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ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA Análise de metais em diversas matrizes 1. Aplicações diversas 2. Introdução: absorção atômica x absorção molecular Espectrometria de absorção atômica – elétrons nos orbitais atômicos da camada de valência. Espectrometria de absorção molecular – elétrons nos orbitais moleculares. 2.1. Conceitos gerais • “A espectrometria de absorção atômica (AAS; EAA) é uma técnica espectroanalítica para determinações quantitativas de elementos, baseada na absorção de radiação das regiões visível e UV por átomos livres no estado gasoso”. Atomic Absorption Spectrometry. B. Welz and M. Speling, Wiley-VCH, Weinheim, Germany, 1999. • Técnica analítica que se baseia na absorção de radiação das regiões visível ou ultravioleta, do espectro eletromagnético, por átomos gasosos no estado fundamental. 2.1. Conceitos gerais • Todos os átomos absorvem luz (radiação). • O comprimento de onda, no qual a luz é absorvida, é específico para cada elemento. Se uma amostra contém Ni, por exemplo, mas possui outros elementos como Pb e Cu sendo expostos à luz do comprimento de onda característico para Ni, somente os átomos de Ni irão absorver esta luz; • A radiação absorvida é específica para cada átomo e corresponde ao salto do elétron para níveis de energia característicos de cada elemento. • A quantidade de luz absorvida neste comprimento de onda será incrementada proporcionalmente ao número de átomos do elemento selecionado em um caminho ótico, e é proporcional à concentração de absorção deste átomos. • Envolve a medida de absorção da intensidade da radiação eletromagnética, proveniente de uma fonte de luz, por átomos gasosos no estado fundamental; • Determinação quantitativa de elementos (metais e alguns não metais) em uma ampla variedade de amostras (águas, materiais biológicos, clínicos, ambientais, alimentos, geológicos, etc.). 2.1. Conceitos gerais 2.2. Tipos de amostra AMOSTRAS AAS Líquida D et e rm in aç ão d ir e ta 2.2.1. Tipos de analitos Experimento de Kirchhoff & Bunsen (1a) Prisma Fundo branco alça de Pt Lente Lente 3. Contexto histórico do desenvolvimento da técnica Experimento de Kirchhoff & Bunsen (1b) Prisma Fundo branco NaCl sobre alça de Pt Lente Lente Linhas escuras 3. Contexto histórico do desenvolvimento da técnica Experimento de Kirchhoff & Bunsen (1c) Prisma NaCl sobre alça de Pt Lente 589,0 589,6 nm 3. Contexto histórico do desenvolvimento da técnica Experimento de Kirchhoff & Bunsen (2) queimador Prisma Placa branca Sal sobre alça de platina Lente Descoberta do césio (do latim coesium = azul celeste) 455,5 nm 3. Contexto histórico do desenvolvimento da técnica Experimento de Kirchhoff & Bunsen (2a) queimador Prisma Placa branca Sal sobre alça de platina Lente Descoberta do rubídio 780 nm 3. Contexto histórico do desenvolvimento da técnica 4. Fundamentos teóricos 1. Aspiração da amostra – nebulização (formação do spray). 2. Atomização – formação de átomos gasosos ou íons elementares. 3. Incidência de radiação com λ específico – absorção das espécies atômicas no vapor é medida. 4. Informação obtida – energia necessária para transições eletrônicas em orbitais atômicos da camada de valência do elemento analisado. 4. Fundamentos teóricos Transições eletrônicas possíveis para o átomo de sódio (Na) e o íon magnésio (Mg+). 4. Fundamentos teóricos 0 2 1 10 20 21 E20 = h20 = hc/20 Absorção e emissão atômicas E21 = h21 = hc/21 E10 = h10 = hc/10 4. Fundamentos teóricos Absorção atômica versus Emissão atômica Ba Na K Linhas de absorção de Fraunhofer Linhas de emissão 400 nm 900 nm Sr 4. Fundamentos teóricos Diagrama de níveis de energia Eo E2 E 3 E1 1 2 3 4 E4 5 6 Linhas de ressonância: transições a partir de Eo 4. Fundamentos teóricos 5. Devido às condições experimentais não segue rigorosamente a lei de Beer 6. Instrumentação: esquema geral Fonte de radiação Atomizador Monocromador Introdução da amostra Detector Interface/PC 6. Instrumentação: esquema do espectrômetro 0,345 dreno Conjunto monocromador Fonte de radiação detector Nebulizador oxidante Combustível 6. Instrumentação: esquema do espectrômetro VISTA ABERTA DE UM CONJUNTO NEBULIZADOR/QUEIMADOR DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DA CÂMARA DE NEBULIZAÇÃO Nebulizador Amostra 6.1. Instrumentação: introdução de amostra Nebulizador pneumático Câmara de Mistura ou nebulização Queimador Anel de vedação “spoiler” CONJUNTO NEBULIZADOR – QUEIMADOR 6.1. Instrumentação: introdução de amostra Aerossol líquido/gás Oxidante Combustível Dreno Amostra M+ A- Amostra nebulizada Nebulização Condensação Atomizador - chama 6.1. Instrumentação: aspiração de amostra líquido Gás sob alta pressão Aerossol 6.1. Instrumentação: formação do spray Atomizador: átomos são gerados para que possam absorver a radiação proveniente da lâmpada de catodo oco e, consequentemente, determinada a concentração do elemento de interesse. Mo (g) Fonte de radiação () A = log I0/It I0 It Átomos gasosos radiação () 6.2. Atomizador – processo de atomização ATOMIZADORES E TEMPERATURAS DE ATOMIZAÇÃO Atomização com Chama C2H2 – ar (2250 °C) C2H2 – N2O (2850° C) Atomização Eletrotérmica Forno de grafite (1600–3000 °C) Superfícies metálicas (1600–3000 °C) 6.2. Atomizador – tipos de atomização 6.3. Sistema óptico em um espectrômetro Fonte de luz usada para gerar radiação no comprimento de onda característico de cada elemento. Lâmpada de cátodo oco 6.4. Fonte de emissão de radiação: LCO Lâmpada de cátodo oco – Perkin Elmer 6.4. Fonte de emissão de radiação Isolante Janela de quartzo Invólucro de Pyrex Anodo Catodo Getter Pino de alinhamento Contatos elétricos Contatos para o código do elemento Isolante Janela de quartzo Invólucro de Pyrex Anodo Catodo Getter Pino de alinhamento Contatos elétricos Contatos para o código do elemento Lâmpada de cátodo oco 6.4. Fonte de emissão de radiação A radiação absorvida pelos átomos é gerada em lâmpadas de catodo oco (LCO). As LCO emitem somente o espectro do elemento do catodo, juntamente com o do gás de enchimento. A LCO é preenchida com neônio ou argônio a baixas pressões e possui como catodo o elemento a ser determinado. 6.4. Fonte de emissão de radiação Janela de quartzo Invólucro de pyrex Anodo Catodo Pino de alinhamento Contato elétrico Pinos de identificação C u Com o potencial aplicado entre os eletrodos, ioniza-se o gás Ne ou Ar. Estes íons Ne+ são atraídos pelo catodo, chocando-se nele e transferindo energia que leva a excitação dos átomos deste e emissão do espectro. 6.4. Fonte de emissão de radiação Cátodo oco Anodo Descarga elétrica Ne + + “ Sputtering ” e- Cátodo oco Anodo Descarga elétrica Ne+ + “ Sputtering ” e- M 6.4. Fonte de emissão de radiação: processos na LCO Cátodo oco Anodo M M* Descarga elétrica Ne + + “ Sputtering ” Fóton específico do elemento excitado En Eo En Eo e- Cátodo oco Anodo Descarga elétrica Ne+ + “ Sputtering ” Fóton específico do elemento excitado En Eo En Eo e- M M* 6.4. Fonte de emissão de radiação: processos na LCO Ionização do gás Ne NeNe+ + e- Ablação do material do catodo Ms + Ecin (Ne +) Mg Excitação Mg + Ecin (Ne +) Mg * Emissão Mg * Mg hn1 + hn2 + hn3 6.4. Fonte de emissão de radiação: processos na LCO 6.5. Espectrômetro com feixe duplo 6.5. Espectrômetro com feixe simples Grade Fenda Saída Fenda Entrada Espelho esférico Espelho esférico Largura da Fenda Angulo da grade determina o comprimento de onda da fenda de saída 6.6. Monocromador 7. Processo de atomização Fonte de radiação h Sistema de atomização M + h M* Conjunto monocromador Amostra com teor c do analito M Detector (Transdutor) logIo/It = kc ou A = abc Io It MA (g) MA (l) MA (s) Aerossol líquido/gás Vaporização Fusão Dessolvatação Sublimação Combinação Dissociação 7. Processo de atomização M+* M* MOH*; MO* M+ M + A MOH; MO RecombinaçãoIonização Desionização Emissão Excitação Dissociação Combinação Dissociação Excitação Emissão de bandas 7. Processo de atomização: vias possíveis de atomização 8. Tipos de técnicas de absorção • com chama (FAAS) • com atomização eletrotérmica (ETAAS) • com forno de grafite (GFAAS) • com filamento de tungstênio (WCAAS) • com geração de vapor atômico a frio (CVAAS): Hg • com geração de hidretos (HGAAS): As, Se, Sb, Sn, Bi e outros 8. Tipos de atomizadores 1. Atomizador de chamas 2. Atomizador eletrotérmico com forno de grafite 8.1. Tipos de atomizadores: chama E m d ir e ç ã o a c h a m a M+(g) M+*(g) (excitação do íon) -1e- M(g) M*(g) (excitação do aerossol) MX(g) (vaporização do líquido) MX(l) (fusão do cristal) MX(s) (vaporização do solvente) MX(l) (formação aerossol) MX(l) (solução contendo analito) Processos que ocorrem durante a atomização 8.1. Tipos de atomizadores: chama 8.1.1. Tipos de Chamas 1.Intervalo de Temperatura: mistura de combustíveis. 2.Velocidade de queima: fluxos de gás deve ser estável. 8.1.2 Estrutura da chama Cone externo: recombinação Região interconal: parte da chama mais utilizada Cone primário: emissão de bandas de C2, CH, e outros radicais Átomos no estado fundamental depende da: composição da chama complexidade do meio Chama Transparência Eficiência na atomização Limites de detecção: 10 µg L-1 a 100 mg L-1 Métodos bem estabelecidos 8.1.3 Características da chama Perfis de temperatura, em oC, para uma chama de gás natural/ar D is tâ n c ia a c im a d o o ri fí c io , c m Ponta do queimador 8.1.4 Perfil de temperatura da chama 8.1.4 Perfil de temperatura da chama h = altura de observação vm = velocidade dos gases através da fenda tr= tempo médio de residência tr = vm h ar + C2H2 amostra h Io It CHAMA QUÍMICA 8.1.5 Perfil de temperatura da chama Io It Para cada elemento existe composição de chama e altura de observação mais adequadas 8.1.6 Atomização na chama C2H2 MAs MAl MAg M + A dessolvatação dissociação fusão vaporização hobs Ar 8.1.6 Atomização na chama Na+ Cl- C2H2 NaCl s NaCl l NaCl g Na + Cl dessolvatação dissociação fusão vaporização hobs Ar 8.1.6 Atomização na chama M+ + A- C2H2 MOs MOl MOg M + O dessolvatação dissociação fusão vaporização hobs Ar 8.1.6 Atomização na chama: via óxido Cu2+ + C2H2 CuOs CuOl CuOg Cu + O dessolvatação dissociação fusão vaporização NO3 - NO3 - hobs Ar 8.1.6 Atomização na chama: via óxido 8.2. Atomização eletrotérmica – forno de grafite Io It 0.723 1. A amostra inteira é atomizada em poucos segundos, aumentando o tempo de permanência dos átomos a frente do feixe óptico. Elemento FAAS ETAAS* Ag 3 0,04 As 450 0.25 Bi 50 0.45 Cd 3 0.01 Cr 9 0.08 Pb 15 0.2 Zn 1.5 0.01 * volume injetado: 20 µL, correção com D2 , altura de pico LIMITES DE DETECÇÃO – µg L-1 8.2. Atomização eletrotérmica – forno de grafite Elemento Atomização com chama Atomização eletrotérmica Al 1000 * 1,5 Ba 500 * 1 Cd 20 ** 0,06 Co 100 ** 1 Pb 500 ** 1,5 Si 2000 * 6,0 *C2H2-N2O **C2H2-ar CONCENTRAÇÕES CARACTERÍSTICAS EM µg L-1 8.2. Atomização eletrotérmica – forno de grafite 8.2.1. Forno de grafite – atomizador Excelente Seletividade Faixa linear limitada Interferências químicas por elementos na matriz da amostra Quantificação por curva analítica C = ax +b Sensibilidade s = dx/dc Concentração característica é o valor da concentração do analito que corresponde a uma leitura de 0,0044 de absorbância, descontando a leitura do branco. 9. Características analíticas da absorção atômica Elemento FAAS GFAAS Al 1000 1,5 Ba 500 1 Cd 20 0,06 Co 100 1 Pb 500 1,5 Si 2000 6,0 9. Características analíticas da absorção atômica: características analíticas (g/L) Sala especial com ar insuflado através de filtros: • HEPA (high efficiency particulate air filter, 0,3 µm) por entradas colocadas no forro - 80 a 90 % do ar é filtrado; • Filtros ULPA (ultra low penetration air filter, > 99,997 %) Sala com capela de fluxo laminar: secar materiais descontaminados; Capela VIDY: para destiladores “subboiling” de quartzo Kürner para purificação de ácidos; para preparo de soluções; 10. Controles e cuidados: ambiente de trabalho Vidraria & frascos Lixiviação com HNO3 1:1 (v/v) por, pelo menos, 24 h; Vapor de HNO3 por ~ 6 h; Reagentes Solução estoque: comprar pronta; ácidos puros e ultra puros; destilar ácidos menos puros; H2O Destilada, desionizada: Sistema Milli-Q ou similar; Armazenagem Soluções e amostras em meio ácido: evita adsorção; metais solúveis. 10. Controles e cuidados: limpeza
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