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ARTIGO PRONTO F RUM DE EXTENS O

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Determinação do Estado Nutricional de Idosos em uma Instituição de Longa Permanência Para Idosos na Cidade de São Luís- MA.
João Henrique Rabelo Câmara¹; Letícia Reis Pinheiro Franco¹; Deysianne Costa das Chagas²
¹Bolsistas de Extensão,Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Curso de Nutrição.
²Mestre, Coordenadora do Projeto de Extensão, Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Ciências Fisiológicas, Curso de Nutrição. 
RESUMO 
O objetivo deste estudo foi determinar o estado nutricional de idosos residentes em uma instituição de longa permanência para idosos de São Luís (MA). Este estudo consiste em um estudo do tipo transversal, observacional e analítico. As variáveis verificadas foram: Peso, Altura, Índice de Massa Corporal (IMC), Altura do Joelho (AJ), Circunferência do Braço (CB) e Prega Cutânea Tricipital (PCT). Foram avaliados 27 idosos. A variável antropométrica IMC identificou a presença de baixo peso em 70,4% dos idosos. Constatou-se que a população estudada apresentou importante prevalência de baixo peso, refletindo as características fisio-nutricionais da população estudada. 
Palavras- chaves: Nutrição. Terceira Idade. Antropometria
INTRODUÇÃO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) “são considerados idosos, nos países desenvolvidos, os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, ao passo que, nos países em desenvolvimento, considera-se a idade de 60 anos”. (GUEDES et al, 2008). 
O envelhecimento caracteriza-se por um processo natural e individual, que ocasiona uma série de mudanças fisiológicas, metabólicas, anatômicas, sociais e psicológicas, que se manifestam em mudanças estruturais e funcionais. (CAMPOS et al, 2000) 
Nesse contexto, a deficiência nutricional é um problema relevante na população idosa (PAULA et al, 2007), já que várias alterações fisiológicas e o uso de múltiplos medicamentos acabam por interferir no apetite, no consumo de alimentos e na absorção dos nutrientes, podendo aumentar o risco de desnutrição nos idosos, especialmente entre os institucionalizados. (CARDOSO, 2009)
Assim, algumas alterações ocorrem com o envelhecimento, como a diminuição da estatura e da massa muscular, a alteração da elasticidade e compressibilidade da pele, as mudanças corporais no peso, na quantidade e no padrão de gordura corporal, nas pregas cutâneas e nas circunferências (KUCZMARSKI, 2000), devendo-se ressaltar a importância da heterogeneidade e da alta prevalência de doenças crônicas que afetam o estado nutricional nesta população (WHO, 1995). Desta forma, o presente estudo tem por objetivo determinar o estado nutricional, utilizando o método de avaliação nutricional: Índice de Massa Corporal (IMC) de idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência Para Idosos (ILPI) da cidade de São Luís, Maranhão.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal. A coleta de dados foi realizada no período de três meses, em 2013, na ILPI – Solar do Outono. A população da pesquisa foi composta por todos os indivíduos institucionalizados, com idade a partir de 60 anos, ponto de corte para definir idoso preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 1989.
As variáveis demográficas (idade e sexo) foram obtidas dos prontuários para descrever a amostra estudada.Para a obtenção dos dados antropométricos (prega cutânea triciptal (PCT) e circunferência do braço (CB)), com exceção do peso corporal e da altura, foram realizadas três medidas e, se houvesse diferença nos valores, calculou-se a média aritmética destas. Todos os dados foram obtidos no período da tarde.
O peso corporal foi aferido em balança portátil digital, com capacidade de aferição de 130 kg instalada em local afastado da parede, com superfícies planas, firmes e lisas. Porém devido a algumas limitações físicas, alguns idosos tiveram seu peso e sua altura estimados utilizando a fórmula de CHUMLEA et al, 1985 para peso: Homens = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] e Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] onde CP: Circunferência da panturrilha; AJ: Altura do Joelho; CB: Circunferência do braço; PCSE: Prega Cutânea Subescapular, e para altura utilizou-se a fórmula: Homens = [64,19 – (0,04 x idade)] + (2,02 x AJ (cm)) Mulher = [84,88 – (0,24 x idade)] + (1,83 x AJ(cm)), onde AJ: Altura do Joelho. Para a aferição da estatura (A) utilizou-se uma Fita Métrica (Trena) Redonda- 1,5m, inelástica, da marca Carci. O diagnóstico do estado nutricional foi realizado segundo o Índice de Massa Corporal (IMC).
Os indivíduos foram classificados de acordo com os pontos de corte para idosos recomendados por LIPSCHITZ, 1994: baixo peso (IMC < 22 kg/m²), risco de déficit (IMC entre 22,1 e 24 kg/m²), eutrofia (IMC entre 24,1 e 27 kg/m²) e sobrepeso (IMC > 27,1 kg/m²). 
RESULTADOS
De uma população de 27 idosos, a idade média foi de 77,4 anos. Em relação ao sexo, 11 eram mulheres e 16 homens. As médias de IMC por sexo: Homens 19,9kg/m² e Mulheres 18,5 kg/m². 
Na avaliação do estado nutricional pelo IMC, observou-se nos idosos avaliados uma notável diferença nos valores médios. Entre as mulheres 72,7% apresentaram baixo peso, com 9,1% em risco de déficit, 9,1% em eutrofia e 9,1% em sobrepeso, quando comparadas aos homens, dos quais 68,8% apresentaram baixo peso, com 6,2% em risco de déficit, 25% em eutrofia e 0% em sobrepeso.
Por meio das variáveis antropométricas IMC, identificou-se a presença de baixo peso em 70,4%, risco de déficit em 7,4 %, eutrofia em 18,5 % e obesidade em 3,7% dos idosos avaliados.
DISCUSSÃO
O envelhecimento da população é um fenômeno mundial e o Brasil não é exceção nesse panorama, o que traz importantes repercussões especiais e econômicas, com a necessidade de desenvolvimento de politicas específicas para a terceira idade. 15
A avaliação do estado nutricional de idosos abrange uma complexa rede de fatores, além dos econômicos e alimentares, tais como o isolamento social, as doenças crônicas, as incapacidades, as alterações fisiológicas decorrente da idade 4, o estilo de vida17, ou seja, as práticas ao longo da vida, como fumo, dieta, e atividade física e os fatores socioeconômicos5,8 revelando uma maior heterogeneidade entre indivíduos deste grupo. 11 
A variável antropométrica IMC identificou a prevalência de baixo peso em 70,4% e 7,4 % de risco de déficit nos idosos avaliados. Segundo SPEROTTO & SPINELLI, 2010, os idosos brasileiros apresentam prevalência de risco de desnutrição em torno de 52,8%. Deste modo a prevalência de desnutrição encontrada na população estudada está acima da média nacional. 
Vale ressaltar que, no presente estudo, houve limitações quanto ao baixo número amostral, o que impediu que fossem realizadas análises estatísticas específicas com estratificação da amostra. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, foi possível observar que a prevalência de baixo peso (70,4%) segundo o IMC, encontrada na população estudada foi maior que a média nacional (52,8%). 
Constatou-se a relevância dos métodos antropométricos como instrumento fundamental para auxiliar a avaliação do estado nutricional de idosos. A classificação do estado nutricional de idosos deve considerar pontos de corte superiores aos adotados aos adultos em geral, devido a maior susceptibilidade que os mesmos apresentam as doenças. 
Os resultados evidenciam diferenças entre homens e mulheres em relação às medidas corporais à prega cutânea triciptal e índice de massa corporal, e, também, em relação ao estado nutricional, com as mulheres apresentando maior prevalência de baixo peso e os homens apresentando maior estado de eutrofia. 
REFERÊNCIAS
Guedes ACB, Gama CR, Tiussi ACR. Avaliação nutricional subjetiva do idoso: Avaliação subjetiva do idoso: Avaliação Subjetiva Global (ASG) versus Mini Avaliação Nutricional (MAN). Com Ciências Saúde. 2008; 19(4): 377-84.
Paula HAA, Oliveira FCE, São José JFB, Gomide CL, Alfenas RCG. Avaliação do estado nutricional de pacientesgeriátricos. Revista Brasileira de Nutrição Clínica. 2007; 22(4): 280-5.
Perissinotto E, Pisent C, Sergi G, Grigoletto F, Enzi. Anthropometric measurements in the eldery: age sex differences. Revista Brasileira de Nutrição. 2002; 87:177-86. 
Sperotto FM, Spinelli RB. Avaliação nutricional em idosos independentes de uma instituição de longa permanência no município de Erechim-RS. Revista Propesctiva. 2010; 34 (125): 105-116. 
Projeto de Extensão Nutrição na Terceira Idade: utilizando os alimentos para a promoção da saúde.

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