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Classificação legal da Receita: (art. 11 da Lei 4.320/64). 
Segundo as Categorias Econômicas:
Receitas Correntes: Consiste na receita que aumenta a disponibilidade financeira do Estado, no geral, sendo importante instrumento de financiamento dos objetivos definidos nos programas e ações voltados ás politicas públicas. Classificam-se:
Receita Tributaria: São as receitas advindas das arrecadações dos impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Receita de Contribuições: Aqui se incluem as receitas das chamadas “contribuições especiais”, que no âmbito federal, superam as receitas dos impostos.
Receita Patrimonial: É a receita da exploração do patrimônio do Estado, como se dá com o recebimento dos aluguéis , rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes, como foros, laudêmios, e os juros de aplicações financeiras e dividendo, pois, afinal, são obtidos com a aplicação dos recursos públicos.
Receita Agropecuária: O ingresso proveniente da atividade da exploração agropecuária de origem animal ou vegetal, como agricultura, pecuária, extração de produtos vegetais, dentre outros. Receita Industrial: Igualmente, tem-se aqui o resultado das atividades industriais do Estado, quando ele diretamente as pratica. Receitas de Serviço: Assim como o Estado comercia, ele também presta serviços, e, na maioria das vezes, recebe a sua remuneração pela cobrança de tarifas. Outras Receitas Correntes: Aqui são computadas as receitas não classificadas acima, como as recebidas a título de multa geram juros de mora, indenizações e restituições. Receitas de Capital: O poder ou capacidade de algo ser transformado em um bem ou serviço pode-se dizer de modo simples, que receita de capital é aquela advinda de uma operação em que patrimônio gera patrimônio. 
 Desdobram-se como:
Operações de Credito: São os recursos obtidos quando o Estado é o tomador de recursos. Alienação de Bens: São os recursos provenientes da venda de bens públicos, sejam eles móveis ou imóveis tais como se dá com as privatizações ou com a venda de ações e outros títulos. Amortização de Empréstimos: O Estado age como cedente de recursos, para o que obtém o valor do principal do empréstimo realizado. Transferência de Capital: Quando o Estado recebe algum recurso para realizar investimentos, esse recurso é tido como uma transferência de capital. 
Outras Receitas de Capital: As receitas que não foram incluídas nos itens anteriores são lançadas nessa dotação, tendo-se, como exemplo, as receitas da integralização do capital social de empresas estatais.
Classificação Doutrinária quanto á periodicidade: Ordinária: É a receita constante do orçamento. Ou seja, aquela que normalmente ocorre, de forma periódica. Extraordinária: É a receita inconstante, esporádica e excepcional. Quanto ao sentido: Amplo: Receita em sentido amplo é sinônimo de ingresso público. Ou seja, é toda entrada de recursos nos cofres públicos, independente de haver lançamento no passivo ou não. Restrito: Em sentido restrito, consiste na receita que não deverá ser devolvida ou entregue a qualquer pessoa posteriormente, visto que o Estado a converte em bens ou serviços. Quanto a Origem Segundo modelo (alemã): Originárias: São aquelas receitas cuja produção está na exploração do patrimônio do Estado. No caso Brasil, a receita originária é ínfima, quando comparada á derivada. Derivadas: São as que o Estado obtém através do seu poder de império, arrecadando-as coercitivamente dos particulares, com observância da legalidade. Quanto á Natureza ou previsão orçamentária: Orçamentária: É a receita que, via de regra, consta no orçamento e o gestor pode contar com ela para fazer face ás despesas públicas e demandas da sociedade. Extraorçamentária: É a receita que não faz parte do orçamento, tampouco nele está prevista. Quanto à competência do ente da Federação: Federal: São as receitas pertencentes á União, muito embora ela arrecade diversas receitas que são repartidas com os Estados, Municipais e Distrito Federal. Estadual: São as receitas pertencentes aos Estados e ao Distrito Federal. Municipal: São as receitas pertencentes aos Municípios. Fase da Receita Previsão: Toda receita é prevista numa lei orçamentária. A não previsão não significa impossibilidade de sua arrecadação. Lançamento: Após previsão no orçamento, a receita é lançada. É dizer que, toda arrecadação precede uma fase em se individua o montante ser arrecado. Arrecadação: Consiste na face que, antecedendo o recolhimento do tributo, o contribuinte ou devedor liquida suas obrigações para como Estado junto aos agentes arrecadadores, como os bancos e demais entidades autorizadas, tesourarias, coletorias ou postos fiscais. Recolhimento: É a fase de entrega dos valores arrecado aos cofres do governo.
Conceito de Despesas Públicas Harrison Leite “Consiste no conjunto de gastos realizados pelo Poder Público para a consecução de suas atividades principais, com o objetivo de financiar as ações do governo, sempre com foco nas necessidades públicas. É, assim, o desembolso realizado pelo Estado para atender os serviços públicos e os encargos assumidos no interesse geral da sociedade”.
Classificação das Despesas Públicas: Despesas Correntes: São as despesas contínuas, que, a depender da realidade financeira do ente, não representam ganho de patrimônio e se referem a serviços realizados pela Administração Direta, Indireta ou àqueles que recebem recursos públicos para atender as despesas desta natureza. Despesas de Capital: São despesas eventuais marcadas por uma operação financeira relativa a uma aquisição patrimonial (obras, bens móveis ou imóveis etc.) ou a uma redução da dívida pública. Quanto á regularidade: As despesas podem ser ordináriasou extraordinárias. No primeiro caso estão aquelas despesas que comumente ocorre voltadas ás necessidades públicas estáveis, permanentes e periódicas. No segundo são as despesas que objetivam satisfazer necessidades públicas acidentais, realiza em situações imprevisíveis, o que demanda, em contrapartida, uma receita extraordinária. Quanto a Origem do Recurso: As despesas podem ser orçamentárias ou extraorçamentária. Orçamentaria quando constam na lei do orçamento e nos seus créditos adicionais. Extraorçamentária é aquela que não consta do orçamento ou em seus créditos adicionais. Quanto á competência do ente: Federal: Visa atender a fins e serviços da União Federal, em cujo orçamento está consignado. Estadual: Objetiva atender fins e Serviços do Estado, estando fixada em seu orçamento. Municipal: Tem por finalidade atender a fins e serviços do Município, sendo consignada no orçamento municipal. 
Fases da Despesa Pública: Empenho: Classificado em três espécies ordinário, estimativa e global. Emprenho Ordinário: Como se deduz da sua nomenclatura, o empenho ordinário é aquele realizado para as despesas normais, cujo montante é previamente conhecido e o pagamento deva ocorrer de uma só vez. Emprenho por Estimativa: É devido naquelas hipóteses em que não é possível determinar com precisão o valor da despesa. Empenho Global: Assemelha-se ao empenho ordinário, uma vez que atende as despesas com montante definido. Liquidação: Quando a Administração contrata serviço ou uma pessoa, ela só poderia efetivar o pagamento ao interessado se ficar comprovado que o mesmo cumpriu quanto pactuado nos seus exatos termos. Pagamento: O pagamento é o ato pelo qual a Administração, percebendo que o credor faz jus ao recebimento do numerário , o entrega , recebendo a devida quitação.
Princípios Tributários Princípio da Legalidade
Conforme previsão do art. 150, da CF, que diz: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, Estados, Distrito Federal e aos Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”.
Assim, o artigo ora citado é um contraste ao art. 5º da CF, que: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, pois, ao contrário, para o Administrador Público, como o Legislador, devem obedecer aos ditames da lei, portanto, quanto à competência para criar, instituir, cobrar impostos, bem como a diminuir ou majorar as alíquotas, etc. 
 Principio da Isonomia ou Igualdade
O art. 5º da CF assegura que: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Também será aplicável tal previsão constitucional na seara tributária, pois o art. 150, II, da CF, não se esqueceu de consagrar ainda mais tal principio ao estabelecer a proibição da União, dos Estados, do DF e dos Municípios de “instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”. 
 Principio da Capacidade Contributiva
Encontra-se inserido no art. 145, § 1º da CF: Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esse objetivo, identificar, respeitados os direitos individuais e dos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Há critérios a serem observados na questão: como a renda auferida; o consumo ou renda despendia; patrimônio ou renda acumulada.
 Principio da Vedação ao Confisco Encontra-se no art. 150, IV, da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios IV – utilizar tributo com efeito de confisco.
Entende-se que o Estado, de modo geral, está proibido de instituir tributo que ultrapasse o patrimônio pessoal do contribuinte, promovendo uma expropriação indireta. 
Principio da Irretroatividade
Entende-se que, é proibida a cobrança de fato gerador ocorrido antes da lei que instituir o tributo ou majorá-lo. Este princípio está atrelado ao principio da segurança jurídica, conforme a Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, no art. 6º, no o art. 150, III, A, da CF. 
Principio da Uniformidade Geográfica
Trata-se de um principio de veda a diferenciação da tributação por critérios notadamente geográficos, portanto, em todo o território nacional, os tributos deverão ser aplicados da mesma forma. Mas, como toda regra tem exceção, conforme a Constituição Federal, estabelece a possibilidade de tributação federal ser diferenciada, como elemento de busca do equilíbrio socioeconômico entre as regiões. Entretanto, nada impede que cada ente político institua alíquota diferente, como ocorre com o ISS, onde os municípios podem estabelecer alíquotas variando entre 2% a 5%. 
Principio da Transparência
Tem por objetivo estimular a informação acerca do tributo recolhido, em que seus cidadãos deverão ser informados quanto da destinação e o quanto fora recolhido, aludindo inclusive com o direito de cidadania.
O instituto esta previsto no preceito constitucional, art. 150, § 5º: A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

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