusiva, seria negação de isonomia, o que 
implicaria na inconstitucionalidade, os tribunais não poderão decidir diferentemente 
em situações iguais o que leva à uniformização de jurisprudência, como as súmulas, 
e o particular não pode discriminar sob pena de ação civil ou penal. 
Isso mostra que a diferenciação dos seres é mais evidente conforme a evolução 
das sociedades, podendo ser distinguidas conforme sua natureza, utilidade e outras 
características e isto não é afronta ao principio da isonomia e sim uma necessidade 
comum de agrupamento, o que devia ser mais observado pelas leis brasileiras 
(MIRANDA, 2015). 
Homens e mulheres são iguais perante a lei enão devem ser diferenciados a 
não ser para equilibrar certos problemas, como, por exemplo, diminuir as diferenças 
de acesso à justiça. É uma discriminação legal que privilegia a mulher em detrimento 
do homem, chocando-se contra os artigos 5°, caput e inciso I, e 226, §5° da 
Constituição de 1988, que preveem a igualdade entre homens e mulheres inclusive 
no exercício dos direitos e deveres da sociedade conjugal (MIRANDA, 2015). 
 
3.9 Princípio da celeridade processual e da efetividade do processo 
 
Nos livros texto sobre os princípios do processo civil, este principio é também 
chamado por alguns autores de principio da duração razoável do processo e muitos 
autores incluem nele o principio da efetividade do processo, por exemplo, Nunes et al 
(2013, p. 102 a 104). 
Esse principio já se encontrava assegurado nas normas infraconstitucionais, 
sendo previsto inclusive punições processuais no caso de apresentarem recursos 
meramente protelatórios, dentre outras possibilidades. 
27 
Com a emenda Constitucional numero 45 o inciso LXXVlll23 do art. 5 da CF, 
passou também a referir-se a essa garantia, assegurando a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
Como o processo é um instrumento da jurisdição então ele deve utilizar-se dos 
princípios e valores apresentados na constituição Federal vigente e dentre esses 
valores que são consagrados podemos vislumbrar a efetividade do processo. 
A palavra efetividade significa a capacidade de se produzir efeitos dessa forma 
ao analisarmos sob o ângulo processual temos que assegurar o objetivo a que se 
propõem. Para tanto é necessário que o processo disponha de instrumentos 
adequados para a realização do objetivo a que se propõem. 
Por isso há a necessidade de observarem-se normas processuais, mas essa 
precisa estar em conformidade com a técnica processual tem dois grandes objetivos: 
a) conferir segurança ao instrumento, no sentido de proporcionar absoluta 
igualdade de tratamento aos sujeitos parciais do processo e 
b) garantir seja a tutela jurisdicional, na medida do possível, resposta idêntica à 
espontânea da regra de direito material, quer o ponto de vista da justiça da 
decisão, quer pelo ângulo da tempestividade. 
Conforme discutido brevemente ao longo desse trabalho os princípios 
processuais constitucionais encontra-se inseridos em nossa carta Magna, porem, não 
é pacifico entre os doutrinadores o seu significado e o seu alcance. 
Estamos num processo de compreensão da sistemática processual, em que os 
temas afetos aos princípios fundamentais e estruturantes de nosso processo, 
precisam ser analisados de forma plena, permitindo, assim, que se concretizem os 
direitos defendidos em nosso ordenamento jurídico. 
Dessa feita, toda e qualquer norma processual que venha a ser criada, ou em 
seu momento de aplicação, deve-se antes passar pelo crivo dos princípios 
fundamentais do processo, para que essa norma esteja em consonância com 
estrutura processual vigente em nosso ordenamento jurídico e, acima disso, com os 
princípios constitucionais. 
 
3.10 Princípio do duplo grau de jurisdição 
 
 
23 LXXVIII: a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). 
28 
Este principio refere-se quando a parte não satisfeita com a decisão judicial 
pelos juízos de causa, poderá recorrer aos juízos de recursos. É o direito de recurso 
para reavaliação da decisão por tribunal superior. Ensina Theodoro Júnior (2015, p. 
26) que: 
 
Não basta, porém, assegurar o direito de recurso, se outro órgão não se 
encarregasse da revisão do decisório impugnado. Assim, para completar o 
principio da recorribilidade existe, também, o principio da dualidade de 
instancias ou do duplo grau de jurisdição. 
 
A doutrina diverge em considerar o duplo grau de jurisdição como um princípio 
de processo inserido na Constituição Federal, já que inexiste a sua previsão expressa 
no texto constitucional. Entretanto, autores, tais como Theodoro Junior (2015), 
admitem o duplo grau de jurisdição, como princípio de processo inserido na 
Constituição Federal. 
Aqueles que acreditam que o duplo grau de jurisdição é um princípio processual 
constitucional, inclusive no processo civil, fundamentam a sua posição, na 
competência recursal estabelecida na Constituição Federal. Alguns exemplos desta 
previsão implícita do duplo grau de jurisdição inserido na no inciso LV24 do artigo 5 da 
Constituição Federal de 1988. Ainda, neste sentido, a CF ao estabelecer em seu artigo 
10225 as competências do STF, confere-lhe a incumbência de julgamento de recursos, 
bem como, no artigo 10526, ao STJ, também, o julgamento de recursos. 
Diante disso, em que pese não traga de forma expressa, pode-se dizer que o 
duplo grau de jurisdição ou garantia de reexame das decisões proferidas pelo Poder 
Judiciário, pode ser incluído no estudo acerca dos princípios de processo civil 
definidos na Constituição Federal. 
O reexame dos pronunciamentos jurisdicionais é algo quase tão antigo quanto 
o próprio direito dos povos, de maneira que todo ato decisório do juiz que possa 
 
24 LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral. 
São assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela. 
Inerentes. 
25 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da. 
Constituição, cabendo-lhe: 
I -... 
II - julgar, em recurso ordinário: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário (...); 
26 Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I -... 
II - julgar, em recurso ordinário; 
III - julgar, em recurso especial; 
29 
prejudicar um direito ou um interesse da parte deve ser recorrível, como meio de evitar 
ou emendar os erros e falhas que são inerentes aos julgamentos humanos; e, 
também, como atenção ao sentimento de inconformismo contra julgamento único, que 
é natural em todo ser humano. 
O princípio do duplo grau de jurisdição visa assegurar ao litigante vencido, total 
ou parcialmente, o direito de submeter à matéria decidida a uma nova apreciação 
jurisdicional, no mesmo processo, desde que atendidos determinados pressupostos 
específicos, previstos em lei. Todavia, os recursos devem acomodar-se às formas e 
oportunidades previstas em lei, para não tumultuar o processo e frustrar o objetivo da 
tutela jurisdicional em manobras caprichosas e de má-fé (THEODORO JUNIOR, 
2015). 
Portanto, o princípio constitucional do duplo grau de jurisdição, ainda que de 
forma implícita naquele texto, garante ao litigante a possibilidade de submeter ao 
reexame as decisões proferidas em primeiro grau, desde que atendidos os requisitos 
previstos em lei. 
Como exemplo, de não atendimento aos requisitos previstos em lei, mostra-se 
a seguir a decisão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Pernambuco, em 
recurso de agravo contra decisão em apelação civil, com alegação de ofensa ao duplo 
grau de jurisdição: 
 
DIREITO CIVIL. RECURSO DE AGRAVO CONTRA DECISÃO 
TERMINATIVA MONOCRÁTICA PROFERIDA EM APELAÇÃO CÍVEL. 
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E À AMPLA 
DEFESA. SEGURO DE VEÍCULO. PRESCRIÇÃO ÂNUA. AGRAVO NÃO 
PROVIDO. 
1- Trata-se de Recurso de Agravo interposto contra decisão terminativa 
monocrática lavrada nos autos de Apelação Cível, a qual teve seu 
seguimento negado, por ser manifestamente improcedente. 
2- A parte recorrente destaca que a utilização do art. 557 do CPC pelo 
Relator, para negar seguimento monocraticamente ao recurso de apelação 
interposto, fere seu direito de ampla defesa, bem como um dos fundamentos 
do princípio do duplo grau dejurisdição, qual seja: a apreciação da matéria 
por um órgão colegiado. 
3- Não há qualquer ofensa aos princípios acima referidos a realização do 
julgamento monocrático dos recursos pelo Relator, desde que, obviamente, 
o caso esteja adequado às hipóteses elencadas no CPC ou no Regimento 
Interno. A ampla defesa foi garantida, posto que a recorrente apresentou seu 
recurso de apelação e este recurso foi julgado pelo Tribunal, representado 
pela figura do Relator do recurso. Por outro lado, também não houve prejuízo 
quanto ao duplo grau de jurisdição, afinal, a ideia do princípio é de que a 
matéria seja novamente avaliada, o que de fato aconteceu. 
4- No caso em apreço, a recorrente/autora ajuizou ação contra a seguradora 
de seu veículo para a percepção de indenização pela ocorrência de sinistro. 
A negativa da Seguradora ocorreu em fevereiro de 2008, e a Srª Ana da 
30 
Rocha Abdala somente propôs esta ação em 2010, ou seja, dois anos depois 
do fato. O Código Civil prevê um prazo prescricional de 01 (um) ano para a 
propositura da ação de indenização fundada em contrato de seguro. 
5- Recurso de Agravo não provido à unanimidade. 
31 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO 
 
O direito processual civil, inserido no âmbito do direito público, refere-se ao 
conjunto de normas jurídicas que regulamentam a jurisdição, a ação e o processo, 
como forma de eliminar conflitos de interesses de natureza não penal e não especial. 
Apresentam-se como fontes do direito processual civil a lei (fonte primária), os 
costumes, a doutrina e a jurisprudência, servindo de referência à edificação de normas 
jurídicas e como subsídio para o julgamento das ações judiciais (MONTENEGRO 
FILHO, 2008). 
Os princípios se apresentam como vigas do ordenamento jurídico, garantindo 
que as normas legais sejam editadas com a sua observância, e que o magistrado 
deles não se afaste no momento do julgamento das ações judiciais (MONTENEGRO 
FILHO, 2008). 
Elencou-se, neste trabalho, dez princípios, entendidos com tendo como base 
fundamental a Constituição Federal de 1988, os quais permeavam a maior parte da 
literatura consultada. São eles, os princípios da inafastabilidade da jurisdição, do juiz 
natural, do contraditório e da ampla defesa, da inadmissibilidade de provas ilícitas, da 
publicidade, da fundamentação das decisões, da lealdade processual, da isonomia ou 
igualdade, da celeridade processual e do duplo grau de jurisdição. 
Principio da inafastabilidade de jurisdição garante o livre acesso à justiça. É 
também conhecido como o direito constitucional de ação, de maneira que tal princípio 
é visto como uma garantia fundamental e um direito básico. 
O principio do juiz natural garante que as partes sejam julgadas pelo 
representante do poder (geralmente do Judiciário) investido da prerrogativa de pôr fim 
ao conflito de interesses, evitando a figura do juízo ou do tribunal de exceção. 
O princípio do contraditório e da ampla defesa garante às partes o direito de 
produzirem as provas necessárias à instrução do processo, de interpor recursos 
contra decisões judiciais, de se manifestar sobre documentos atados aos atos, etc. 
O principio da inadmissibilidade de provas ilícitas garante que são 
inadmissíveis no processo tanto as provas ilegítimas, proibidas pelas normas de 
direito processual, como as provas ilícitas, colhidas com violação às normas de direito 
material. As provas ilícitas não podem ser utilizadas no ordenamento jurídico 
brasileiro, salvo as exceções atribuídas pela doutrina e pela jurisprudência. 
32 
Pelo princípio da publicidade do processo e dos atos processuais, garante-se 
às partes e aos seus advogados o amplo acesso a todos os documentos dos atos, às 
salas de audiência, sofrendo as ressalvas e as mitigações previstas no CPC, as quais 
foram ditadas em observância do interesse público. 
O princípio da motivação impõe ao magistrado o dever de fundamentar todas 
as decisões judiciais, mesmo que de forma concisa (no caso das terminativas), sob 
pena de nulidade, apresentando-se como matéria de ordem pública, sobrepondo-se 
ao interesse meramente particular das partes em litígio. 
O principio do devido processo legal ou da lealdade processual se apresenta 
como um supra princípio, englobando todos os demais, de modo que a infração a 
qualquer deles impõe, necessariamente, a infração ao principio do devido processo 
legal. 
O princípio da isonomia garante tratamento paritário às partes em litígio, 
assegurando, que partes desiguais sejam tratadas de forma desigual. 
Pelo princípio celeridade ou da razoável duração do processo, assentando de 
forma idealista, os protagonistas do embate devem qualificar o processo como meio, 
não como fim, evitando a prática de atos exageradamente burocratizados 
procrastinatórios, exigindo-se originalidade do operador do direito. 
O princípio do duplo grau de jurisdição garante o direito de recurso para 
reavaliação da decisão por tribunal superior, principio este indiretamente entendido 
como constitucional com base na competência recursal estabelecida na Constituição 
Federal. 
 
33 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O objetivo geral do trabalho foi à produção de um texto objetivo, conciso e claro, 
destinado aos estudantes iniciantes no campo do direito sobre os princípios 
constitucionais do processo civil. A metodologia empregada foi a pesquisa 
bibliográfica onde se buscou textos de linguagem clara, objetiva e organizada e 
procurou-se organizá-los numa sequência lógica. Procurou-se fugir do “juridiquês” e a 
literatura básica, que foram os principais livros texto utilizados por estudantes do curso 
de direito, foi complementada e atualizada com pesquisa de textos atuais em sítios 
confiáveis da internet. Assim, neste trabalho foram descritos sucintamente os 
princípios constitucionais do processo civil e foi apresentada a sua correlação direta e 
indireta com as disposições da Constituição Federal de 2008. 
As disposições (artigos) da legislação citada, para maior clareza, foram 
extraídas do texto legal e reproduzidas na forma de notas de rodapé, de forma que, o 
leitor, terá facilitada a compreensão do texto e poderá, rapidamente, fazer a leitura da 
norma legal “in verbis”. 
 
 
 
 
34 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Presidência da 
República: Casa Civil. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso 
em 29 set 2015. 
 
BRASIL. Novo Código de Processo Civil. Lei 13.105/2015. Presidência da 
República: Casa Civil. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2015/Lei/L13105.htm 
 
CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Porto Alegre: Sérgio 
Antonio Fabris, 1988. Reimpressão em 2002. 
 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo 20ª edição, São Paulo, 
Atlas, 2007. 
 
GUERRA, Guilherme Aires. A inadmissibilidade das provas obtidas por meio 
ilícito, em conflito com outros direitos fundamentais e o princípio da 
proporcionalidade. Disponível em http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11479. Acesso em 15 
nov 2015. 
 
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 19 Ed. São Paulo: Editora 
Saraiva, 2015. 
 
LOUREIRA, Ed Cesar. O princípio do juiz natural. Disponível em 
http://www.coladaweb.com/direito/principio-do-juiz-natural. Acesso em 15 nov 2015. 
 
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 31 Ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2015. 
 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. O conteúdo jurídico do Princípio da Igualdade. 
3ª Ed. 22ª tiragem. São Paulo: Editora Malheiros, 2013. 
 
MESQUITA, Maíra de Carvalho Pereira. Do princípio da inafastabilidade da 
jurisdição. Disponível em Jus Navigandi http://jus.com.br/artigos/24807/do-principio-
da-inafastabilidade-da-jurisdicao#ixzz3oTNMDUsT. Acesso em 06 nov 2015. 
 
MIRANDA, Dannúbia Cutrim. O princípio da isonomia no processo civil. 
Disponível em http://jus.com.br/artigos/24807/do-principio-da-inafastabilidade-da-
jurisdicao. Acesso em 15 nov 2015. 
 
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito processual civil: Teoria geral do 
processo e processo de conhecimento. 4 Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008. 
 
NUNES, Dierle; BAHIA, Alexandre; CÂMARA, Bernardo Ribeiro; SOARES, Carlos 
Henrique. Curso de direito processual civil: Fundamentação e aplicação. 2 Ed. 
Belo Horizonte: Editora Fórum, 2013. 
 
35 
PINHO, Ruy Rebello. Instituições de Direito Público e Privado. São Paulo: Atlas, 
2002. 
 
SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 29 Ed. São 
Paulo: Ed. Saraiva, 2012 
. 
THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Vol. 1. 56 Ed. 
Rio de Janeiro: Editora Forense, 2015. 
 
VILAS-BÔAS, Renata Malta. Princípios constitucionais do Direito Processual 
Civil. Disponível em < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm >. 
Acesso em 29 set 2015. 
 
WAQUIM, Bruna Barbieri. Breve análise dos Princípios Constitucionais do 
Processo. Disponível em http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2124/Breve-
analise-dos-Principios-Constitucionais-do-Processo. Acesso em 28 set 2015.

Continue navegando