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103162951 9 Resumo Hipersensibilidades e Auto imunidade

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RESUMO IMUNOLOGIA 
(baseado no livro: Imunologia Celular e Molecular 6ºEd Abbas) 
SUGESTÃO PARA ESTUDO: Leia primeiramente o capítulo original do livro 
para depois fazer uso deste resumo, pois é necessário o conhecimento prévio 
sobre imunologia para melhor entender os conceitos utilizados neste resumo. 
HIPERSENSIBILIDADES E AUTO-IMUNIDADE 
As repostas imunes podem ser patológicas quando: 
 - Ocorre falha nos mecanismos de tolerância imunológica, ocasionando 
o surgimento das doenças autoimunes 
 - Reações excessivas contra antígenos, como a produção elevada de 
anticorpos, formação de imunocomplexos ou ainda reação exacerbada de 
células T, ocasionando o surgimento das hipersensibilidades. 
 - Reação exacerbada contra antígenos ambientais, provocando o 
surgimento das alergias 
Hiper I – Hipersensibilidade Imediata mediada por IgE - Alergias 
Respostas imunes a antígenos ambientais podem levar a diferenciação de 
células TCD4+ para o perfil Th2, que libera IL-4 e estimula a produção de IgE 
pelo Linfócito B. Os anticorpos IgE se ligam a receptores de alta afinidade 
expressos em mastócitos e eosinófilos. Quando essas células sensibilizadas 
pelos anticorpos ligados a superfície encontram o antígeno, ocorre à liberação 
imediata de grânulos citoplasmáticos que contém mediadores inflamatórios que 
provocam vários efeitos lesivos que são observados na patogênese da alergia. 
O mecanismo da patogênese da hiper I é dividido em duas fase: 
1º Sensibilização (primeiro contato do hospedeiro com o antígeno). O alérgeno 
é capturado pela APC e apresentado ao LTCD4+ que se diferencia para o perfil 
Th2 e interage com linfócito B (via CD40) e secreta citocinas (IL-4) que induz a 
produção de anticorpos da classe IgE contra o antígeno. Esses anticorpos se 
ligam ao receptor Fcε de alta afinidade presentes nos mastócitos e eosinófilos 
(onde adquirem estabilidade), deixando essas células no estado de 
“sensibilização”. 
2º Desencadeamento da resposta: O mastócito sensibilizado (contendo IgE 
ligado à superfície) quando reconhece o antígeno via o IgE desencadeia a 
sinalização para a liberação de grânulos citoplasmáticos dessas células, que 
ativam a resposta inflamatória tecidual e sistêmica em duas fase: Na fase 
inicial, ocorre uma secreção de grânulos que contem aminas biogênicas (como 
a histamina) e enzimas (como a triptase), alem de ocorrer à síntese rápida de 
mediadores lipídicos da inflamação (leucotrienos, prostranglandinas e PAF) e 
citocinas (TNF) que estimulam uma rápida vasodilatação, aumentando a 
permeabilidade vascular e provocando edema, causando a formação de 
pápulas e um halo eritematoso no local de contato com o antígeno. Na fase 
tardia, por causa dos mediadores inflamatórios liberados, ocorre um aumento 
da infiltração celular, principalmente por eosinófilos, neutrófilos e células Th2, 
levando a lesão tecidual e ao aparecimento dos sintomas crônicos 
característicos das doenças alérgicas. 
Hiper II – Hipersensibilidade mediada por IgM/IgG – Doenças autoimunes 
A perda de tolerância central e periférica pode ocasionar à produção de 
anticorpos que reagem com estruturas do próprio hospedeiro, opsonizando as 
células do hospedeiro e levando a ativação do complemento (via clássica – lise 
da célula) ou a fagocitose mediada por receptor Fc (estimulando a inflamação e 
o recrutamento de mais leucócitos) 
Anticorpos específicos contra receptores celulares (como para receptores de 
hormônios ou neurotransmissores) quando se ligam ao seus alvos podem 
hiperestimular os receptores ou impedir a ligação da substancia adequada para 
exercer sua função, ocasionando disfunções fisiológicas. 
Como exemplos de doenças auto imunes ocasionadas por anticorpos (hiper II) 
temos a anemia hemolítica, febre reumática, diabetes tipo I, distrofia muscular 
e etc. 
Hiper III – Hipersensibilidade mediada por imuno complexos 
Quando são produzidas quantidades excessivas de anticorpos, estes podem 
formar imuno complexos com antígenos e não serem removidos eficientemente 
da circulação, depositando-se nos tecidos e vasos. A deposição de imuno 
complexos leva a ativação de leucócitos (via receptor Fc) e secreção de 
citocinas e mediadores vasoativos que aumentam a deposição dos imuno 
complexos na parede dos vasos e tecidos, amplificando a inflamação e levando 
a lesão tecidual. Os principais locais de deposição dos imuno complexos são 
tecidos muito vascularizados (como os glomérulos, coração, pulmão e vasos) 
Exemplos de Hiper III incluem a LES, artrite e nefrite imune. 
Hiper IV – Hipersensibilidade do tipo tardio (DTH) – mediada por LT 
A DTH é desencadeada por células Th1 que provocam uma inflamação 
crônica, levando a lesão tecidual e a formação de granulomas. Neste tipo de 
hipersensibilidade ocorre a com liberação de conteúdos citoplasmáticos de 
macrófagos ativados, como enzimas lisossômicas, ROS, NOS e fatores do 
crescimento que produzem fibrose no tecido e aumentam a inflamação. 
Patogênese da auto imunidade 
Fatores: Falha na tolerância ligada à genética do individuo (genes ligados ao 
MHC e que controlam a tolerância), desencadeantes ambientais, como as 
próprias infecções (que provocam lesões teciduais que podem alterar o modo 
como os antígenos próprios são exibidos para o sistema imune), outros 
mecanismos incluem: 
Ativação espectadora: Durante infecções, a resposta imune natural pode levar 
a ativação de linfócitos T auto reativos que não são específicos para o 
patógeno que provocou a resposta. 
Simulação molecular: Patógenos podem produzir moléculas similares aos 
antígenos próprios do hospedeiro e provocar a ativação de linfócitos T que 
responderam contra o patógeno e também contra o tecido saudável do 
hospedeiro que possui um antígeno similar. 
Alterações de sítios anatômicos: a inflamação, a lesão isquêmica e o trauma 
podem levar a exposição de antígenos próprios que normalmente ficam ocultos 
do sistema imune e não passam pelos mecanismos da tolerância induzida, 
provocando respostas imune contra o próprio hospedeiro 
*propagação de epítopo: exacerbação da doença autoimune causada pela 
lesão inicial ao tecido que leva a exposição de mais antígenos próprios e a 
ativação de mais linfócitos T auto-reativos, gerando uma doença crônica e 
progressivo-degenerativo.

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