Buscar

Resumo Sistema Nervoso Simpático

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo Sistema Nervoso Simpático 
O Sistema Nervoso Simpático, complementa o SNP, já falado anteriormente. Apesar de na 
maioria das funções estes serem antagónicos, o mecanismo nunca é de tudo ou nada, ou seja, 
quando há aumento do tónus simpático, o tónus parassimpático continua lá, apenas há maior 
ação do SNS. 
Este, como já havia referido no primeiro documento, tem uma ação que assenta nos 
parâmetros “Fight or Flight”, sendo responsável sobretudo por induzir estados hipercinéticos 
no organismo, ao contrário do que ocorre com o SNP. No outro documento que vos enviei, 
temos as ações do SNS, bem como a sua distribuição anatómica e qual o neurotransmissor 
principal, que é a Noradrenalina. 
Muita ATENÇÃO, não esquecer que apesar de na junção efetora o recetor ser sensível à 
noradrenalina, os gânglios simpáticos são ativados pela ACETILCOLINA, porque são recetores 
colinérgicos, nomeadamente do tipo nicotínicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transmissão Adrenérgica 
As catecolaminas derivam todas do mesmo 
percursor, a L-tirosina, que é transformada em L-
Dopa, após transporte para a terminação 
adrenérgica. Por sua vez, a L-dopa é convertida a 
Dopamina, outro neurotransmissor, sendo que 
esta apenas é convertida a Noradrenalina já dentro 
das vesículas sinápticas, pela Dopamina-beta-
hidroxilase, presente APENAS nas vesículas dos 
neurónios noradrenérgicos. 
 
 
 
 
À semelhança do que vimos para o SNP, a libertação do 
neurotransmissor na fenda sináptica depende da libertação 
de cálcio, sendo que há libertação de alguns 
cotransmissores (ATP e peptídeos). Substâncias como as 
Anfetaminas, são independentes do Ca2+, uma vez que 
atuam a nível pré sináptico e a nível pós sináptico, atuando 
como um simpaticomimético de ação indireta. A 
noradrenalina, após a sua ação ao nível dos recetores, é 
inativada. 
 
 
No entanto, a inativação da noradrenalina difere bastante da inativação da acetilcolina. No 
caso da acetilcolina, temos uma inativação enzimática, através da ação da Acetilcolinesterase 
ao nível da fenda sináptica, num processo muito rápido, como já vimos. Já no caso da 
noradrenalina, a inativação faz-se através de um processo de recaptação para o neurónio pré-
sináptico, através do transportador NET, mais lento, contudo, rápido o suficiente para garantir, 
numa situação fisiológica, uma ativação controlada dos recetores pós-sinápticos. 
 
 
Agora que já vimos a síntese e a recaptação da Noradrenalina, é importante não esquecer que, 
esta é também degrada. A degradação da Noradrenalina faz-se pela enzima MAO, que degrada 
outras monoaminas, encontrada abundantemente nas mitocôndrias no citoplasma das 
terminações nervosas. Neste caso específico, falamos da MAO A, sendo que existe ainda a 
MAO B, importante na degradação da dopamina, sendo referido no 2º semestre quando se 
fala de doenças neurodegenerativas ou que resultam de um desequilíbrio entre os vários 
neurotransmissores. Ainda existe a COMT, existente no fígado e no intestino, e que são 
importantes ao nível da terapêutica de doenças que afetem o SNC, na medida em que também 
metabolizam a dopamina. É menos problemático inibir ou estimular uma enzima que degrada 
neurotransmissores a nível do tubo GI, do que propriamente no SNC, pois os efeitos adversos 
serão muito menores. Para que não ocorra uma degradação excessiva, existe o mecanismo de 
proteção de recaptação a partir da fenda sináptica, com o NET. Para alem disso, um outro 
transportador, o VMAT, uma molécula que transporta monoaminas do citoplasma para as 
vesículas sinápticas, existente nas terminações noradrenérgicas e dopaminérgicas, pois este 
também é responsável pelo armazenamento em vesículas da dopamina, para que esta possa 
ser convertida em noradrenalina. 
Para além do transportador neuronal, o NET, que retira rapidamente a Noradrenalina da fenda 
sináptica, há ainda alguma noradrenalina que é recaptada de forma extra-neuronal, por um 
transportador que representa o Uptake 2 (o NET é o uptake 1), existente na glia ou a nível pós-
sináptico. Desta forma, a noradrenalina é inativada, mas não estará tão prontamente disposta 
a ser utilizada novamente a nível pré-sináptico, sendo este transportador bastante importante. 
No futuro, pensa-se que alguns fármacos poderão vir a atuar neste transportador, parecendo 
uma terapêutica promissora no tratamento de algumas patologias cuja causa recai sobre o 
excesso de noradrenalina na fenda sináptica. Um bloqueador endógeno deste transportador é 
o cortisol (vulgo “hormona do stress”), daí que aquando de crises de ansiedade, alguns 
doentes experienciem palpitações, aumento marcado da PA e obstipação. 
Alguma noradrenalina é ainda dissipada através da corrente sanguínea, perdendo assim o seu 
efeito ao nível da fenda sináptica. 
 
Recetores 
Antes de prosseguirmos para os diversos tipos de recetores que compõem o sistema 
adrenérgico, iremos apenas rever algumas noções básicas. Muitas vezes, negligenciamos o 
facto de existirem recetores a nível pré sináptico, e a sua importância. 
São estes que são os responsáveis pela libertação, e consequente inibição por feedback 
negativo, dos neurotransmissores, sendo ativados pelos mesmos neurotransmissores, cuja 
libertação estão a regular, denominando-se assim de Autorrecetores. 
Existem depois os Heterorrecetores que são ativados por diferentes neurotransmissores, 
sendo estes responsáveis pela sua consequente ação ao nível dos vários sistemas. Um caso 
particular é o caso da Guanetidina, um fármaco que funciona como um falso substrato. Ou 
seja, este é em tudo igual à noradrenalina, sendo reconhecido por todos os transportadores, 
armazenado nas mesmas vesículas e libertado de igual maneira. A sua afinidade para os 
recetores pós sinápticos é igual à da noradrenalina e por isso, esta liga-se efetivamente, no 
entanto, não tem capacidade de os ativar, comportando-se como um simpaticolítico de ação 
indireta. 
No sistema Adrenérgico temos então 2 grupos de recetores: 
Recetores ALFA: têm maior afinidade para a noradrenalina do que para a adrenalina ou para a 
isoprenalina. 
Dentro deste grupo, destacamos 2 tipos de recetores: 
Recetores alfa 1: Recetores Metabotropicos, acoplados positivamente a proteína Gq 
>PKCPIP2 IP3 + DAG >ca2+ intracelular contração músculo liso (vasos) 
Recetores alfa 2: também metabotrópicos, acoplados à Proteína Gi Inibição da 
Adenilciclase <AMPc inibição dos canais de Ca2+ e estimulação dos canais de K+ 
Inibição do sistema nervoso. Estes estão sobretudo expressos a nível pré-sináptico, 
funcionando como autorrecetores que inibem a libertação de noradrenalina para a fenda 
sináptica (Como já havíamos visto, qualquer mecanismo que iniba os canais de cálcio 
dependentes de voltagem, inibe a libertação de neurotransmissores, sendo este um 
mecanismo de regulação muito importante!), ou como heterorrecetores, na medida em que 
funcionam também como inibidores da libertação de acetilcolina, aquando de cruzamento do 
SNP e do SNS, dependendo a sua ação do tónus predominante do órgão em questão. Embora 
não muito expressos a nível da junção neuro-muscular, existem alguns, que levam à contração 
do músculo. Estes inibem ainda a libertação de insulina a nível pancreático. 
Recetores BETA: estes têm maior afinidade para a isoprenalina do que para a noradrenalina, 
dividindo-se em 3 grupos, os Beta 1, Beta 2 e Beta 3, sendo que todos se encontram acoplados 
à Proteína Gs, com ativação da PKA, aumento da atividade da Adenilciclase >AMPc 
Relaxamento do Músculo Liso. 
O Recetor beta 1 encontra-se predominantemente a nível cardíaco, sendo inotrópico e 
cronotrópico positivo. Comisto aumenta a FC e consequentemente o DC. 
O Recetor beta 2 encontra-se predominantemente ao nível do músculo liso, afetando os 
vasos, bem como os brônquios, sendo importante na broncodilatação. 
O Recetor beta 3 leva a um relaxamento da bexiga e é responsável pela lipólise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É preciso perceber que estes efeitos, nomeadamente ao nível dos vasos e do coração dos 
recetores beta adrenérgicos, são muitas vezes contrariados por um feedback negativo, advindo 
do BARORREFLEXO. Basicamente lembrem-se que a pressão arterial (PA), é um dos mecanismos 
básicos da homeostasia e que por isso, vai ser constantemente avaliada e regulada. Como 
PA=DCxRVP, e DC=VSXFC, então surge um equilíbrio entre estes 2 sistemas, vasos e coração. 
Assim, algo que cause vasodilatação, levará a uma taquicardia reflexa, pois >FC=>DC, 
compensando a <RVP. Por outro lado, mas de forma menos marcada, pois as alterações na RVP 
são a maior condicionante nas alterações da PA (especialmente diastólica), uma bradicardia 
induz vasodilatação e vice-versa. É sempre importante que este raciocínio esteja bem presente, 
pois num doente, é preciso avaliar não só o efeito direto do fármaco que estamos a 
administrar, mas também os efeitos, que por feedback, de modo a manter a homeostasia, 
vão surgir. 
 
 
 
A ação predominante de um agonista α é o aumento da pressão arterial, acompanhado de um 
aumento da resistência periférica e de um ligeiro aumento da frequência cardíaca. No caso de 
um agonista predominantemente β, a ação vai ser principalmente marcada na frequência 
cardíaca, sem grande efeito na pressão arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As catecolaminas têm também uma ação amplificadora sobre o metabolismo das células, que é 
imitada por todos os simpáticomiméticos de ação direta ou indireta. O aumento do 
metabolismo, associado a uma redução do apetite (ação central) levam à redução do peso 
ponderal, o que acontece normalmente como consequência do abuso de cocaína ou de 
anfetaminas. 
Os agonistas β1 são os mais relevantes a nível das células musculares e hepáticas, aumentando 
o seu metabolismo, ou seja, a produção de energia. Esta acção é feita por estimulação da 
conversão inicial de glicogénio em glicose-1 -fosfato e inibição o processo inverso. Os agonistas 
α1 são também relevantes no processo de produção de energia a nível hepático. A nível do 
adipócito os mais importantes são os agonistas β3, que aumentam a actividade da lipase, 
reduzindo a acumulação de lípidos. 
 
Fármacos Simpaticomiméticos 
Os efeitos da estimulação Simpática são mediados por libertação da norepinefrina 
(noradrenalina) que ativa os adrenorecetores a nível pós sináptico, ou através de estímulos que 
levem à libertação de epinefrina (adrenalina) pela medula da supra-renal (como o stress). Assim, 
a norepinefrina comporta-se como um neurotransmissor e a epinefrina como uma hormona. 
Dentro dos fármacos que mimetizam as ações do SNS, podemos agrupa-los pelo modo de ação 
e pelo espectro de recetores que conseguem ativar. 
 
 
 Fármacos Simpaticomiméticos 
 
 
 
 
 
 
. 
 
Os efeitos das catecolaminas são mediados por 
receptores de superfície celular. Os adrenoceptores 
são típicos receptores acoplados à proteína G. A 
proteína receptora tem um N-terminal extracelular, 
atravessa a membrana sete vezes (domínios 
transmembrana), formando três alças extracelulares 
e três intracelulares, e tem um C-terminal 
intracelular. Elas são acopladas a proteínas G que 
regulam várias proteínas efetoras. 
Cada proteína G é um heterotrímero composto de 
subunidades α, β e γ. As proteínas G são classificadas 
com base nas suas subunidades α distintivas. Entre 
as proteínas G de importância particular para a 
função adrenoceptora estão incluídas Gs, estimuladora da adenililciclase; Gi e Go, inibidoras 
da adenililciclase; e Gq e G11, que acoplam receptores α à fosfolipase C. A ativação de 
receptores acoplados à proteína G por catecolaminas promove a dissociação do difosfato de 
guanosina (GDP) da subunidade α da proteína G apropriada. O trifosfato 
de guanosina (GTP), então, liga-se a essa proteína G, e a subunidade α dissocia-se da unidade β-
γ. A subunidade α ligada ao GTP ativado regula, então, a atividade de seu efetor. Os efetores 
de subunidades α ativadas por adrenoceptor incluem adenililciclase, GMPc fosfodiesterase, 
fosfolipase C e canais iônicos. A subunidade α é inativada por hidrólise do GTP ligado a GDP 
e fosfato, e pela reassociação subsequente da subunidade α com a subunidade β-γ. 
 
De ação Direta 
Atuam, ativando 
diretamente os recetores 
adrenérgicos, a nível pós-
sináptico. 
De ação Indireta 
Aumentam as ações das 
catecolaminas endógenas. Através do 
deslocamento de catecolaminas 
armazenadas ou da diminuição da 
sua depuração. 
Através da inibição da sua recaptação 
ou do bloqueio do metabolismo 
enzimático. 
 
Catecolaminas endógenas 
A epinefrina é um agonista de receptores α e β e, por isso, é um vasoconstritor e estimulante 
cardíaco muito potente. A elevação na pressão sanguínea sistólica que ocorre após a 
libertação ou administração de epinefrina é causada por suas ações inotrópicas e 
cronotrópicas positivas no coração (predominantemente receptores β1) e pela vasoconstrição 
induzida (receptores α). A epinefrina também ativa receptores β2 em alguns vasos (p. ex., 
vasos sanguíneos dos músculos esqueléticos), levando à sua dilatação. Em consequência, a 
resistência periférica total pode na verdade diminuir, explicando a queda abrupta na pressão 
diastólica, por vezes observada com a epinefrina IV. 
A norepinefrina é um agonista de receptores α1 e α2. A norepinefrina também ativa 
receptores β1 com potência semelhante à epinefrina, mas tem relativamente pouco efeito 
sobre receptores β2. Em consequência, a norepinefrina aumenta a resistência vascular 
periférica e a pressão arterial tanto diastólica como sistólica. A ativação barorreflexa 
compensatória, tende a suplantar os efeitos cronotrópicos positivos diretos da 
norepinefrina; entretanto, os efeitos inotrópicos positivos no coração são mantidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. Tratamento de hipotensão aguda 
A hipotensão aguda pode ocorrer em uma variedade de cenários, como hemorragia grave, 
diminuição da volémia, arritmias cardíacas, doença ou acidentes neurológicos, reações 
adversas ou dose excessiva de medicamentos, como fármacos anti-hipertensivos, e infeção. 
 Se a perfusão cerebral, renal e cardíaca é mantida, a hipotensão em si geralmente não requer 
tratamento direto vigoroso. Em vez disso, colocar o paciente em posição de decúbito e 
garantir um volume adequado de fluidos enquanto o problema primário é tratado, em geral 
consiste no curso de ação correto. O uso de fármacos simpatomiméticos meramente para 
elevar a pressão arterial que não é uma ameaça imediata ao paciente pode aumentar a 
morbidade. Por outro lado, simpatomiméticos podem ser necessários em casos de hipotensão 
mantida com evidência de hipoperfusão tecidual. 
O choque é uma síndrome cardiovascular aguda complexa que resulta em redução crítica da 
perfusão de tecidos vitais e uma ampla variedade de efeitos sistêmicos. O choque geralmente 
está associado a hipotensão, estado mental alterado, oligúria e acidose metabólica. Se não 
tratado, o choque geralmente regride para um estado de deterioração refratário e morte. 
B. Hipotensão ortostática crônica 
Quando em posição ortostática, a força gravítica induz a acumulaçãode sangue nas veias, 
resultando numa diminuição do retorno venoso. Normalmente, uma diminuição da pressão 
arterial é prevenida por ativação simpática reflexa, com aumento da frequência cardíaca e 
vasoconstrição periférica arterial e venosa. 
Aumentar a resistência periférica é uma das estratégias de tratamento da hipotensão 
ortostática crônica, e fármacos que ativam receptores α são usados com esse propósito. A 
midodrina, um α1-agonista ativo por via oral, com frequência é usada para essa indicação. 
Outros simpatomiméticos, como efedrina oral ou fenilefrina, também são utilizados. Uma 
abordagem nova para tratar hipotensão ortostática é a droxidopa, uma molécula sintética que 
foi recentemente aprovada pela FDA para tratar hipotensão ortostática neurogénica. Trata-se 
de um pro-fármaco convertido a norepinefrina pela descarboxilase de L-aminoácidos 
aromáticos (dopa-descarboxilase), a enzima que converte L-dopa em dopamina. 
C. Aplicações cardíacas 
A epinefrina é usada durante a ressuscitação por paragem cardiorespiratória. Evidências 
atuais indicam que esta melhora as hipóteses de retornar à circulação espontânea, mas é 
menos claro se melhora a mortalidade ou os desfechos neurológicos. 
A dobutamina é usada como uma prova de esforço cardíaco farmacológica. Ela aumenta a 
contratilidade do miocárdio e promove vasodilatação coronária e sistémica. Essas ações 
provocam aumento da frequência cardíaca e do trabalho miocárdico, e revelam áreas de 
isquémia no miocárdio detetadas por ecocardiograma ou técnicas de medicina nuclear. 
 
Aplicações pulmonares 
Um dos usos mais importantes dos fármacos simpatomiméticos é na terapia da asma 
brônquica. Fármacos β2-seletivos (salbutamol, metaproterenol, terbutalina) são usados com 
esse propósito. Preparados de ação curta são usados de modo apenas transitório no 
tratamento agudo de sintomas de asma. Para o tratamento de asma crônica em adultos, β2-
agonistas de ação prolongada só devem ser usados em combinação com esteroides, pois o seu 
uso em monoterapia tem sido associado com mortalidade aumentada. Agonistas β2 de ação 
prolongada também são usados em pacientes com doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC). Indacaterol, olodaterol, e vilanterol, novos β2-agonistas de ação 
ultralonga, foram aprovados pela FDA para uso uma vez por dia na DPOC. 
Aplicações oftálmicas 
A fenilefrina é um agente midriático efetivo com frequência usado para facilitar o exame da 
retina. O glaucoma responde a uma variedade de fármacos simpatomiméticos e 
simpaticolíticos. A epinefrina e seu pro-fármaco dipivefrina são pouco usadas atualmente, 
mas os agentes β-bloqueantes estão entre as terapias mais importantes. Apraclonidina e 
brimonidina são agonistas α2-seletivos que também diminuem a pressão intraocular e são 
aprovados para uso no glaucoma. 
Aplicações geniturinárias 
Como observado anteriormente, os agentes β2 seletivos relaxam o útero gravídico. Ritodrina, 
terbutalina e fármacos similares têm sido 
usados para suprimir o trabalho de parto 
prematuro. 
A meta é adiar o trabalho de parto por tempo 
suficiente para garantir a maturação adequada 
do feto. Esses fármacos retardam o trabalho de 
parto por vários dias. Com isso, ganha-se tempo 
para a administração de corticosteroides, que 
diminuem a incidência da síndrome de angústia 
respiratória neonatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fármacos Simpaticolíticos 
Este grupo de fármacos tem a função de antagonizar os efeitos das catecolaminas nos vários 
tecidos e sistemas, de maneira a diminuir o tónus simpático. Os antagonistas dividem-se em 
Antagonistas Reversíveis e Irreversíveis. 
Os antagonistas reversíveis dissociam-se dos recetores e o seu bloqueio pode ser superado 
com concentrações suficientemente elevadas de um agonista do recetor. Já no caso dos 
irreversíveis, estes não se dissociam do recetor, sendo que o seu efeito não pode ser superado. 
 
A duração de ação de um antagonista reversível depende muito da semivida do fármaco no 
corpo e da velocidade com que ele se dissocia de seu recetor. Quanto mais curta a semivida do 
fármaco no corpo, menos tempo leva para os seus efeitos se dissiparem. Em contraste, os efeitos 
de um antagonista irreversível podem persistir muito tempo depois de o fármaco ter sido 
depurado do plasma. No caso da fenoxibenzamina, a restauração da capacidade 
de resposta do tecido depois de um bloqueio extenso de receptor α depende da síntese de 
novos receptores, o que pode levar vários dias. A velocidade de retorno da capacidade de 
responsividade ao adrenoceptor α1 pode ser de particular importância em pacientes que sofrem 
um evento cardiovascular súbito ou que se tornam candidatos a cirurgia de urgência.

Outros materiais