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LAURA RIBEIRO 
URINÁLISE – Aula 3 
Sedimentoscopia 
Patologia clínica 
Prof. Gilberto Botelho 
 Sedimento é todo elemento sólido presente na urina e que será reportado no laudo 
se importante. 
 
 ITENS PESQUISADOS 
Células epiteliais, hemácias, leucócitos, cristais, outros. 
Tem que ser feito rapidamente para identificar os itens citados. A análise é rápida 
a fresco ou corado (lamínula/lâmina). 
DEU (sempre analisar junto a densidade) 
 
 PREPARO 
Centrifugar a 3000 rotações por 3 a 5 min. Despreza o sobrenadante e olha na 
lâmina. 
 
 INTERPRETAÇÃO 
Subjetiva feita por cruzes: +, ++, +++, ++++ (o problema é que se perde o 
parâmetro) 
Semiquantitativa: corta 10 campos, faz a contagem dos itens e divide por 10. 
Resposta fica (n)hemácias/campo 
 
 Células epiteliais 
 São constantemente esfoliadas da mucosa do trato urinário, sendo 
gradativamente substituídas por novas células. 
 Podem estar presentes na urina de animais saudáveis, especialmente em 
amostras obtidas por cateterismo e geralmente estão em maior número quando 
há inflamação ou hiperplasia da mucosa do trato urinário. 
 Tem que saber o tipo para saber onde é o problema. São elas: 
 
 Células epiteliais de transição 
- pleomórficas, possuem núcleo e grânulos 
- estão na bexiga e nos 2/3 iniciais da uretra 
- urina normal: <5 por campo 
- índice aumentado pode significar inflamação, infecção, irritação, 
neoplasia, etc 
 
 Células epiteliais tubulares renais 
- normalmente ausente 
- são pequenas, com grânulos e núcleo excêntrico 
- presentes quando há descamação tubular em inflamações, mas não devem 
ser utilizadas como indicador de doença renal 
 
 Células epiteliais escamosas 
- são do trato genital 
- urina normal tem 0 a 3/campo (aceitável quando for micção espontânea) 
- célula com núcleo pequeno, citoplasma grande, irregular 
- não tem importância de diagnóstico, é muito presente quando não se 
despreza o primeiro jato 
 
 Eritrócitos 
 É normal encontrar hemácias em processos inflamatórios ou exsudativos 
(cistite bacteriana p. ex.). No entanto, hematúria sem a presença de piúria 
caracteriza um processo hemorrágico (este é um padrão comum na Síndrome 
Urológica Felina – cistite idiopática, cistite intersticial felina – na qual não 
há neutrófilos ou bactéria, exceto em casos que cursam com infecção 
secundária. 
 A tira reagente detecta proteinúria devido a albumina plasmática do sangue, 
ou seja, a tira é específica para albumina, e não detecta hemoglobina ou outras 
proteínas intracelulares 
 Urina normal: 
- micção espontânea: até 7he/campo 
- cateterização: até 5he/campo 
- cistocentese: até 3he/campo 
 Cuidado! 
- urina concentrada: eritrócito crenado (desidratado) 
- urina diluída: forma arredondada/ “fantasma” 
 Hematúria pode ocorrer por: 
- hemorragia patológica: infecção aguda ou crônica, doença túbulo-intersticial 
ou glomerular, urolitíase, trauma, inflamação, infarto renal, trombocitopenia, 
trombocitopatia, coagulopatias, doença de von Willebrand, neoplasia 
- hemorragia iatrogênica: podem ocorrer lesões em vasos sanguíneos durante 
palpação vesical, cistocentese ou cateterização 
- hemorragia do trato genital: associada ao estro em amostras obtidas por 
micção natura, TVT 
 
 Leucócitos 
 Geralmente é neutrófilo porque ele chega primeiro ao local de infecção. Como 
estão fora do ambiente começam a degenerar e formam piócitos (arredondado 
e com grânulo) 
 Piúria 
 Presente quando há infecção bacteriana, mas há casos de inflamação asséptica 
que levam à piúria 
 Em urinas coletadas por cistocentese, a presença de leucócitos indica que sua 
origem está entre os rins e a uretra proximal. 
 A causa pode ser relacionada à inflamação do trato urinário ou do trato genital 
 
 Cilindros 
 Moldes proteicos formados nos túbulos renais, alças de Henle e ductos 
coletores. Normalmente as células tubulares formam pequena quantidade de 
mucoproteína de Tamm-Hosfall, mas é necessário uma diminuição do fluxo 
tubular e um pH ácido para elas precipitarem. 
 Cilindrúria corresponde a alteração renal. O problema está na quantidade e 
tipo do cilindro. Não consegue se associar a gravidade e nem com a 
reversibilidade. Tipos de cilindro: 
 
 Cilindros hialinos 
- formado apenas por proteína (proteinúria) 
- translúcido, bordas paralelas e extremidades arredondadas 
- aceita-se até 2/campo, porque pode ser por desidratação, mas estão 
geralmente associados à proteinúria glomerular, febre ou congestão 
 
 Cilindros celulares epiteliais 
- mucoproteína + célula epitelial tubular 
- fortes indicadores de doença renal, pois sugerem degeneração ativa dos 
túbulos, com perda de células epiteliais para o lúmen 
- pode ser por parasita, anti-inflamatório nefrotóxico, etc 
 
 Cilindros ertitrocíticos e hemoglobínicos 
- a urina fica vermelha, mas pode ser pela filtração 
- hemácias provenientes do rim porque o cilindro só se forma no túbulo 
- diminui o fluxo 
- podem estar presentes em hemorragias glomerulares ou tubulares, na 
glomerulonefrite aguda e doença renal crônica 
 
 Cilindros leucocíticos 
- tem leucócitos no rim. Sugestão de pielonefrite. 
- indicam pus nos túbulos 
- diminui o fluxo 
 
 Cilindros granulares 
- grosseiro, fino ou delicado 
- proveniente da degeneração de células, como os rins têm uma grande 
reserva funcional, a presença de alguns cilindros granulosos (0-2/campo) 
não indica necessariamente diminuição da função renal 
 
 Cilindros céreos 
- oriundos de material celular degenerado devido à longa permanência nos 
túbulos 
- ocorrem em degeneração tubular e lesão tubular crônica 
- o fluxo tubular está muito diminuído 
- bordas quebradas, irregulares e com reentrâncias 
 
 Cristais 
 Normalmente ausentes (exceção equinos) 
 A detecção da cristalúria não indica necessariamente a presença de urólitos ou 
sua composição exata, muito menos uma predisposição do animal para 
formação dos mesmos 
 Ocorre quando a urina está saturada de substâncias cristalogênicas, podendo 
o tipo e o número de cristais presentes na amostra ser influenciado por: 
 Fatores in vivo: concentração e solubilidade de substâncias cristalogênicas 
na amostra, pH urinário, excreção de substâncias diagnósticas (contraste 
radiológico) ou terapêuticas (atbs) 
 Fatores in vitro: tempo de armazenamento da amostra, temperatura 
(solubilidade diminui com a temperatura), evaporação (aumenta a 
concentração de soluto), pH urinário, crescimento bacteriano (pode alterar 
o pH). 
 Tipos de cristais que podem ser encontrados: 
 Estruvita, Fosfato de amônio magnesiano (ou fosfato triplo): comumente 
encontrados na urina de cães e gatos clinicamente saudáveis; formação 
favorecida em pH neutro a alcalino; infecções do trato urinário por 
bactérias produtoras de urease aumentam o pH pela formação de amônia 
e favorece formação desses cristais 
 Bilirrubina: urinas concentradas de cães saudáveis, não é muito comum 
em outras espécies tendo que se investigar doença hepática. 
 Cristais de urato: presentes tanto em pH ácido quando neutro; é sempre 
patológico e não apenas pela alimentação; geralmente associado a 
problemas hepáticos com hiperamonemia onde o animal excreta amônia 
ao invés de ureia (hepatopatias com mais de 60% do fígado 
comprometido) e a desvios porto-sistêmicos (shunt) onde a veia porta ao 
invés de chegar no fígado sofre um desvio e vai direto para a circulação. 
 Carbonato de cálcio: comum em urina de cavalos, coelhos e caprinos; não 
ocorre em cães e gatos 
 Cristais amorfos: urato amorfo (K⁺, Na⁺, Mg²⁺ ou Ca²⁺ - forma em urina 
ácida); fosfato amorfo (urina alcalina); oxalato de cálcio dihidratado;xantina 
 Oxalato de cálcio dihidratado: comum em urina de equinos e pode ocorrer 
em qualquer pH urinário, não é comum para cães e gatos 
 Oxalato de cálcio monohidratado: não são observados na urina de cães e 
gatos, acredita-se que sua presença esteja quase sempre associada à 
intoxicação por etilenoglicol 
 
 Filetes de muco 
 Equinos têm glândulas produtoras de muco na pelve renal, portanto, presença 
de muco na urina desses animais é um achado comum. Em outras espécies o 
muco provém do trato genital. 
 
 Outros 
 Bactérias 
 Fungos filamentosos e leveduras 
 Parasitas 
 Espermatozoides

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