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INTRODUÇÃO À MICOLOGIA

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2017­5­28 INTRODUÇÃO À MICOLOGIA
http://www.microbiologybook.org/Portuguese%20Mycology/port­mycology­1.htm 1/5
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x x
DOENÇAS INFECCIOSAS BACTERIOLOGIA IMUNOLOGIA MICOLOGIA PARASITOLOGIA VIROLOGIA
ENGLISH  
MICOLOGIA – CAPÍTULO UM
INTRODUÇÃO À MICOLOGIA
Dr Art DiSalvo
Diretor Emérito, Laboratório Estadual de Nevada
Diretor Emérito de Laboratórios, Departamento de Saúde e Controle Ambiental da Carolina do Sul.
Tradução:
Fernanda Mota
PhD. Myres Hopkins
 
 
TURKISH
ALBANIAN
Let us know what you think
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 Figura 1
Esporos de Chaetomium globosum .
Chaetomium é um ascomiceto, e na
maioria das espécies os esporos têm
forma de limão, com um único poro
germinativo
© Dennis Kunkel Microscopy, Inc.
Usado com permissão 
 
 A
 B
Figura 2
A. Basidiocarpo (corpo frutificante) de
um políporo. B. Superfície inferior,
mostrando a hifa geradora. Esporos
reprodutivos estão dispersos por
poros na superfície inferior do fungo.
© Dr Arthur DiSalvo and © Dennis
Kunkel Microscopy, Inc. Usado com
permissão.
 
 
INTRODUÇÃO
Classificação
Fungos são organismos eucariontes que não contêm clorofila, mas possuem parede celular, estruturas
filamentosas e produzem esporos. Esses organismos crescem como saprófitos e decompõem matéria orgânica.
Existem entre 100.000 a 200.000 espécies de fungos, variando de acordo com a classificação utilizada. Cerca de
300 espécies são reconhecidas atualmente como patogênicas para o homem. 
Existem cinco reinos de organismos vivos. Os fungos pertencem ao reino Fungi.
 
REINO CARACTERÍSTICA EXEMPLO
Monera Procarioto Bactéria
Actinomicetos
Protista Eucarioto Protozoários
Fungi Eucarioto * Fungo
Plantae Eucarioto Plantas, Musgo
Animalia Eucarioto * Artrópodes
Mamíferos
Humanos
 
* Essa característica em comum é responsável pelo dilema terapêutico envolvendo a terapia anti­micótica.
A taxonomia do Reino Fungi está em evolução e ainda é controversa. Anteriormente baseada na morfologia
grosseira descrita por microscópio óptico, o estudo da ultra estrutura, bioquímica e biologia molecular fornece
novas evidências sobre as quais se baseiam os posicionamentos taxonômicos. Os fungos de importância médica
pertencem a quatro filos:
Ascomycota ­ Reprodução sexuada em um saco chamado de ascos com produção de esporos (ascósporos)
(figura 1).
Basidiomycota ­ Reprodução sexuada em um saco chamado de basídio com a produção de basidiósporos
(figura 2).
Zygomycota ­ Reprodução sexuada por gametas e assexuada pela formação de zigósporos (figura 3).
Fungos Mitospóricos (Fungi Imperfecti) ­ Não possui forma de reprodução sexuada reconhecível. Inclui a
maioria dos fungos patogênicos.
 
2017­5­28 INTRODUÇÃO À MICOLOGIA
http://www.microbiologybook.org/Portuguese%20Mycology/port­mycology­1.htm 2/5
 
 
 Figura 3
Mucor spp. estrutura frutificante com esporos. A estrutura frutificante (conidióforo ) maturou e sua membrana exterior está desintegrando,
permitindo que os esporos (conidia) sejam liberados. Mucor é um fungo comum encontrado em vários ambientes. É um fungo Zigomiceto
que pode ser alergênico e frequentemente é encontrado como saprófito em solos, matéria vegetal morta (como feno), esterco de cavalo e
frutas. É um patógeno oportunista e pode causar Mucormicose em indivíduos imunocomprometidos. Os locais de infecção são os pulmões, a
seios nasais , cérebro, olhos, e pele. Poucas espécies foram isoladas dos casos de zigomicoses, mas o termo mucormicose tem sido
frequentemente utilizado. A zigomicose inclui infecções mucocutâneas e rinocrebrais, bem como infecções renais, gastrite e infecções
pulmonares. 
© Dennis Kunkel Microscopy, Inc. Usado com permissão.
 Figura 4
Candida albicans – Estágios de
levedura e hifa. Um fungo do tipo
levedura que ocorre comumente em
pele humana, no trato respiratório
superior, alimentar e genital feminino.
Esse fungo tem um ciclo de vida
dimórfico com estágios leveduriformes
e hifais. A levedura produz hifas
(filamentos) e pseudo­hifas. As
pseudo­hifas podem dar origem a
células de levedura por brotação
apical ou lateral. Causa candidíase
que inclui aftas (uma infecção da boca
e vagina) e vulvo­vaginite. © Dennis
Kunkel Microscopy, Inc. Usado com
permissão.
 
 
MORFOLOGIA
Fungos patogênicos podem existir como leveduras ou como hifas (figura 4). Uma massa de hifas é chamada micélio. Leveduras
são microorganismos unicelulares e micélios são estruturas filamentosas multicelulares constituídas de células tubulares com
parede celular. As leveduras se reproduzem por brotamento ou cissiparidade. As formas miceliais se ramificam e o padrão de
ramificação delas auxilia a identificação morfológica. Se o micélio não for septado é chamado de cenocítico (não­septado). Os
termos “hifa” e “micélio” são comumente utilizados indistintamente. Alguns fungos ocorrem tanto na forma de leveduras como na
forma de micélios. Esses são chamados fungos dimórficos.
Fungos Dimorficos
Os fungos dimórficos podem apresentar duas formas (figura 5):
LEVEDURA ­ (forma parasitária ou patogênica). Essa forma é usualmente encontrada em tecidos,
exudatos, ou se cultivados em uma incubadora a 37 graus C.
MICÉLIO ­ (forma saprófita). Forma observada na natureza ou quando cultivada a 25 graus C. A conversão
para a forma de levedura parece ser essencial para a patogenicidade. Fungos dimórficos são identificados
por várias características morfológicas ou bioquímicas, incluindo a aparência de seus corpos de frutificação.
Os esporos assexuais podem ser grandes (macroconídios, clamidosporos) ou pequenos (microconídios ,
blastosporos, artroconídios).
DOENÇAS MICÓTICAS
Há quarto tipos de doenças micóticas:
Hipersensibilidade ­ uma reação alégica a “mofos” e esporos.
Micotoxicoses – envenenamento do homem ou animais por alimentos ou produtos alimentícios contaminados por fungos
que produzem toxinas a partir de substratos de grãos.
Micetismo – a ingestão de toxina (envenenamento por cogumelos).
Infecção fúngica.­ invasão tecidual com resposta do hospedeiro.
Tratemos apenas sobre o último tipo: fungos patogênicos que causam infecções. Os fungos patogênicos mais comuns não
produzem toxinas, mas causam modificações fisiológicas durante a infecção parasitária (ex. taxa metabólica aumentada, vias
metabólicas modificadas e modificação da estrutura da parede celular). Os mecanismos que causam essas modificações, assim
como a sua importância como um mecanismo de patogenicidade estão sendo descritos.
A maioria dos fungos patogênicos são, também, termotolerantes, e podem resistir ao efeito das espécies reativas de oxigênio
liberadas durante a queima respiratória fagocítica. Assim, os fungos são capazes de suportar muitas defesas do organismo.
Fungos são onipresentes na natureza e a maioria das pessoas está exposta a eles. O estabelecimento de uma infecção micótica
normalmente depende do tamanho do inócuo e da resistência do hospedeiro. A severidade da infecção parece depender do
estado imunológico deste. Dessa forma, a demonstração de um fungo, por exemplo, em sangue retirado de um cateter
intravenoso podem corresponder à colonização do cateter, a uma fungemia transitória (i.e., disseminação de fungo na corrente
sanguínea) ou a uma real infecção. O medico deve decidir qual é o estado do paciente baseado em parâmetros clínicos, estado
geral, resultado de exames laboratoriais, etc. A decisão não é trivial, uma vez que o tratamento de infecções fúngicas sistêmicas
requer o uso agressivo de drogas com toxicidade considerável. A maioria dos agentes micóticos são saprófitos de solo e
doenças micóticas, em geral, não são transmissíveis de pessoa para pessoa (exceções ocasionais são: Candida e alguns
dermatófitos). Surtos podem ocorrer, mas estes são devidos à exposição a um fator ambiental comum, não por
transmissibilidade.A maioria dos fungos que causam infecções sistêmicas tem um nicho ecológico peculiar e característico na
natureza. Esse habitat é específico para vários fungos que serão discutidos posteriormente. Nesse ambiente, fungos
normalmente saprófitos, se proliferam e desenvolvem. Esse ambiente também é fonte de elementos fúngicos e ou esporos, onde
humanos e animais, hospedeiros acidentais, são expostos às partículas infecciosas. É importante estar atento a essas
associações para diagnosticar doenças micóticas. O médico deve ser capaz de obter uma história completa do paciente
incluindo ocupação, habitos e histórico de viagens. Esse tipo de informação é frequentemente necessário para levantar ou
confirmar um diagnóstico diferencial. A incidência de infecções micóticas está aumentando dramaticamente, devido ao aumento
da população de indivíduos susceptíveis. Exemplos destes são pacientes com AIDS, pacientes em terapias imunossupressoras,
e em uso de exames diagnósticos invasivos e procedimentos cirúrgicos (implantes de próteses). Doenças fúngicas são
 
VIDEO
Crescimento e Divisão por
brotamento da Levedura
(Saccharomyces cerevisiae
High Resolution
Low resolution 
© Philip Meaden
Heriot­Watt University
Edinburgh, Scotland  and The MicrobeLibrary
 
 
2017­5­28 INTRODUÇÃO À MICOLOGIA
http://www.microbiologybook.org/Portuguese%20Mycology/port­mycology­1.htm 3/5
consideradas não contagiosas e de notificação não compulsória no sistema de estatísticas nacionais de saúde pública. 
 
 
 Figura 5
A 
Candida albicans é um fungo
dimórfico que cresce como levedura
unicellular sob algumas condições
ambientais e como fungo filamentoso
sob outras condições. 
Células de levedura de brotamento.
C. albicans foram cultivadas a 37°C
com aeração por 3 horas no meio
Levedura­peptona­dextrose (YPD).
Nesta imagem, células não coradas
estão ampliadas x400. A imagem foi
feita com microscopia de contraste de
fase. 
 
 
 B 
Leveduras em brotamento com septo. O septo se formou entre o broto filho e a célula mãe, mas a separação dos dois não ocorreu. Esta
imagem é de células cultivadas a 37°C por 3 horas no meio YPD. A célula não corada está ampliada x1000 usando microscopia de contraste
de fase.
 
 C
Célula de C. albicans na terceira hora. Três horas após o aparecimento do tubo germinativo, a hifa apresentou septos. Um novo tubo
germinativo no polo distal da célula também fica evidente nesse momento. As células não coradas estão ampliadas x1000 usando microscopia
de contraste de fase.
 Figura 5 A­C
© Phillip Stafford
Dartmouth Medical School
Hanover, New Hampshire and The
MicrobeLibrary
 
 Figura 6
Técnica de coloração de Gomori e
sob relativamente baixa magnificação
50X esta fotomicrografia revela
mudanças histopatológicas indicativas
da presença do organismo fúngico
dematiáceo Phialophora parasitica.
Conhecido por ser o agente causador
de cromoblastomicose e feo­
hifomicose que afeta os tecidos
subcutâneos, embora no caso da
feohifomicose muitos sistemas de
órgãos possam ser afetados,
podendo até mesmo se disseminar
pelo corpo.
CDC/ Dr. L. Ajello 
 
 Figura 7
Uma placa de Petri com meio ágar
Sabouraud dextrose cultivando um
isolado Mexicano de T. rubrum var.
rodhaini. Membros dermatofíticos do
gênero Trichophyton são uma das
principais causas de infecções de
couro cabeludo, pele e unhas em
humanos, conhecidas como
dermatofitoses. O gênero inclui
espécies antropofílicas, zoofílicas e
geofílicas. 
CDC/Dr. Libero Ajello
 
DIAGNÓSTICO
Raspagem de pele suspeita de conter dermatófitos ou pus de uma lesão pode ser montada com KOH em uma lâmina
(preparação úmida) e examinada diretamente no microscópio.
Teste cutâneo (hipersensibilidade dermal) costumava ser uma ferramenta diagnóstica popular, mas atualmente seu uso é
desencorajado porque o teste cutâneo pode interferir com estudos sorológicos, causando resultados falso positivos. Ainda
pode ser utilizado para avaliar a imunidade do paciente, assim como o índice de exposição populacional em um estudo
epidemiológico.
Sorologia pode ser útil quando aplicada a uma doença fúngica específica; não há antígenos para rastreamento de fungos
em geral. Como fungos são antígenos fracos a eficácia da sorologia varia em diferentes infecções fúngicas. Os testes
sorológicos serão discutidos em cada micose. Os testes sorológicos mais comuns para fungos são baseados em dupla
imunodifusão, fixação de complemento e imunoensaios enzimáticos (EIA). Dupla imunodifusão e fixação de complemento
geralmente detectam anticorpos IgG. Alguns testes EIA estão sendo desenvolvidos para detectar anticorpos IgG e IgM.
Há alguns testes que podem detectar antígenos de fungos específicos, mas só agora eles estão entrando em uso geral.
Microscopia de fluorescência direta pode ser usada para identificação, mesmo em culturas não viáveis ou em cortes de
tecidos fixados. Os reagentes para este teste são difíceis de obter.
Biópsia e histopatologia. Uma biópsia pode ser muito útil para a identificação e como uma fonte do fungo invasor do
tecido. A coloração de metenamina de prata de Grocott­Gomori (GMS) geralmente é usada para revelar organismos que
coram de preto contra o fundo verde (figura 6). A coloração de HE nem sempre cora o organismo, mas cora as células
inflamatórias.
Cultura. Um diagnóstico definitivo requer uma cultura e identificação. Fungos patogênicos normalmente são cultivados em
ágar Sabouraud dextrose (figura 7). Esse tem um pH levemente ácido (~5.6). Cicloheximida, penicilina, estreptomicina ou
outras substâncias inibitórias são adicionadas frequentemente para prevenir contaminação bacteriana e
supercrescimento. Duas culturas são inoculadas e incubadas separadamente a 25 graus C e 37 graus C para revelar
dimorfismo. As culturas são examinadas macroscopicamente e microscopicamente. Elas só são consideradas negativas
para crescimento após 4 semanas de incubação.
Sondas de DNA. DNA ribossomal é hibridizado com uma sonda de DNA marcado. Esse teste é rápido (1 a 2 horas) e
espécie­específico. Não está disponível para muitos organismos e possui um preço elevado.
 
 
ESTRUTURA MOLECULAR
Anfotericina B  
Cetoconazol
Griseofulvina   
5­fluorocitosina 
TRATAMENTO
Células de mamíferos não contêm as enzimas que degradam os polissacarídeos da parede celular dos fungos. Portanto, esses
patógenos são difíceis de erradicar pelos mecanismos de defesa do hospedeiro. Já que mamíferos e fungos são ambos
eucariotos, o meio celular dos dois é similar. A membrana celular de todos os eucariotos contém esteróides, ergosterol na
membrana celular fúngica e colesterol na membrana celular dos mamíferos. Assim, a maioria das substâncias que podem
prejudicar o fungo invasor terá graves efeitos colaterais sobre o hospedeiro. Embora um dos primeiros agentes quimioterápicos
(iodetos orais) fosse um antimicótico usado em 1903, o desenvolvimento de tais agentes foi negligenciado em relação ao
desenvolvimento de agentes antibacterianos. A toxicidade seletiva necessária para inibir os micro­organismos invasores com
dano mínimo ao hospedeiro tem sido difícil de se estabelecer entre células eucarióticas.
 
ESTRUTURA MOLECULAR
2017­5­28 INTRODUÇÃO À MICOLOGIA
http://www.microbiologybook.org/Portuguese%20Mycology/port­mycology­1.htm 4/5
Ergosterol
Caspofungina
Os agentes anti­fúngicos primários são:
Anfotericina B
Esse é um antimicótico polieno. É, normalmente, a droga de escolha para a maioria das infecções fúngicas
sistêmicas. Tem uma maior afinidade por ergosterol na membrana celular dos fungos do que pelo colesterol na
membrana do hospedeiro; uma vez ligado ao ergosterol, ele causa destruição da membrana celular e morte da
célula fúngica. Anfotericina B é usualmente administrada por via intravenosa e os pacientes costumam ser
internados. A droga é bastante tóxica: trombo­flebites, nefrotoxicidade,febre, calafrios e anemia ocorrem
frequentemente durante a administração. Anfotericina B em base lipídica tem a mesma eficiência, é menos tóxica,
porém mais cara.
Azóis
Os azóis (imidazóis and triazóis), incluindo o cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol e pozaconazol estão
sendo usados para candidíases mucocutâneas, dermatofitoses e para algumas infecções fúngicas sistêmicas.
Fluconazol é, atualmente, essencial para a manutenção de portadores de AIDS com criptococose. O mecanismo
geral de ação dos azóis é a inibição da síntese de ergosterol. A administração oral e a toxicidade reduzida desses
são vantagens diferenciais.
Griseofulvina
Griseofulvina é uma droga de ação lenta que é usada para infeções severas de pele e unhas. Seu efeito depende
de sua acumulação no estrato córneo onde é incorporada no tecido e forma uma barreira que interrompe a
penetração posterior e o crescimento de fungos. É administrado oralmente. Seu exato mecanismo de ação é
desconhecido.
5­fluorocitosina
5­fluorocitosina (Flucitosina ou 5­FC) inibe a síntese de RNA e encontra sua maior aplicação em criptococose (que
será discutida posteriormente). É de administração oral.
Terbinafina 
[Hidrocloreto de (2E)­6,6­dimetil­hept­2­en­4­in­1­il](metil)(nafatalen­1­ilmetil)amina (hidrocloreto de terbinafina).
Esse é um agente antifúngico, também conhecido como Lamisil, usado no tratamento de infecções nas unhas das
mãos e dos pés. É de administração oral.
Caspofungina
É o sal do diacetato de pneumocandina B0 1­[(4R,5S)­5­[(2­ aminoetil)amino)­N2­(10,12­dimetil­1­oxotetradecil)­4­
hidróxi­L­ornitina)­5­[(3R)­3­hidróxi­L­ornitina). Esse antifúngico funciona por inibição da enzima β(1,3)­D­Glucano
sintase e alterando a integridade da parede celular fúngica. Sua via de administração é intravenosa.
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS MICOSES
Doenças fúngicas podem ser discutidas de formas variadas. O método mais prático para estudantes de medicina é a taxonomia
clínica, que divide os fungos em:
Micoses superficiais
Micoses subcutâneas
Micoses sistêmicas
Micoses oportunistas
As micoses superficiais (ou micoses cutâneas) são doenças fungicas que estão confinadas às camadas externas da pele, das
unhas ou dos cabelos (camadas queratinizadas) raramente invadindo tecidos mais profundos ou vísceras (figura 8). Os fungos
envolvidos são conhecidos como dermatófitos. As micoses subcutâneas estão confinadas ao tecido subcutâneo e apenas
raramente se tornam sistêmicas. Elas formam lesões cutâneas profundas, ulceradas ou massas fúngicas envolvendo, mais
comumente, as extremidades inferiores. Os organismos causais são saprófitos de solo que são introduzidos por traumas nos
pés ou pernas. As micoses sistêmicas podem envolver vísceras profundas e se tornarem amplamente disseminadas. Cada tipo
de fungo tem predileção por vários órgãos que serão descritos quando discutirmos as doenças individualmente.
As micoses oportunistas são infecções devidas a fungos com baixa virulência inerente. Os agentes etiológicos são organismos
que são comuns em todos os ambientes.
 
 
 Figura 8
Impingem (micose) na pele do
pescoço devido à Trichophyton
rubrum.
CDC/Lucille K. Georg
 
 
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2017­5­28 INTRODUÇÃO À MICOLOGIA
http://www.microbiologybook.org/Portuguese%20Mycology/port­mycology­1.htm 5/5

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