Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sinais VitaisSinais Vitais São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal: 1. Pressão Arterial; 2. Pulso; 3. Temperatura Corporal; 4. Respiração. Sinais Vitais PRESSÃO ARTERIAL O QUE É? É a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos. QUAL FUNÇÃO? Promover boa perfusão dos tecidos para permitir as trocas metabólicas. Pressão Arterial 1. Débito Cardíaco 2. Resistência Periférica 3. Elasticidade da Parede dos Grandes Vasos 4. Volemia 5. Viscosidade sanguínea Fatores Determinantes da Pressão Arterial PA = DC X RP DC = VS X FC 5 a 6 L/min, em repouso, podendo chegar a 30 L/min durante exercício muscular. Débito Cardíaco ( capacidade contrátil do miocárdio; retorno venoso) Débito Cardíaco Vasocontratilidade da rede arteriolar. Arteríolas possuem muitas fibras musculares e esfíncteres pré-capilares. Depende da ação do SNS por meio dos receptores (vasoconstritores) e β (vasodilatadores). Resistência Periférica O volume de sangue contido no sistema arterial interfere de maneira direta na PA Volemia PA Pode ser reduzida nas desidratações e hemorragias e aumentada na glomerulonefrite aguda Volemia Influencia pouco a PA Porém, em anemias severas pode ser responsável por da PA Em casos de policitemias pode ocorrer aumento da PA Viscosidade Sangüínea Córtex cerebral Hipotálamo Centros vasomotores Sistema Nervoso Autônomo Suprarrenais e os rins (renina, aldosterona, angiotensina, prostaglandinas, vasopressina, desoxicorticosterona e glicocorticóides) Regulação da Pressão Arterial Método Direto – Fornece a pressão direta ou intra-arterial. Por ser um procedimento invasivo e exigir equipamento mais sofisticado, é reservado para pesquisa. Método Indireto – Utiliza-se a técnica auscultatória com estetoscópio. Métodos para medir a Pressão Arterial MÉTODO INDIRETO MÉTODO INDIRETO QUANDO AFERIR? A PA deve ser medida em toda avaliação por médicos de qualquer especialidade e demais profissionais da saúde devidamente capacitados. Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a cada dois anos para os adultos com PA ≤ 120/80 mmHg, e anualmente para aqueles com PA > 120/80 mmHg e < 140/90 mmHg. 1. ESCOLHENDO O EQUIPAMENTO Aparelho de pressão ou esfigmomanômetro Estestoscópio Equipamentos para a medida da Pressão Arterial Coluna de mercúrio Aneróide Eletrônico Manômetro TIPOS DE APARELHO PARA A VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Tipo de Tipo de manômetromanômetro VantagensVantagens DesvantagensDesvantagens Coluna de mercúrio Grande precisão Não requer calibração posterior Fácil manutenção Tamanho grande Peças frágeis Deve ser mantido em posição vertical durante o uso Aneróide Fácil transporte Requer frequente calibração Eletrônico Fácil manuseio Manutenção cara Reparos na fábrica Dificuldades em manter calibração Procedimentos recomendados para a medição da PA 1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. PREPARO DO PACIENTE 2. Certificar-se de que o paciente NÃO: • Está com a bexiga cheia; • Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; • Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; • Fumou nos 30 minutos anteriores. PREPARO DO PACIENTE 3. Posicionamento: - O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas; - pés apoiados no chão, - dorso recostado na cadeira e relaxado; - O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. PREPARO DO PACIENTE 4. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada. Redução da PAS > 20 mmHg ou da PAD > 10 mmHg. Verificando Hipotensão ortostática 5. Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito. 6. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido. 7. A sala de exame deve estar silenciosa e com temperatura agradável. PreParo do Paciente Para a Medida da Pa indivíduoindivíduo Indagar sobre:Indagar sobre: ingestão de drogas que possam ingestão de drogas que possam vir a interferir com os mecanismos vir a interferir com os mecanismos de regulação da PA. de regulação da PA. EVITAR :EVITAR : Fumo,Fumo, alimentação alimentação álcool,álcool, Café,Café, conversar, conversar, dor ,tensão , dor ,tensão , ansiedade durante o ansiedade durante o procedimento.procedimento. Bexiga cheia BRAÇO AO NÍVEL DO BRAÇO AO NÍVEL DO CORAÇÃOCORAÇÃO REPOUSO 5 mREPOUSO 5 m PERNAS DESCRUZADASPERNAS DESCRUZADAS TÉCNICA DE AFERIÇÃO 1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e o olécrano; Etapas para a realização da medição 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; Etapas para a realização da medição Circunferencia do braço (cm) Denominação do manguito Largura do manguito (cm) Comprimento da bolsa (cm) ≤ 6 Recém-nascido 3 6 6-15 Criança 5 15 16-21 Infantil 8 21 22-26 Adulto pequeno 10 24 27-34 Adulto 13 30 35-44 Adulto Grande 16 38 45-52 Coxa 20 42 Circunferencia do braço (cm) Denominação do manguito Largura do Managuito (cm) Comprimento da bolsa (cm) ≤ 6 Recém-nascido 3 6 6-15 Criança 5 15 16-21 Infantil 8 21 22-26 Adulto pequeno 10 24 27-34 Adulto 13 30 35-44 Adulto Grande 16 38 45-52 Coxa 20 42 3.Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; Etapas para a realização da medição Etapas para a realização da medição 4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial*; Etapas para a realização da medição Palpar o pulso radial Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso; em seguida, desinflar o manguito lentamente. Quando reaparecer o pulso, será obtido o valor da pressão sistólica. Aguardar de 30 s. PRESSÃO SISTÓLICO PELO PULSO RADIAL (método palpatório) 6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva*; Etapas para a realização da medição 7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação*; 8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo)*; Etapas para a realização da medição 9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação*; 10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff)*; Etapas para a realização da medição 11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa*; 12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero Etapas para a realização da medição 13. Realizar pelo menos duas medições,com intervalo em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas; 14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência; 15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e 16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. * Itens realizados exclusivamente na técnica auscultatória. Reforça-se a necessidade do uso de equipamento validado e periodicamente calibrado Etapas para a realização da medição PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA – Aparecimento do primeiro ruído (FASE I) PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA – Desaparecimento dos sons (FASE V) ATENÇÃO DÚVIDAS???? FASE I - Aparecimento de sons FASE II - Batimentos com murmúrio FASE III - Murmúrio desaparece FASE IV - Abafamento dos sons FASE V - Desaparecimento de sons OBS: Hiato auscultatório - Desaparecimento dos sons durante a última parte da Fase I e na Fase II FASE I - Aparecimento de sons FASE II - Batimentos com murmúrio FASE III - Murmúrio desaparece FASE IV - Abafamento dos sons FASE V - Desaparecimento de sons OBS: Hiato auscultatório - Desaparecimento dos sons durante a última parte da Fase I e na Fase II Fases de Korotkoff SONS DE KOROTKOFF Fase Qualidade dos sons Base teórica I ou K1 Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade A pressão da bolsa iguala-se a pressão sistólica, ocorre passagem parcial da onda de pulso arterial. II ou K2 Sucessão de sons soprosos, mais suaves e prolongados (qualidade de sopro intermitente) Decorre de mudança no calibre arterial (de estreito para mais largo) com criação de fluxo turbilhonado - o qual produz vibração do sangue e da parede arterial - produzindo sopros. III ou K3 Desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos (semelhantes ao da fase I), que aumentam em intensidade. À medida que a pressão na bolsa diminui, a artéria permanece aberta na sístole. IV ou K4 Os sons tornam-se abruptamente mais suaves e abafados, são menos claros. A pressão da bolsa encontra-se no nível da pressão diastólica intra-arterial. V ou K5 Desaparecimento completo dos sons A artéria permanece aberta durante todo o ciclo cardíaco.Tabela cedida por Caio Nunes Determinar a PS na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som claro (como uma pancada) seguido de batidas regulares. Determinar a PD no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. RECAPTULANDO Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero. Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas. Informar os valores de PA obtidos ao paciente. Anotar os valores e o membro. DICAS NÃO SE ESQUEÇA DE LAVAR AS MÃOS ANTES E DEPOIS DO PROCEDIMENTO DICA DE MÃO BEIJADA ATENCÃO PARA NÃO ERRAR!! A pressão deve ser verificada, ao menos uma vez, nos dois braços. Normalmente há uma diferença de 5 (até 10) mmHg entre os dois braços. As medidas posteriores devem ser realizadas no braço com a pressão mais elevada. OBSERVAÇÃO erroS Pressão excessiva do Pressão excessiva do diafragma sobre a diafragma sobre a artéria.artéria. OBSERVADOROBSERVADOR • Inflação excessivaInflação excessiva • deflação muito rápidadeflação muito rápida • mãos e equipamentos mãos e equipamentos excessivamente friosexcessivamente frios Em relação ao Observador: falta de acuidade visual e auditiva. repetir as medidas sem intervalos entre as mesmas. verificar a pressão arterial por cima da roupa do paciente. não determinar a pressão sistólica pelo método palpatório e não reconhecer a FASE I. colocação inadequada do manguito preconceito do observador. Problemas mais comuns na medida da PA Em relação ao Equipamento: não calibrado. deficiência no sistema de circulação de ar. colocação inadequada do estetoscópio. inadequação do manguito à circunferência do braço. Problemas mais comuns na medida da PA PARA NÃO CAIR NO HIATO AUSCULTATÓRIO E SUBESTIMAR O VERDADEIRO VALOR DA PA OBS: Hiato auscultatório - Desaparecimento dos sons durante a última parte da Fase I e na Fase II POR QUE VERIFICAR A PALPATÓRIA ANTES?? inStruMentoS:inStruMentoS: É fundamental que É fundamental que estejam calibrados-estejam calibrados- recomenda-se calibração recomenda-se calibração anualanual Estudos tem Estudos tem evidenciado as más evidenciado as más condições de uso dos condições de uso dos equipamentosequipamentos • Brasil 60% aneróides e 21 % coluna Hg Brasil 60% aneróides e 21 % coluna Hg descalibrados Mion Jr & Pierin descalibrados Mion Jr & Pierin Am. J. Am. J. HypertensionHypertension 9:106A, 1996. 9:106A, 1996. Em relação ao Paciente: posição desconfortável do paciente. obesidade. dor de qualquer tipo. atividade física. estresse. cigarro, café ou bebida alcoólica na última hora antes da medida da pressão arterial. Problemas mais comuns na medida da PA Em algumas pessoas o ponto de abafamento e o ponto de desaparecimento são bem afastados (ou não ocorre o desaparecimento). Caso a diferença seja maior do que 10 mmHg, registre os dois números. Ex: 154/80/68 Ex: 145 X 85 X 0 OBSERVAÇÃO HIPERTENSÃO DO JALECO BRANCO SE PACIENTE ANSIOSO, VERIFICAR NO INÍCIO E FINAL DA CONSULTA. LEMBRE-SE CLASSIFICAÇÃO DA PA Situações Especiais de Medida da PA CRIANÇAS A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica, após os três anos, empregando-se manguito com bolsa de borracha de tamanho adequado à circunferência do braço. IDOSOS Na medida da PA do idoso, existem três aspectos importantes: maior frequência de hiato auscultatório, pseudo-hipertensão e a hipertensão do avental branco. GESTANTES Recomenda-se que a medida seja feita na posição sentada ou em decúbito lateral. Melhor realidade do comportamento da Pressão Arterial nas 24 horas do que em medida isolada. Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) SINAIS VITAIS PULSO A palpação do pulso é um dos procedimentos clínicos mais antigos da prática médica, e representa também um gesto simbólico, pois é um dos primeiros contato físico entre o médico e o paciente. Pulso COMO SE FORMA UMA ONDA DE PULSO? Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial, sendo que uma onda de pressão desloca-se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. Portanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria FISIOLOGIA ONDE PODEMOS VERIFICAR AS PULSAÇÕES? As artérias em que com frequência são verificados os pulsos: artéria radial, carótidas, braquial, femorais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. O QUE DEVEMOS AVALIAR? Nessas artérias pode ser avaliado: o estado da parede arterial, a frequência, o ritmo, a amplitude, a tensão e a comparação com a artéria contralateral. Locais de aferição Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao procedimento Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém semprecom o braço apoiado Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo Contar durante 1 minuto inteiro Lavar as mãos Anotar no prontuário Procedimento A artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio, com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa. TÉCNICA-PULSO RADIAL PULSO RADIAL PULSO BRAQUIAL PULSO CAROTÍDEO FREQÜÊNCIA - A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto, sendo que a frequência varia com a idade e diversas condições físicas. No adulto é considerada normal de 60 a 100 batimentos por minuto, sendo que acima do valor normal, temos a taquisfigmia e abaixo bradisfigmia. Na prática diária, usamos os termos respectivamente de taquicardia e bradicardia, porém nem sempre o número de pulsações periféricas corresponde aos batimentos cardíacos. Está aumentada em situações fisiológicas como exercício, emoção, gravidez, ou em situações patológicas como estados febris, hipertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. A bradisfigmia pode ser normal em atletas. Características IDADE LIMITE INFERIOR (bpm) MÉDIA (bpm) LIMITE SUPERIOR (bpm) Recém-nascido 70 125 190 1 a 11 meses 80 120 160 2 anos 80 110 130 4 anos 80 100 120 6 anos 75 100 115 8-10 anos 70 90 110 12 anos M 65/F 70 M 85/F 90 M 105/F110 14 anos M 60/F 65 M 80/F 85 M 100/F105 16 anos M 55/F 70 M 75/F 80 M 95/F100 18 anos M 50/F 70 M 70/F 75 M 90/F95 FREQUÊNCIA CARDÍACA NA CRIANÇA Recém-nascido: 125-140 bpm 1 ano: 120 bpm 5 a 8 anos: 100 bpm 12 a 16 anos: 85 bpm. MÉDIA DE FC RITMO - É dado pela sequência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamamos de ritmo regular, sendo que se os intervalos são ora mais longos ora mais curtos, o ritmo é irregular. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco. Ritmo Irregular: 1. Extrassístoles sobre base regular? 2. A irregularidade varia com a respiração? 3. O ritmo é totalmente irregular? Características SINAIS VITAIS TEMPERATURA A temperatura no interior do corpo é quase constante, com uma mínima variação, ao redor de 0,6 graus centígrados, mesmo quando expostos à grandes diferenças de temperatura externa, graças à um complexo sistema chamado termorregulador. Já a temperatura no exterior varia de acordo com condições ambientais. A mesma é medida através do termômetro clínico. Temperatura Idealizado por Santório, entre os anos 1561 e 1636, é considerado o ponto de partida da utilização de aparelhos simples que permitem obter dados de valor para a complementação do exame clínico. Termômetro Clínico Os locais onde habitualmente são medidas as temperatura do corpo são: axila, boca, reto e mais raramente a prega inguinal, sendo que além do valor absoluto, as diferenças de temperatura nas diferentes regiões do corpo, possuem valor propedêutico, por exemplo, a temperatura retal maior que a axilar em valores acima de 1 grau, pode ser indicativo de processo inflamatório intra-abdominal. Na medida oral, o termômetro deverá ser colocado sob a língua, posicionando-o no canto do lábio; a verificação da temperatura oral é contra-indicada em crianças, idosos, pacientes graves, inconscientes, psiquiátricos, portadores de alterações orofaríngeas, após fumar e após ingestão de alimentos quentes ou gelados. Locais de Verificação Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao procedimento Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool Enxugar a axila Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o termômetro firmemente e sacudindo-o com cuidado Colocar o termômetro na axila, se for o caso, mantendo-o com o braço bem encostado ao tórax Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos Ler a temperatura na escala Limpar com algodão embebido em álcool Lavar as mãos Anotar no prontuário da paciente Procedimento Axilar - 35,5 a 37,0 0C Bucal - 36,0 a 37,4 0C Retal - 36,0 a 37,5 0C A elevação da temperatura acima dos níveis normais recebe o nome de hipertermia e abaixo de hipotermia. Valores Normais Início Intensidade Duração Modo de evolução Término Semiologia da Febre INTENSIDADE - A classificação obedece a temperatura axilar, devendo sempre lembrar que a intensidade também depende da capacidade de reação do organismo, sendo que pacientes extremamente debilitados e idosos podem não responder diante de um processo infeccioso. febre leve ou febrícula - até 37,5 graus febre moderada - de 37,5 até 38,5 graus febre alta ou elevada - acima de 38,5 graus Semiologia da Febre DURAÇÃO - É uma característica importante, podendo interferir na conduta médica. É dita prolongada quando a duração é maior do que 10 dias, sendo que existem doenças próprias que são responsáveis por esta duração, como a tuberculose, septicemia, endocardite, linfomas entre outras. Semiologia da Febre MODO DE EVOLUÇÃO - Este dado poderá ser avalizado pela informação do paciente, porém principalmente pela análise diária da temperatura, sendo a mesma registrada em gráficos próprios chamados de gráficos ou quadro térmico, sendo que a anotação pode ser feita no mínimo duas vezes por dia, ou de acordo com a orientação médica. Semiologia da Febre TÉRMINO – Em crise, quando a febre desaparece subitamente, com frequência nesses casos acompanhado de sudorese profusa e prostração. Em lise quando a hipertermia desaparece lentamente. Semiologia da Febre SINAIS VITAIS FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Tórax desnudo; Inspeção, palpação ou ausculta durante 1 minuto; “Distrair o paciente” FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA É o número de ciclos respiratórios realizados durante um minuto. Ritmo respiratório ou ciclo respiratório são as fases de inspiração e expiração intercaladas por uma breve pausa. Freqüência respiratória IDADE MÉDIA Recém-nascido 40 a 45 Lactentes (29 dias a 2 anos) 25 a 35 Pré-escolar (2 a 6 anos) 20 a 35 Escolar (6 a 10 anos) 18 a 35 Adulto 16 a 20 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Porto, CC. 2008 IDADE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Menores de 2 meses 60 Menores de 1 ano 50 1 a 5 anos 40 TAQUIPNEIA NA CRIANÇA AIDPI A parte do SNC que ajusta a ventilação alveolar é o centro respiratório localizado no bulbo e na ponte do tronco encefálico. Regulação nervosa da respiração PCO2 e [H+] aumentados no sangue —► centro respiratório —► aumento da FR Regulação química da respiração Alterações no estado cardio-pulmonar do paciente Movimentações anormais do tórax e do abdome durante a respiração Dispnéia Algumas alterações que podem ser observadas durante a coleta da FR Grau de intensidade das incursões respiratórias (profunda ou superficial) Velocidade de respiração (rápida ou lenta) Odor exalado (álcool, cetônico) Outras observações Qualquer pessoa que se preocupe com o ato da respiração pode, subitamente, começar a fazer incursões respiratórias mais profundas do que o habitual. É importante acalmar e tentar distrair o paciente durante o ato de aferição da FR. Controle voluntário da respiração A simples conferência de tais referenciais básicosé de suma importância para qualquer profissional de saúde. Em especial para o médico que, ciente de qualquer alteração desses dados, pode alterar a conduta terapêutica ou realizar diagnóstico corretamente aliviando o sofrimento do paciente. Conclusão Fim da teoria Vamos à prática !! Semiologia Médica. Porto, C.C. Guanabara Koogan, 4ª ed. 2009. Bates-Propedêutica Médica. Bickley, LS. Guanabara Koogan 10ª edição. 2010. Semiologia Médica - as bases do diagnóstico clínico - López, M. & Medeiros, J.L. Atheneu, 3ª ed. Semiologia Médica. Romeiro,. Guanabara Koogan, 12ª ed. 1980. Semiologia Pediátrica. Rodriguez & Rodriguez. Guanabara Koogan,3ª edição, 2009. Semiologia da Criança e do Adolescente. Puccini, RF; Hilário, MOE. Guanabara Koogan, 2008. Bibliografia Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108
Compartilhar