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26/08/2017
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PROCESSO CIVIL II
PETIÇÃO INICIAL
Paulo Antonio Brizzi Andreotti
Introdução:
O Poder Judiciário, usualmente, não dá início ao processo de forma espontânea. É a parte que 
deve provocar o Estado para que o processo tenha início, isso porque, vige no direito brasileiro a 
inércia da jurisdição. 
É o que explana o art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve 
por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”.
Como vimos anteriormente, considera-se proposto o processo quando a petição inicial for 
protocolada (art. 312 do CPC). Portanto, todo processo começa por iniciativa do autor, por meio 
de um ato processual específico, qual seja, o protocolo de sua petição inicial, também conhecida 
como exordial, peça vestibular, inaugural. 
Importância de petição inicial:
É a peça que instaura o processo, ou seja, trata-se de instrumento através do qual o autor 
propõe a demanda. 
Portanto, é na petição inicial que encontraremos os elementos identificadores da demanda, 
quais sejam: 1. PARTES, 2. CAUSA DE PEDIR E 3. PEDIDO. (Art. 337, §2º do Novo CPC)
Esses elementos identificadores são importantes para evidenciar quando uma ação é idêntica a 
outra, caracterizando situações de repetição indevida de demandas por LITISPENDÊNCIA, COISA 
JULGADA E PEREMPEÇÃO. (Art. 337, §§1º e 3º e 486, §3º do Novo CPC).
Portanto:
É a petição inicial que fixa os limites do processo, tanto os objetivos quanto os subjetivos, 
predefinindo quem pede (autor), em face de quem o pedido é formulado (réu), porque se pede 
(causa de pedir) e o que se pede (pedido).
Pela sua importância, a petição inicial é pressuposto de constituição do processo, de modo que 
a sua inexistência retrata a inexistência do processo.
Por fim, é importante enfatizar que a petição submete-se a um ritual, a uma forma 
preestabelecida em lei, que exige uma regularidade mínima, exatamente para que o magistrado 
tenha condições de compreender as suas finalidades e de determinar o seu processamento, 
considerando-a, portanto, apta. Vejamos os requisitos:
1. Diretrizes para a petição inicial 
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- Deve estar em português (Art. 192 do CPC)
- Não deve existir cotas marginais (art. 202 do CPC)
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- Não deve existir cotas marginais (art. 202 do CPC)
- Deve ser elaborada em tinta indelével e assinada.
- Não deve conter rasuras (Art. 211 do CPC).
-
IMPORTANTE: Art. 193 do Novo CPC determina que “Os atos processuais podem ser total ou 
parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e 
validados por meio eletrônico, na forma da lei”
-
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Art. 319 do CPC
I – O JUÍZO A QUE É DIRIGIDA (ENDEREÇAMENTO)
Toda petição inicial começa com o endereçamento, ou seja, a indicação do juiz que deverá 
analisar a peça. Portanto, a autoridade competente para o julgamento deve estar expressamente 
identificada no preambulo da petição inicial. 
Para elaborar o endereçamento da petição inicial é preciso conhecer, previamente, as regras de 
competência relacionadas com a causa em discussão. 
Por fim, é importante destacar que a indicação equivocada da autoridade competente poderá 
caracterizar a incompetência absoluta ou relativa. 
II - OS NOMES, OS PRENOMES, O ESTADO CIVIL, A EXISTÊNCIA DE UNIÃO ESTÁVEL, A 
PROFISSÃO, O NÚMERO DE INSCRIÇÃO NO CADASTRO DE PESSOAS FÍSICAS OU NO 
CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA, O ENDEREÇO ELETRÔNICO, O DOMICÍLIO E 
A RESIDÊNCIA DO AUTOR E DO RÉU (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
O novo CPC inovou a incluir a existência de união estável, CPF, CNPJ e endereço eletrônico. É 
interessante incluir o RG e o CPF para a correta identificação.
A qualificação deve ser a mais completa possível e se justifica pela necessidade de delimitar o 
elemento subjetivo do processo. 
Caso o autor não disponha das informações, poderá, na petição inicial, requerer ao juiz 
diligencias necessárias a sua obtenção. Por outro lado, a falta de informações não acarretará o 
indeferimento da inicial caso seja viável a citação do réu, tendo em vista o princípio da 
inafastabilidade da jurisdição e o acesso a justiça. 
III - O FATO E OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO - CAUSA DE PEDIR:
Pelo Código de Processo Civil o autor deve indicar quais são os fatos e os fundamentos jurídicos 
em que se embasa o pedido, ou seja, a causa de pedir. Com a causa de pedir o autor expõe 
porque vai a juízo pedir certa providencia. 
Portanto, segundo a teoria da substanciação, para o autor indicar sua causa de pedir, deve, 
necessariamente, expor em sua petição duas segmentações: o fato (causa remota) e sua 
consequências jurídicas, isto é, valoração do fato pela norma (causa próxima). Ex: Acidente de 
trânsito culposo e a consequência desse fato, ou seja, o dever de reparar o dano. 
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trânsito culposo e a consequência desse fato, ou seja, o dever de reparar o dano. 
O autor deverá indicar todo quadro fático de forma precisa, pois é dele que se extrai as 
consequências jurídicas. 
É importante destacar que o fundamento jurídico não significa indicação do dispositivo legal, 
mas das regras gerais e abstratas que se pretende extrair a consequência jurídica dos fatos 
narrados. Portanto, fundamento jurídico não é sinônimo de dispositivo ou fundamento legal, 
isto é, indicação de artigo de determinado diploma legislativo, seja Código ou lei extravagante.
Alias, vale lembrar que:
– “Jura novit curia” (O juiz conhece o direito).
– “Da mihi factum, dabo tibi jus” (Dá-me os fatos que te dou o direito).
Apesar de tais diretrizes, é essencial que o subscritor da petição não exponha simplesmente os 
fatos e na sequência já formule o pedido. Trazer a fundamentação jurídica é essencial, pois, pelo 
art. 319, III, fica claro a necessidade de sua indicação na petição dada a teoria da substanciação. 
Nomen iuris da ação 
O Código de Processo Civil não impõe que, o autor, indique o nome da ação que está 
propondo. Portanto, não é imprescindível trazer um nome para constar na petição inicial.
É bom que se indique, isso sim, qual é o processo escolhido, ou seja, conhecimento, execução, 
cautelar. Para facilitar a compreensão do julgador, é conveniente também apontar qual a espécie 
de pedido condenatório, declaratório ou constitutivo.
IV - O PEDIDO COM AS SUAS ESPECIFICAÇÕES (PEDIDO)
É a manifestação processual de uma pretensão, ou seja, a intenção de submeter o interesse 
alheio ao próprio. Em suma, e a pretensão que o autor leva à apreciação do juiz.
Enquanto a causa de pedir é o “porquê”, a razão pela qual se vai ao Judiciário, o pedido sinaliza 
“para que” se busca o Judiciário. Portanto, o pedido é o motivo pelo qual se busca a proteção 
judiciária.
Como é vedado ao Magistrado exceder os limites do pedido sua redação deve ser muito 
cuidadosa. É que, pelo Princípio da congruência ou correlação é vedado ao juiz proferir decisão 
de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em 
objeto diverso do que lhe foi demandado (Art. 492 do CPC). 
O PEDIDO abrange:
1. O bem da vida pretendido: trata-se do objeto mediato, de natureza material. Ex. recebimento 
do crédito. 
2. A resposta judicial: trata-se do denominado pedido imediato, de natureza processual. Ex. 
Condenação ao pagamento do crédito.
É interessante observar que, todo pedido relativo a tutela do direito material corresponde uma 
prestação jurisdicional para que se torne efetivo. 
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prestação jurisdicional para que se torne efetivo. 
Regras importantes sobre o pedido: 
O código de processo civil informa que o pedido deve ser certo (art. 322) e determinado (art. 
324).
Pedido certo é aquele que indicacom precisão o provimento jurisdicional que se quer obter e a 
exata natureza do bem postulado. Por outro lado, pedido determinado é aquele que quantifica 
o bem jurídico na exata medida pretendida. Portanto, pedido certo representa o bem da vida 
pretendido e a resposta que pretende receber do judiciário e determinado significa a extensão 
da obrigação. 
Ex: Aquele que pretende cobrar uma dívida deve requerer a condenação do réu ao pagamento 
de dinheiro (pedido certo) e a quantidade pretendida (pedido determinado). O autor deve 
explicitar o que pretende e qual quantidade pretende. 
Pedidos implícitos:
Está previsto no art. 312, §1º do CPC. O Magistrado deve se pronunciar sobre esses pedido, pois 
decorrem de Lei.
Prestações sucessivas:
O pedido engloba as prestações sucessivas que se vencerem no curso do processo, 
independentemente de pedido. É o que explana o art. 313 do CPC. EX. Alimentos.
Pedido genérico:
Em regra o pedido deve ser certo e determinado. Porém, o Código de Processo Civil admite 
exceção em seu art. 324, §1º, incisos I a III.
Cumulação de pedidos:
Pelo Art. 327 é lícita a cumulação, em um único processo, de vários pedidos, ainda que entre 
eles não haja conexão. Porém, essa cumulação exige que sejam atendidos determinados 
requisitos: 
a) Pedidos sejam compatíveis;
b) Competência do juízo para apreciar os pedidos
c) Adequação do procedimento para todos os pedidos.
Caso corresponda, para cada pedido, tipo diverso de procedimento, só será admitida a 
cumulação se o autor adotar o procedimento comum e as regras não sejam incompatíveis com 
o procedimento especial. 
Essa cumulação de pedidos pode ser:
1. Simples: quando os pedidos são independentes entre si, ou seja, a procedência ou 
improcedência de um não interfere no resultado do julgamento do outro. Ex. Dano materiais 
e danos morais.
2. Sucessivo: quando o segundo pedido só puder ser examinado se o primeiro pedido for 
procedente. Ex. inadimplemento e rescisão de contrato com reintegração de posse.
3. Alternativo: neste caso somente um pedido pode ser acolhido. O art. 325 destaca que a 
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3. Alternativo: neste caso somente um pedido pode ser acolhido. O art. 325 destaca que a 
obrigação pode ser cumprida por mais de um modo, porém somente um pedido poderá ser 
acolhido, sendo indiferente para o autor qual seja procedente. Ex. Defeito no produto e 
pedido de troca ou devolução da quantia paga.
4. Eventual ou subsidiário: quando o segundo pedido só puder ser examinado se o primeiro não 
for acolhido, conforme destaca o art. 326 do CPC. Aqui existem um pedido principal e outro 
subsidiário.
Modificação dos pedidos:
O código de processo civil informa que o autor poderá modificar os pedidos. Porém, em razão 
da necessidade de estabilizar a demanda, garantir o contraditório e a segurança jurídica o nosso 
sistema processual, em seu art. 329, só admite a modificação em duas hipóteses:
a) Até a citação, poderá ser aditado ou alterado o pedido ou a causa de pedir, 
independentemente de consentimento do réu.
b) Até o saneamento, poderá ser aditado ou alterado o pedido e a causa de pedir, somente com 
o consentimento do réu. 
Portanto, após o saneamento do processo, qualquer modificação do pedido ou da causa de 
pedir está proibida, mesmo com o consentimento do réu. 
V - O VALOR DA CAUSA
Pelo artigo 291 do CPC para toda causa deverá ser atribuído valor certo, ainda que não tenha 
conteúdo econômico imediatamente aferível.
Em regra, o valor da causa que deve constar da petição inicial e na reconvenção, deve 
corresponder ao conteúdo econômico em discussão. Porém, não havendo conteúdo econômico 
o valor atribuído será por estimativa. 
Importância do valor da causa. É preciso destacar que o valor da causa possui relevância para a 
incidência de algumas regras processuais, quais sejam:
a) Determinar a competência (art. 63 do CPC)
b) Base de cálculo para honorários (art. 85 do CPC)
c) Sanções processuais (art. 77, §2º do CPC)
d) Recolhimento das custas processuais.
Critérios para determinar o valor da causa:
O art. 292 do Código de Processo Civil estabelece alguns critérios para a determinação do valor 
da causa, vejamos:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de 
mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a 
resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
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IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem 
objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de 
todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
É importante destacar que: 
§ 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e 
outras.
§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por 
tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à 
soma das prestações.
- Com o NCPC, o magistrado pode corrigir de ofício o valor da causa, vejamos: 
Art. 229, § 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que 
não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido 
pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
- Por fim, havendo discordância com relação ao valor da causa o réu podera impugnar em 
preliminar de contestação. 
É o que explana o Art. 293 do CPC ao informar que “O réu poderá impugnar, em preliminar da 
contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a 
respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas”.
VI - AS PROVAS COM QUE O AUTOR PRETENDE DEMONSTRAR A VERDADE DOS FATOS 
ALEGADOS
O referido inciso, exige que o autor indique, na petição, quais os meios de prova pretende usar 
para demonstrar os fatos alegados.
É importante destacar que se trata de requisito obrigatório. Por tal razão, acabou-se por adotar, 
na praxe, uma frase genérica: “Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitida, quais sejam, documental, testemunhal, depoimento pessoal, pericial e inspeção 
judicial”.
Geralmente é mencionado todos os meios probatórios: (i) documental; (ii) testemunhal e (iii) 
depoimento pessoal; (iv) pericial, dentre outros; 
VII - A OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU NÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
OU DE MEDIAÇÃO.
A opção pela realização ou não de audiência de conciliação é uma novidade do CPC de 2015. 
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A opção pela realização ou não de audiência de conciliação é uma novidade do CPC de 2015. 
Esse requisitos está relacionado com a instituição da audiência de conciliação ou mediação, 
prevista no art. 334 do CPC. 
ENUNCIADO FPPC - (Art. 319, inciso VII, 334, § 3° e 485, I) A falta de manifestação expressa na 
petição inicial quanto à realização da audiência de conciliação ou mediação não justifica a 
determinação da emenda da petição nem tampouco o seu indeferimento. (Grupo: Litisconsórcio 
e intervenção de terceiros) 
Juízo de admissibilidade da petição inicial:
Registrada e, se for o caso, distribuída a petiçãoinicial ela será autuada e numerada as suas 
folhas, após essas providencias preliminares o magistrado deverá:
a) Verificar se a petição inicial preenche os requisitos legais. Caso preenchido, deverá 
determinar a citação do réu para audiência de conciliação ou não sendo possível para 
contestação. 
b) Não preenchido os requisitos legais, o Magistrado deverá determinar, conforme art. 321 do 
CPC que o autor emende a petição inicial, no prazo de 15 dias, indicando com precisão o que 
deve ser corrigido ou completado. 
c) Por fim, preenchido os requisitos o magistrado poderá indeferir liminarmente o pedido, isto 
é, julgar improcedente o pedido nos termos do art. 332 do CPC. 
Portanto, o juízo de admissibilidade pode ser:
a) Positivo: é aquele que pressupõe, seja a petição inicial, considerada adequada do ponto de 
vista formal. Neste caso o Magistrado verifica se o autor cumpriu a contento as exigências do 
art. 106, 319 e 320 do CPC. 
Conforme destacamos anteriormente, caso a petição não preencha os requisitos legais, 
tratando-se de vício sanável, o Magistrado deverá determinar que o autor emende a petição 
inicial, nos termos do art. 321 do CPC. Por outro lado, tratando-se de um vício insanável, o 
Magistrado deverá indeferir a petição inicial, pois o vício não poderá ser eliminado. Ex. Falta das 
condições da ação: a) legitimidade e b) interesse processual. 
b) Negativo: por outro lado, podemos ter um juízo de admissibilidade da petição inicial de 
cunho negativo, ou seja, a petição pode conter as seguintes hipóteses de ordem processual ou 
meritória, vejamos: 
É importante destacar que, o indeferimento da petição inicial é medida de ultima ratio, pois o 
Magistrado deve conferir ao autor a prerrogativa de emendá-la, pois se trata de direito subjetivo 
fundamentado no princípio da primazia da resolução do mérito. Porém, em alguns casos a 
petição poderá ser indeferida, vejamos: 
a) Processual: podem ensejar o indeferimento da petição inicial quando estiver presente as 
seguintes hipóteses previstas no art. 330 do CPC:
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- Ilegitimidade de parte
- Falta de interesse processual
- Não atendimento das prescrições do art. 106 e 321 do CPC.
b) mérito: de acordo com o art. 332 do CPC, não havendo necessidade de instrução, o juiz, 
poderá julgar improcedente o pedido.
É interessante observar que, a improcedência liminar do pedido será sempre de rejeição da 
pretensão formulada pelo autor. Portanto, mesmo sem citação e contestação do réu não há que 
se falar em violação do contraditório dada a ausência de prejuízo. 
Por outro lado, a improcedência liminar só tem cabimento quando não houver a necessidade da 
fase de instrução probatória, ou seja, a causa deve versar apenas questão de direito. 
É que, pelas hipóteses do art. 332, verificamos que o NCPC valoriza a jurisprudência, mas não 
uma jurisprudência oscilante ou predominante, mas jurisprudência consolidada, ou seja, das 
hipóteses de precedente previstas no art. 927 do CPC.
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