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Coluna de Absorção com Reação Química 1 Universidade Federal de São João Del Rei- Campus Alto Paraopeba Grupo: Amanda Ambrósio Amanda Bastos Carolina Monteiro Gabrielle Lopes Jordana Alves Larissa Barboza Luiz Gustavo Sara Juliana Laboratório de Engenharia Química III – Ouro Branco, agosto 2017 Introdução 2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES • A absorção consiste em uma operação unitária de separação na qual ocorre a transferência de soluto de uma corrente gasosa para uma corrente líquida; • A separação pode ser: 1. Física; 2. Química; 3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES Importância desta operação: • Recuperação de produtos, subprodutos e reagentes; • Tratamento de emissões atmosféricas, pela remoção de compostos poluentes da corrente de gás; 4 • Transferência de massa em que um soluto gasoso A presente em uma mistura de gases, é absorvido por um líquido no qual o soluto é mais ou menos solúvel; • A manipulação dos parâmetros de processo (temperatura, pressão, vazões de alimentação, entre outros) influencia diretamente nas taxas de reação; CONCEITOS E DEFINIÇÕES 5 EQUIPAMENTOS • Utilizadas colunas ou torres fechadas, em que há aumento da área de contato entre as duas correntes; • O fluxo contracorrente é o mais utilizado, uma vez que isso garante que o gás prestes a deixar a coluna encontre o líquido que acaba de entrar; 6 TIPOS DE COLUNAS DE ABSORÇÃO • Câmara de pulverização O líquido é pulverizado e remove o soluto do gás que flui no sentido ascendente na câmara; Usa elevada quantidade de água: 3 a 14 litros/m3 de gás; Apresenta reduzida área superficial para a absorção; Rendimento: 50-75 % Figura 1: Coluna de pulverização[1] 7 TIPOS DE COLUNAS DE ABSORÇÃO • Coluna de pratos O líquido desce em cascata por uma série de pratos onde contacta o gás, removendo o soluto deste. O gás flui no sentido ascendente; Melhor distribuição da fase líquida; Figura 2: Coluna de pratos[1] 8 TIPOS DE COLUNAS DE ABSORÇÃO • Coluna de enchimento O líquido é pulverizado e remove o soluto do gás que flui no sentido ascendente na câmara; Usa reduzida quantidade de água: 1 a 3 litros/m3 de gás; Apresenta elevada área superficial para a absorção; Rendimento: > 90 % Figura 3: Coluna com enchimento[1] 9 TIPOS MAIS COMUNS DE ENCHIMENTO • Requisitos para um bom enchimento Elevada área molhada/volume; Baixo peso; Elevada resistência química; Baixa retenção de líquido; Reduzida queda de pressão; Baixo custo; Figura 4: Tipos de enchimento[1] 10 Objetivos 11 • Determinar o coeficiente de transferência de massa(kya); • Porcentagem de recuperação do CO2 de uma corrente gasosa através de um fluxo contra corrente de água em uma coluna de absorção com recheio do tipo anel de Rasching. OBJETIVOS DA PRÁTICA 12 Metodologia 13 MATERIAIS 14 Figura 5: Reservatório de água. Figura 6: Bomba. Figura 7: Soprador. Figura 8: Rotâmetro e interruptores. 15 MATERIAIS Figura 9: Sensores de temperatura. Figura 10: Indicadores de temperatura digital com sensor externo. Figura 11: Anéis Rasching. Figura 12: Tubo em U. 16 MATERIAIS Figura 13: Coluna de absorção. Figura 14: Saída de água na base. Figura 15: Saída de água no topo. Figura 16: Solução de fenolftaleína e NaOH 0,01M. 1) Coluna de absorção 2) Cilindro de CO2 3) Soprador de ar 4) Bomba 5) Rotâmetros 6) Indicadores de temperatura 7) Tanque de água 8) Tanque de recuperação de CO2 9) Manômetro em U 10)Altímetro barométrico 11)Tubulações e conexões 12)Válvulas 17 APARATO EXPERIMENTAL Figura 17: Coluna de absorção de gás . Parâmetros Fixos Diâmetro interno da coluna de absorção; Altura do recheio. Parâmetros Variáveis Vazão de alimentação de ar, CO2 e água ; Temperaturas de entrada e saída de água e ar ; Titulação (volume de NaOH); Vazões nos rotâmetros; Altura manométrica. 18 VARIÁVEIS E MEDIÇÕES Para determinar a concentração de CO2 na água do topo e na base da coluna de absorção siga os passos a seguir: 1) Acione o equipamento e ajuste as vazões de ar CO2 e água. 19 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Figura 18: Coluna de absorção de gás. Figura 19: Termopares e rotâmetro. 2) Colete uma amostragem de água de aproximadamente 100 ml do topo da coluna (duplicata) titule com NaOH 0,01M e anote o volume de NaOH gasto; 20 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Figura 20: Coluna de absorção de gás. 3) Aguarde cerca e 5 min para o sistema atingir o regime permanente, colete uma amostragem da água e titule com NaOH 0,01M. 21 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Figura 21: Coluna de absorção de gás. Aplicações 22 As operações de absorção possuem diversas aplicações nas indústrias químicas, petroquímicas e de alimentos, como por exemplo: Produção, separação e purificação de misturas gasosas e concentração de gases; Produção de ácidos (sulfúrico, clorídrico, nítrico e fosfórico), de amoníaco, de amônia, de formaldeído, de carbonato de sódio; Tratamento de gases de combustão do carvão e de refinarias de petróleo; Remoção de compostos tóxicos ou de odor desagradável (como o gás H2S); Purificação de gases industriais; Separação de hidrocarbonetos gasosos. 23 APLICAÇÕES Tratamento de dados 24 CONVERSÕES Unidade dos rotâmetros: o Água: galão/h ou L/min o Ar: L/min de água o CO2: SCFH É necessário realizar a conversão para a mesma unidade para trabalhar os dados para a discussão. 25 COLUNA DE ABSORÇÃO Reações químicas envolvidas: 26 Reação 1 Reação 2 Reação 3 Reação 4 Reação 5 COLUNA DE ABSORÇÃO Considerações para o balanço de massa: oAr inerte e insolúvel em água; oÁgua não se evapora na fase gasosa; oA fase líquida é composta apenas por CO2 e água; oA fase gasosa é composta apenas por CO2 e ar; oCO2 é o único componente presente tanto na fase gasosa (V) quanto na fase líquida (L); 27 COLUNA DE ABSORÇÃO Balanço de massa: Segundo a Lei de Conservação de Massas: [1] Logo, [2] Onde: E: Entrada S: Saída T: topo B: Base L: Fluxo molar da fase líquida; V: Fluxo molar da fase gasosa; X: Razão molar do 𝐶𝑂2 na fase líquida; Y: Razão molar do 𝐶𝑂2 na fase gasosa. 28 COLUNA DE ABSORÇÃO Balanço de massa: Considerando mistura diluída, temos que X é bem pequeno, logo: 𝐿𝑇 ≅ 𝐿𝐵 = L e 𝑉𝑇 ≅ 𝑉𝐵 = V [3] Assim a equação [2] se resume: [4] Logo, rearranjando tem-se : [5] 29 COLUNA DE ABSORÇÃO Balanço de massa: Onde: [6] Sendo Q= vazão volumétrica da água [7] h = altura manométrica representada pelo tubo em U 30 COLUNA DE ABSORÇÃO Balanço de massa: Além disso, é possível encontrar uma relação entre a vazão molar de 𝐶𝑂2 na mistura gasosa da base (𝑌𝐵) e a fração molar de 𝐶𝑂2 na mistura gasosa que entra na base da coluna (𝑦𝐵) através da seguinte equação: [8] Sendo: [9] 31 COLUNA DE ABSORÇÃO Balanço de massa: Analogamente, [10] [11] o𝑋𝑇: razão molar de CO2 no fluido presente no topo da coluna; o𝑥𝑇: fração mássica de CO2 no fluido presente no topo da coluna; o𝑋𝐵: razão molar de CO2 no fluido presente na base da coluna; o𝑥𝐵: fração mássica de CO2 no fluido presente na base da coluna. 32 TITULAÇÃO Reações químicas envolvidas: Balanço de massa: [12] 33 Reação 6 Reação 7 Reação 8 TITULAÇÃO • Associando com a fração molar da base e do topo tem-se: [13] [14] 34 TITULAÇÃO • Substituindoas vazões molares e as razões molares na equação do balanço molar: • Determina-se a razão molar do CO2 que sai pelo topo: Razão molar de CO2 na fase gasosa [4] [15] 35 TITULAÇÃO • Para determinar o número de unidade de transferência (𝑁𝑂𝐺) deve-se levar em consideração os valores de YB e YT: • Posteriormente determina-se a altura de uma unidade de transferência (𝐻𝑂𝐺) Determinação do Coeficiente de Transferência de Massa [16] [17] 36 TITULAÇÃO • O Coeficiente global de transferência de massa 𝐾𝑦𝑎 pode, finalmente, ser determinado pela equação: Onde, o𝑆: Área da seção transversal da coluna de absorção o𝑑 : Diâmetro da seção transversal oV: Vazão molar do gás inerte. [18] [19] 37 TITULAÇÃO • Para o cálculo da taxa de recuperação do gás carbônico é utilizada a seguinte equação: o𝑌𝐵: razão molar de CO2 no gás presente na base da coluna; o𝑌T: razão molar de CO2 no gás presente na topo da coluna. Taxa de recuperação do gás carbônico [20] 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • [1] Notas de Aula, operações de Separação por Difusão I (“Processos de Separação”). Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAMZsAL/absorcao#> . Acesso: 18 de agosto 2017. • [2] Repositório Roca. UTFPR. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4477/1/MD_COEAM_2014_2_05.pdf>. Acesso em: 18 de agosto 2017. • [3]TECQUIMICA.CEFET MG. Disponível em: <http://www.tecquimica.cefetmg.br/galerias/arquivos_download/Absorxo_-_Gisele_-_CEFET_2012.pdf>. Acesso em: 18 de agosto 2017. 39 40 Procedimento Experimental: 1. Coluna de absorção 2. Cilindro de CO2 3. Soprador de ar 4. Bomba 5. Rotâmetros 6. Indicadores de temperatura 7. Tanque de água 8. Tanque de recuperação de CO2 9. Manômetro em U 41 Medição Parâmetros Fixos Diâmetro interno da coluna de absorção; Altura do recheio. Parâmetros Variáveis Vazão de alimentação de ar, CO2 e água ; Temperaturas de entrada e saída de água e ar ; Titulação (volume de NaOH); Vazões nos rotâmetros; Altura manométrica (entre as pegadas de pressão do manômetro em U). 42 Roteiro 1. Verificar válvulas, a válvula de saída da coluna de absorção deve ficar aberta, a válvula amarela deve permanecer fechada durante todo experimento, a válvula de acesso ao tanque 7 deve ficar fechada e a válvula de acesso ao tanque 8 deve permanecer aberta. 2. Abrir um pouco os rotâmetros de Ar e de água, para que o sistema não sinta um impacto grande durante o Start. 3. Pegar uma alíquota de 100 mL para titulação inicial com NaOH em duplicata. 4. Start no equipamento, apertar a chave geral, essa chave libera as chaves do sistema, posteriormente apertar as chaves do soprador, da água e dos indicadores de temperatura. Lembrando que o após esse passo é necessário o ajuste fino nas vazões de Ar e água, e também a abertura e regulagem do CO2. 43 5. Esperar aproximadamente 5 minutos para o sistema entrar em estado permanente e pegar uma alíquota na base da coluna para fazer uma nova titulação com NaOH. 6. Após a realização do experimento, desligar a vazão de CO2, desligar a chave do soprador, da água e dos indicadores de temperatura, e pôr fim a chave geral. 7. Esgotar o sistema e fechar as válvulas. 8. Mantenha o tanque 7 sempre com uma quantidade suficiente de água.
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