Aula 20

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29.05
Marina Szapiro
Economia de Escopo
• Quando há economias de escopo, o custo de
produzir qa e qb conjuntamente é menor do que o
custo de produzi-los separadamente.
• C (qa, qb) < C (qa, 0) + C (0, qb)
• Algumas empresas conseguem reduzir seus custos
médios com a diversificação de produtos. O aumento
da variedade de produtos no portfólio provoca uma
redução em seu custo médio.
• Em geral, a existência de economias de escopo
depende da existência de economias de escala.
Economia de Escopo
• As economias de escopo se referem à
produção de mais de um bem e ocorrem
quando o custo da produção conjunta dos
bens é menor do que a soma dos custos de
produzir cada bem separadamente. Não há
relação direta entre rendimentos crescentes
de escala e economias de escopo, de modo
que a produção pode apresentar uma
característica independentemente da outra.
Economia de Escopo
• Fontes de economia de escopo
– Existência de fatores de produção comuns – que se
adquire uma única vez. Uma vez que tal fator tenha sido
adquirido, sua posterior utilização na produção de outro
bem é praticamente gratuita (exemplo: gerador de
eletricidade)
– Existência de reserva de capacidade: ocorre quando um
insumo pode ser compartilhado para produzir vários
produtos em função de seu processo produtivo.
– Complementaridades tecnológicas e comerciais: pode
gerar sinergias na produção de alguns bens e ocorre
quando os produtos apresentam similaridades em termos
de base técnica e/ou de mercado. A utilização de insumos
comuns e a propaganda dos produtos são importantes
fontes deste tipo de economia de escopo.
• Quais são as vantagens da produção conjunta?
– Pense no caso de uma empresa automobilística que
produz automóveis e tratores.
• Vantagens
1. Ambos os produtos usam capital e trabalho.
2. A fabricação dos dois produtos compartilha recursos
administrativos.
3. A fabricação dos dois produtos requer o mesmo tipo de
equipamento e mão-de-obra com qualificação semelhante.
Economias de Escopo
A CURVA DE OFERTA DA
INDÚSTRIA
• A curva de oferta da indústria é a soma das curvas de
oferta individuais
• No curto prazo, o número de produtores é fixo
• No longo prazo, há entrada e saída de produtores
• Inclinação ascendente pois cada produtor aumenta o
produto à medida em que o preço aumenta
Curva de Oferta da Indústria no Curto Prazo
• No CP o número de produtores de uma
indústria é fixo – não há entrada nem saída.
• A curva de oferta da indústria no CP é a soma
das curvas de oferta individuais.
• A curva de oferta da indústria no CP mostra a
quantidade que os produtores ofertarão a
cada preço, tomando como dado o número de
produtores.
A CURVA DE OFERTA DA
INDÚSTRIA no CURTO PRAZO
A curva de oferta da indústria no longo
prazo
• Sempre que os produtores existentes estejam
tendo lucro (o preço de mercado está acima do
preço que iguala receita e custo - custo total
médio mínimo), outras firmas irão entrar neste
mercado.
• Quando outros produtores entrarem, a
quantidade ofertada a qualquer preço vai
aumentar (deslocando a curva de oferta da
indústria de CP para a direita), alterando o
equilíbrio de mercado e resultando num preço de
mercado mais baixo.
Resultado da Entrada no Longo Prazo
A CURVA DE OFERTA DA
INDÚSTRIA
• No curto prazo, o ponto de equilíbrio de mercado (ilustrado
no gráfico por Emkt) pode representar lucro para as
empresas no mercado (ilustrado no gráfico pelo retângulo
A)
• Este lucro atrai novas empresas para o mercado,
deslocando a curva de oferta de S1 para S2
• A entrada vai continuar até o ponto Cmkt, que corresponde
ao ponto de CTM mínimo
A curva de oferta da indústria no longo
prazo
• Os pontos E, D e C são pontos de equilíbrio no curto prazo.
Como o preço de R$ 14 é aquele que iguala a receita e o
custo de cada firma, neste ponto um produtor tem lucro
econômico zero, ou seja, nem lucro nem prejuízo quando
produz quatro sacas (maximizando seu lucro).
• O equilíbrio de mercado de longo prazo é uma situação em
que a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada
quando passou tempo suficiente para que os produtores
entrassem ou saíssem da indústria.
• Neste ponto de equilíbrio, todos os produtores existentes e
potenciais se ajustaram plenamente a suas escolhas ótimas
de LP e o resultado é que nenhum produtor tem incentivo
para entrar ou sair da indústria.
Escolha do nível de produção no longo
prazo
• Equilíbrio competitivo no longo prazo
• Lucro contábil e lucro econômico
– Lucro contábil = R - wL
– Lucro Econômico = R - wL - rK
• wL = custo da mão-de-obra
• rK = custo de oportunidade do capital (é constituído
pelo retorno anual que a empresa poderia obter se
investisse seu dinheiro em outra aplicação em vez de
adquirir capital, acrescido de depreciação anual desse
capital.
)(?
)(?
Escolha do nível de produção no longo
prazo
• Lucro econômico nulo
– Se R > wL + rK, o lucro econômico é positivo
– Se R = wL + rK, o lucro econômico é nulo, mas a
empresa aufere uma taxa de retorno normal, o
que indica tratar-se de um setor competitivo
– Se R < wL + rK, a empresa deveria abandonar o
setor
Equilíbrio competitivo no longo prazo
Escolha do nível de produção no longo
prazo
• Entrada e saída
– Os lucros de curto prazo resultam em maior produção
e lucros no longo prazo.
– Os lucros no setor atraem novos produtores.
– O aumento no número de produtores resulta na
elevação da oferta do setor e, portanto, na redução do
preço de mercado.
– No gráfico a seguir, o equilíbrio de longo prazo ocorre
com o preço de R$ 30, em que cada empresa aufere
lucro zero, não havendo incentivo para a entrada ou
saída de empresas no setor.
Equilíbrio competitivo no longo prazo
S1
Escolha do nível de produção no longo prazo
Produção Produção
dólares
por unidade
produzida
dólares
por unidade
produzida
$40
CMeLP
CMgLP
D
S2
P1
Q1q2
Empresa Setor
$30
Q2
P2
•O lucro atrai novas empresas
•A oferta aumenta até que o lucro = 0
Equilíbrio competitivo no longo prazo
Escolha do nível de produção no longo
prazo
1. CMg = RMg
2. P = CMeLP
• Não há incentivo à entrada ou saída
• Lucro econômico nulo
3. Preço de mercado de equilíbrio
Equilíbrio competitivo no longo prazo
Escolha do nível de produção no longo
prazo
• A curva de oferta da indústria de longo prazo é
horizontal, no nível do custo médio mínimo.
Nesse caso, a oferta é perfeitamente elástica no
longo prazo, já que há tempo suficiente para
entrar ou sair da indústria. Os produtores
ofertarão qualquer quantidade que os
consumidores demandarem ao CMe mínimo.
• Em outros casos a curva de oferta de LP pode ter
inclinação para cima, na medida em que os
produtores precisem de algum insumo de oferta
limitada.
Escolha do nível de produção no longo
prazo
• De qualquer forma, a elasticidade-preço da oferta
no LP é mais alta do que a elasticidade- preço da
oferta o CP, sempre que há livre entrada e saída.
Ou seja, a curva de oferta da indústria é sempre
mais achatada no LP.
• Um preço alto induz a entrada de novas firmas,
resultando em aumento do produto e queda de
preço; um preço baixo induz a saída de
produtores levando a uma queda do produto da
indústria e a um aumento do preço.
• Excedente do produtor no curto prazo
– As empresas obtém um excedente por cada
unidade produzida, exceto a última unidade.
– O excedente do produtor é a soma das diferenças
entre o preço de mercado e o custo marginal de
produção de cada unidade produzida.
Excedente do produtor
Excedentes do Consumidos e do
Produtor
• Excedente do consumidor: diferença entre o máximo
que uma pessoa pagaria por um produto e o preço de
mercado.
• Excedente do produtor: é a soma, paratodas as
unidades de produto, da diferença entre o preço de
mercado do produto e o custo marginal de sua
produção.
• Enquanto o excedente do consumidor mede a área
abaixo da curva de demanda e acima do preço, o
excedente do produtor mede a área acima da curva de
oferta e abaixo do preço de mercado.
Excedentes do Consumidos e do
Produtor
• Como a soma de todos os custos marginais
deve ser igual à soma dos custos variáveis da
empresa. Portanto o excedente do produtor
pode ser alternativamente definido como a
diferença entre a receita da empresa e seu
custo variável total.
Excedente do produtor X Lucro
CV-REPprodutordoExcedente ??
CF-CV-RLucro ???
No curto prazo, quando o custo fixo é positivo:
Excedente do produtor X Lucro
?EP ?
DD
PP**
QQ**
ExcedenteExcedente
do produtordo produtor
O excedente do produtor para um
mercado é a diferença entre P*
e S, de 0 a Q*.
Escolha do nível de produção
no longo prazo
Preço
(dólares por
unidade
produzida)
Produção
SS
• Aplicação dos conceitos de excedentes do
consumidor e do produtor
• Para determinar o efeito no bem-estar de uma
política governamental, podemos medir o
ganho ou a perda nos excedentes do produtor
e do consumidor.
– Efeitos no bem-estar
• Ganhos e perdas causadas pela intervenção do governo
no mercado.
Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas
governamentais: excedentes do consumidor e do produtor
A perda dos produtores é
a soma do retângulo A e
do triângulo C. Os triângulos
B e C, em conjunto, medem
o peso morto.
B
A C
O ganho dos consumidores
é a diferença entre
o retângulo A e o
triângulo B.
Peso morto
Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas
governamentais: excedentes do consumidor e do produtor
Quantidade
Preço
S
D
P0
Q0
Pmax
Q1 Q2
Suponha que o governo
imponha um preço máximo de Pmax
abaixo do preço de mercado P0.
Variação do excedente
do consumidor e do
produtor devido ao
controle de preços